O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 92
Cíntia


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de O Legado part. 2, sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje, que graças a Deus consegui postar mais cedo.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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Assim que me sentei a mesa com toda a família de Ethan comecei a ficar apavorada, com medo de fazer algo errado e constranger o meu namorado, afinal estava diante dos Thompson, uma das famílias mais tradicionais e influentes da Inglaterra, mas meus temores caíram por terra quando todos começaram a se comportar como uma família comum, igual a minha, onde a avó intervia quando o neto não queria comer os vegetais que estavam em seu prato, me fazendo respirar aliviada e aproveitar o momento que estava vivendo ao lado deles.

—Porque preciso comer brócolis e o dindo não, vovó? - Arthur, sobrinho e afilhado de Ethan, questionou assim que sua avó colocou uma generosa porção de brócolis no seu prato.

—Seu padrinho sempre rejeitou brócolis desde pequeno. Não importasse o quanto tentasse disfarçar o vegetal na sua comida, ele sempre o encontrava e fazia um verdadeiro escândalo. A única vez em que consegui enganá-lo e o fiz provar brócolis quando bebê, Ethan passou mal, mas o senhor não tem esse problema, por isso coma tudinho. Se não, ficará sem a sobremesa que fiz. - Leah disse amorosa para o neto que sorriu concordando, antes de colocar uma generosa porção de brócolis na boca, enquanto Ethan fazia cara feia ao ver a cena, fazendo todos rirem.

—Você realmente odeia brócolis, amor. - disse sorrindo enquanto ele encarava o vegetal na tigela branca em cima da mesa, como se o mesmo estivesse prestes a ataca-lo.

—Você não faz ideia. Acho que odeio mais os brócolis do que canela, olha que o última pode me matar. - ele segredou suave sentado ao meu lado e senti meu coração se apertar, ao lembrar que um simples condimento poderia tirar o homem que amava de mim.

Sem dizer uma palavra, coloquei minha mão esquerda em cima da sua e Ethan desviou os olhos do prato em sua frente para me ver.

—Prometo, que não deixarei nada de mal te acontecer. -jurei baixinho olhando em seus olhos escuros e meu namorado sorriu apaixonado, levantando as nossas mãos ainda entrelaçadas para beijar a minha mão.

—Obrigado por sua promessa, meu amor. Em troca, prometo, que também a protegerei de tudo e todos. Acredita em mim? - Ethan questionou baixo olhando nos meus olhos e concordei com carinho antes de voltarmos a comer.

—E então, Cíntia, como está sendo trabalhar na sua profissão? - Benjamin questionou servindo um copo de suco para Melissa que estava sentada ao seu lado.

—Tem sido incrível Benjamin. Não que eu não gostasse de trabalhar com você, mas estar em contato com balancetes financeiros e contratos...É praticamente o paraíso. -disse feliz e meu ex-chefe sorriu concordando.

—Entendo o que quer dizer, trabalhar no que amamos realmente não tem preço. Me lembro do dia em que assumi a direção da rede de laboratórios, foi praticamente a realização de um sonho...Vou sentir saudades do laboratório, quando tiver que me afastar por causa da licença paternidade. - Benjamin disse perdido em pensamentos e seu pai sorriu.

—Você não vai nem ter tempo de pensar em laboratório, quando sua filha tiver nascido. Torço para que ela seja um bebê tranquilo, como você e Ária foram e não elétrico como Ethan, que quase não nos deixava dormir à noite. - meu sogro disse e todos da mesa riram.

—Elliot, assim você vai assustar o seu filho e ele me deixará sozinha cuidando da sua neta. - Mel disse brincando para Elliot que sorriu.

—Jamais a deixaria sozinha com a nossa filha, querida. Somos os pais dela e cuidaremos da nossa filhotinha, juntos, Mel. - Benjamin assegurou sério olhando nos olhos da esposa, que sorriu emocionada por sua reposta, beijando a sua bochecha direita com carinho.

Depois do jantar, todos foram para a sala jogar algo com as crianças enquanto Ethan entrelaçava sua mão a minha, me levando para a área da piscina e fiquei sem folego quando vi o céu estrelado que estava acima de nós.

—Nossa...Parece que hoje tem muito mais estrelas do que o habitual. - disse admirada olhando para o céu e Ethan sorriu, me conduzindo para um sofá que havia perto da piscina.

—E então, como foi o seu dia? -questionei enquanto ele se deitava no sofá, antes de me convidar com o olhar para me juntar a ele.

—Você quer realmente falar de trabalho agora? Quando podemos fazer algo mais interessante? - ele questionou malicioso e sorri concordando, antes de me inclinar para beijá-lo com carinho e saudade.

Beijar Ethan, sempre provocava reações desconhecidas em mim.

Ele não era o meu primeiro namorado, muito menos o primeiro cara que beijei, mas era o primeiro que me fazia sentir borboletas no estômago prazerosas que sempre me faziam perder a razão. Além de todo prazer físico que Ethan me proporciona apenas com um beijo, algo desconhecido me dava a certeza de que poderíamos ficar juntos bom um bom tempo, dando até quem sabe o passo maior em nossa relação, como Mel e Ben deram ao se casarem um mês depois de começarem a namorar.

—Que foi, meu bem? Você ficou triste de repente...O que está lhe levando para longe de mim? -Ethan questionou preocupado assim que olhou nos meus olhos, após termos interrompido o nosso beijo para respirar.

—Não é nada. - disse suave e ele acariciou minha bochecha com carinho, sem desviar os olhos dos meus.

—Você sabe que pode me contar qualquer coisa, Aurora. Não importa o que seja, sempre estarei disposto a ouvi-la. - ele disse sincero e respirei fundo, tomando coragem para lhe contar o que havia pensado alguns minutos atrás.

— Enquanto você me beijava, foi impossível não imaginar se algum dia...Sabe... Poderíamos...- sussurrei sem coragem de concluir a minha fala.

—Nos casar? - Ethan questionou suave me interrompendo e concordei com a cabeça, esperando a sua reação.

—Sim...Sei que é cedo demais para isso, mas quero que saiba que não estou lhe pressionado a nada...Simplesmente comecei a imaginar...Me desculpe, se fui longe demais. - pedi envergonhada escondendo meu rosto em minhas mãos.

—Está tudo bem, Cíntia. Não precisa me pedir desculpas por nada. - ele assegurou gentil segurando minhas mãos nas suas, enquanto me olhava nos olhos. - Quer saber um segredo, meu amor?

—Sim. - disse sincera e ele sorriu conspirador, como se fosse me contar um segredo.

—Eu imaginei a mesma coisa, também, ou melhor, desejei me casar com você desde que voltei de Nova York. - Ethan confessou sincero e meu coração acelerou com a sua resposta, porque jamais esperava ouvir algo assim dele.

—Verdade? - questionei surpresa e ele sorriu concordando.

—Verdade, mas fiquei preocupado sobre o que você iria pensar, se lhe pedisse em casamento antes de nos conhecermos melhor.

—Você tem razão, não precisamos apressar as coisas, podemos ir com calma e ver o que acontece. - sugeri suave olhando em seus olhos escuros e Ethan concordou sorrindo.

—É uma ótima ideia, meu amor. - Ethan disse suave antes de me beijar com carinho.

Trocamos vários beijos nos separando apenas quando o ar se fez necessário, antes de deitarmos no sofá no qual estávamos sentados. Ficamos ali quietos, aconchegados um no outro aproveitando o prazer que isso nos proporcionava.

—Se você não fosse uma pessoa, o que gostaria de ser? - questionei interrompendo o nosso silêncio, enquanto Ethan acariciava minhas costas sem pressa.

—Um pássaro...Para poder voar para onde quisesse.

—Pelo jeito, meu namorado ama a sensação de liberdade.

—Amo. Por isso uso mais a minha moto do que meu carro.

—Você tem uma moto? - questionei surpresa apoiando meu queixo em seu peito, para poder olhar seus olhos escuros.

Sempre gostei de motos desde a adolescência, implorei para os meus pais me darem uma de presente, mas eles sempre desviaram do assunto ainda mais depois que minha avó começou a se ocupar em recortar notícias de jornais sobre acidentes de motos no país, em pouco tempo ela havia se tornado uma verdadeira especialista no assunto.

Com a negativa dos meus pais e as pesquisas da minha avó, sobre os acidentes envolvendo motoqueiros, acabei desistindo da vontade de ter uma moto... Até agora.

—Sempre tive desde a adolescência. Recentemente ganhei uma da minha tia, no meu aniversário desse ano. - Ethan explicou suave antes de sorri para mim. - Pelo jeito que seus olhos estão brilhando, não sou o único que é apaixonado por velocidade.

—Não. Sempre tive vontade de ter uma moto, mas meus pais evitavam o assunto, ainda mais depois que minha avó se tornou especialista nas estáticas de acidentes de moto. Lembro da última vez em que andei em uma...A sensação de liberdade, o vento batendo contra o meu corpo...Era como se estivesse voando.- disse me lembrando das poucas vezes, em que meu amigo da faculdade me deu algumas aulas de pilotagem.

—É bom, não é? São essas as sensações que sempre sinto quando piloto, mas parece que ninguém entende.

—Verdade. As pessoas só falam isso porque não sabem o que estão perdendo. - segredei para o meu namorado que sorriu concordando.

—E você sabe pilotar? - Ethan questionou curioso, sem parar de acariciar minhas costas.

—Não muito, um amigo meu de faculdade me deu algumas aulas, mas não posso dizer que sei conduzir uma moto em segurança.

—Entendo. Se quiser, posso te ensinar.

—Sério? - questionei incrédula e Ethan sorriu concordando.

—Sério, meu bem. Quando quer começar?

—Que tal agora. - disse eufórica fazendo menção de me levantar do sofá e Ethan segurou minha cintura, impedindo que me afastasse dele.

—Ainda não, amor. Só iremos começar as suas aulas, depois que comprar um capacete e um casaco para você, porque não quero que se machuque ou sinta frio. Você pode esperar mais um pouco?

—Posso. - assegurei suave e ele sorriu carinhoso para mim antes de voltar a deitar minha cabeça em seu peito. - Como é a sua moto?

Com um sorriso nos lábios, Ethan começou a me falar tudo sobre a sua moto atual e todas as outras que ele já teve. Passamos horas conversando, antes de voltarmos para dentro e participarmos do jogo em família.

Depois de algumas partidas, as crianças começaram a ficar cansadas e Leah sugeriu que fossemos para casa, logo todos começaram a se despedir antes de sairmos da casa.

O caminho até a minha casa foi tranquilo e silencioso, assim que César estacionou na frente da pensão, Ethan fez questão de me acompanhar até a porta de entrada.

—Obrigada pela noite incrível, Ethan, me diverti muito. - disse agradecida olhando em seus olhos escuros e meu namorado sorriu carinhoso para mim.

—De nada, meu amor, também me diverti muito e não se preocupe, pois em breve lhe darei suas aulas de pilotagem. - ele prometeu e agradeci sorrindo, antes de nos beijarmos com carinho.

Acompanhei com os olhos Ethan se afastar de mim caminhando em direção ao carro dos seus pais, antes de  entrar em casa.


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Notas finais do capítulo

Beijos e até segunda.
❤️❤️❤️❤️❤️❤️



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