Nunca mais só. escrita por Shaina


Capítulo 20
Capitulo bônus! -Edward Cullen.


Notas iniciais do capítulo

Gente esse Capitulo tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, por que é apenas para vocês conhecerem Edward e a versão dele da história, voltaremos a algumas das coisas que ele fala depois prometo!



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Em choque, era a primeira vez que Edward Cullen ficava em choque completo, nunca em toda a sua vida achou que iria se sentir assim, completamente travado no lugar como se não conseguisse se mover, mal conseguia respirar com toda aquela bomba caindo no salão. 

 Mal ouvia Bella, não conseguia acreditar que a mulher que o pai vinha procurando a tanto tempo, que Jasper procurava com tanto afinco estava ali, e era sua noiva. Isabella Swan era a escritora de as fatalidades. Isabella Swan, que tinha sido encontrada quase no mesmo ano que o jornal começou, que havia sorrido e mentido para todos no reino. 

—Edward, venha. -Ele ouviu Alice e sem perceber seguiu a irmã para fora do baile, Alice subiu com ele para o quarto totalmente em silencio, assim que cruzaram a porta a irmã serviu um copo de uísque e lhe entregou, ele bebeu o liquido se sentindo pela primeira vez  registrar tudo que tinha acontecido. 

—Ela realmente fez isso. -Ele conseguiu dizer. 

—Ela ia te contar hoje, e depois para os pais e os nossos pais. -Alice murmurou se sentado ao lado dele. -Mas Tânia... 

—Você sabia? -Edward finalmente conseguiu registrar as informações daquela noite, com sua irmã e Rose se pondo ao lado da noiva dele quando todos se afastaram, como nenhuma delas parecia surpresa. 

—Edward. -Alice tentou, mas o choque estava passando e a raiva ameaçava cega-lo. 

—Saia daqui Alice. -Ele avisou. -Saia e vá encontrar seu marido. 

 Ele se ergueu do sofá entrando para a ala do quarto e batendo a porta com força, todo seu corpo tremia, mal tinha entrado no quarto quando notou que ainda trazia consigo o copo vazio, atirou o copo na parede o ouvindo se estilhaçar em pedaços. 

 Esfregou o rosto com força tentando acordar de um sonho ruim, aquilo só poderia ser um sonho ruim, não era possível que tinha ficado tão cego por ela que não tinha visto nada, não acreditava que tinha sido enganado. 

 Sua mente voou para longe, quando um soldado entrou no palácio no começo da manhã quase quatro anos atrás, a notícia de que sua prometida e prima tinha sido encontrada viva e bem, com eles uma foto que Edward se agarrou tentando notar os detalhes da mulher com quem deveria se casar. 

  Os cabelos chocolates estavam presos e seu rosto parecia assustado, os olhos chocolates que mal encaravam a lente, a roupa de segunda mão, mas mesmo assim ele podia dizer que ela era linda, havia uma adrenalina correndo em suas veias agora, o deixando inquieto e querendo ver mais, saber mais. 

 Edward tinha crescido um verdadeiro romântico sonhador, tudo em sua volta foi moldado para ser o futuro rei e para se casar com aquela garota, mesmo que ninguém lhe impedia de ir, de sair e de se envolver se quisesse, ele mal conseguia, as poucas vezes que esteve com outras mulheres não conseguia parar de pensar que estava traindo a sua noiva, mesmo que nem se quer soubesse que ela estava viva. 

 Naquele momento ele finalmente tinha um rosto para colocar em seus devaneios e sonhos, seria uma questão de tempo agora, quando ela estivesse pronta e um pouco mais velha, ela seria dele e os dois teriam uma vida regada de amor e companheirismo. 

 Edward riu da ironia daquela lembrança, sentado no chão do quarto puxando os fios cobres da cabeça ele pensou em como mentir para ele foi fácil para ela, em como ela conseguia esconder algo assim e conversar sobre o assunto com ele, quantas vezes comentou com ela como admirava a escritora em questão, e tudo que ele conseguia pensar no momento era como ela deveria ter rido da sua cara de idiota. 

 As horas passaram se arrastando naquela noite, infeliz e tentando entender tudo que não podia, não queria, não estava preparado para entender. O pai dele entrou no quarto o vendo sentado no mesmo lugar, Edward viu o pai soltar o ar do pulmão com força como se quisesse evitar o que viria a seguir. 

—Eu e sua mãe vamos nos encontrar com os Swan esta tarde. -Ele falou parando perto do filho. -Ouvir o que Isabella tem a dizer. 

—Se eu quiser respostas tudo que eu preciso fazer é reler cada maldito jornal. -Edward respondeu bufando. 

—Há sempre mais histórias do que sabemos filho. -Carlisle se abaixou e tocou seu ombro, os olhos dourados se encontrando. -Ela merece uma chance de contar sua versão dos fatos. 

—Ela perdeu essa chance quando precisamos ficar sabendo pela boca de outra pessoa. -Edward se sentiu estremecer. -Não há muito tempo estávamos todos na casa de Emmett falando sobre isso, ela estava lá e escolheu se manter calada, então me desculpe por não querer ouvir. 

—Ela é sua noiva. -Ele ouviu a voz da mão e olhou para porta, Esme estava com os braços cruzados e se encostava no batente, ela nunca faria uma pose daquela em público. 

—Não tenho certeza disso. -Ele murmurou, mas só a ideia lhe causou mais dor do que ele poderia dar conta. 

—Se mudar de ideia me avise. -Carlisle pediu e se ergueu, os pais o deixaram sozinho de novo. 

 Decidido a ignorar tudo ele trocou de roupa e foi para a cama, deitado ele tentou dormir, mas sua mente continuava girando voltando para a primeira vez que ele a viu, o sorriso que ela mostrava para Rose, a cabeça um pouco para trás como se precisasse de mais ar. 

—Pare. -Ele gritou para o senhor nas rédeas dos cavalos. 

 Não desceu ou se moveu, seus olhos deslizando sobre a morena que ele sabia ser Isabella Swan. Ela vestia um vestido laranja florido, os cabelos presos, e mesmo assim alguns fios insistiam em lhe cair pelo rosto. Por alguns minutos ele apenas ficou ali parado mal respirando vendo-a interagir com uma loira que mais tarde ele saberia ser Rosálie. 

—Podemos ir. -Ele avisou. Tudo que queria era ir e se apresentar, ver como os olhos dela ela de perto, como ela reagiria a ele, mas sabia que apreçar as coisas não acabaria bem e ela precisava de tempo para se adaptar a vida da alta sociedade. 

A ironia era que Bella tinha ditado o movimento da alta sociedade, toda vez que debochava de algo ou elogiava algo, as pessoas queriam acompanhar suas ideias e suas regras, com seu jornal ela tinha colocado fogo em Ignis. 

 Ele bufou olhando para o teto, já era normal não tira-la da cabeça, mas naquele momento ele não conseguia nem mesmo dormir com todas as memórias lhe atacando, como a primeira vez que realmente esteve perto dela, aquele fatídico baile. 

—Você precisa de uma roupa azul marinho. -Alice falou entrando em seu escritório sem bater na porta, Edward apenas encarou a irmã surpreso que ela estava ali, não tinha a visto desde que ela tinha se hospedado na mansão Swan. 

—Saudades também baixinha. -Ele falou rindo, ela colocou as duas mãos na sua mesa se inclinando para ele. 

—Isabella vai estar de azul como a noite no baile. -Alice continuou sem se importar com ele. -E você tem que estar combinando com ela. 

—Não acho que ela saiba da sua intromissão, sabe? -Edward questionou 

—No dia que esse segredo idiota acabar, eu conto pra ela. -Alice sorriu. -Quando vai ser? Quando vão contar para ela do compromisso de vocês? 

—Na semana que vem, depois do baile vou começar a visita-la e então quando ela tiver acostumada comigo, contarei a ela. -Edward prometeu, Alice assentiu. 

 Depois daquilo ele tinha realmente arrumado uma roupa combinando com a dela, mas com uma roupa de última hora ele tinha se atrasado para o baile e quando chegou a viu nos braços de Jacob Black, sua vontade era de ignorar tudo e todos e simplesmente andar até ela, mas em vez disso se obrigou a ir até os pais e a sua família que se encontrava perto do trono. 

 Eles armaram cada minuto daquela noite, por isso menos de cinco minutos no salão ele a tinha na pista em seus braços, e cada segundo parecia a eternidade, Edward notou naquele momento que não queria solta-la nunca mais, dane-se suas obrigações reais, dane-se os Black e a tentativa de encantarem Bella, ali enquanto olhava nos olhos chocolates mais brilhantes que ele já viu, ele soube que lutaria para tê-la. 

—Romântico idiota! -Edward praguejou e puxou o travesseiro para o rosto, tentava a todo custo respirar e esquecer, era só o que ele queria, apagar tudo aquilo todos aqueles dias com ela, o beijo roubado no casamento da irmã dele, a promessa de que nesse ano os dois finalmente ficariam juntos. 

 E Deus ele tinha contado os minutos para aquilo, se perguntando a todo momento se ela precisava dele, mal conseguia ficar parado e quem dirá dormir, então soube que iriam encontra-los no sitio dos Swan, e ele mal tinha pisado na casa e tinha agarrado um cavalo para encontrá-la, desesperado por seu olhar. 

 O pedido de casamento, ouvi-la dizer sim, nada mais importava naquele momento. E era por isso que ele se esforçava nas horas que passavam juntos, nas vezes que ele a via sorrir, ou como ela gargalhava, ou nos momentos em que ela apenas apertava sua mão como se nem se quer percebesse o que estava fazendo. 

 E agora naquele momento, tudo tinha ido por água a baixo, com segredos e mentiras, ele não sabia lidar com a situação, não sabia o que fazer para acalmar a sociedade, que com certeza teria veneno para destilar, não sabia como protege-la deles, ou proteger a si mesmo. 

 Em algum momento ele pegou no sono e só acordou tarde, desceu as escadas e encontrou os pais chegando, ele olhou para eles se controlando para não exigir nenhuma resposta, o pai o olhou nos olhos e suspirou. 

—É uma história e tanto. -Carlisle disse e sorriu. -Ela é muito inteligente, e tem um bom coração. 

—Qual a justificativa para mentir? -Edward questionou, a mãe suspirou subindo alguns degraus para ficar ao seu lado. 

—Ela não nos deu uma. -Esme tocou seu ombro os olhos demonstrando um sentimento que Edward não conseguia decifrar. -Ela não tentou criar mentiras, ou desculpas, ela nos contou a verdade, como tudo começou e como elas fizeram isso. -Esme lhe deu um sorriso cansado. -Ela vai ficar bem, é forte de mais. 

—O que vocês falaram sobre mim? -Perguntou, pois queria saber o que os pais tinham decidido. 

—Nada. -Carlisle deu de ombros. -Lhe dissemos que você precisava de tempo, e que se quisesse terminar o noivado teria que ir até lá. -A mãe continuou subindo as escadas, o pai começou a acompanha-la. -Tome seu tempo Edward, mas não se esqueça que uma hora tudo isso vai se acalmar. -Ele olhou para o pai. -Isabella é uma mulher linda e forte, se você lhe deixar livre, deve se lembrar que ela não ficará assim por muito tempo. 

 Então ele foi deixado sozinho, com a mente pegando fogo, queria saber mais, precisava de mais, mas nenhum dos pais parecia lhe querer dizer. 

 Durante a semana que se seguiu ele fez o que lhe era obrigado, ele trabalhou e sempre que alguém falava sobre “As fatalidades” ele os cortava, não queria ouvir, mas também não permitiria que a atacassem, então deixava claro seu posicionamento sobre o assunto, ninguém ousava falar dela perto dele. 

—Edward. -Alice entrou no seu escritório lhe dando um sorriso fraco, Edward ainda estava com raiva da irmã também. -Bella me pediu para lhe entregar isso pessoalmente. 

—Deixe na mesa. -Ele respondeu continuando a ler o relatório em sua mão. 

—Ela escreveu uma carta para você, e um último artigo, esse fala sobre tudo. -Alice colocou na mesa e suspirou. -Não pode nos odiar para sempre Edward. 

—Eu não odeio vocês. -Ele respondeu olhando os papeis que ela colocou sobre a mesa. -Eu só estou cheio de serviço, e estou com raiva. 

—Tudo bem. -Ela assentiu e deixou o escritório, ele suspirou se recostando na cadeira e olhou para o papel como se ele fosse começar a falar e contar tudo sem que ele precisasse lhe tocar. 

 Durante dois dias ele não teve coragem de abrir nenhum dos dois, ele ouvia os sussurros sobre o artigo, tinha sido publicado e distribuído por todo o reino, todo mundo tinha uma opinião sobre o assunto, cansado de levar aquilo para baixo e para cima ele se sentou no sofá da sua antessala e abriu a carta. 

Querido Edward, 

Eu sei que tudo é uma bagunça e que eu deveria ter lhe contado, e eu tentei. 

Eu iria te contar naquela noite, Tânia só foi mais rápida, e eu sinto muito, 

Sinto muito que as coisas tenham perdido o controle tão rapidamente,  

Sinto muito por te decepcionar. 

Você tem todo direito de ficar com raiva de mim, eu fiquei de você quando descobri tudo, 

Seria hipocrisia pedir pra me perdoar antes de se sentir realmente pronto. 

Se você decidir acabar com tudo de uma vez por todas me avise,  

Até lá continuarei pensando em nós como uma possibilidade, com um futuro disponível. 

Aqui está toda a verdade, mas se tiver alguma dúvida eu estou disposta a responder qualquer coisa. 

Eu te amo Edward, do fundo do meu coração e eu espero podermos resolver isso, juntos! 

 Uma vez que ele chegou ao fim da carta sua garganta já estava fechada e sua raiva já tinha o consumido de novo, foi difícil controlar os sentimentos para pegar o artigo e começar a lê-lo, e a cada nova palavra ele ficava mais envolvido na narrativa. 

 Ele ordenou que trouxessem o Soldado Felaris para encontra-lo, assim que o homem estava no castelo tinha sido indicado para seu escritório, Edward tinha bolado cada próximo passo para que aquilo acabasse do jeito certo, do jeito que provavelmente teria terminado se Bella simplesmente tivesse lhe contado antes de outra pessoa o fazer. 

—Alteza. -A reverência quase passou despercebida por Edward, ele tinha muito na cabeça para se preocupar com regras de Etiqueta. 

—Eu tenho um trabalho para o senhor. -Edward apontou a cadeira a sua frente onde o soldado se sentou. -E você nunca falará sobre isso com ninguém além de mim, entendeu? 

—Sim senhor! -Faleris assentiu e esperou, Edward então colocou sobre a mesa todas as colunas já publicadas por Bella. 

—Eu quero que você encontre cada pessoa que pode fazer mal a minha noiva. -Edward tinha deixado o juízo para trás a algum tempo, agora ele só pensava em quem iria sair de palavras para realmente tentar algo contra Bella. -Você lerá cada um dos jornais e irá pontuar aqueles que ela atacou de um jeito pior, esqueça roupas ou futilidades, eu quero os segredos pelo qual pessoas matariam. 

—E o que o senhor quer que eu faça com isso? -Faleris questionou pegando os jornais. 

—Irei montar um grupo de soldados ao qual o senhor comandará, e esse grupo deixará bem claro pra qual quer um deles que se forem atrás de Isabella Swan estarão declarando guerra ao trono, e eu irei mandar caçar a matar qual quer um que ouse ferir a futura rainha deste reino, entendido? 

—Como água cristalina alteza. -Faleris se ergueu com todos os jornais e olhou para Edward uma última vez. -Eu não irei falhar senhor. 

 Naquele mês seguinte ele trabalhou o triplo, ainda recebia vez ou outra notícias da sua noiva que aparentemente evitava bailes, frequentava a biblioteca e evitava a alta sociedade. As notícias que ele recebia do público no geral era até melhor que ele imaginava, parte do povo parecia adorar sua desventura, sua coragem. 

—Ela estava de preto mãe, e era um vestido maravilhoso. -Alice estava conversando com a mãe na sala de estar, sua barriga começava a aparecer. 

—De quem vocês estão falando? -Edward questionou se jogando ao lado da mãe. 

—Bella. -Esme falou, Edward ficou alerta, geralmente evitava qual quer assunto a ela, pois ainda não sabia o que dizer a ela, não enquanto poderia haver pessoas querendo feri-la lá fora. -Aparentemente a Condessa a convidou para o baile ontem à noite, e Isabella resolveu ir com um vestido preto. 

—Ela parecia um anjo da morte. -Alice declarou. -Impotente e lindo. Metade do salão quis dançar com ela. 

—Metade do salão são homens irmãzinha. -Edward rosnou, mas a baixinha nem se quer se doeu, ela lhe deu um sorriso em vez. 

—Continue a deixando livre Edward, alguém vai achar que ela está solteira e colocará uma aliança no dedo dela antes de você. -Alice avisou. 

—Alice pare. -Esme pediu. -Edward querido. -Esme tocou a mão fechada do filho, o ciúmes tinha o atingido com força. -Bella vai para a fazenda dos pais hoje. 

—Eu estarei no jardim lendo se precisarem de mim. -Ele disse apenas se erguendo e saindo. 

 Não é que ele ainda estivesse com raiva de Bella, na verdade ele estava com raiva de si, com raiva de não ter visto de não ter entendido, com raiva por pensar que alguém poderia feri-la e ele não poderia protege-la sem saber contra quem estaria lutando. Ele se sentou e começou a tentar ler, aqueles eram os antigos jornais, estava os estudando para entender quem seria o próximo a tentar algo. 

 Faleris tinha pego dois homens da alta sociedade circulando a casa dos Swan’s a espera de pegar Isabella sozinha, um deles tinha sido atacado por ela naquele mesmo ano sobre um filho ilegítimo no casamento. 

—Oi. -Edward ouviu quase em um sussurro, ele se virou e olhou para ela por inteiro, era Bella e ela estava ainda mais linda. 

—O que você está fazendo aqui? Como entrou? -Ele perguntou ficando de pé. 

—Eu preciso falar com você. -Bella avisou e ele riu sem humor. 

—Eu não quero falar com você no momento. -Edward avisou. 

—Eu estou indo para a fazenda. -Bella disse quando ele começou a juntar os papeis, não queria que ela visse o que eram, não queria que ela entendesse, pois se nota-se ele teria que explicar, e aquela não era a hora. -Ficarei lá por um tempo, apesar de metade da alta sociedade ter demonstrado se divertir com tudo e até demonstraram um tipo de agradecimento ontem, eu ainda vou. 

—Ainda não entendi o que está fazendo aqui. -Edward estava sendo grosso, a ideia mal tinha cruzado sua cabeça e ele já estava agindo, se ele simplesmente se conversasse com ela, talvez ela mudasse de ideia sobre ir, talvez ele mudasse de ideia de deixa-la ir pra longe dele de novo, e então ele ficaria louco sem pegar todos os que poderiam machuca-la. 

 Ela agarrou seu braço quando estava prestes a sair de perto dela, pois precisava respirar e se acalmar, sentiu ela colocar algo em sua mão e surpreso com o frio do anel em sua palma ele sentiu o choque voltar. 

—Eu te amo, você sabe onde me encontrar se achar que vale apena se casar comigo, senão eu acho que está na hora de te deixar livre para ser feliz. -Ela falou. -Se eu ficar com esse anel um noivado que não tem existido no último mês vai continuar assombrando nós dois, e então tudo que você fizer irão me contar para me ferir, se eu não levar esse anel então você está livre para tomar suas escolhas e eu darei um jeito de entender. 

 Ele olhou para o anel em sua mão e não disse nada, não conseguia dizer, mal conseguia respirar e só desviou os olhos do anel quando ouviu os passos dela correndo para fora o deixando para trás, ainda parado segurando o anel que ele havia escolhido para ela, suas últimas palavras ainda retumbando em seu ouvido. 

—Entendi! Adeus Edward. -Ela mal tinha falado e tinha partido. Alguns segundos tinham passado quando ele correu para fora, mas sua carruagem já estava fora das vistas. 

 Entendeu o que? Ele queria perguntar, pois ele não tinha entendido nada. Tinha ficado um mês sem vê-la e achou que quando isso acontecesse as coisas estariam melhores, sua cabeça estaria melhor, mas como dava para ver as coisas tinham piorado. 

 Ele não diria em uma nota o que queria dizer, também não correu para a ilha, tinha serviço pra fazer ali, lidaria com Bella depois, por isso escreveu duas notas, uma para Charlie pedindo que ele mantivesse Bella longe de Ignis o tanto que podia, e uma para ela ficar longe e deixando claro que ainda haveria conversa. 

 Edward queria dizer que os meses seguintes ele tinha ficado apenas sofrendo por ela, pela ideia de que ela tivesse alguém, mas na verdade ele também tinha estado atolado de trabalho, com confusões fora de Ignis, por isso tinha até mesmo deixado Ignis para resolver tudo, baderneiros não teriam vez em seu reino, principalmente se alguns desses tinha insultos para a mulher que ele amava. 

 Ele estava deitado no sofá do quarto olhando para o teto quando Esme entrou, ela o encarou por um minuto e suspirou, Edward tinha pedido ao pai para não contar a ninguém sobre alguns dos ataques que eles impediram contra os Swan’s, por isso para a mãe ele estava apenas ignorando Bella. 

—Bella vai dar uma festa de inverno. -Ela lhe estendeu o convite, ele tremeu vendo o convite e por um segundo encarou o papel. 

—Eu não sabia que eles tinham voltado. -Ele murmurou, ninguém tinha lhe dito que ela estava em casa, provavelmente por que finalmente eles tinham parado todos os que queriam sangue em vez de paz. É claro que muitas pessoas amavam “As fatalidades”, mas havia aquela minoria que ele tinha passado os últimos cinco meses impedindo de causar mais danos fisícos e psicológicos. 

—Quase um mês agora, é um baile beneficente. -Esme disse, ele assentiu vendo o lindo convite que detalhava o baile. 

—Por que não fui avisado que ela tinha voltado? -Ele perguntou. 

—Não achamos que você queria saber. -A mãe respondeu se erguendo. -Você precisa decidir rápido Edward, ela não vai esperar para sempre, e Deus sabe que toda a sociedade sabe que ela está solteira agora. 

 Ela não esperou ele responder apenas deixou o quarto, o filho bufou vendo a porta bater, os pais não pareciam entender que ele não tinha nenhuma intenção de se manter longe de Isabella de novo, ele lutaria como pudesse, e se tivesse que jogar sujo para fazê-la perdoa-lo, ele faria. 

 Quando entrou pela porta do baile se surpreendeu com tudo, a quantidade de pessoas, a decoração, o fato de que tudo estava melhor do que a maioria dos bailes que ele já participou. Isabella Swan sabia dar uma festa, mas pelo jeito não sabia recepcionar seus convidados já que quem estava fazendo isso era seus pais. 

—A dona da festa está muito ocupada? -Ele questionou sorrindo para Charlie que riu. 

—Acho que está fugindo de você. -Ele avisou, Edward apenas sorriu. 

—Vou deixa-la tentar por essa noite, mas estarei aqui na segunda se o senhor não se importar. -Ele ficou sério olhando para Charlie. -Precisamos resolver isso, de uma vez por todas. 

—Até que fim. -Renée murmurou e tocou o braço dele. -É ridículo você ficar triste de um lado e ela do outro. 

 Eles mostraram a mesa qual foi destinada a família e depois de alguns minutos o leilão começou, Edward observou como Bella estava linda e começava a relaxar, o vestido preto do qual Alice elogiou foi leiloado e a cada peça a cada valor Bella parecia ficar mais surpresa. 

 O caderno começou a ser debatido, mesmo que Bella estivesse de costas para ele, Edward sabia que ela não tinha gostado da surpresa, ele esperou os valores subirem para arrematar o livro, sabia que o salão todo tinha se virado para olha-lo, tentou parecer bem relaxado, mesmo que a única pessoa que ele queria que lhe olhasse estivesse dê costas. 

 Na segunda ele se encaminhou para a mansão Swan, decidido que ele e Bella resolveriam isso de uma vez por todas, com o anel de noivado no bolso ele entrou na mansão e só esperou pedindo a Deus que ela ainda o amasse como ele a amava, e que ela pudesse entender que aquele tempo todo não tinha se mantido escondido dela, ele apenas estava ocupado para que ela pudesse fazer o que amava no futuro.


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Notas finais do capítulo

Comentem e me digam o que acharam!