After Dawn - Alvorecer escrita por Alina Black


Capítulo 47
Três flechas


Notas iniciais do capítulo

Sei que estão ansiosas para o encontro de Jacob com Renesmee, tenho boas noticias só faltam 2 capítulos rsrsr



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Quando acordei já havia anoitecido, a brisa fria que batia nas cortinas do meu quarto arrepiou minha pele mesmo por debaixo das cobertas, lentamente me sentei na cama dando um pequeno bocejo – Audrey estava certa quando disse que aquele chá derrubava até um elefante – pensei comigo mesma me levantando da cama.

Apesar do frio eu decidi tomar um banho, Audrey sabia que eu faria isso quando acordasse por isso minha banheira estava a minha espera, como sempre fazia desde minha chegada a aquele lugar nos últimos quatro anos eu me perdi em pensamentos enquanto sentia o perfume das flores que perfumavam a água, a diferença era que antes eu buscava por respostas no vazio da minha mente enquanto agora eu buscava as respostas em suposições e lembranças do passado.

Eu não era a mesma garota que havia saído com os seus pais e sua irmã gêmea de Forks rumo a um destino desconhecido, eu era uma mulher, muito mais forte, determinada e que havia conhecido um mundo totalmente diferente da grande bolha a qual estivera nos seus primeiros cinco anos de vivência, o roncar de meu estomago me tirou de meus pensamentos me fazendo rir, imediatamente sai da banheira vestindo o roupão longo e quente e enquanto fazia o laço em minha cintura o bater da porta chamou minha atenção.

Dei um tímido sorriso e caminhei até a porta a abrindo, Zo estava parado diante da porta com uma grande bandeja nas mãos – Eu deduzi que estivesse acordada e com fome! Disse ele entrando em meu quarto.

Fechei a porta enquanto Zo deixava a bandeja sobre a mesa - Sei que sua intuição não falha! Sorri caminhando até a mesa e olhei para a bandeja – Não era proibido sair da nossa fortaleza de luxo? O provoquei ao ver o grande pedaço de pizza.

Um bico se formou nos lábios de Zo enquanto eu pegava o pedaço da pizza com as mãos o mordendo – Audrey ficará magoada por duvidar da capacidade dela de preparar alimentos humanos.

— Audrey fez a pizza? Perguntei ainda mastigando.

— Sim, eu comi um pedaço está muito boa.

— Achei que gostasse mais de alimentos vindo direto da fonte! Brinquei comendo o resto da pizza e caminhei até a cama me sentando a beira do colchão – Mas então não preciso da sua intuição aguçada para saber que não veio apenas fazer o serviço de quarto.

— Você está certa – afirmou ele se aproximando e se sentando ao meu lado – Eu compreendo o quanto tudo deve estar sendo confuso para você, eu vou respeitar a decisão que você tomar.

— Eu ainda preciso de mais respostas dela...

— Sei disso, por isso ela continua sobre nossa vigilância, mas não acha melhor se recuperar antes?

— Não se preocupe estou bem – Murmurei. Minha mão direita escorregou pela seda suave da cama e parou sobre a mão dele, Zo sorriu a puxando para os lábios e a beijou docemente – Acho que temos outro assunto pendente – afirmei enquanto sentia a caricia em minha mão feita por ele.

Ele suspirou – Mia...ou melhor, Renesmee...

— Pode me chamar de Nessie – O interrompi.

—Nessie? Murmurou ele dando um sorriso tímido – Eu ainda prefiro Mia, minha Mia.

Arrastei meu corpo na cama ficando um pouco mais próxima, a mão dele pousou em meu rosto fazendo um singelo carinho com o dedo polegar em minha bochecha – Sobre a noite anterior, não se preocupe eu não estou pedindo um anel de compromisso.

Zo riu.

— Acha mesmo que precisaria pedir? Eu tenho lutado contra isso nos últimos meses que foi quando isso começou, antes você era apenas uma menina que eu sentia a necessidade de proteger, mas depois que virou essa mulher foi complicado lutar contra tudo que sinto.

Dessa vez fui eu quem suspirei, eu nunca imaginei que Zo me via daquela forma, embora eu admitisse que ele me tratava de uma forma diferente a qual tratava Morgan a única hibrida além de mim que vivia naquele lugar – Eu estou confusa...murmurei- São tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo e eu não sei o que fazer.

— Eu sei disso – Ele falou deslizando o dedo até meus lábios – Mas não pense que tudo se resume a apenas isso, eu apenas não tenho mais oito anos, e sim um pouco mais de duzentos para romances adolescentes.

— Duzentos? Zoran Barthóry, ouvi boatos de um pouco mais que isso, eu não deveria me sentir enojada por estar transando com um homem tão idoso?

— Está tentando me provocar? Perguntou ele franzindo o cenho.

— Eu preciso?

Em um gesto rápido Zo me puxou pela cintura fazendo meu corpo cair sobre minha cama ficando por cima de mim – Creio que precise mostrar o que o idoso é capaz de fazer com a mocinha – disse ele em um tom provocativo enquanto uma de suas mãos desfazia o laço do meu roupão.

— Com certeza precisa me mostrar!

Os olhos azuis do híbrido se fixaram nos meus e o som do rasgar do meu roupão foi o primeiro som da noite que estava apenas começando para nós dois.

Eu acariciava o peito nu de Zo quando os primeiros raios de sol passaram pela janela, a mão dele deslizava por minha coluna até meu bumbum e depois subia parando em minha nuca, eu estava ansiosa, não sabia o que mais eu descobriria através de Sasha sobre os últimos quatro anos de minha família, mas sabia que minha decisão sobre voltar para Forks ou seguir minha vida ao lado de Zo dependia dessas respostas.

— Está ansiosa! Zo afirmou enquanto eu colocava minhas mãos sobre seu peito apoiando meu queixo sobre elas.

— Não preciso confirmar isso para você.

— Não estou seguindo minha intuição – Explicou ele – eu também estaria se estivesse na posição em que está.

Dei um longo suspiro e me sentei na cama, Zo se levantou dando um beijo em meus lábios e sentou a beira da cama procurando por suas roupas que estavam no chão.

— Eu preciso extravasar – disse a ele encolhendo umas das minhas pernas e abraçando meu joelho – Eu sempre extravaso quando estou com meu arco e minhas flechas.

Zo se levantou fechando a calça e riu – Está me pedindo para tirá-la do castigo?

— Não – Respondi ficando de joelhos na cama passando as mãos pelo peito nu dele – Se tiver um lugar onde eu possa usar minhas flechas sem cometer um homicídio conta híbridos aqui dentro...

Seus olhos se fixaram nos meus e ele segurou meu queixo – Se eu abrir uma exceção para você terei que liberar os outros também.

— Acho justo! Respondi me jogando na cama.

Zo sorriu sacudindo a cabeça enquanto vestia seu suéter – Vocês realmente precisam dos treinos – respondeu ele calçando as botas – Mas não se acostume com isso.

Eu ri baixinho o observando caminhar até a porta, ao abri-la ele olhou novamente para mim com aquela cara de homem sério que ele sempre tivera desde que o conheci e em seguida saiu do quarto.

Após fazer minha higiene matinal e me vestir eu saí do quarto caminhando até a sala de armas, sorri olhando para o arco e me aproximei removendo a trava, peguei a aljava com flechas que estava pendurada próximo a ele e pendurei nas costas saindo da sala.

Caminhei de forma apressada pelos pequenos na direção da saída principal – Zo mudando uma decisão, isso sim é uma coisa nova para mim! Disse Audrey aparecendo ao meu lado e me acompanhando – Qual é esse seu novo poder? Perguntou ela rindo enquanto saiamos e caminhávamos na direção da floresta.

Eu sorri tirando uma flecha das costas – Sabe Audrey, tem um poder que toda mulher tem, mas poucas sabem usufruir bem dele, o poder que está no meio das suas pernas.

Audrey riu saindo do meu lado e caminhando na direção de um outro vampiro que havia a chamado. Sozinha, caminhei até o ponto de treinos criado por Zo para que eu melhorasse minha mira, era um campo aberto circulado por arvores e em cada dela havia uma marcação onde as flechas deveriam acertar, quando iniciei os treinos com Zo eu sempre errada as miras, mas com os anos elas se tornaram fáceis para mim.

Um pouco a frente havia três arvores, eu sorri olhando para a marcação em cada uma delas “E se eu acertasse as três ao mesmo tempo?” perguntei a mim mesma sentindo um pouco de adrenalina com a ideia que havia tido, retirei três flechas da aljava e as posicionei com meus três dedos ficando abaixo das flechas, isso me permitia variar o ponto de ancoragem no roso, facilitando assim o cálculo da trajetória que elas fariam.

Enquanto me concentrava a visão que eu tinha das arvores mudou, no lugar delas havia três vampiros, Irina Denali, Lucifer e o vampiro que havia criado aquele buraco debaixo de meus pés naquele fatídico dia.

Puxei a corda do arco até o lado do meu rosto seguindo uma nova linha de força e então a soltei, as flechas cortaram o ar e cada uma acertou o ponto central da mira de cada uma das arvores.

— Garota você me da medo!

Virei meu rosto na direção da voz e Jimmy se aproximou, eu sorri timidamente caminhando até as árvores e retirando as flechas de cada uma delas – o que faz aqui? Perguntei enquanto guardava as flechas, a expressão de Jimmy e tornou um pouco mais séria.

— Eu estava atrás de você, aquela garota que nos seguiu, Sasha tentou fugir.


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