A Bruxa escrita por Priy Taisho


Capítulo 3
III - Tertium


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Mês das Bruxas e eu pensei: Que tal completar as lacunas que faltam e terminar A Bruxa? Como eu disse, não vai ser uma história longa, embora eu fique tentada a fazer com que seja hahaha
Enfim, espero que gostem ♥

PS: O capítulo ainda não passou pelas devidas correções, então, se você tá vendo esse aviso é porque eu ainda não tive tempo heheheh



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III - Tertium

O caminho para casa tinha sido silencioso.

Tanto Hinata, quanto Sakura estavam perdidas em seus próprios pensamentos para iniciarem uma conversa entre elas.

A Haruno pensava em Sasuke, sobre o colar de proteção que havia dado à ele sob o pretexto de que era um amuleto de sorte e principalmente, os motivos que a levaram a isso. Não podia deixar com que sua curiosidade perante ao humano lhe deixasse vulnerável, mas ao mesmo tempo, tinha medo de que suas companheiras de Coven descobrissem a existência do tão intrigante Uchiha.

As ações de Sakura perante as bruxas podiam colocá-lo em perigo, principalmente caso uma delas resolvesse atingi-la em algo que ela não pudesse proteger durante todo o tempo.

Pensar que Sasuke poderia ser uma fraqueza, fizera com que ela criasse o amuleto, usando uma de suas pedras favoritas. O rubi afastaria qualquer ser mágico dele, contanto que ele o usasse sempre. Não o protegeria caso algum humano resolvesse atacá-lo, mas ocultaria sua presença daqueles que nunca haviam lhe visto e daqueles que usariam magia para feri-lo.

Era o máximo que ela podia fazer sem chamar a atenção dos demais.

Ela e Hinata se despediram no alto das escadarias e cada uma partiu para seus aposentos. Ao trancar a porta do quarto, Sakura livrou-se das roupas e rumou para o banheiro em busca de um banho quente para que pudesse relaxar.

Enquanto a agua quente preenchia a banheira e desfazia os sais de banho, ela pediu para que os deuses fizessem com que Tsunade pudesse tomar a decisão correta para a salvação de seu povo, que cuidassem das almas das irmãs falecidas e por último, que protegessem o taberneiro.

A sensação de algo estava errado não havia sumido, mesmo enquanto a água quente relaxava seus músculos pouco a pouco. Ela fechou os olhos e concentrou-se até o momento em que conseguiu vislumbrar o homem.

Sasuke dormia confortavelmente sobre sua cama, o peito descoberto estava exposto e o cabelo negro espalhava-se pelo travesseiro. Ele ressonava tranquilamente, livre de qualquer preocupação que assolava Sakura naquele momento.

A mulher tornara a abrir os olhos e esticara seu corpo dentro da banheira, incomodada demais para relaxar por completo. Havia algo que ela estava deixando de ver e isso a incomodava, tanto que por um momento ela esteve disposta a revirar tudo o que pudesse para identificar o que estava errado e só não o fez porque aquilo esgotaria todas as suas energias.

As batidas barulhentas na porta do quarto a acordaram de um sono que ela sequer percebera que havia caído. Eram altas, insistentes, acompanhada da voz de Hinata que bradava seu nome todas as vezes em que o punho ia de encontro com a madeira feita de carvalho.

Os olhos de Sakura piscaram confusos, enquanto ela ambientava-se sobre onde estava. A água estava fria e as mãos enrugadas apenas enfatizavam o que ela sabia, havia dormido dentro da banheira.

— Sakura, Sakura!

A mulher de cabelos róseos ergueu-se da banheira e puxou uma das toalhas para que pudesse cobrir sua nudez, andando em passos apressados até a porta do quarto. De relance, ela notou que o dia ainda não havia amanhecido e que não deviam passar das primeiras horas da madrugada.

— Hinata, mas que diabos...?

— Estamos atrasadas. – Hinata falou com seriedade, os perolados passaram pelas vestimentas de Sakura, antes de voltar a encará-la. – É a primeira lua cheia dia do mês, não podemos perder as comemorações. – Ela explicou ao ver que a irmã permanecia com o olhar nublado.

A compreensão tomou conta dos olhos esmeraldinos e logo em seguida, a Haruno deslizava pelo quarto em busca de algo para vestir, abrindo o roupeiro sem cerimonias. Ela puxou um vestido de um dos cabides e quando virou para perguntar o que Hinata achava, ela havia desaparecido.

Se bem havia reparado, Hinata também não estava pronta.

Sakura deixou a toalha sobre a cama e vestiu o vestido vinho, puxando-o até que ele se ajustasse em seu corpo. Ele tinha as mangas cumpridas e abertas, delineava sua cintura, os ombros expostos levavam a um decote pequeno. A saia não era volumosa, mas parecia flutuar conforme os passos da mulher pelo quarto.

Ela tingiu os lábios de vermelho e penteou o cabelo, que caia ondulado – e ainda molhado – por seus ombros, puxou um cordão com uma pedra branca de dentro de uma caixinha de joias e descalça, seguiu para fora do quarto ainda descalça.

Enquanto caminhava, conseguia ouvir a batida acompanhada do coro de vozes que entonavam uma canção antiga, era animada e a bruxa conseguia sentir os pelos de seu corpo se eriçando conforme se aproximava.

Ela seguiu para os fundos, acompanhada de outras irmãs que andavam tão apressadas como ela. Faltava pouco para o início, a lua estava quase em seu auge.

Caminharam por uma pequena trilha, que deu acesso a uma clareira próxima de onde elas moravam. As arvores tinham copas altas, troncos grandiosos e raízes fortes, garantindo que ninguém poderia atrapalha-las naquele momento. Quando o círculo finalmente fosse fechado, estariam invisíveis aos olhos de qualquer humano.

O cheiro das ervas e do fogo eram fortes, as chamas crepitavam ao centro, as labaredas dançando nas sombras em uma sincronia perfeita com as mulheres que se reuniam em volta da fogueira.

Quando a última bruxa tomou seu lugar, era possível sentir toda a energia que circulava entre elas em uma força arrebatadora.

O vento circulava com força, o chão vibrava e logo elas dançavam na ponta dos pés, erguendo as saias para não tropeçar, entrando em contato com os deuses através de suas canções. Pediam por proteção, por poder e sabedoria, ao mesmo em que clamavam para que suas irmãs que haviam partido encontrassem o descanso que mereciam.

Sakura rodopiou, uma das mãos havia encostado no calor do fogo, mas ela não havia sido queimada. Por um breve momento, seus olhos fixaram-se nas chamas e ela conseguiu ver Sasuke, as feições, o sorriso e tão rápido quanto ele aparecera, a imagem esvaíra-se diante de seus olhos.

— O que você viu? – A mão fria de Tsunade sobre seu braço atraiu a atenção da bruxa, que afastou-se da fogueira ainda com uma expressão assustada. – Sakura, o que você viu?

— Uma pessoa que conheço. – A mulher de cabelos róseos respondeu ainda mantendo os olhos nas chamas. – Apenas uma pessoa que conheço.

— Fique atenta à essa pessoa, menina. – Tsunade alertou atraindo a atenção da pupila para si. – Em dias como esse, os deuses mandam avisos sobre o perigo.

— Perigos envolvendo as chamas?

— Sobre o homem que você viu. – Tsunade sorriu fracamente. – Sei do seu envolvimento com Sasuke Uchiha, menina. Aconselho que pare enquanto ainda há tempo.

— Tempo para o que?

— Para se proteger.

Sakura limitou-se a aquiescer e ousou olhar para a fogueira mais uma vez, tendo certeza de que a sombra de Sasuke crepitava sobre as chamas, queimando em um aviso de perigo do qual ela era a única capaz de ver.

A Bruxa

A Taverna estava agitada.

Homens gargalhavam e erguiam suas canecas em brindes exagerados, manchando todo o chão com o líquido grudento de cheiro forte.

Sasuke observava tudo com um vinco entre suas sobrancelhas, as mangas de sua camisa branca estavam arregaçadas até os cotovelos e o pano que ele utilizava para secar a louça permanecia sobre seu ombro há tempos, pois os olhos negros iam de um canto ao outro avaliando os baderneiros em uma tentativa falha de intimida-los.

— Kiba, se não controlar seu amigo vou expulsar ambos daqui. – Ele avisou em um rosnado, batendo a palma da mão direita contra o balcão. – Pro inferno se estão comemorando! – Bradou em resposta ao bêbado que encolheu-se em meio a resmungos incompreensíveis.

Os ombros de Sasuke estavam tensos, mas ainda assim ele puxou o pano de seu ombro e voltou a secar o mesmo copo pela trigésima vez, ainda censurando os homens que comemoravam a vitória de uma batalha difícil.

— Não devia trabalhar com público se não tem paciência.

A frase havia sido dita próximo de seu ouvido, fazendo com que os pelos de sua nuca eriçassem pelo contato dos lábios carnudos de Sakura em seu lóbulo. Havia uma provocação intrínseca em suas palavras, capazes de distraí-lo de qualquer coisa que estivesse ao seu redor.

O Uchiha virou-se para a moça e ergueu uma das sobrancelhas, observando a falsa expressão inocente que ela insistia em ostentar, apesar do sorriso provocante que começava a surgir em seus lábios.

— Existem outros locais em que os donos são mais pacientes do que eu. – Sasuke respondeu cruzando os braços. – Mas você não poderá conhece-los.

Sakura inclinou a cabeça para a esquerda, confusa por um momento com o tipo de insinuação que Sasuke fazia naquele momento. A confusão transformou-se em surpresa no momento em que os braços dele a envolveram pela cintura, puxando-a de encontro a seu corpo.

Ele roçou o nariz na bochecha rosada, inspirando e suspirando levemente, fazendo com que ela encolhesse brevemente em seu enlace. Depositou um beijo demorado contra a pele de Sakura e ela fechou os olhos apreciando o momento, um dos poucos em que sentia total tranquilidade.

— Não pode ficar atrás do balcão, é somente para funcionários. – Sasuke murmurou com os lábios grudados na bochecha da Haruno. – Espero que entenda, milady. – Apesar do aviso, o homem havia apertado seu enlace contra a cintura de Sakura.

Antes que Sakura pudesse responde-lo, a confusão que os homens armavam criou forma e logo foi possível ver dois deles rolando pelo chão, enquanto outros bradavam xingamentos de todos os tipos.

O rosto de Sasuke transformou-se em uma careta de irritação e quando ele fez menção de se afastar para apartar a briga, as mãos de Sakura o impediram.

— Deixe que Naruto cuide disso. – Ela murmurou indicando o loiro que passara por uma das portas e corria em direção a briga. – Ele é seu sócio nos negócios, pode ficar com a parte ruim também. – Apesar de dizer isso, os olhos da mulher estavam fixos em Hinata, que por sua vez, estava escorada contra uma parede com uma expressão de poucos amigos.

Sasuke não entendeu o que se passava, mas de alguma forma, teve a sensação de que as duas mulheres conversavam silenciosamente, enquanto sustentavam uma troca de olhares intensa. Quando Hinata desviou os olhos, Sasuke soube que Sakura havia ganho a discussão.

— O que quer dizer com isso? – O homem perguntou atraindo a atenção da mulher para si. – Sakura... – Ele não conteve um pequeno sorriso no momento em que ela enlaçou seus dedos aos dele e passou a guia-lo para a porta dos fundos.

Olhou por cima dos ombros por um último momento e apesar de Naruto ainda analisar uma maneira de apartar a briga, Sasuke sequer cogitou a possibilidade de ajuda-lo. Não com Sakura movendo-se tentadoramente em frente à ele, com os orbes esmeraldinos brilhando com malicia e aquele maldito sorriso travesso que somente ela podia dar.

Sasuke suspeitava de que ela poderia arrastá-lo para o inferno com facilidade apenas por sorrir daquela maneira.

Ele tinha consciência de Sakura o levaria para o armazém aos fundos, mas antes que ela pudesse concretizar seus planos, o homem a puxou na direção oposta, rumo a rua. A mulher deixou-se guiar por um tempo até que repentinamente parou, sua mão por pouco não se desvencilhou do enlace de Sasuke.

— Onde estamos indo? – Sakura questionou estreitando os olhos brevemente. Pela rápida análise, Sasuke não havia reparado em nenhum sinal de relutância e sim uma curiosidade latente que brilhava nos orbes esmeraldinos. – Pretende me sequestrar, Sasuke?

Ela sorriu com malicia e inclinou a cabeça para a direita, o cabelo rosado balançava suavemente conforme a brisa do vento e se Sasuke não tivesse certeza da existência dessa mulher, acreditaria que ela não passaria de uma alucinação.

— Apresenta tanta relutância em ser sequestrada por mim, senhorita? – Sasuke perguntou em um múrmuro rouco.

— Acontece que sou um espírito livre. – Sakura respondeu aproximando-se dele para encará-lo de perto. Ela era uma mulher alta se comparada as outras e quase conseguia encarar Sasuke nos olhos, embora ele inconscientemente inclinasse seu rosto na direção dela. – Gosto de saber para onde estou indo. – Ela encostou a mão livre sobre o peito dele e brincou com um dos botões da camisa escura.

— Pensei em darmos uma volta pelo vilarejo. É uma bela noite. – Sasuke respondeu com tranquilidade. – Mas tenho uma boa garrafa de vinho em minha casa. – Ele enlaçou a cintura dela com o braço esquerdo, mesmo que suas mãos continuassem unidas. – Mas a senhorita, como o espírito livre que é, pode recusar minha proposta. – Havia uma dose de sarcasmo na voz de Sasuke que fez com que Sakura risse enquanto balançava a cabeça em reprovação.

— Você não tem vergonha em desvirtuar uma jovem dama?

Sasuke sorriu e inclinou-se para beijá-la, com menos intensidade do que Sakura previra para aquele momento. O beijo não passara de um roçar de lábios demorado, que havia arrepiado a pele da mulher da cabeça aos pés.

— Não tenho vergonha em desvirtuar a minha jovem dama. – Ele respondeu afastando-se dela. – Mas respeito sua decisão de não compartilhar uma taça de vinho comigo por esta noite.

— Eu não declinei ao seu pedido. – Sakura arqueou as sobrancelhas e ele apenas a observou em silêncio. – Tenho medo do seu poder de persuasão, Sasuke. Você costuma usá-lo com todas as moças que lhe jogam galanteios? – Ela perguntou enquanto eles começavam a andar.

— Está enciumada?

— Estou dizendo que tenho reparado que a cada dia que passa mais moças aparecem em sua taverna. – Sakura respondeu empinando o nariz e mantendo seus olhos a frente. A noite estava bonita, como Sasuke havia dito e eles não pareciam os únicos a achar isso, pois muitos dos moradores das vilas iam de um lado ao outro, conversando em voz alta enquanto as crianças corriam por todos os cantos. – E tenho reparado ainda mais nos decotes ousados que inclinam-se em sua direção todas as vezes em que passa com as bandejas.

— Devem ser belíssimos decotes. – Sasuke comentou com tranquilidade. – Para aqueles que se dignificam a olhar. – Acrescentou tendo certeza de que Sakura o observava pelo canto dos olhos.

— Está dizendo que não repara nos decotes delas?

— Não. – Ele respondeu com convicção. – O único decote que me importa é o seu, Sakura.

A risada de Sakura fizera com que Sasuke gargalhasse também, atraindo a atenção dos moradores da vila que estavam acostumados em achar o homem taciturno. A fofoca que corria entre as mulheres da cidade era de que Sakura era uma feiticeira e apenas isso tinha sido capaz de conquistar o coração do taverneiro, um feitiço do amor poderoso.

As acusações, no entanto, nunca tinham sido levadas adiante, pois nada (além de seu relacionamento não assumido com Sasuke) causavam estranheza na região. A sensualidade dela também era pauta entre os homens, que torciam seus pescoços enquanto ela caminhava tranquilamente pelo vilarejo.

Contudo, o sorriso de Sakura esmoreceu no momento em que passaram próximo de uma multidão desorganizada. Parou de caminhar e sob o olhar confuso de Sasuke dirigiu-se até ela, embrenhando-se entre as pessoas enquanto seu nome era chamado repetidas vezes por Sasuke.

Os olhos esmeraldinos estavam arregalados, as mãos tremiam e as pontas dos dedos formigavam, enquanto seu coração batia contra seu peito desenfreadamente. Ela continuou rumando entre as pessoas, empurrando-as sem cerimônia alguma, alheia as tentativas de aproximação de Sasuke que estava quase sendo engolido pela multidão.

Os gritos da mulher eram agoniantes.

Ela tinha suas mãos presas em correntes enferrujadas, contra um mastro de madeira sobre um palanque improvisado. O vestido estava rasgado e sujo de sangue, exibindo as costas marcadas por chicotadas que um homem repetia constantemente, recebendo a aprovação da multidão que continuava a aglomerar-se por ali.

— Sakura. – As mãos de Sasuke tocaram-na no braço e ela encolheu-se ao seu toque. – Não perca seu tempo vendo isso. – Ele disse desviando o olhar da cena para a mulher que encolhia-se a cada chibatada que a outra levava. Sasuke detestava esse tipo de cena que acontecia com cada vez mais frequência onde eles moravam. – Vamos embora. – Tentou puxá-la na direção oposta, mas Sakura resistiu ao seu toque, ainda com os olhos fixos na mulher. – Sakura?

O caçador ergueu o braço, pronto para desferir mais um golpe contra a carne machucada da mulher e repentinamente, ele gritou, pressionando a mão esquerda sobre o ombro que havia deslocado. O chicote havia caído no chão e o homem de joelhos enquanto os outros corriam para acudi-lo.

— Deve ter deslocado o ombro. – Sasuke ouviu alguns murmúrios confusos. – Punir uma serva de satanás não é fácil, apenas homens honrados podem fazê-lo.

— Espero que ele tenha quebrado o braço. – O taverneiro cuspiu as palavras, atraindo a atenção deles para si. – Nunca mais o usará para ferir ninguém.

— Aquela mulher merece o que teve! – O homem que havia sido respondido por Sasuke bradou. – Espero que ela seja queimada como todas as outras. É uma pecadora percaminosa!

— Temos que nos livrar de mulheres como essa. – Outro havia dito repleto de nojo. – Não passam de vagabundas imundas.

— Assim como você e as mulheres com que se deita além da sua mulher. – Sakura quem havia respondido, atraindo a atenção dos homens para si. – Pare de ser hipócrita, seu porco imundo! – Ela gritou aproximando-se do homem com voracidade. – Acha que sua mulher não sabe das noites que passa no bordel? Ou prefere falar dos impostos que desvia? SOBRE O QUE QUER FALAR? DOS SEUS FILHOS BASTARDOS? PORCO IMUNDO!

— Cale a boca sua vadia! – O homem bradou indo na direção de Sakura e foi interceptado por Sasuke. – Contenha a porra da sua mulher ou vou fazer com que ela se cale após tomar uma boa surra. – Ele avisou para Sasuke que o encarava com seriedade.

— Você acha que uma surra é capaz de consertar algo?

— Ela não vai conseguir se sentar depois que eu acabar com ela. – O homem deu um sorriso na direção de Sasuke que não foi retribuído por ele. – O que está fazendo? Me solte! – Ele bradou no momento em que o taverneiro o puxou pela gola da camisa e lhe desferiu um soco certeiro na boca.

— Passe na minha taverna se quiser mais uma surra. – Sasuke disse após cuspir no homem que havia caído no chão. – Alguém mais quer dizer o que Sakura deve ou não fazer?

— Você vai pagar por isso, seu...

— Cale a porra da boca. – Sasuke bradou desferindo um chute perna do homem. – Isso serve pra qualquer um de vocês. – Avisou apontando para os homens que recuaram com apreensão. – Vamos embora. – O Uchiha acrescentou puxando Sakura pelo pulso na direção oposta à do comício.

Dessa vez ela não havia resistido, embora seus olhos estivessem opacos como uma vidraça suja. Sasuke nunca presenciara um descontrole como aquele vindo de Sakura. Não, ela era a mulher mais centrada que ele conhecera em toda a sua vida.

E mesmo assim, ela caminhou ao seu lado em silêncio, atenta ao chão e secretamente contabilizando as batidas do próprio coração. Era uma tentativa falha de acalmar-se, de colocar os pensamentos em uma constante onde pudesse pensar em uma forma de salvar a mulher que havia visto.

Sakura já tinha presenciado alguns comícios em sua vida, mas nenhum mexera com ela como aquele.

 

A mulher que havia sido pega chamava-se Ino Yamanaka. Uma bruxa que havia saído há tempos em busca de uma solução para os problemas do coven.

Sakura ergueu os olhos e reparou no semblante preocupado de Sasuke, que continuava a rumar em direção à sua casa com Sakura em seu encalço. Ele não fazia ideia do que estava acontecendo e nem poderia saber, para ele, Sakura estava abalada com o que havia visto, quando na verdade, ela escondia algo muito maior.

Quebrar o braço do torturador havia sido apenas um gesto para ganhar tempo e prolongar a vida de Ino, enquanto Sakura procurava um meio para salvá-la.


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Notas finais do capítulo

Continua... O que acharam?
Até o próximo! (semana que vem, acredito que segunda feira já heheheh to determinada)
Me contem o que acharam!
Beijão ♥



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