Na Mira do Vampiro escrita por construindoversos
Todavia, quando já iam passando pela porta, toparam com Tião vindo da garagem. Ele olhou para os meninos furioso.
— Você de novo? O que você estavam fazendo lá em cima? - perguntou indignado. - E quem é esse aí? - falou, apontando para Toninho.
Os garotos não responderam.
— Eu vou ensinar vocês a não fazerem molecagem com os mais velhos...
Duda e Toninho saíram correndo em disparada, com o porteiro atrás.
— Voltem aqui, seus moleques! Eu pego vocês! - esbravejava ele, enquanto os meninos desapareciam pela rua. - Da próxima vez que eu pegar vocês por aqui, eu vou jogar todo mundo na lixeira! Eu incinero vocês!
Duda e Toninho já estavam longe e não escutaram a ameaça.
Pouco tempo depois, encontraram-se com Kid Pulga. Duda o prendera no quintal de uma casa vazia, numa rua próxima, para que ele não atrapalhasse a missão de resgate.
Serenados os ânimos, Toninho voltava a perguntar:
— Ô Duda, pra que você ia tocar a campainha?
— Ora, eu ia perguntar...
— Se alguém tinha visto um crioulinho escondido dentro de um caixão? - completou Toninho em tom de gozação.
— Não, espertalhão, eu ia inventar uma desculpa qualquer - retrucou Duda, meio irritado.
— Qual?
— Por exemplo, perguntar se era ali que tinham pedido umas flores... - disse Duda, seguro de si. - Você nem imagina o que eu fiz pra entrar naquele prédio. Todos os truques que eu tentava, esbarravam sempre naquele porteiro; só que teve uma hora que ele bobeou, aí eu entrei sem ser visto. Puxa! Cheguei a pensar que nunca mais veria você...
— Não vai me dizer que você ficou imaginando que eu, o mais esperto da rua, tinha sido apanhado? - indagou Toninho, convencido.
— Pior! Fiquei imaginando que você tinha servido de comida para o vampiro ressuscitado - retrucou Duda seriamente.
— Você viu em que direção foi a caminhonete?
— Seguiu pela rua e virou à esquerda; mas pra onde ela foi, eu não sei - respondeu Duda meio desanimado. - Mas eu guardei a placa do carro de memória e isso não vai ficar barato! - concluiu, reanimando-se.
Os dois continuaram a pé o caminho de casa; afinal, não era muito longe e eles conheciam bem a redondeza.
Talvez fosse tarde para o almoço, mas o mistério envolvendo o vampiro estava apenas no começo...
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