Thinking About You escrita por Leonardo Alexandre


Capítulo 2
Capítulo 2 - Que Mundinho Pequeno


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Essa fic é muito gostosinha de escrever. Espero que pra vcs seja tão gostosa de ler quanto. Larissa Lima, desculpa a demora, mas aqui está. Beijo, amiga.
Enfim, boa leitura...



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Aquela cidade era cheia de praias, então Larissa e Drica não visitavam sempre a mesma, mas Larissa não conseguia evitar dar uma ou outra olhadinha por cima do ombro para ver se reconhecia aquele cabelo preto tão lindo e as costas bronzeadas de Danilo ajoelhado na areia de alguma delas.

Ainda que só tivesse visto o garoto uma vez vários detalhes dele estavam gravados em sua mente, indo desde a forma fofa como os fios escuros caíam levemente ondulados sobre as sobrancelhas e a curva charmosa do sorriso fácil até o desenho perfeito das costas e os braços lindamente tingidos de dourado pelo sol...

Nos primeiros dias ela quis se convencer de que não devia querer vê-lo de novo já que não estava ali para um amor de verão, depois tentou acreditar que o destino também não queria isso ou os dois já teriam se esbarrado em algum momento.

Mas talvez o destino só quisesse juntá-los quando seu cabelo não estivesse cheio de sal ou em um momento em que ela estivesse desprevenida para que suas defesas estivessem baixas e ela deixasse o garoto se aproximar. Porque aquela... Aquela era a noite do reencontro e Larissa nem cogitava isso.

Tudo começou com Drica flertando casualmente com praticamente um grupo inteiro de pessoas que as duas conheceram na praia, então um dos garotos comentou sobre um forró que teria aquela noite e a maioria deles estaria lá. As duas acharam a ideia bem legal e decidiram ir também. Claro que Drica adorou ter uma desculpa para arrastar Larissa mais uma vez para uma loja de roupas a fim de montar um look para aquela noite.

As roupas escolhidas eram até bem simples, quem as visse não imaginaria que eram tão absurdamente caras, mas a baixinha gostava de ser uma burguesa safada e não mudaria isso só porque o lugar onde queria ir não era chique.

Ela estava usando um short jeans azul escuro, blusa branca com mangas caídas e alças finas e sapatos pretos de salto altos demais para alguém que dançaria tanto quanto pretendia, mas ela era determinada e daria conta.

Já Larissa usava um vestido levinho verde agua com estampa de delicadas flores cor de rosa, a saia era rodada e se movia com graça conforme ela andava com uma rasteirinha dourada nos pés e uma jaqueta jeans sem mangas só porque não gostava de andar de bolsa e dava para levar o celular e a carteiras nos bolsos da jaqueta.

Embora simples, ambas estavam lindíssimas e prontas para arrasar corações.

Chegando a festa as duas logo encontraram o tal grupinho da praia e dançaram com eles por algum tempo, conversando e rindo das coisas mais bestas. A noite estava muito gostosa e Larissa estava feliz de estar ali. Então, entre uma música e outra, ela avisou a Drica que estava com sede e ia beber alguma coisa no bar, recebendo um singelo “tá bom, vai lá” como resposta.

Havia várias cadeiras altas próximo ao balcão, Larissa se acomodou em uma delas, jogou o cabelo para trás e chamou o barman.

— Boa noite, moça. — o homem disse com um sorriso educado. — O que deseja?

— Hm... Uma agua e uma cola-cola, por favor. — pediu depois de refletir um instante se queria ficar bêbada ou não e decidindo que era melhor não.

— É sério isso? Tu vem pro nordeste e tens a cara de pau de não provar um’a cachaça? — a voz de Danilo surgiu as suas costas, seguida daquela risada gostosa ao perceber que a tinha assustado. — Desculpa o susto, juro que foi sem querer. E desculpa rir também, foi automático.

— Não tem problema. E, tipo... Oi. — Larissa disse meio desnorteada pela mera presença do garoto.

— Oi, estranha. — ele respondeu sorrindo e se sentando na cadeira ao lado da dela.

— Moça, ainda vai querer a agua e a coca? — o barman perguntou em um tom gentil.

— Vou sim. — Larissa concordou e se virou para Danilo. — Eu queria muito aceitar a sua sugestão, morro de curiosidade de provar alguma cachaça nordestina porque falam tanto sobre elas por aí. Só que eu sou meio fraca pra bebida e se depender da doidinha da minha amiga, nós duas acordamos em uma banheira de gelo e sem os rins.

Danilo riu e então olhou para o barman que já estava colocando o pedido de Larissa no balcão. — Ei, chefe. Tem cajuína aí?

— O refrigerante ou cajuína mesmo? — o homem perguntou.

— Cajuína mesmo. — Danilo especificou.

— Temos.

— Então mande duas, meu amigo. — pediu, fazendo um gesto com a mão e em seguida se virou para Larissa. — Acho que tu vai gostar. É uma bebida tão típica daqui quanto cachaça, só que sem álcool.

— Ah, fiquei curiosa. — ela respondeu com um sorriso que vinha fácil para aquele garoto de cabelo preto.

Logo o barman serviu os dois copos, Danilo pegou um e ergueu dizendo. — Saúde.

Larissa precisou segurar a vontade de morder o lábio e suspirar, a forma como ele falava o “d” destacando o toque dos dentes na língua soava muito gostosa naquela voz despreocupada e bonita dele.

— Saúde. — respondeu também erguendo o copo antes de experimentar a bebida, a qual apreciou bastante. — Hmmm. É doce, mas sem ser enjoativa. Eu amei.

— Feliz que tu gostasse. Recomendar um negoço e a pessoa não gostar é uma vergonha daquelas. — ele comentou rindo e bebendo mais um gole de cajuína.

Os dois ficaram ali rindo e conversando enquanto acabavam de tomar suas bebidas, em seguida Danilo desceu do banco e estendeu a mão, fazendo um convite muito cordial para que Larissa dançasse com ele.

Ela mordeu o lábio um instante, lembrando a si mesma de que não estava ali para viver um amor de verão, mas conseguiu se convencer de que dançar não tiraria pedaço, então aceitou o convite com um sorriso tímido lhe enfeitando a boca.

A música que tocava era Alta Estação do Aviões do Forró, o ritmo casava bem com uma dança de corpos coladinhos e poucos movimentos. Larissa encostou o ouvido no peito de Danilo e pode ouvir os batimentos levemente acelerados dele rimando com os seus.

Perceber que estava fazendo isso lhe fez ter o impulso de se afastar alguns centímetros, mas isso só fez com que pudesse ver o sorriso tão fofo e o brilho feliz que se destacava nos olhos castanhos tão escuros dele, o que fez seu coração derreter ainda mais.

Por sorte a música acabou e foi substituída por uma muito mais agitada antes que Larissa sucumbisse à vontade de beijar aquela boca linda, o novo ritmo pareceu arrastá-la de volta ao seu plano de não se deixar levar.

— Eu... Tenho que voltar pra minha amiga agora. Não sei o que ela pode aprontar se eu deixar ela sozinha por muito tempo. — comentou em tom divertido embora houvesse um tom róseo se espalhando por suas bochechas.

Danilo riu e disse. — Sei como é. Mas antes me passa seu número, a gente vai se falando. Não quero ter que continuar torcendo pra esbarrar contigo de novo.

— Ah, então você andou torcendo pra esbarrar comigo, é? — Larissa deu um sorrisinho presunçoso e ergueu uma sobrancelha.

Foi a vez do garoto ficar vermelho, o que até embelezava ainda mais sua pele bronzeada.

— Vixi, falei demais. — murmurou, dando um tapa na própria testa e em seguida deu de ombros. — Mas num menti, então tudo certo.

Larissa aumentou o sorriso e pediu o celular de Danilo para poder salvar seu número, ao que ele logo mandou um emoji de coração para que ela pudesse salvar o dele também. Então os dois se despediram com Danilo fazendo questão de lhe dar um beijo na bochecha.

Demorou alguns minutos para que Larissa encontrasse Adriana, que por acaso estava com o batom um tanto quanto borrado indo em direção ao banheiro.

— Meu Deus, amiga! Te beijaram ou tentaram arrancar teus beiço? — perguntou com uma sobrancelha erguida.

— Valeu a pena. — Drica respondeu dando de ombros e sorrindo. — Mas e você, hein? Te vi com um gatinho. Finalmente parou de frescurinha e decidiu se jogar?

— Não era um gatinho, era aquele menino que eu conheci quando a gente foi lá na Praia do Futuro. — Larissa murmurou tentando, mas não conseguindo segurar um sorriso de canto.

— Não deixa de ser um gatinho. — replicou com uma expressão pervertida.

— Já sossega esse facho, garota. Não aconteceu nada. — disse querendo cortar o barato da amiga, mas não conseguindo.

— Me engana que eu gosto. Tá com essa carinha porque então? — Drica insistiu em seu sorrisinho malicioso.

— Nada de mais. Eu só... Peguei o número dele dessa vez. — respondeu encolhendo os ombros, mas com a felicidade muito bem estampada do rosto.

Drica ficou calada por cerca de dois atípicos segundos, então soltou um gritinho super espalhafatoso e pulou com todos os seus um metro e meio em cima da melhor amiga, fazendo-a ficar vermelha de vergonha ao mesmo tempo em que ria de toda aquela empolgação.

Até porque é claro que ela estava tentando se conter, mas também estava tão feliz por saber que falaria e talvez até veria Danilo de novo que no fundo sua vontade era gritar junto.


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Notas finais do capítulo

Gostosinha, né? Espero que tenham gostado.
xoxo
Atenciosamente, Leonardo A. Guedes..



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