La Lumière Au Bout Du Tunnel escrita por Mercenária


Capítulo 13
Capítulo 13 - Hannah!


Notas iniciais do capítulo

*-*
Leiam as notas finais...

Boa leitura!



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13 - Hannah

PDV ANNIE

Em minutos, eu veria minha irmã! ¬¬ Ora, que inferno...

-Se acalme Ann... relaxe! - Luke pediu ao me deixar ao lado do carro que alugamos. Combinamos de não irmos juntos, afinal, Hannah não é idiota e desconfiaria de algo. De algo que talvez nem dê certo...

-Ok! - sussurei mordendo nervosamente o lábio inferior. Franzi a testa em concentração. "Se eu for cuidadosa e a hospedá-la bem... talvez ela nem fiquei muito tempo! Ah... que tolo engano Annie!"

-Bom... melhor você ir! Não vai querer se atrasar né?!

-Claro... - ele arqueou as sobrancelhas. -... que não! - emendei apreensiva. Apertei o volante do carro, morrendo de medo e suando bicas. Coloquei o cinto de segurança.

-Tudo bem, ate mais tarde! - Luke afagou meu rosto e se afastou do veiculo. Demorei alguns segundos para notar que eu devia colocá-lo em movimento. Suspirei e antes de botar a chave na ignição, passei a costa da mão pela testa, secando-a.

Liguei o carro.

Como era automático, movi a marcha apenas uma vez e ele ja estava entrando em movimento. Logo Luke desapareceu pelo horizonte e então, eu me senti sozinha e desprotegida. Hannah era desagradável e fútil... não a odiava, mas também não a idolatrava. Eu tinha noção de que, tinha que ter um carro grande para todas as malas dela caber dentro do automóvel. Por isso, Luke me sugeriu pegar um Suzuki grand vitara, um típico carro americano. Grande demais! Mais bastava...

Entretanto, eu estava uma pilha. Precisava relaxar urgentemente! Liguei o radio e uma musica tipicamente americ...

{n/a: ouçam a seguinte musica:  http://www.youtube.com/watch?v=uDkBzkA9L4s&feature=fvsr}

-Ah Ann, agora o que você tem contra os americanos?! - perguntei-me em voz alta. Tudo bem, a musica era agradável e tirava aquele silencio perturbador de dentro da cabine. Só fazia 5 minutos que eu estava na estrada de uma viagem de 25 minutos... e eu ja queria dar meia volta e implorar para que Luke viesse comigo e mandasse minha meia-irmã se ferrar.

Concentrei-me na letra e melodia da musica. Tinha batida, mas... era suave! Boa de se ouvir quando esta sozinha. Evitou que certos pensamentos se aflorassem em minha mente. Pensamentos tipo: o que minha irmã iria falar quando me visse?! Soltar uma de suas perolas? Me criticar? Ou... eu estava apostando nessa... falar futilidades sobre si mesma?! É, essa ultima é bem mais provável...

Respirei fundo.

E repeti a ação varias vezes, ate sentir meus músculos relaxando lentamente. Parece que eu estava pronta para uma batalha que envolvia vida Vs. morte! Ou um ou outro... nunca os dois! ¬¬ Mas... eu estava com medo de rever minha irmã. Apesar desse rancor, eu ainda sentia aquele amor fraterno por ela...

"Tenho que parar de ter o coração mole demais...". Isso acaba comigo. Tamborilei os dedos no volante no ritmo da musica. Ate que ela estava me acalmando. Foi quando eu realmente percebi que deveria ter tomado um calmante. Pois em minha frente, se estendia um grande engarrafamento. Merda, eu ia me ferrar bonito!

[...]

Estacionei o carro apressadamente em qualquer vaga perto do aeroporto. Num trajeto de 25 minutos, gastei praticamente 1h. Sinto minha morte próxima... ou pior, o sermão próximo. Saco de transito!

Sai do carro e liguei o alarme. Às pressas, andei pelo estacionamento. Entrei quase correndo no saguão. Fui para a plataforma 8, que seria onde minha irmã estaria saindo, ou me esperando. Olhando para todos os lados, procurando-a. Mas não estava a achando.

Merda!

Parei no meio do salão de desembarque. Eram muitas pessoas, ali o fluxo era enorme. Acho que um vôo tinha desembarcado agora. Estiquei-me nas pontas dos pés para tentar ver melhor, mas ainda assim não conseguia. Coloquei uma mão na testa e a outra na cintura. Perdi minha irmã! Rá, ótimo... "Bela Annie..."

-Ola irmãzinha! - meu sangue gelou e olhei lentamente para trás.

PDV PETER

-Ei Charlie... como esta o estoque? - perguntei conferindo a imensa lista que tinha em mãos. Confie em mim, ser gerente de uma loja é um inferno!

-Faltando algumas coisas... sobrando outras... o de sempre Peter! - ele disse com um ar cansado. Também não é fácil cuidar de um estoque... sozinho! ¬¬

-Confira de novo... preciso de números, ok? - falei e ele assentiu. Lancei-lhe um olhar solidário. Charlie entrou pela portinha do estoque e ali eu soube, ele demoraria horas reorganizando tudo novamente. Mas... o que eu podia fazer?

-Peter, esta faltando lixa! - Rebecca disse, antes mesmo de chegar perto de mim. Suspirei.

-Como assim "faltando"? Não recebemos lixas a uns dois dias? - perguntei checando na lista em minhas mãos. Que saco!

-Mas foi você que fez o pedido?

-Não, eu deixei o pedido com o meu superior... - minha voz morreu. Ele não fizera a merda do pedido. "Desgraçado de uma figa!"

-É, eu sei... por isso esta sobrando prego! - exclamou. - E tinta azul e faltando branca! - ela ia começar a falar demais.

-Ok, eu entendi Rebecca... fica fria! - falei. Respirei fundo. - Qual o tamanho da encomenda de lixas?

-Grande... muito grande! É para uma construção nova de um hipermercado aqui perto!

Bati a mão na testa.

-Vai dando seu jeito ai na frente, eu vou dar um jeito no estoque! - falei e ela cruzou os braços. - Pode ser?

-Tá... eu me viro! - resmungou e saiu pisando forte com seus salto alto. Antes de eu entrar no estoque, meu celular vibrou no bolso da calça jeans.

O nome "Emy" piscava freneticamente no visor.

-Fala... - atendi. Eu já tinha problemas no trabalho demais para lidar com ela agora.

-Pete... - gemeu com uma voz fraquinha. - Eu não to legal! - disse num sussuro que quase não ouvi.

-O que foi? - preocupei-me. Eu acabei esquecendo que minha cabeça estava prestes a ir para a guilhotina senão resolvesse o problema do maldito estoque. - Emy?

-Oi? - sua voz estava extremamente baixa.

-O que você tem? - perguntei coçando a testa.

-Sinto dores no corpo... minha cabeça esta explodindo... um enjôo do caramba que ja quase me fez vomitar as tripas... e acho que tenho febre! - explicou baixinho. Engoli seco.

-Estou indo pra casa! - falei largando a prancheta cheia de folhas em cima do balcão.

-Não precisa Pete, eu liguei para você ligar para alguém vim cuidar de mim... - choramingou.

-Nada disso! Ate parece... que tipo de irmão seria eu se fizesse isso? - perguntei retoricamente. - Deita na sua cama... chego ai, no maximo, em 10 minutos! - falei e desliguei o celular antes que Emy me convencesse a ficar aqui no trabalho e mandar alguma outra pessoa ir cuidar dela.

Olhei ao redor, meio perdido. Eu tinha que avisar a alguém que estava saindo. Minha mente logo disparou: "Charlie" como solução. Entrei no estoque e ele estava com uma prancheta em mãos, anotando o que faltava e o que sobrava de cada objeto que ali continha. E não eram poucos. Mas ele era rápido e já estava na metade do dever.

-Ei Charlie... - chamei-o, sobressaltando.

-Hm? - e voltou sua atenção para o que fazia.

-Estou vazando...

-Hãn? - ele me olhou assustado e surpreso.

-Minha irmã esta passando mal e precisa de mim! - falei. Ele arqueou as sobrancelhas. - Tenho que ir cuidar dela... consegue segurar as pontas?

-Érr... - ele hesitou. - Claro, claro que consigo! - disse meio nervoso.

-Ótimo! Se alguém perguntar, fala que amanha eu faço hora extra e resolvo os problemas eminentes daqui... - ele assentiu. - Fui! Ate mais...

-Ate... - Charlie disse dando-me um breve aceno. Sai em disparada do estoque e andei pela loja, com destino ao estacionamento. Rebecca que atendia a um cliente, me olhou curiosamente, mas logo voltou sua atenção ao comprador.

Sai da loja.

O ar ali fora era menos tenso. Mais fresco! Sem cheiro de pó e... sei lá o que mais! Corri ate meu carro. Um mustang, ano 80. Meu xodó que ganhei do meu pai aos dezesseis anos. Abri a porta e entrei, fechando-a com força. Liguei o carro e arranquei. A preocupação martelava em meu peito. O que aquela doida fez dessa vez?! ¬¬

PDV HANNAH

Suspirei com um sorriso no rosto.

-Você cresceu, Aninha! - falei olhando-me no espelho do pó compacto, enquanto ajeitava minha sobrancelha que estava levemente desarrumada. Umedeci os lábios. - Eu não esperava encontrá-la desse tamanho...

-Hmm... pois é! Eu cresci... - e ela repetiu o que eu havia acabado de falar. Num movimento feroz, fechei o pequeno objeto que eu tinha em mãos e a fuzilei com os olhos, mantendo a expressão severa.

-Porque demorou? - perguntei rudemente. Ela se encolheu no banco do motorista.

-Transito, Hannah! Fora o transito que me atrasou... não tive culpa! - se defendeu mantendo o olhar fixo a sua frente.

-Claro que teve culpa! - sibilei e ela tornou a se encolher. - Se tivesse saído de seu apartamento mais cedo, teria chegado adiantada e não pegaria o engarrafamento! - falei ajeitando distraidamente meus cabelos.

-Tudo bem, tudo bem... eu sou culpada! - murmurou mais alguma coisa que não me dei o trabalho de ouvir.

Silencio.

Ja disse que ODEIO silencio? Não?! Então... eu odeio silencio! ¬¬ É chato e... irritante! O silencio me estressa, pois nunca fui de ficar quieta. Coloquei uma mecha de cabelo atras da orelha. Abri minha bolsa Louis Vuitton original e procurei por um CD recentemente gravado com minhas musicas preferidas.

-E então... - Aninha tentou puxar um assunto. Não liguei muito. - Como estava sendo as coisas na Florida? - perguntou. Continuei minha busca, ignorando-a.  Achei o que tanto procurava.

-Essa bagaça funciona? - perguntei apontando para o radio.

-Sim... - respondeu com um suspiro.

Enfiei o CD no compartimento e esperei a musica começar. A primeira musica começou a tocar, Decode de Paramore. Depois de um filme de grande bilheteria, a musica explodiu. E se tornou a minha preferida. A face de minha meia irmã estava entalhada em choque e confusão.

-Acho que tudo na Florida esta indo bem... - respondi a pergunta dela. -Eu não noto a diferença! E você, como esta?

Ela ficou calada. Estava tensa, continuei olhando-a durante 8 segundos seguidos. Mas me cansei e procurei por um espelho e achei o retrovisor. "Hmmm... meu batom esta saindo, eu preciso..."

-Porque veio? - e ela rosnou para mim. Ai, que medo! ¬¬ - Sabe, eu estava MARAVILHOSAMENTE bem antes de VOCE aparecer... - disparou. Analisei minha unhas vermelhas. -Sabe Hannah, minha vida é bem mais fácil longe de você e...

-Poupe-me da ladainha Aninha! - falei monotonamente.

-Você é meu inferno pessoal! - esbravejou. "Ah... estava demorando!"  Olhou para mim com fúria. - Se você me desse só um pouquinho mais de importância para mim, talvez o mundo fosse melhor! Mas nããããoooo...

-Annie, cala a maldita boca! Não to afim de ouvir você... - e olhei para frente. - CUIDADO!

Annie freou o carro bruscamente, fazendo rodar. Giramos pela pista vazia. Fui lançada para a frente, mas o cinto de segurança evitou que eu voasse pelo pára-brisa. Eu e Annie gritávamos. E o carro parou cantando pneus. Minha respiração era arfante. Eu estava assustada, oras! Mal cheguei a Amsterdã e minha meia irmã tenta nos matar... RÁ, ótimo! Um sinal do amor dela por mim ¬¬

-Da onde aquele animal surgiu? - sussurou assustada e pálida demais.

-Eu é que sei? Você esta dirigindo... tem que ficar atenta! - disparei para ela.

-Obrigada Hannah, obrigada... você não sabe o quanto eu ansiava por essas palavras! - disse irônica.

-Disponha, Aninha! -  falei e olhei minha roupa. - Draga Ann, você amarrotou minha roupa! Mais que merda viu... - reclamei. Ela suspirou e tornou colocar o carro em movimento. "Ótimo, quero ver como vou sair daqui de dentro agora..."

FIM DO CAPITULO


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Notas finais do capítulo

N/a: Eu sei que nao recebi muitos reviews no capitulo anterior... mas, eu prometi e estou cumprindo!
Eu recebi mais uma recomendação...
Ô/
Obrigada Carol, ah fiquei super emocionada com tuas palavras! *_*
Obrigada a todas (os) que estao comentando... voces sao o meu gás!

PS: It's my birthday... e nao, eu nao vou falar: kiss me! HSUASHAUSHAUSHAUHSAUSHAU... Entao... tá bom, calei! KSAOKSOASKOA



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