Little Things escrita por Siaht


Capítulo 26
XXVI. such good friends, it has to end, it always does


Notas iniciais do capítulo

Olá, novamente!!! ;D
Tudo bem com vocês?
Espero que gostem! ♥



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XXVI

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{such good friends, it has to end, it always does}

.

.

(x)

.

.

“and I've been in this place before

fine as we are but we want more

that's human nature at its best

what if we ruin it all?

and we love like fools

and all we have we'll lose

a don't want you to go

but i want you so

so tell me what we choose

.

.

Após passar tanto tempo do lado de fora, a casa dos Potter parecia um inferno muito maior. Ainda assim, Scorpius estava determinado a aproveitar a coragem recém-adquirida. Todas as pessoas com quem conversara haviam lhe dado o mesmo conselho: converse com a Rose. Louis e Frida, contudo, haviam sido os mais eficientes naquele departamento. Eles entendiam do que estavam falando, no fim das contas. E embora o relacionamento dos dois fosse um tanto estranho para os padrões do Malfoy, havia ali algo inspirador. Algo que provava que amar sua melhor amiga poderia ser algo bom, belo e simples, e não uma completa tragédia.

Então, ele andou determinado pelos cômodos até encontrar Rose. Ela estava em um sofá, conversando com Roxanne Weasley. Nenhum sinal de Ronan Finnigan-Thomas por perto. O que era ótimo.

— Ei, Rose. Posso conversar com você?

— Scorpius! — ela disse se levantando. — Passei um tempão te procurando. Você desapareceu.

O garoto reprimiu a vontade de dizer que ela não parecia realmente ter sentido sua falta. E apenas deu de ombros.

— Estava lá fora, tomando um ar. A gente pode conversar?

— Você parece tão sério. Está tudo bem?

Não, não estava.

— Sim. Eu só preciso conversar com você. Tipo, muito.

— Okay.

Scorpius entrelaçou as mãos as dela, que pareceu levemente surpresa, e a guiou pela casa. Precisaram de um tempo para que encontrassem um cômodo que não estivesse empilhado com adolescentes ou servindo de refúgio para algum casal, mas assim que encontram, o garoto os empurrou para dentro e fechou a porta. No mesmo instante, começou a andar de um lado para o outro na pequena sala. Tinha consciência de que parecia um completo lunático.

— Scorpius, o que está acontecendo? Você está me deixando nervosa.

Ele tentou se lembrar das palavras de Frida, do que ela havia lhe dito para dizer. A garota havia feito aquilo parecer simples. Ele, no entanto, se via novamente sem saber como se expressar. Era um desastre em tudo o que envolvia se expressar! Acabou andando de um lado para o outro por mais alguns minutos, enquanto Rose ficava visivelmente mais impaciente a cada segundo.

— Scorpius! — ela praticamente gritou.

— Okay. — ele respirou fundo — Eu não quero mais fazer o que nós estamos fazendo. — despejou as palavras de uma vez.

— Fazer o que? — a garota estava genuinamente confusa e o Malfoy sabia que não podia culpa-la por isso. Devia estar parecendo um doido. Talvez ele fosse um doido.

— Eu não quero mais ficar com você. Não, não é isso. Não quero mais ficar com você sem compromisso. Não me entenda mal, eu gosto de ficar com você e de beijar você e todas essas coisas. Gosto muito. Na verdade, eu gosto muito de você e esse é todo o problema.

— Scorpius, o que você está falando?

— Droga, Rose, eu estou falando que eu gosto de você! Gosto mais que amigos. Gosto tipo amo. É isso, eu amo você, Rose. Sou doido por você há mais tempo do que consigo dizer e aparentemente todo mundo sabe. Como é que você não percebeu isso ainda? — ele estava quase gritando agora. Aquela era certamente a pior declaração de amor da história. Respirou fundo — Eu amo você, Rose Weasley e eu não quero ser seu amigo com benefícios. Não consigo mais fazer isso. Quero ser seu namorado. E se você não quiser, tudo bem. Mas acho que você deveria saber de tudo isso.  

A garota ficou quieta. Muito quieta. Pálida como um fantasma e tão estática que mal parecia estar respirando. Os olhos castanhos muito arregalados.

— Isso não tem graça. — ela falou por fim. A voz saindo quase em um sussurro.

— O que?

— Não tem graça brincar com esse tipo de coisa.

— Eu não estou brincando!

— Scorpius!

— Eu não estou brincando! Por que diabos eu brincaria com esse tipo de coisa? Você acha que eu sou louco? Bom, talvez eu esteja ficando louco, mas só porque estou apaixonado por você e isso está me enlouquecendo.

— Por quê?

— Por que o que?

— Por que você gosta de mim?

— Que espécie de pergunta é essa, Rosie? Porque eu gosto!

Ela balançou a cabeça negativamente.

— Não. Tem que ter algum motivo, se isso é verdade.

— Se isso é verdade? Você acha mesmo que eu estou mentindo?

— Eu não sei, Scorpius! Você não pode despejar esse tipo de coisa em mim do nada e esperar que eu não ache estranho.

— Você também achou estranho quando o Ronan te beijou?

— O que?

— Eu vi, Rose. Eu vi você beijando o Ronan!

— E daí? Isso não vem ao caso. Não tem nada a ver com o que está acontecendo aqui.

— É claro que tem. Eu quase ouvi o som da droga do meu coração partindo, enquanto você beijava aquele idiota. E você fica duvidando dos meus sentimentos.

— Eu só estou tentando entender!

— O que é tão difícil te entender?

— Que você goste de mim desse jeito...

— Rosie, para. Como é que eu não gostaria de você, pelo amor de Merlin!

— Scorpius, por favor, por que você gostaria?

Ele balançou a cabeça.

— Você já prestou atenção em si mesma? Porque pra mim você é a pessoa mais apaixonante do planeta. Você é inteligente e divertida e criativa. É questionadora e apaixonada pelas coisas e firme nos seus ideais. Você usa roupas coloridas e óculos estranhos e me faz ver as coisas de uma forma diferente. Você gosta de piqueniques na beira do lago negro e odeia rosas e acredita em astrologia e faz amizade com qualquer um. Literalmente qualquer um. E você fala demais e gosta de chamar a atenção e se intromete em tudo, às vezes isso é irritante. Mas mesmo quando me irrita, eu ainda amo isso em você. E, bom, beija bem e é linda. A pessoa mais bonita que eu já vi. Desde a primeira vez que coloquei os olhos em você, não consegui mais tirar. Então, Rosie, como eu poderia não amar você?

Os olhos da menina estavam marejados.

— Eu... eu... eu preciso pensar, Scorpius. Tudo isso é muita coisa. Eu preciso pensar.

Foi como se o garoto houvesse sido atingido por um soco no estômago. Mas ele entendia. Ao menos, achava que sim.

— Tudo bem.

Rose olhou para Scorpius por um longo minuto antes de sair do cômodo. A música invadiu a sala, quando ela passou pela porta. Era uma canção alegre, o que só fazia tudo parecer ainda mais triste e errado. Ainda assim, Scorpius também se sentia mais leve. Talvez tudo tivesse ido para o inferno naquela noite, mas pelo menos ele não estava mais se apoiando em mentiras e medo. Pelo menos, Rose sabia a verdade. E talvez uma pessoa devesse saber quando era amada, mesmo que não quisesse esse amor ou pudesse retribui-lo.


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Notas finais do capítulo

Eu não sei nem o que dizer, apenas sentir haha
Espero que tenham gostado ♥
Já voltou com o próximo!
Beijinhos,
Thaís