Still Into You - Pausada (voltamos ainda em 2021) escrita por LadyVênus


Capítulo 2
De volta para o começo


Notas iniciais do capítulo

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Olhei para cima depois da queda. A linda garota apareceu em cima de mim. Checava se eu não estava sangrando ou qualquer merda parecida. Suas mãos delicadas deslizavam por meus cabelos, depois eu tive que gemer com o carinho que ela fez na minha nuca. Acho que ela pensou que era um gemido de dor, meio que era, mas também por seu carinho gostoso demais. Ela sorriu e eu tive que sorrir de volta.

Foi assim que nos conhecemos de verdade, no terceiro ano de acampamento. Os dois com dezessete anos.

Antes nós mal nos víamos, já que ela fazia as aulas mais radicais e eu passava mais tempo tomando as aulas de música. Então ela e eu nos vimos no lual e eu me arrisquei em andar, literalmente, na corda bamba. A queda foi feia, só não foi pior pois não cai de pernas abertas.

— Tudo bem? Está tonto?

— Não. - Levantei um pouco. Meus amigos riam da minha queda. A nuca latejando um pouco. - Eu acho...

— Eu vou te ajudar a chegar ao chalé, tudo bem?

— Não precisa, meus amigos me levam. - Encarei os caras de pau. Riam como hienas. Filhos da puta.

— Acho que não, mal conseguem respirar. - Ela colocou meu braço ao redor dos ombros dela e com a ajuda do instrutor, ela me levou até os barcos. Atravessamos o lago e fomos até a área de chalés destinados aos meninos. Quase ninguém estava por ali. Ela me levou sem medo algum para o meu quarto.

— Olha, eu acho que estou bem.

— Se não tem certeza, então não está.

— Eu tenho certeza.

— Ah tá. - Ela conclui, mas não me largou. Bufei, a péssima impressão já estava lá, do que adianta?

— Pronto, estou na cama. - Ela riu e olhou ao redor. Por sorte, nenhuma cueca largada no chão, nem cheiro esquisito no ar.

— Vou chamar a senhora Coppe.

— Não. - Ela franziu a testa e olhou para o braço. Eu a tinha agarrado por ali. Larguei a mão devagar e ela, dessa vez, me olhou curiosa. - Ela vai chamar meu avô. Não quero ter que acordá-lo.

— Você está bem mesmo, então? - Ela perguntou e sentou ao meu lado.

— Sim, graças a você. - Eu sussurrei.

O clima mudou. Drasticamente. 

— Posso beijar você? - Ela perguntou. Olhava para qualquer parte do meu rosto menos nos meus olhos. Sua pele estava se avermelhando.

— Eu quem pergunto, posso beijar você? - Eu volto a sussurrar.

Ela assente. Nossos lábios se tocam, eu fico por um tempo parado, sem querer que ela me ache afoito. Sinto sua mão na gola da minha camisa e ela enrola ela em seus dedos e me puxa. Sua boca se encaixa, sinto o seu lábio inferior e depois intercalando com o superior. Em algum momento, nossas línguas se envolveram, suas mãos subiram para o meu cabelo e ficamos meio abraçados na cama. Minha mão presa em sua nuca, mantendo sua cabeça próxima a minha.

— Você realmente bateu sua cabeça com força. - Dizendo isso, ela voltou a me beijar.

Nós ficamos por quase três horas conversando e beijando.  Ela trocou nossas posições na cama e eu tinha a cabeça descansando perto do seu ombro e sentindo o delicioso cheiro do seu pescoço. Passado mais um tempo ela se foi, voltou para o próprio dormitório. Marcamos de nos encontrar no porto e foi com grande alívio que a vi no outro dia, como se fosse uma miragem. Os longos cabelos loiros esvoaçando no vento.

Bella então disse que queria aprender a tocar violão e eu já o fazia desde os meus quatro anos. Passamos dois dias assim, mas a temporada acabara e o nosso tempo também. Foi o que pensava. Ela me ligou uma semana depois e eu não perdi tempo e a encontrei no "Fort", que aliás, é um nome infeliz para uma lanchonete tão legal. A mistura se dava por ela estar localizada na fronteira entre Forks, onde ela morava e Port Angeles, minha cidade. Ela e eu jantamos por lá e nos conhecemos melhor. Depois fomos ao porto e eu nós quase caímos da ponte. Depois nos separamos na fronteira e ela e eu nos beijamos. Ela em Forks e eu em Port Angeles. Breguice total, mas você sabe, o primeiro amor tem disso. Nos encontrávamos em alguns dias da semana e não passava dos beijos e amassos no banco de trás do carro do meu pai.

— Como você consegue ficar tão cheirosa? - Digo tirando a cabeça do seu decote. Ela suspira, suas pupilas dilatam e eu sei que a boca mais inchada é culpa dos inúmeros beijos que trocamos. Ficar deitado sobre ela é relaxante. Ela não acha nada desconfortável o meu peso, mas eu sempre troco as posições para que ela possa respirar bem.

— Eu tomo banho e...

— Sacrifica virgens. - Ela se afastou um pouco. Meu pau fica um pouco mais encostado na intimidade dela desse jeito. - E passa hidratante de morangos.

— Não e sim. - Ela sorri e me puxa para um beijo. Me faz sentar no banco e depois monta no meu colo. Eu respiro fundo pois sei que a minha ereção está sendo deliciosamente amassada por sua intimidade e o fato dela estar de vestido hoje me dá ideias.

Por dois anos, nós fomos grandes parceiros. Um casal unido apesar de passar maior parte do tempo separado. Fort era o ponto de encontro, mas também tínhamos outros lugares para visitar. Meu avô era o maior apoiador da nossa história, então o acampamento se tornou nosso lugar, afinal. Ela já sabia dirigir e eu sempre encontrava o seu carro no estacionamento, nunca o contrário. Mas nada, nem o tempo juntos, nos preparou para a maior armadilha da vida.


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Notas finais do capítulo

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