— Você está vomitando? Isso é sério? — Dominic pergunta descrente parando atrás de mim. Eu até iria responder mais uma nova onda de vômito começou — Você está bem? — Dessa vez ele pergunta preocupado dando um passo em minha direção. 

       _ É melhor sairmos daqui antes que aquele homem nos veja aqui — Falo erguendo o corpo ainda sem olhá-lo. Respiro fundo começando a andar para longe daquela poça de sangue nojenta. Quando isso vai parar!? 

             _ Ele já foi embora, nem notou nossa presença — Dominic fala sério me seguindo — Hey! Você está bem? — Ele volta a pergunta depois de um tempo. Mas não respondo, não confiava em abrir a boca, era como se eu abrisse e todo o café da manhã volta-se de uma vez "Estou" penso liberando a mente. Paro de andar e olho ao redor tentando buscar um lago, ou algum lugar com água corrente. — Aonde vai? — Dominic pergunta confuso quando mudo de direção. Tinha água corrente mais à frente, o que era até estranho. Corro em velocidade de vampira sendo seguida por ele. — Ah claro! Água — Ele fala quando vê a pequena nascente mais à frente. Sem dizer nada, vou até lá lavando as mãos e rosto, tentando limpar aquele sangue.  

           _O que está fazendo na floresta a essa hora da noite? — Pergunto confusa o olhando sentado no chão escorado em uma árvore - Isso é uma mochila? — Questiono confusa vendo a bolsa ao seu lado. Tinha escurecido e por sorte enxergamos bem no escuro.  

           _ Isso não é da sua conta — Dominic fala olhando para os lados. Acabo rindo 

           _ Pode não ser. Mas você está me seguindo no meio da noite com uma bolsa, então acho que devo saber por que, não? — Falo o encarando, parando a sua frente.  

          _ Você quase matou um humano. Devia me agradecer por ter impedido — Ele fala mudando de assunto, se levantando. 

       _ Talvez eu não quisesse que me impedisse — Falo séria olhando para ele. O mesmo me olha assustado — Agora responda minha pergunta. O que faz no meio da floresta com uma mochila? — Volto a pergunta séria cruzando os braços  

       _ Não pode estar falando sério em querer matar um humano? Isso não está certo. Se Jacob soube ele não vai gostar nada disso — Dominic fala tudo rápido, como se tentasse assimilar o que eu disse.  

         _ Bom, ele não tem nada a ver com isso. Na verdade, ninguém tem — Falo meio rude saindo andando em seguida. Achei que ele desistiria mais não.  — Por que ainda está me seguindo? — Pergunto irritada sem olhá-lo  

  _ Não estou te seguindo. Só te acompanhando até em casa — Dominic responde como se fosse a coisa mais normal do mundo 

         Suspiro parando de andar me virando para ele. O mesmo para me olhando confuso — Não preciso que me acompanhe até em casa, posso ir sozinha. Além do mais não devia estar indo para outro lugar? — Fico o encarando esperando falar algo, mas ele não fala, apenas balança a cabeça de leve olhando para sua direta voltando a me olhar em seguida. 

           _Não queria realmente matar aquele homem, queria? — Ele pergunta sério, como uma criança que fez uma pergunta confusa aos pais e espera que eles respondam rápido.   

Suspiro voltando a andar — Não. Mais se isso acontecer de novo não tente me impedir Dominic, ou pode acabar se machucando — Respondo o olhando de lado, ele não fala nada apenas me olha sério — E espero que não conte a ninguém sobre isso ou 

—Vai me ameaçar de novo? — Paro de anda ao ouvi-lo me interrompe. Viro o olhando, Dominic continuava a me olhar sério, suas mãos no bolso do casaco — Parece que você se esqueci disso, mais, sou seu irmão e irmãos tem segredos. Então, você só tem que pedir Sarah — Prendo a respiro sentindo meu coração se aperta — Não se preocupe, eu não ia dizer nada mesmo — Ao dizer isso ele começa a andar passando por mim sem me olhar  

—Desculpa por ameaçar a Mila — Falo rápido me virando pra ele. Dominic para de andar, mais não se virar para mim — Eu era uma adolescente imatura que não media as consequências das minhas ações . E não estava pensando com clareza quando a ameacei ou nos seus sentimentos e sinto muito por isso. — Tombo a cabeça pra direita suspirando, cruzando meus braços como se tivesse me abraçando. Dom continuava lá parado olhando para frente sem mexer um musculo se quer. Mas eu ouvia seu coração batendo num ritmo estranho — Eu sei que desculpas não vai mudar nada do que eu disse a dois anos Dominic, mas eu espero que você possa me perdoar um dia. E pensando agora sem toda aquela pressão que eu estava naquela época, eu não a machucaria se você não tivesse mantido segredo sobre saber da minha fuga ou por me manter informada porque — Paro de falar tentando me manter calma, porque me lembra das coisas que eu fiz a dois anos era doloroso pra mim, ainda mais agora que eu estava mais madura do que antes — Porque você é meu irmão e eu não faria algo pra te machucar. Eu também sei que não fui uma boa irmã e provavelmente ainda não sou mais eu quero ser, se você deixar — Paro de fala ao sentir uma lagrima escorrer pela minha bochecha, mais não a sequei. Dominic se vira lentamente em minha direção me olhando com a testa franzida com a sobrancelha direita levemente erguida  

—Doeu? — Fico o olhando confusa pela sua pergunta  

—O que? — Questiono franzindo a testa  

—Fala que sou seu irmão — Ele responde com um tom de voz sério, mas eu via em seu rosto como se ele tentasse não sorrir. Ao ouvi-lo é que fui mim da conta de que essa foi a primeira vez que falei isso em voz alta, ou ao menos que eu consiga lembrar. Acabo sorrindo passando a mão no rosto secando as lagrimas balançando a cabeça de leve 

—Não — Respondo sua pergunta ainda sorrindo — É bom falar na verdade — Admito o olhando, mas paro de sorrir ficando seria — Você me perdoa? 

—Não é porque me chamou de irmão que vou te perdoar assim do nada — Dominic fala ainda com a expressão séria — Agora vamos embora, vai chover e não estou a fim de molhar — Ao dizer isso ele se vira voltando a andar. Acabo sorrindo de leve ao vê-lo tentando segurar o riso ao virar — Ah! Não conte aos meus pais que mim viu na floresta no meio da noite com uma mochila — Ele volta a falar quando começo a anda ao seu lado  

— Não se preocupe, eu não ia dizer nada mesmo — Falo o que ele me disse antes dando de ombros olhando para o céu através do topo das árvores, mais ainda o ouvir sorrir — O que não quer dizer que não estou curiosa. Por acaso tem a ver com o sonho que teve? — Questiono o olhando para ver sua reação. O mesmo franze a testa deixando a boca em linha reta a abrindo em seguida mais não fala nada — Tudo bem não precisa dizer. Mais quando quiser — Falo deixando a intender que ele poderia me falar quando se sentisse à vontade, ele apenas me olha balançando sutilmente a cabeça — É melhor corremos ou vamos nós molhar  

(...) 

—Você não vem? — Dominic questiona quando paro de correr ao chegamos no fundo da sua casa. — Eles estão nos Cullen, porque não entra e troca de roupa — Ele fala referindo ao fato que estamos molhados pela chuva que nos pegou no caminho  

—Ah melhor não — Respondo olhando em direção a casa — Está entregue. Nos vemos depois — Saio em velocidade de vampira sem esperar que ele falasse algo seguindo em direção a Reserva. Eu sei que não devia ter saído daquela forma mais, não sei explicar. É como se entra naquela casa, sem ser para ver os Mikaelson me deixasse apavorada, sei lá. 

—Sabe que temos porta, não é? — Tio Paul fala sério assim que apareço na sala depois de ter entrado pela janela do meu quarto e ter tomado banho 

—Só quis evitar molhar o chão — Falo me sentando no sofá o olhando. Ele apenas concorda com a cabeça volta a olhar para tv. Escoro a cabeça no encosto do sofá ouvindo os barulhos da casa. Lou e Thomas estavam no quarto mexendo no computador pelo barulho surtiu dos teclados e tia Rachel fazendo Samy dormir. Essa era a partir ruim, eu conseguia ouvir até os barulhos mais sutis  

—Soube que os Mikaelsons vão embora — Tio Paul fala depois de um tempo 

—É 

—Eles já falaram quando? 

— No final de semana — Continuo a responder sem mexer ou abrir os olhos, continuando na mesma posição no sofá  

—Hum. E como você está com isso? 

—Bem 

—Certo — Paul fala apenas num tom normal — E vai com eles? — Seu tom muda para sério, seu coração aumenta uma batida. Abro os olhos erguendo a cabeça o olhando. Ele desvia o olhar da tv me olhando, eu podia ver seus olhos preocupados e receosos  

— An, bem eu não pensei sobre isso, mais — Falo cautelosa para ver sua reação — Eles são minha família e Nova Orleans é de mais. Acho que ia ser legal morar lá com eles — Falo pensativa e olho em direção ao corredor ao ouvir os passos da minha tia, a mesma tinha medo em seu olhar assim como o tio Paul, sem conta na batida frenética dos seus corações — Mais não. Prefiro ficar aqui irritando vocês por mais alguns anos — Volto a falar dando de ombros olhando entre os dois, depois volto a escorar no sofá como antes. Escuto o bater dos seus corações voltando ao normal assim como suas respirações. Volto a olhá-los em seguida ao ouvi-los rindo — Vocês realmente acharam que eu iria com eles? — Pergunto divertida também rindo 

—Achamos — Tia Rachel responde parando de rir vindo se sentar perto de mim. Seu olhar agora era de alívio, acabo balando de leve a cabeça retribuindo seu abraço logo Paul se junta a nós, nos abraçando aperto 

—Mais vamos intender se você quiser ir com eles — Tio Paul fala carinhoso beijando minha testa e Tia Rachel concorda com a cabeça  

—Eu amo vocês — Falo seria olhando entre os dois. Eles sorriem voltando a mim abraçar apertado como eles faziam quando eu era criança.  

—Também te amamos pestinha — Acabo rindo quando eles falam meu pequeno apelido de infância.