Capcom Vs Snk: Jogo de Adulto escrita por Andras


Capítulo 10
Epílogo




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I

3 semanas após o incidente em Second Southtown

–Venezuela-

Um barco pesqueiro modificado vagava pelo Rio Escalante, na Venezuela. O barco tinha o símbolo de uma caveira prateada, com asas em seus lados, indicando que pertencia a Shadaloo. No convés, próximo à proa da embarcação, estavam jogados um par de uniformes da organização criminosa. Da cabine sai uma bela mulher, de cabelos loiros presos em duas tranças. Vestia um colante verde, com luvas e botas vermelhas. Ela olhava ao redor, tentando encontrar seu parceiro. Escalando a escada que se localizava ao lado da cabine, ela encontra o rapaz de cabelos negros, espetados, com um leve topete avermelhado. Tomava sol, e parecia dormir.

—Dong Hwan, eu vim... —Ela se detém imediatamente, vendo o rapaz apenas de cuecas. Ele acorda com a movimentação da mulher no barco, ainda sonolento.

—Que cara é essa? —Ele ri, vendo a loira enrubescendo. —Até parece que é a primeira vez que me vê sem roupa!

—Eu não esperava que você ia estar assim tão à vontade no meio de território da Shadaloo! —Ela protestava, enquanto também subia no telhado da cabine, sentando-se ao lado do rapaz. Ela via as três cicatrizes deixadas no peito do jovem pelas garras de Vega. Ainda achava incrível que ele tivesse sobrevivido. Cammy e alguns membros da Delta Force seguiam Vega naquela ocasião, tentando descobrir o que Bison tramava, e acabaram resgatando Kim Dong Hwan do mar. Cammy achava que ele não ia sequer passar daquela noite, mas ele acabou lhe surpreendendo.

—Eu só vim aqui te dar parabéns! —Ela diz, ignorando a falta de vergonha do rapaz, que se deitava de bruços para se bronzear. —Sua ideia de mantermos os uniformes da Shadaloo se provou bem útil!

—Você parece surpresa de que eu tenha tido uma boa ideia, loira! —Ele ri, satisfeito. —Parece que me conhece há muito mais tempo!

Ela ri levemente, observando o rapaz. —Você devia avisar seus amigos que está vivo, Dong Hwan.

—Eles já devem saber, a essa altura. —Ele diz, levantando. —Eu avisei minha família. Conhecendo o fofoqueiro do meu irmão, o Japão inteiro já deve saber que o deus do Tae Kwon Do está vivo e forte.

—Por falar nisso... —Ela lembrava de quando Dong Hwan havia se recuperado. —Por que você demorou tanto pra deixá-los saber? E por que decidiu se juntar a Delta Force?

—Eu queria ficar mais forte, Cammy! —Ele estava sério, enquanto se vestia. —Passei muito tempo sendo o idiota, o fraco. Depois do que aconteceu, não queria olhar pra eles de novo, sabendo que eu estava atrapalhando eles. E acho que minha “morte” os ajudou a recobrar o foco.

—Você é mais esperto do que se dá crédito.

—Sem contar que entrando na Delta Force eu poderia estar pertinho de você, te encantando com o belo som da minha voz, e eu nunca vou parar de falar, porque sei o quanto você gosta e... —Cammy cobre a mão do rapaz, arrependida de tê-lo elogiado. Ele continua falando, mesmo com sua voz abafada, ao que a loira ri, soltando-o.

—Mas você acha que esse tal de Charlie está vivo mesmo? —Dong perguntava, já dentro da cabine com Cammy.

—Bem, nunca encontramos um corpo. —Cammy diz, esperançosa. —E você sabe por experiência que nem tudo é o que parece ser.

O barco continuava avançando, sob os olhares atentos daquele homem em colete alaranjado, e calças verdes praticamente destruídas pelo tempo e pela reclusão a qual foi forçado por Bison.

II

1 ano após o incidente em Second SouthTown

Um ano havia se passado desde a batalha contra Bison e Geese. Second SouthTown ainda era uma cidade perigosa, mas, comparada ao que era no passado, hoje parecia uma maravilha. Um torneio de artes marciais estava prestes a ser realizado na cidade. Seria disputado em trios. Rock tinha tentado convencer Terry, Joe e Andy a participarem, mas eles recusaram. Diziam que era a hora de Rock escrever sua lenda. Ele havia formado seu time com os irmãos Kim Dong Hwan e Kim Jae Hoon. Dong havia se tornado bastante forte naquele último ano, e seu novo hábito de treinos deixava até mesmo Jae Hoon esgotado. Mal conseguia reconhecer o amigo, mesmo que ele ainda continuasse o mesmo, de certa forma.

—Então, Cammy deixou você pra trás, Dong? —Rock perguntava, pra insatisfação do ruivo.

—É! —Ele diz, chutando pedras no chão, revoltado. —Disse que a próxima missão era exclusiva para membros de verdade da Delta Force. Eu acho que a loira estava só tentando se livrar de mim.

—Vai ver ela achou que era perigoso e não quis te envolver. —Jae tenta ser mais razoável, achando engraçado o irmão reclamando de uma loira, novamente.

—Vai ver... E Sakura, Rock? Como vocês estão?

—Eu não a vejo tem uns seis meses. —O jovem diz, tranquilo. Dong Hwan para na frente dele, incomodado pela casualidade com que o amigo falava.

—Se você a magoou eu vou quebrar sua cara, Rock!

—Dong? —Jae estava surpreso ao ver o irmão agarrar o colarinho da camisa de Rock.

—Ela é uma preciosidade, Rock! Como você pode partir o coração dela assim?! —Dong debulhava-se em lágrimas, inconformado.

—Eu não parti o coração dela, Dong! —Rock o afasta, rindo. —Ela está peregrinando pra ficar mais forte! Por isso que a gente não tem se visto!

—Fico feliz! Não quebre o coração daquela menina! —Dong se surpreende com um par de mãos envolvendo seu abdome. Eram mão femininas, o abraçando pelas costas. Elas se unem e o apertam com força, mais do que ele esperava. —Gaaaahh!

—Obrigada, Dong! —Sakura dizia, feliz. —Bom saber que você está do meu lado! —Ela estava extasiada em ver o ruivo ali. Sabia que ele estava vivo, mas não tivera a oportunidade de encontrá-lo até aquele momento. Apertava-o com força, ignorando seus apelos e gritos de dor.

Ela solta o rapaz, que vai ao chão, tentando recobrar o fôlego. Podia ouvi-lo falando algumas palavras soltas como “maldita” e “e eu te defendendo, sua jararaca”, mas não dava muita importância. Seus olhos encontram o de Rock, os dois não se viam tinha bastante tempo. Ele tinha um largo e genuíno sorriso tomando sua face ao vê-la.

—Você está linda! —Ele diz, beijando seus lábios gentilmente.

—Isso é a saudade falando! —Ela estava acanhada, mas logo supera sua timidez e abraça firmemente o rapaz. Dong se levanta, rabugento.

—Rock, sua namorada tentou me matar!

—Então esse é o seu time, Rock? —Bonne Jenet surge, acompanhada de uma jovem de cabelos castanhos na altura de seu ombro. Usava uma regata camuflada, com calças de couro com proteção nas coxas e joelhos, e botas de motoqueiro. Ela parecia muito encabulada de estar ali, mas também satisfeita de que Bonne chamava maior parte da atenção. —Vai nos dar trabalho! —Dong Hwan cumprimenta a amiga com um forte abraço. Desde que havia “voltado do mundo dos mortos”, palavras da loira, a amizade entre os dois havia se tornado bastante forte.

—Rock, esse é o meu time! —Sakura diz. —Akira Kazama! —Sakura anuncia a lutadora, vestida com equipamentos de motociclismo, que apenas acena, envergonhada. —E Bonne Jenet! —Bonne faz uma pose, adorando o anúncio da amiga.

—Vão nos dar trabalho também! —Dong diz, caminhando para o ginásio onde o torneio seria realizado. —Mas a gente não vai pegar leve não, ouviu? —Ele provocava. —Nós somos o novo time Fatal Fury, meninas!

—Espera só pra ver do que a gente é capaz! —Bonne perseguia o ruivo, que ria da jovem. Jae caminhava ao lado de Akira, querendo conhecê-la melhor. Mantinha contato com Kyosuke durante todo esse tempo, e o rapaz já havia falado da jovem lutadora várias vezes.

Eles encontram várias faces amigas: Chun Li não participaria do torneio, mas tinha ido até lá pra torcer por eles. Ryu e Ken haviam se juntado ao discípulo do americano para montar seu próprio time. O torneio é inaugurado com uma série de shows e demonstrações. Era um grande evento, afinal de contas.

Rock entra na arena, pronto pra conhecer seu primeiro adversário. Sakura pisa do outro lado do ringue, sorridente. Ela aperta a faixa em sua cabeça, pondo-se em guarda. Um sinal avisa de que a luta havia começado. Falavam com seus punhos, colocando todo o sentimento em seus golpes. Reppukens e Hadoukens se chocavam naquele embate, e os dois não conseguiam imaginar um momento mais feliz do que aquele instante.

III

Observando a batalha, Athena Asamiya estudava os lutadores, sabendo que um deles poderia ser seu próximo adversário. Os golpes eram tão intensos, que um dos convites do torneio voa das mãos de um dos lutadores, revelando apenas uma letra no lugar do remetente.

–R-


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Notas finais do capítulo

Esse é o fim, pessoal. Obrigado por acompanhar até o final, e espero que tenham curtido a jornada tanto quanto eu.