O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 93
Ethan


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de O Legado part. 2, sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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Mal podia acreditar o quanto minha vida havia mudado nos últimos meses, desde que conheci Aurora. Em pouco tempo, ela se tornou o meu mundo...A razão da minha felicidade, o motivo pelo qual deixava minhas saídas costumeiras do final de semana, para ficar em casa assistindo um filme em companhia da minha namorada...A única para quem entreguei não só meu coração, como a minha moto também.

Lembrar das aulas que estava dando para minha namorada sempre deixava meu coração apertado, porque ela não tinha nenhuma noção do quanto era frágil e poderia se machucar, mas precisava deixa-la se arriscar um pouco, sem deixar de estar ao seu lado.

Sorri assim que me lembrei da primeira prática aula que tivemos, na área livre que havia na minha casa, pois não me sentia seguro em leva-la para a rua antes de descobrir o que Aurora já sabia sobre pilotar motos.

—Você entendeu tudo? - questionei olhando-a preocupado enquanto a ajudava a colocar o capacete, já que ela estava sentada na moto esperando apenas o meu sinal para liga-la.

—Sim, não precisa se preocupar, Ethan, não vou acabar com a sua moto.- Aurora disse e revirei os olhos, antes de segurar o seu rosto nas minhas mãos.

—Não me importo com a moto, Cíntia, posso substituí-la, mas você não. Então, por favor, dirija devagar e com cuidado, tudo bem? - implorei olhando em seus olhos verdes e ela sorriu com os olhos brilhando de emoção, após minha declaração.

—Tudo bem, vou tomar cuidado. - ela me prometeu e concordei lhe dando um beijo, antes de nos afastarmos e repassar onde ficava cada comando que ela usaria.

Acompanhei com os olhos atentamente, a moto no qual minha namorada estava praticando as lições que havia lhe ensinado semanas atrás, só consegui respirar aliviado quando ela retornou em segurança para mim exibindo um lindo sorriso, que me fez sorri feito um bobo apaixonado.

—E então? - questionei sorrindo ajudando-a a tirar o capacete, depois que ela estacionou perto de mim.

—Isso foi incrível...Se pudesse iria mais longe. - Aurora disse empolgada e neguei com a cabeça, o que lhe deixou surpresa.

—Ainda não, amor. Quando estiver pronta, prometo que a deixarei ir mais longe, mas por enquanto o quintal da minha casa já e o suficiente.

—Estraga prazer. - ela reclamou brincando e sorri me inclinando para lhe beijar com carinho.

—Que tal se a levasse para dar uma volta? - ofereci com a minha testa encostada na sua, assim que interrompi o nosso beijo.

—Eu adoraria. - ela disse animada antes de colocarmos os capacetes e sairmos da mansão Thompson, sem um destino certo.

Compartilhar uma das minhas grandes paixões com a mulher que amava, só me fez amá-la ainda mais, algo que julguei ser impossível. Era como se de alguma forma, Cíntia houvesse sido feita para mim...Como se ela fosse a resposta, para todas as perguntas que haviam dentro de mim, das quais não sabia a maioria das indagações.

Com Cíntia Lopes, o mundo era mais completo, colorido e feliz, me fazendo esquecer de como era a minha vida sem ela.

—Esse sorriso apaixonado tem nome...Aposto que está pensando na Cíntia, não é? - Edgar, meu amigo, questionou assim que se sentou na minha frente na nossa mesa habitual de almoço no restaurante do hospital.

—Sim. É tão perceptível assim? - questionei sincero e meu amigo riu.

—Meu amigo, você está completamente apaixonado pela sua namorada e isso é algo difícil de se esconder.

—Que bom, porque não quero esconder o que sinto pela Cíntia, porque é a melhor sensação que já senti na vida, Edgar.

—Acho que preciso começar a procurar um terno novo, pois estou sentindo que vamos ter outro casamento muito em breve. - Edgar brincou me olhando nos olhos e respirei fundo, tirando do bolso do meu jaleco a pequena caixa de veludo preto, que havia sido entregue por um mensageiro em minha sala minutos atrás, e colocando-a em cima da mesa.

—Não me diga que você...- ele começou a dizer surpreso enquanto pegava a caixa e abria, olhando seu conteúdo por alguns instantes antes de voltar a me ver.- Você tem certeza disso? É um passo muito grande e sério, Ethan.

—Tenho, Edgar. Nunca tive tanta certeza na minha vida como agora. Vou aproveitar que faremos um mês de namoro e a levarei para o Brasil, porque sei do seu desejo em visitar o seu país natal e a pedirei em casamento, porque não consigo mais ficar longe da Cíntia. - disse sincero olhando para o meu amigo que  concordou com a cabeça, fechando a caixa de joias antes de entrega-la a mim.- Sei que está preocupado comigo, por estar  tomando uma decisão tão importante dessas assim de uma hora para a outra, mas Edgar, tenho pensado nisso há muito tempo e sei que é momento certo. Nós dois nos amamos mais do que tudo nesse mundo e seria cruel da minha parte, adiar ainda mais esse momento.

—Ethan, está tudo bem. Se você diz que é o momento certo é porque é. Me desculpe se parece que não fiquei feliz com a notícia, mas é que fiquei preocupado com você...Afinal, Cíntia é a sua primeira namorada e não quero que meu melhor amigo acabe magoado, porque foi impulsivo e não pensou nas consequências, mas desde o dia em que jantamos juntos e nos apresentou, percebi que o que vocês tinham era forte demais para ser apenas um namoro passageiro. Espero que Cíntia aceite seu pedido e que os dois sejam muito felizes. - Edgar desejou e sorri agradecido para o meu amigo, por ele entender e apoiar a minha decisão assim como a minha família.

—É tudo que mais desejo Edgar. - disse feliz ao meu amigo enquanto guardava a pequena caixa de veludo no meu bolso, antes de voltarmos a almoçar.

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Assim que cheguei em casa após mais um dia de trabalho, subi para o meu quarto e tomei um bom banho, me arrumando em seguida antes de ir para a casa de Aurora.

Dei um beijo nos meus pais que me desejaram uma boa viagem antes de sair de casa, indo em direção a pensão em que meu imprinting morava, que não tinha a menor ideia do que iriamos fazer nos próximos três dias.

A pensão Moema agora, não se parecia em nada com a que tinha visto meses atrás quando dei carona para Cíntia depois do jantar de ensaio do meu irmão. O que se parecia muito com um prédio antigo e mal conservado, deu lugar a uma casa extremamente bonita e bem restaurada, deixando em evidencia as características vitorianas que o local possuía.

Toquei a campainha e logo a porta foi aberta por uma garota ruiva de olhos azuis, que conhecia desde que era bebê.

—Ethan. - Pandora disse sorrindo assim que me reconheceu e veio me abraçar com carinho, sem pensar muito retribui o seu gesto.

—Oi querida, onde está o seu irmão? - questionei com ela no colo enquanto entravamos na pensão, afinal era estranho ver os gêmeos longe um do outro.

— Está na cozinha com a vovó, estávamos ajudando-a a fazer um bolo para a sobremesa do jantar.  Você quer provar? -Pandora ofereceu e sorri concordando, lhe dando um beijo na testa antes de colocá-la no chão.

—Eu adoraria, meu bem, mas primeiro preciso falar com a sua tia, pois quero fazer uma surpresa a ela. Você sabe onde a Cíntia está? - questionei e Pandora sorriu para mim.

—Sim, ela está no quarto, Ethan, fazendo contas. - ela disse solicita e agradeci, antes de ouvirmos sua avó lhe chamando.

—Pandora, quem estava...Há Ethan, que bom vê-lo.- Marta disse aparecendo na sala, enxugando as mãos em um pano de prato tendo Alex ao seu lado, sorrindo feliz assim que me viu em sua sala.

—É bom vê-la também, Marta. A senhora fez o que lhe pedi? - questionei olhando em seus olhos e ela sorriu concordando.

—Sim, entreguei as malas hoje a tarde para o motorista da sua família e a Aurora não sabe de nada. - ela segredou a ultima parte da mim e sorri agradecido a ela.

—Obrigado, Marta, bom acho melhor subir e conversar com a Aurora, se não perderemos o nosso voo. - disse e Marta concordou enquanto caminhava em direção as escadas e ela voltava para a cozinha com as crianças.

Subi as escadas com pressa, parando em frente a porta do quarto de Aurora, que conheci a quase um mês atrás, quando ela me trouxe para ser apresentado como seu namorado a sua família durante um jantar.

Bati na porta e aguardei que ela fosse aberta, pois não queria invadir a sua privacidade entrando sem ser convidado.

—Entre, a porta está aberta. - ouvi Aurora dizer de dentro do quarto e entrei, sorrindo assim que a vi sentada no chão rodeada por papeis, enquanto encarava a tela do notebook de forma séria.

—Pelo jeito, o balanço mensal do Conglomerado está lhe dando dor de cabeça, meu amor. -disse suave e Aurora levantou a cabeça para me ver, sorrindo assim que percebeu a minha presença.

Sem pensar muito, Aurora se levantou do chão deixando sua documentação de lado, correndo em minha direção e abri os braços para recebê-la, correspondendo aos seus beijos saudosos enquanto a segurava em meu colo.

—Senti tanto a sua falta, hoje...Me desculpe não ter almoçado com você, mas o setor está uma loucura com a entrega do balanço mensal do Conglomerado. - Cíntia disse se desculpando com seus braços em volta do meu pescoço, enquanto suas pernas envolviam a minha cintura.

—Está tudo bem, meu amor, entendo que precisava trabalhar, só não quero que esqueça de que precisa se alimentar ou de descansar um pouco, porque não quero que fique doente. - disse preocupado com a sua saúde e ela concordou.

—Prometo que irei me cuidar, não precisa se preocupar, meu bem, mas ao que devo a honra de uma visita surpresa, do amor da minha vida? Por acaso, combinamos algo e esqueci? -Aurora questionou preocupada e neguei enquanto caminhava em direção a sua cama, para coloca-la sentada nela.

—Não amor, não combinamos nada para hoje. Só que o nosso aniversário de um mês de namoro está chegando e sei o quanto você está trabalhando demais, por isso achei que poderia lhe dar uma folga de tudo isso. - disse devagar me sentando ao seu lado, pois não tinha ideia de qual seria a reação dela diante da minha proposta.

—Como assim folga de tudo isso? O que quer dizer, Ethan? - ela questionou confusa e respirei fundo, tomando coragem para o que iria lhe propor.

—Cíntia, você sabe o quanto tenho orgulho por ter chegado onde chegou e por ser essa profissional incrível e respeitada, em uma área ainda dominada por homens, mas meu amor, você mal tem tempo para respirar e trabalha todos os dias até tarde e isso está me deixando preocupado...- comecei a dizer e ela me interrompeu preocupada.

—Você quer terminar comigo é isso? Quer terminar, porque não tenho lhe dado atenção suficiente nas ultimas semanas? Espera, não me diga, que você quer terminar porque nós ainda não dormimos juntos? - Aurora questionou de uma só vez enquanto me olhava apavorada, ao pensar nessas possibilidades.

Sem dizer nada, olhei nos seus olhos e segurei as suas mãos com carinho, antes de voltar a falar.

—Cíntia, eu te amo, querida. Meu amor por você, vai muito além de estar me dando atenção ou de termos dormido juntos. Eu jamais irei deixa-la, não importa o que aconteça, meu amor. - jurei olhando nos seus olhos que se encheram de lágrimas diante da minha declaração.

—Então, porque começou a dizer que estava preocupado?

—Estou preocupado porque a minha namorada, não tem tempo para descansar ultimamente e não quero que fique doente, porque está trabalhando demais. Por isso planejei um final de semana inesquecível para nós, para que você descansasse um pouco do trabalho além de comemorarmos o nosso aniversário de um mês de namoro.

—Isso seria maravilhoso, Ethan, mas não posso me ausentar do trabalho assim, estamos fazendo o balanço mensal do Conglomerado, que apresentarei daqui há três semanas no conselho da empresa.

—Sei disso amor, mas prometo que você poderá trabalhar para onde nós vamos. Só quero que mude de ares e relaxe um pouco, nem que seja apenas por três dias. - supliquei olhando em seus olhos e minha namorada sorriu concordando.

—Tudo bem. Para onde iremos, doutor Thompson? - Aurora questionou curiosa e sorri negando o que lhe deixou confusa.

—É uma surpresa, meu amor. Tudo que preciso é que tome um banho, troque de roupa, pegue seu passaporte e sua documentação da empresa, antes de sairmos.

—Certo, mas nem fiz as minhas malas.

— Não se preocupe com isso, sua avó já fez, a uma hora dessas a sua mala já está embarcada no jatinho da minha família, que está nos aguardando para partirmos.

—Tudo bem, parece que você tem tudo planejado.

—É o que espero. - disse suave e Cíntia concordou me dando um beijo em seguida, antes de seguir em direção ao banheiro para tomar um banho.

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A viagem até Fernando de Noronha havia sido tranquila, chegamos a pequena cidade por volta das oito da manhã, após desembargarmos peguei o carro que estava na nossa espera e dirigi em direção a casa que meus pais tinham aqui, na qual sempre passávamos as festas de fim de ano.

—Deus, olha para esse lugar...Parece que estamos no paraíso. - Cíntia disse maravilhada assim que entramos na casa e a levei até a janela que havia na sala, que tinha vista para o mar que banhava toda a ilha brasileira. - Nunca vi nada tão lindo em toda a minha vida.

Em silêncio me aproximei de Aurora e envolvi a sua cintura com os braços, beijando em seguida o seu pescoço com carinho, enquanto admirávamos a vista em nossa frente.

—Eu já e nesse exato momento, estou segurando-a em meus braços. - sussurrei apaixonado em seus cabelos e Aurora virou para me ver, envolvendo meu pescoço com seus braços.

—Eu te amo, muito Ethan, e obrigada por me trazer a esse lugar incrível.

—De nada, meu amor. Fico feliz que tenha gostado.

—Gostado não, adorando. - ela disse feliz antes de me beijar apaixonadamente, iniciando assim o nosso final de semana romântico.


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Notas finais do capítulo

Beijos e até Quarta.
❤️❤️❤️❤️❤️❤️



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