Reconstruir escrita por CM Winchester


Capítulo 5
Capítulo 4




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— Não acredito que você atrapalhou tudo. Vou matar você, Sarah! - Noah resmungou.

— Eu não sabia. Da próxima vez que planejar algo, me conte.

— Tudo bem. - Respondi antes de beijar a bochecha dos dois. – Obrigada, Noah. Boa noite.

Nos preparamos para descer nas tumbas no outro dia. Peguei uma lanterna e minha faca.

— Não vamos usar armas lá embaixo. - Daryl explicou na frente do grupo.

Rick, Sasha, Tyreese, Glenn, Maggie, Michonne, Noah, Mark, Tyler e eu.

— Não se desesperem. - Rick pediu.

Nos arrumamos e entramos. Liguei a lanterna enquanto observava tudo a nossa volta. Estava escuro, mas vazio por enquanto. Descemos pela tumba. Verificando as celas até encontrar um grupo de zumbis que antes eram detentos.
Facilmente os matamos. Seguimos mais um pouco até finalmente deixar tudo limpo.

Ajudamos o pessoal a tirar os corpos. Noah quase sempre estava ao meu lado me cutucando e brincando comigo.

— Larga essa merda. - Resmunguei quando ele balançou a mão de um zumbi na minha direção.

— Eles são nojentos. - Suspirou. - Ainda continua de pé nosso juramento?

— Nunca deixar que viremos essa coisa? - Assentiu. - Sim. Da minha parte sim.

— Da minha também. - Largou o braço em cima do zumbi e começou a arrasta-lo.

Virei e encontrei Daryl no escuro olhando uma cela usando uma lanterna.

— Tudo bem ai? - Perguntei entrando na cela.

— Sim.

Estava distraída quando escutei uns arrastar de pés e gemidos. Daryl desligou a lanterna e nos encostamos na parede. Parecia impossível que tivéssemos deixado passar um.

Ouvimos os resmungos de Noah e logo o baque do corpo no chão depois mais alguns resmungos e ele se afastou arrastando o corpo.

— Liga a lanterna. - Falei.

Mas somente o que senti foi seus lábios nos meus. Meu corpo se acendeu e agarrei sua nuca, saltei passando as pernas por sua cintura enquanto ele me encostava na parede. Não sei se passaram minutos ou segundos, mas nos afastamos.

— Temos que ir.

— É. - Murmurei. - Temos que fazer isso mais vezes. - Riu.

— Temos.

— E temos que trocar uma noite na torre com Maggie e Glenn.

— Seria uma ótima ideia. - Murmurou me colocando no chão.

Ligou a lanterna e saiu caminhando. Sorri e o segui.

O mal humorado Daryl Dixon podia ser abalado, pensei ao notar o volume em sua calça.

— Vou ajudar o Carl na horta. - Sarah avisou quando estava entrando no bloco de celas.

— Hey, já avisou seu irmão?

— Daph, quebra essa para mim. Noah é um saco quando se trata de mim.

— Ta. Vai lá. - Sorriu antes de sair correndo.

— Onde Sarah vai?

— De onde surgiu desgraça? - Resmunguei assustada e ele riu.

— Do bloco. Então, me responda!

— Trabalhar na horta.

— Na horta? Mas Sarah não gosta de terra.

— Agora ela gosta. - Sorri e ele bufou. - Acho que a última coisa que Carl está pensando é em beijos. E... - Me calei ao ver Sarah beijando Carl na bochecha.

— E? - Noah perguntou sem notar as coisas na horta.

— E... Eles moram aqui, tipo não tem como proibir nada. Quer entrar? Tomar um café?

— Está mesmo tentando acobertar minha irmã?

— Funcionaria nos dias normais. - Empurrei ele de brincadeira. - Daryl me beijou.

— Opa.

— Na verdade eu beijei ele primeiro. E hoje ele me beijou.

— Está namorando?

— Não. Só estamos... É complicado, agora com o apocalipse não sei o que isso significa.

— Significa que você tem que aproveitar o momento. E as oportunidades. - Lançou um olhar para Beth que brincava com Judith.

— Você também precisa. - Debochei e ele assentiu sorrindo.

Nos agrupamos aos outros que estavam trabalhando reformando as cercas.

— Uma katana. - Noah comentou. - Posso ver?

Michonne ficou meio hesitante, mas tirou a espada e entregou para Noah. Meu amigo balançou a arma, depois fez alguns movimentos no ar.

— Perfeita. - Estendeu a arma para Michonne.

— Entende de armas brancas?

— Sim. Já treinei com uma assim. Tive aulas de caratê quando era pequeno. Prefiro elas do que armas normais. São silenciosas e fatais. Um golpe e seu oponente perde um membro. Quando tudo começou tentei entrar na academia para encontrar alguma, mas não consegui. E tinha muitos zumbis. Ela era sua? - Michonne assentiu. - Legal!

— Onde aprendeu a atirar? - Glenn perguntou.

— Paintbal. - Gargalhou. - Daph e eu éramos viciados naquilo. Mas o tempo nos fez aperfeiçoar. Temos que aprender as coisas para sobreviver.

— O que fazia? - Daryl perguntou.

— Era professor de educação física. Nas horas vagas estava livrando a cara dessa aqui de encrencas.

— Tinha que sobrar para mim. - Debochei fazendo eles rirem.

— Você não trabalhava? - Glenn perguntou.

— Garçonete. Sorte a minha saber muito bem como bater em palhaços. Tive que quebrar a cara de muitos idiotas bêbados.

— É, mas bem que você gostava de beber também.

— As três melhores coisas da vida, nos deixa gordos, bêbados e grávida. - Sorri fazendo todos rirem menos Daryl.

— Sem filtro. - Maggie falou e eu dei de ombros.

— Onde eu tenho que pregar isso? - Perguntei pegando uns pregos e um martelo da mesinha improvisada que estava as ferramentas.

— Deixa isso comigo. - Daryl falou pegando as coisas da minha mão. - Somente segura. Você é meio desastrada.

— Que mentira. - Resmunguei me fazendo de ofendida.

Segurei a grade enquanto Daryl e Glenn iam pregando ou amarrando com restos de arames.

— Então você e o Daryl...

— Não sei do que está falando. - Me fiz desentendida e Maggie riu.

— Eu vi quando ia passando na cela lá embaixo nas tumbas. Na verdade deduzi que fosse você. Reconheci as botas que foi a única coisa que vi. E só podia ser você para estar com Daryl.

— Vai dizer que ele nunca esteve com alguém?

— Não. - Riu. - Não mesmo. Sempre foi fechado. Demorou muito para começar a conversar. Principalmente em parar de dar patadas em nós. É um bom homem. Só é meio...

— Bruto?

— Caipira. - Riu. - Papai gosta bastante dele. E todos ficamos feliz de vê-lo feliz com alguém.

— Continuo sem saber do que está falando.

— Para com isso. Está mais que na cara que você e o Daryl estão loucos um pelo outro.

— Já pensou que isso pode ser só atração?

— Bom... Se for, podem subir na torre e desvendar isso.

— Isso vai chamar atenção demais.

— Ninguém precisa saber. - Deu de ombros. - Daryl vai assumir a torre hoje de noite. Ele se prontificou. Acho que isso quer dizer algo.

— Não sei como isso aconteceu. Ontem mesmo estávamos nos xingando.

— É confuso assim mesmo. Mas tem o desejo.

— Nem me fala. Aquele desgraçado aparece com uma besta, um colete de asas e dono de si. Muita marra e mau humor. Gostoso. Fodão. - Ela riu.

— Foi ai que aconteceu. As brigas era mais para chamar atenção mesmo. - Me deu um empurrãozinho antes de se afastar.

Lancei um olhar para a Torre e sorri com a ideia.


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