Sangue - Dramione escrita por Lívia Black


Capítulo 3
III-O que uma mudança pode causar.


Notas iniciais do capítulo

Eu gosto desse capítulo, está engraçado eu acho haha...
Eu amo muito esses dois!
Eu vejo que vocês estão lendo, mas não estão dando suas opiniões... Por favor compartilhem comigo o que estão achando, se tem que melhorar alguma coisa.



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Capítulo 3 - O que uma mudança pode causar.

(...)

Depois da tediosa e repleta de discussões ronda noturna, Hermione e Draco migraram para seus novos aposentos. Agora não era mais uma surpresa saber que não teriam de passar a noite toda transferindo suas coisas para lá.

A castanha e o loiro percorreram os corredores, tentando manter o silêncio, até chegarem no corredor dos primordiais aposentos dos monitores-chefes.

Ela admirou a porta enorme de madeira com um brasão Grifinório e adiantou-se por abri-la com uma chave dourada que Minerva entregou aos dois, depois da ronda.

Por algum motivo, Malfoy, ao invés de prosseguir até o seu quarto da Sonserina, ficou observando a garota abrindo a porta. Ato que ela realizou às pressas, entrando no quarto logo em seguida, orgulhosa e sem nem lançar um último olhar de desprezo para ele.

Os lábios de Hermione se separaram, enquanto ela se inebriava com a perspectiva do lindo aposento que teria só para ela.

Admirou-se com o espaço que possuía. Era tudo que sempre desejara ter em Hogwarts. As estantes, o armário, as poltronas, a cama. Brasões da Grifinória, em decoração vermelha e dourada, desde a cortina, até os tapetes e toalhas.

 Viu que suas coisas estavam sobrepostas perfeitamente: pergaminhos, penas e tinteiros, na escrivaninha.

 Estantes com seus diversos livros que emprestara da biblioteca e comprara da Floreios e Borrões. Edredons vermelhos e dourados, com cabeceiras e criados-mudos junto a seus pertences organizados, incluindo um lampião.

O armário estava aberto, e suas roupas já estavam colocadas dentro dele. Tudo parecia se enquadrar maravilhosamente.

Só faltava o Bichento, mas ela tinha certeza que este preferira alugar algum canto da sala comunal, que já estava acostumado.

Mas nem com isso se preocupava, só estava admirada com seu novo aposento.

Deitou-se na cama, explorou as poltronas, organizou as estantes, verificou suas coisas, entrou e saiu do banheiro luxuoso milhares de vezes, colocando e recolocando seus pertences pessoais, de uma forma bem arrumadinha.

Nada poderia ser mais perfeito que aquele momento: ver o quarto depois de arrumado.

Ficara exatamente com a cara dela. Era incrível.

Quando a castanha se deu conta das horas que passou ajeitando tudo, já era meia-noite e meia.  Deitou-se em sua nova e confortável cama, ainda vestindo o Uniforme. O velho uniforme sem-graça. Fechou as pálpebras sem nem se importar com nada...

“É melhor eu tentar dormir...Amanhã...Tenho uma mudança para fazer. E acho que desta vez é no sentido físico da coisa...” Foi o último pensamento que tomou-lhe a mente, antes de rapidamente acabar adormecendo. Ela estava realmente exausta, e tinha se programado para acordar às cinco da manhã.

Nada poderia ser mais satisfatório que dormir.

(...)

No dia seguinte...

Uma garota de cabelos castanho-alourados lisos, caídos suavemente sob os ombros, com uma franja charmosa em cima dos olhos castanhos-chocolate realçados por uma maquiagem perfeita, andava pelos corredores da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, em passos nada menos que elegantes.

Ela trajava apenas uma blusa branca com as mangas um pouco arregaçadas e três botões abertos desde a gola, deixando um decote discreto, mas sedutor, junto com a gravata da Grifinória.

Também usava uma saia pregueada cinza-escuro, bem mais curta que as que costumava usar, realçando suas curvas, e ainda uma meia-calça preta de cetim, que contrastava com a sapatilha preta de salto (que a fazia dar pequenos tropeços).

Ela ia caminhando rumo ao Salão Principal, para o café da manhã. Os corredores estavam vazios, porque já era um tanto mais tarde. Segurava um espelho, enquanto andava, e sim: Ela gostava do que via.

 "Bem, acho que a produção valeu a pena. Mas estou atrasada. Definitivamente, aulas são bem mais importantes do que isso..."

Espantou-se ao passar por um corredor estreito e levar a maior topada com um loiro que vinha caminhando distraído. Como num Deja Vu, ela caiu dolorosamente no chão.

O loiro esboçou um ar de profunda irritabilidade. Odiava esbarrar nas pessoas.

—Mas quem foi o idiota que...-Começou, já estressado. Mas perdeu as palavras ao constatar que esbarrara em uma garota. Ficou vidrado nas pernas dela. Até que enfim um esbarrão poderia lhe ser útil! -Ahn... Me desculpe, eu não a vi..-Ajudou a garota a se levantar, estendendo a mão para ela, ainda sem fitar direito o seu rosto( naquele momento, estava mais preocupado em se gabar).- Permita que eu me apresente a você. Sou Draco Malfoy. É claro, pode me chamar de Draquinho, se quiser. Eu sou o monitor-chefe e apanhador do time de Quadribol da Sonse...- Finalmente focalizou o rosto místico da garota da garota em que estava, sem sombra de dúvida, passando uma cantada. E de imediato sua expressão paralisou. Os olhos quase saltando das órbitas. -SANGUE-RUIM?????!!!!

Hermione revirou os olhos, satisfeita. Soltou uma risadinha de deboche, com um enorme sorriso.

Draco se livrou das mãos dela, confuso e acima de tudo muito surpreso, arrumando sua gravata verde, desesperadamente.

—O que você acha, em,  Draquinho???- Perguntou, extremamente sarcástica.

—Pelas cuecas de Merlim, eu não te reconheci! É que v-você está muito...- Analisou-a da cabeça aos pés, com seus olhos azuis acinzentados e lisonjeados. Passou a mão pelos cabelos loiros, perturbado com a situação.- Muito..er...esquisita!- Completou, satisfeito por ter encontrado a palavra ideal.

— O que foi? - Perguntou com malícia, balançando os cabelos, achando que poderia ser divertido provocá-lo. – Por acaso você gostou?

Aproximou-se dele.

"Sim! Er, NÃO, o que é isso, Malfoy?? Ok, ela pode estar atraente, mas...ainda é uma sangue-ruim nojenta! Você ainda pode ter qualquer garota que desejar, você é forte, alto, loiro, lindo, monitor-chefe, apanhador e capitão do time de Quadribol da Sonserina. Nem deve perder tempo com sangues-ruins irritantes..."

—Óbvio que não! -Negou, com os braços cruzados. -Aliás acho que até piorou essa sua cara de sangue-ruim! Já mencionei que eu não reparo em sangues-ruins, e nem ao menos me importo ou desperdiço tempo com elas!?? Sai da minha frente, Granger!! - Arrumou sua gravata verde da sonserina mais uma vez e saiu mais rápido e ríspido do que nunca.

Hermione continuou rindo sozinha, porque a impressão que Draco passara fora bem diferente de suas palavras.

"Acalme-se Hermione, foi só o Malfoy... Tudo bem, vamos admitir que esse loiro-aguado não é de se jogar fora no sentido físico da coisa! Mais ainda é um Malfoy desprezível e um projeto de comensal!

Mas o fato de querer se apresentar como Draquinho! Foi muito engraçado!

Bem, agora chega de Malfoy. Ele já me estressou demais por ontem, e agora com essa cara-de-pau.

Deixe-me ir atrás de Harry e Rony."

[...]

Havia chegado na entrada. Seu coração acelerado. Estava um tanto ansiosa pra reação dos seus melhores amigos com sua mudança repentina. Pegou o profeta diário com uma coruja, em troca de alguns nuques, e cobriu seu rosto, pra que ninguém a reconhecesse...

Ao irromper pela porta...

Foi tão divertido!

Por estar atrasada, ela era figura notável. A única em pé. Muitos garotos das mais diversas casas, observavam a figura atraente e ousada passeando entre as mesas. Ela fingia que não ouvia os comentários, porém ninguém a reconhecia com aquele jornal na cara. Apenas um loiro sentado na mesa da Sonserina, é claro. Ele ignorava completamente as palavras de Pansy Parkinson.

Ela teve de admitir para si mesma que aquilo era o máximo. Embora não estivesse tão confortável com aquelas roupas abusadas, e nem tão feliz por ter passado duas horas tentando encontrar uma forma de melhorar o feitiço de alisamento de cabelos, era feliz que a considerassem tão bonita assim.

Por incrível que parecesse a mesa da Grifinória estava tão romântica que apenas alguns perceberam a chegada da castanha. Sentou-se no seu lugar de sempre. Sentiu como se vários olhares fervessem às suas costas, agora que se sentara. E como sempre um ruivo e um moreno estavam tão fascinados nas suas ‘almas-gêmeas’ que sequer a notaram.

Mas ela ainda estava com o Profeta Diário na cara. Com a panorâmica, notava que Ronald continuava focado em Lilá. Ficou em silêncio, até não se conter e observar Harry, à sua esquerda, olhando do outro lado da mesa, para a namorada.

—Nossa, como a Gina está linda hoje..

Ele suspirou, e colocou uma colher de mingau na boca.

Então a garota ao lado dele tirou o jornal da cara e disse, com um tom de voz debochado:

—Quer que eu segure o seu potinho para a baba??

Harry reconheceu o timbre de Hermione, e direcionou os olhos para onde ela estava.  Mas, por um instante, chegou a considerar que estava tendo alucinações.

Ele não conseguia acreditar no que estava vendo. Cuspiu no prato o mingau que estava na sua boca.

—HERMIONE?!!!!?-  O moreno a fitou como se ela acabasse de ter dito que se tornara uma seguidora de Voldemort. – É você mesma?!!!

—Ué. Quem mais achou que fosse Harry?- Emitiu Hermione, desdenhosa.

O som atraiu a atenção de Rony, que ao olhar para aquele lado da mesa, ficou tão espantado que nem conseguiu falar.

Era a primeira vez que Harry via a sua amiga como uma garota de verdade. Quer dizer, além daquele dia no Baile do Torneio Tribruxo. Mas nem se comparava. Aquele cabelo liso, aquela franja charmosa nos olhos...E por Merlim! Aquele corpo que não pertencia a velha Hermione Granger. Ela estava...

—Ahn..ahn..- Ele nem tinha palavras para descrevê-la.

O ruivo livrou-se do olhar ameaçador de Lilá Brown para falar:

—Hermione, como você está diferente! Caracoles...O que você fez em você?- Perguntou constrangido, e Lilá agora lançava olhares assassinos como se dissesse que ele não devia ter dito nada.

—Nada, Ronald. –Retrucou, grossa. –O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta. E se era... Bem, melhor esquecer. – Deu de ombros. - Eu apenas alisei meu cabelo e mudei de Uniforme. Só isso. -Rony corou feito um pimentão e Hermione percebeu que Harry estava olhando um pouco mais abaixo do seu rosto, mais especificamente para seu decote. -Harry?

O moreno finalmente se fixou no rosto dela, e não pode deixar de reparar que ela estava mais linda do que nunca, mais bonita de todas as garotas que ele já tinha visto...”Exceto a Gina!” – fez questão de se repreender.

O silêncio que se seguiu foi um tanto constrangedor.

—Nada. Só acho que agora eu estou entendendo aquilo que você me falou. Você está...incrível.

—Que bom.- Hermione acrescentava ao seu rosto uma expressão de devida satisfação por perceber um leve interesse de Harry nela.

Ele demorara demais pra responder, o que será que esteve pensando nesses segundos alheios? ...

—Você vai no jogo de Quadribol, quarta-feira, às quatro, Hermione?. – Questionou o moreno, tentando mudar o foco, para não acabar, realmente, necessitando de um pote para baba. Aquela era sua melhor amiga, não era como se pudesse continuar encarando o decote dela.

 Haveria um simples jogo de Quadribol, para comemorar o começo das aulas, entre Grifinória e Sonserina.

—É claro que eu vou Harry. Eu não perderia por nada. -Respondeu, animada.

“Ou melhor...Não posso perder a festinha que vai ter após o jogo, quando ganharmos. Quero me divertir um pouco, afinal...”

Harry alargou o sorriso, ainda mais feliz.

—Que bom que você vai.

Rony, incrédulo e se sentindo excluído da conversa, tentou chamar atenção, ou dizer alguma coisa, mas suas tentativas falharam, pela arrogância da castanha em relação a ele, e pela expressão contraída de Lilá, que o agarrava mais forte do que nunca, Mas tinha de dizer algo.

—É, que bom que você vai.

—Aham. Mas, bem, o que isso importa para você? Afinal, você já tem sua namorada torcendo por você. -Deu de ombros, com indiferença.

—Quanto mais, melhor...- Replicou.

 “Argh. Você é um tapado mesmo, Ronald. Só agora demonstra estar interessado em mim?...Eu esperei tanto por esse momento. Sonhei com isso. Quando pensei nessa mudança, só pensei em você, como uma forma de chamar sua atenção...  Mas agora que estou aqui, tudo isso só me faz notar o quão imbecil você é! Não me sinto bem. Não parece bom ter você dessa forma. ” -Refletiu, com desgosto.

—É...Com licença pessoal, não estou com muita fome. Acho que vou até o Lago... Até mais, Harry!E...Ronald.

Saiu da mesa depressa, rumo ao lago, mas foi obrigada a responder uns 10 interrogatórios de algumas amigas sobre o que havia ocorrido, só para dar sempre com a mesma resposta: Eu só resolvi me arrumar um pouco.

Enfim conseguiu sair. E sem saber porque, um loiro que estava a observando à razoáveis metros de distância, resolveu segui-la.

 **

Quando chegou ao lago, decidiu esvaziar a mente e praticar alguns feitiços que estava estudando no dia anterior, de Transfiguração.

Depois de uns 20 minutos, porém, Hermione teve a estranha sensação, que havia alguém atrás dela, a espionando.

Era Malfoy, que a observava, e brincava com uma pequena bolinha vermelha nas mãos.

Ela o olhou, recolheu seus livros e foi em sua direção. Com os cabelos lisos voando ao vento, os lábios bem desenhados abertos de incredulidade, e a expressão franzida em dúvida de uma forma provocante, o loiro não conseguia evitar de se sentir ... um tanto quanto atraído por ela.

—O que você quer, doninha...? - Hermione quis saber, ríspida. - Ou melhor, o que você quer, DRAQUINHO???- Ela se alterou, lembrando da conversa anterior que tiveram, e acabando por rir, de forma divertida e sarcástica.

—É Malfoy, pra você, sangue-sujo.

—Diga logo porque eu não perco meu tempo com casos perdidos!

—Eu...Ahn...- Ele tentava pensar em uma desculpa, de todas as maneiras possíveis, já que estava muito óbvio que ele ficara ali, por vontade própria, analisando a castanha. –Ahn...-“Pense em algo, Draco! A sua reputação irá para o lixo se souberem que você anda espionando sangues-ruins, por aí...”-Eu estava te seguindo porque...

Hermione ficou boquiaberta.

—Espera, então você estava me seguindo? Achei que estava aqui por, sei lá, uma eventualidade ...E de repente, veio me procurar, mas vi que a situação é um pouco delicada...- Soltou uma risada irônica.

—Há-há-há, pode ir diminuindo seu ego, Granger, porque eu jamais te seguiria se não quisesse alguma coisa...

—Sério? Você não quis dizer que você quer alguém? – Ela ergueu uma sobrancelha para o alto, com uma pose confiante que ela nem sabia que tinha.

Percebeu que ele estava suando frio, e se controlou para não gargalhar. Não sabia porque estava agindo assim, quase como se se insinuasse...

É claro que nenhuma discussão poderia resultar naquilo, ontem, por exemplo.

Draco era a pessoa que ela mais odiava no Universo, e aquela era uma atitude praticamente inconcebível.

Mas era que a diversão valia MUITO a pena de ser sentida...

—Pare de ficar se iludindo, sangue-ruim. Até parece que um dia eu iria querer alguém tão podre como você. O que eu quero é um favor seu!

—Hum...Mesmo? – Andou em círculos em volta do loiro.- E posso saber o que seria esse favor, Malfoy??

—Bem...- Nada passava na cabeça do loiro, absolutamente nada, até que ele encarou a bolinha vermelha que estivera brincando, dentro de sua mão e algo totalmente estúpido veio na sua cabeça...- Eu quero que você me ajude a seduzir a Weasley! Você é a melhor amiga dela, não é?

—Hum...Está falando da Gina? Desista, Malfoy! A Gina está completamente louca pelo Harry, nunca prestaria atenção num ridículo idiota como você. E eu não ajudaria você a pôr o namoro dos dois em risco. Nem pensar...Harry é meu melhor amigo.- Afirmou, ríspida.

Ela virou as costas. Preparava pra ir embora, mas ele a puxou pelo braço.

—Espere, Granger! Porque você não quer me ajudar?Tem certeza de que é só por causa do Potter? Ou você tá só querendo me impedir de ficar com a Weasley porque tem ciúmes dela?

—O QUÊ? Andou bebendo, Malfoy? Se quiser ficar com a Gina, bom proveito. Tente sozinho, porque eu não vou ajudar a tornar a vida dela num lixo...E outra... Eu nem ligo pra você, ok? - Discursou, extremamente confiante. – Agora, vê se me solta! -Tentou se desvencilhar do aperto dele, que agora tinha ficado mais forte. -Você me enoja!

—Eu te enojo?! Um sangue-puro? Imagine você, que é uma sangue-ruim! Eu nunca ficaria com você Granger! Nem que me pagassem um milhão de galeões! Você fede!

Ele a finalmente a largou, empurrando-a com violência.

Epa.

Incontrolavelmente, Hermione se irritou demais com o que o loiro disse. Eram só palavras, ela tentou se convencer, mas faziam seu orgulho sangrar. A velha Hermione jamais ligaria pra um comentário desses, ainda mais proveniente de um Malfoy. Apenas lhe lançaria um olhar de desprezo. Mas agora, aquela mudança, além de física, tinha mexido com seus sentimentos mais íntimos...

Ela não aceitaria aquele comentário, mesmo que ele tivesse saído da boca daquele um loiro arrogante.

—Hum...É mesmo Malfoy? Eu fedo? Você tem nojo de mim? - Jogou seus materiais no chão, provocando um estrépito com a grama. Olhou para ele de uma forma cínica e provocante, e passou as mãos no cabelo, aproximando-se tanto que quase grudou nele.- Tem certeza?- Ele tentava falar, mas não conseguia, aquela proximidade estranha da castanha estava começando a dar nós em sua garganta.- Pois eu acho que não...Com certeza, você não tem nojo disto!

E ao soar daquelas palavras, a castanha, simplesmente o agarrou, selando suas bocas com agressividade, como se tivesse acabado de tomar alguma droga alucinógena... Tudo que ela queria era provar para àquele exibido que conseguia o que queria, e que ele estava enganado. Que até ele era louco por ela!... Sonserino estúpido!

E naquele beijo parecia que estava mesmo louco de desejo. Todo aquele jogo de provocações foi descontado ali. O garoto não conseguiu se segurar. Afinal, a sangue-ruim era atraente, e tinha o agarrado de forma tão confiante e segura. Não teve opção que não agarrar a cintura dela de volta, e explorar sua boca, independente de ligar para como o sangue dela era podre e pecaminoso ou para seu nome e orgulho...

Sabia que a odiava, mas ao mesmo tempo Granger tinha se tornado sexy, de uma hora para outra.

Como isso só poderia ter sido causado por que ela usara uma saia mais curta? Não, quer dizer, isso até poderia ter ajudado... Mas definitivamente não era tudo o que movia aquele beijo. Parecia que ambos sempre quiseram fazer isso, há séculos.

Será que de alguma forma, ele já se sentia atraído por ela antes?

Hermione, por sua vez, mesmo que quisesse se matar por isso, estava gostando do beijo. A língua dele era macia. Era quente. Seus braços eram como fortalezas.

 E mesmo assim, os dois sabiam que se odiavam, sabiam que nunca, em hipótese alguma gostariam de compartilhar qualquer coisa, quanto menos a saliva... Mas agora que começaram já era tarde demais para pensar nisso, e agora a única coisa que se passava pela cabeça dos garotos, era a mesma sentença: "O mundo que se exploda”.


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Notas finais do capítulo

Comentem para eu me animar de postar o próximo ♥
Beijos!



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