...E um hamister chamado... escrita por Dyryet, Monna Belle


Capítulo 9
Sou Chat Noir


Notas iniciais do capítulo

Dyryét--- >( Pronto! Agora hora de parar de procrastinar e por todas as coisas que ficaram sem uma boa explicação. Se faltar alguma por favor me cobre!Minha maior surra esta sendo escrever em terceira pessoa. Mano.. acostumei de mais a fazer narrador personagem e esta sendo realmente muito difícil fazer o narrador onisciente observador passar o mesmo nível de sentimentalismo. To quase desistindo e fazendo em primeira pessoa mesmo. Mas tenho q treinar e sai da zona de conforto.)



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Ela desperta com o corpo pesado por ter dormido muito tarde, mas assim que ouve seus pais loucos gritando que alguém havia roubado o queijo todo, ela se levanta se culpando um pouco por ter esquecido de fazer algo para o pequeno ser da destruição comer.

― Isso vai ser um desafio daqueles! ― Diz feliz ao voltar a pegar seu celular e reler suas anotações.

E ao sair do banho se da conta de uma pequena falha em todos os seus planos.

Ela ainda não sabia como impedir a morte de Adrien e nem como derrotar o akumatisado e Hawk Moth. E nada seria alterado se isso não fosse resolvido.

Assim que os pães de queijo e bolinhos de batata com queijo ficaram prontos, colocou tudo em uma vasilha, pegou o miraculos da abelha e fez a transformação, indo em direção a casa de Chloe que a essa hora ainda deveria estar dormindo ou se aprontando.

Em seu intimo ainda repudiava totalmente a própria idéia; mas se pretendia mudar o futuro precisava de mais ajuda, e fazer o maximo de alterações possíveis que conseguisse causar. Afinal não sabia como evitar o futuro, então faria de tudo para distanciar tudo que iria acontecer agora dos que havia ocorridos anteriormente naquela linha temporal.

A heroína pousa em sua janela já tentando chamar por alguém, mas não é respondida.

O quarto na cobertura tinha amplas janelas e esta logo pode ver as anotações da loura que parecia tentar descobrir o que iria fazer da sua vida no futuro; e estar tendo grandes problemas para chegar a uma conclusão que a agradasse e mantivesse seu estilo de vida.

Sorri ao perceber estes traços de humanidade na arrogante inimiga adentrando o lugar, pois não havia muito tempo e poderia perder a hora de entrar na escola.

― O que faz aqui? ― Logo a voz da loura a surpreende e esta se vira pegando a loura que ainda se encontrava de toalha.

― Me desculpa eu bati e...

― Ta. Idai. O que você quer? ― Mas a loura nem mesmo liga indo para traz de um móvel para poder se trocar.

― Eu vim te entregar o miraculos da abelha. Oficialmente. ― Responde sem mais delongas, afinal estava com pressa e não queria fazer aquilo. Só não via escolha. ― Você pode ficar com ele, mas ele não pode ficar em um lugar visível nunca. Deixa dentro de um espelho; não sei. Mas eu confio em você e vou deixar ele sobre seus cuidados.

― Q... ― A loura não sabe como reagir e ate sai de trás do móvel. ― Você esta falando serio? Eu vou ser a guardiã do Miraculos!!?

― Sim. ― Diz seria. ― Eu sinto muito. Não ter te entregado antes. Você provou ser uma boa usuária mais de uma vez. Ser fiel e eu... eu sinto muito. Fui injusta com você. ― Diz ao assumir que sua implicância com a garota era pessoal. Algo da Marinette e não da Ladybug.

Isso havia sido um de seus pensamentos em relação a suas atitudes imaturas.

Estava tentando ser madura, e provar ao universo ou a quem for que ordenasse isso, que poderiam ficar juntos. Teria de ser controlada e madura pelos dois.
Ou o ajudar a se tornar.

― Aaaaaaaaaaah! ― Mas antes que terminasse de pensar recebe um abraço da garota, que estava de lingeries e blusa como em uma obra pervertida, e essa fica envergonhada com o ato, mesmo achando muito fofa a reação da loura. ― Obrigada, obrigada! Você não vai se arrepender! Eu prometo!

― Eu sei disso. Devia ter confiado em você desde o começo. ― Diz ainda envergonhada pelas vestes da outra que nem se tocava de tanta alegria que era embebida. ― E sobre confiar. Você tem um tempinho?

― Claro gata. E... em falar de gato? Por que esse traje? O que esta acontecendo? ― Diz confusa logo se dando conta de seus trajes correndo pra se vestir. ― Ai meu deus! O que eu fiz! To pelada com uma heroína! Deus! Me desculpa.

― T-ta tudo bem. Também sou uma garota né. ― Diz ainda envergonhada e achando graça da timidez atrasada da outra. ― Bem já que você tocou no assunto. É o Chat Noir. Os Kwamis trocaram por que estão preocupados com ele. Pelo que entendi esta acontecendo algo serio, mas eu não posso saber sua identidade para o ajudar.

― Nossa! E tem algo que eu possa fazer para ajudar? Eu posso saber quem ele é pra ajudar? ― A mesma se voluntaria prontamente o que faz com que Marinette quase não a reconhecesse.

― Bem. Eu não sei. Mas... Fico muito feliz de saber que ajudaria. ― Diz ao se por para sair da casa e ir logo para a escola. ― Assim que souber como ajudar eu te falo. Juro. Mas por hora só da pra saber que tem algo errado e me ajudar a ficar de olho e cuidar dele. Tudo bem?

― Tudo bem. ― Sorri ao se despedir. Dando um longo grito ao ver a heroína sair. ― Obrigadaaaaa!

Esse grito tão animado e cheio de carinho e amor encheu o coração da heroína.

Como Adrien havia dito, tinha algo bom em Chloe, era ela quem não conseguia ver.

Por fim chegou ate que adiantada à escola e desfez sua transformação deixando que o pequeno se banqueteie.

― Um! Você cozinha! Que legal!

― O Chat não te da comidas feitas assim? Só queijo?

― Eu prefiro os queijos. Ele consegue me trazer qualquer queijo que eu queira. É muito mágico! ― Ele diz animado, mas ela ri com a tamanha inocência, já que o pequeno acabava dedurando que seu companheiro teria um grande poder aquisitivo, já que os queijos que comia eram caros.

― Não tem nada mesmo que eu possa fazer pra o ajudar? ― Ela volta a insistir e ele a olha convencido pelas guloseimas que devorava.

― Pode. ― Ele diz ao limpar a boquinha. ― Você parece ter muitas obrigações também. Como lida com isso? Não te deixa sufocada?

― Deixa sim, muito. Mas eu também faço coisas que amo. Então também me divirto. ― Ela diz franca olhando em volta e esperando à hora da aula. ― Ele não tem nenhum hobbie? Algo que ele goste muito de fazer?

― Tem. Jogar games. Ele adora e tem uma coleção que da inveja em todos os amigos dele. Mas o que ele gosta mesmo de fazer é ser herói com você. ― Diz ao voar de um lado a outro olhando se não vinha nenhum humano. ― Ele sempre faz rondas sem você, mesmo que não esteja acontecendo nada. Só por que gosta.

― Que fofo. Bem... quero dizer. É legal. Mas você pode me dizer o problema dele? Tipo duvido que seja algo que só ele passa. ― Joga verde.

― Verdade. Humanos tem problemas parecidos. Você sofre pelo cara que você gosta, mas nem tem coragem de se declarar. E ele sofre por você.

― Ei! Em minha defesa o Adrien é difícil. Ele dispensa todas as garotas!

― De fato... ― Murmura ao pensar melhor. ― Mas vocês também têm a vida bem corrida. Mas a verdade é que eu não sei o que ele tem. Se eu soubesse já ajudaria, e também te contava. Por isso que Tikki foi descobrir pra mim. Estou preocupado por que ele estaca vez mais triste... ― O pequeno logo para de falar se controlando coisa que chama muito a atenção de Marinette já que imaginou que o pequeno ser jamais fosse do tipo que controlava suas palavras dessa forma.

― Talvez baixa estima. ― Ela diz em tom baixo pensando alto. ― Ou talvez seja muitas cobranças na cabeça. As pessoas não aguentam. ― Diz indo para caminhos comuns. Não conseguia imaginar nada de errado no seu príncipe perfeito. ― Você... disse triste. Cada vez mais triste? Tem algo que esta sempre piorando pra ele? ― Questiona ao tentar se lembrar de toda a enciclopédia de informações que havia coletado sobre ele ao longo dos anos. ― Ou pode ser depressão. ― Calcula espantada.

― O que é isso?

― Uma doença mental muito seria.

― Entendi... ― Mente indo para outro raciocínio. ― Sabe. Pra andar comigo o portador tem que ser muito controlado. Por que caso contrario... Você sabe.

― Sei. Mas idai? ― Diz quase revoltada por ele mudar de assunto dessa forma. Mas se ele não entendia o que era depressão nem adiantava mesmo continuar falando disso; e ela quem teria de analisar isso depois.

― Mas convivendo eu percebi que ele tem tanta sede de destruição quanto eu. Já deu cada chilik com meus poderes que você não imagina. Se ele não se controla... bem. Temos muito em comum.

― Ele é uma pessoa violenta? ― Ela diz quase em pânico, sentindo como se seu mundo desmoronasse ali.

Não podia acreditar no que ouvia do próprio Kwami negro.

Aquilo não podia ser verdade, o pequeno deveria estar confuso; afinal tinha acabado de dizer que para ser seu portador a pessoa tinha de ser extremamente responsável e controlada, e isso não batia em nada com o próximo relato dele.

De fato o pequeno gato estava confuso e tentando entender, fazer uma linha de raciocínio que conseguisse lidar e como não conseguiu resolveu pedir ajuda a Tikki.

― Vai dizer que nunca notou? Ele tenta usar o cata-tralala sempre que pode. ― Diz ao evitar dizer a palavra especial que ativava o poder.

Mas ela não sabe como reagir a isso

Seu príncipe era alguém violento.

Arrogante.

Egocêntrico e exibido.
Não!

Tudo isso só podia fazer parte dos sintomas de algo maior que estava passando. Se ele realmente tinha depressão isso era um problema grave, e certamente ninguém perto dele iria saber lidar com isso uma vez que seu próprio pai também demonstra ter problemas psicológicos. Será que isso era algo de família? Ou foi culpa daquele homem... terrível.

Isso!

Ele havia causado isso no próprio filho! Afinal Gabriel era o vilão da historia.

― Usar ao traje é a ... fuga dele. O da liberdade de ele ser quem ele quer ser. ― Ela diz por fim tentando espantar os maus pensamentos, imaginando que haveria um bom motivo para cada um destes relatos. ― Acho que... Ele se sente preso. ― Completa e o pequeno a olha surpreso de ouvir tal conclusão.

― Isso! Acho que é isso mesmo. Mas como posso ajudar ele?

― Você sabe o que esta causando isso? ― Volta a jogar verde, esperando que ele desse mais uma brecha.

― A família... dele é complicada. ― Diz tomando cuidado com cada detalhe, mas ela já tinha pensado nisso.

― Sempre são. ― Argumenta tentando não demonstrar que já sabia de tudo. ― Eu creio que ele esteja sofrendo de depressão. É uma doença... infelizmente comum. Mas tem cura e tratamento sim. Ele só precisa de muito apoio e tomar os remédios corretos. E eu adoraria ser parte deste apoio. ― Ela diz saudosa e o Kwami negro quase brilha de alegria abraçando seu rosto.

― Obrigado! ― O pequeno salta de alegria sentindo tão bem em poder falar disso com ela. Sentia que seu plano de finalmente os unir daria certo desta vez. Queria contar tudo a ela, o porque real da proibição e tudo mais que os envolvia. ― Sabe... Aconteceu uma coisa muito seria a um tempo, e ele teve ajuda e deu uma melhorada, mas ainda sim estou muito preocupado. ― O pequeno diz afoito não sabendo se poderia contar o ocorrido a ela, afinal isso poderia dedurar completamente a identidade dele, mas seus temores superavam seus respeito as regras. ― Ele tentou se... ― Mas infelizmente o sinal toca e ela tem de entrar na aula não podendo o ouvir e responder como desejava.

― Adranzinhoooo! ― E antes mesmo de entrar na sala ela já pode ouvir a estridente voz de Chloe que chega já parando em frente à mesa dele cobrando mais do que a sua atenção. ― É verdade que seu primo vai estudar aqui conosco? ― Mas desta vez essa estava de muito bom humor. ― Acabei de ver ele na sala do diretor. Me explica isso por favor.

― Chloe. Como soube disso? ― Ele questiona deixando claro que não tinha escutado nada que ela disse após a primeira afirmação, o que não preocupa somente Marinette, mas a própria loura que o olha com olhos mais investigativos.

― O que eu não sei ao seu respeito Adrianzinho? ― Afirma ao voltar a o abraçar, estando mais animada e amorosa que da ultima vez que Marinette viu tal cena.

― Muita coisa... ― E desta vez ele verbaliza em um tom baixo ao ouvido da amiga, coisa que os olhos audaciosos de Marinette conseguem ver. ― Depois conversamos. Tudo bem?

― Claro! Eu também tenho ótimas noticias pra você! ― Diz ao se afastar e Marinette quase quebra o crânio ao o bater a cabeça contra a mesa, por ter esquecido de dizer que ela não podia contar sua identidade assim de novo.

― Bem... não vai ser pior que da ultima vez. Vai? Afinal todos já sabem. ― Murmura ao comentar com Plagg que da de ombros não se importando mesmo de os heróis saberem de seus segredos, já que o problema estava entre os dois apaixonados e não com os demais.

E com isso ela percebe que o gêmeo não adentra a sala como havia sido da ultima vez.

O que a alivia imensamente.

― {Ele deve ter entrado porque ouviu o que a Chloe falou. E agora ela não falou nada. Isso! Dei uma dentro pra mudar o futuro pra algo melhor!} ― Pensa toda feliz lembrando de como a reação de Adrien tinha sido forte, voltando a pensar como Chloe tinha reagido a aquilo e o ajudado com seu jeitinho. ― Plagg. Sou só eu que não posso saber a indenidade do Chat Noir e ele a minha certo. Mas os outros podem saber a dele já que não sabem a minha?

― Qual a sua idéia? ― O pequeno fala curioso, temendo já que sua par tinha o pedido para não ir na onda da humana, mas se tentava a seguir os planos da garota. Afinal se todos soubessem seria muito mais fácil guardar o segredo e ate mesmo treinar; e talvez seu parceiro se sentisse melhor.

― Você pode contar a identidade de Chat Noir para os outros, mas não pra mim? E ele não pode saber que todos sabem. Assim todos podemos ajudar ele. ― Ela diz seria enquanto copiava a matéria de revisão da lousa e o pequeno não entende por que deveria negar. Mas sente que Tikki negaria.

― Eu tenho um feitiço. Não posso. Nem consigo. ― Diz meio entristecido por não consegui ajudar. Estava disposto a arriscar, por conta de seu pressentimento ruim.
Se pondo apenas a o vigiar.

Mesmo ela estando com a mente longe sua preocupação era constante; aproveitando estes momentos de grande distração que a turma tinha para o acompanhar com o olhar, percebendo quando este tenta adiantar sua conversa e tentar tirar as suas duvidas com Tikki sabendo que não teria tempo a tarde e nem a noite.

Ele era discreto, e ela apenas sabia o que ele estava fazendo por saber.

[…] (Este símbolo é para pular trechos de texto. Pq essa parte seria idêntica a outra versão só muda daqui em diante pq antes ele não estava olhando o celular por conta da gravação que tinha.)

― Jura! ― Ele acaba se exaltando com a resposta da menor e algumas pessoas olham para ele curiosas e logo ele finge falar no celular com os fones. ― Isso quer dizer que estão esperando ficarmos de maior? Podiam ter dito isso antes.

― Bem... é que maturidade não é questão de idade. O guardião do miraculos da tartaruga e da raposa sabem suas identidades. E nada ruim ocorreu por conta disso. Já... quando vocês descobriram...

― O mundo foi destruído. É... eu sei disso. ― Ele diz ao se virar e voltar a se concentrar na atividade da aula deixando à pequena de lado.

― Desculpe. Eu não aquis... ― Ela ate tenta se retratar, mas o jovem faz um sinal de silencio para ela e continua a prestar atenção na aula.

Não pode deixar de achar o gesto grosseiro. Mas também não podia esquecer que teria soado igualmente grosseira em vários momentos da conversa.

― Cara isso é verdade? ― Assim que o sinal toca Nino o chama de canto sem esperar um segundo, o mostrando a tela do celular que continha uma noticia avassaladora para Adrien.

O segredo vergonhoso de sua família havia vazado.

Ou pior.

Seu próprio pai tinha ido contar toda a historia a publico.

No vídeo postado por ele era claro cada decisão tomada.

[― Minha esposa era um anjo na terra. Mas sua irmã sempre teve problemas em lidar com certas coisas. ― Ele claramente queria arrumar um culpado para a mídia atacar e o ver como uma vitima ou alguém a ser louvado e Adrien mesmo sem saber a real historia sabia que aquela era uma mentira. ― O que ocorreu foi que na época que tivemos nossos filhos, a irmã dela tinha perdido um emprego e a carreira alem de descobrir que era infértil. E para evitar que essa voltasse a ter depressão, uma coisa que ela havia superado desde a época da juventude; minha esposa me pediu parar ceder um dos gêmeos a ela. Foi muito difícil para mim assim como para ela, mas atendi a seu pedido. E depois de sua morte esperei que os garotos tivessem idade para entender o que fizemos.]

Com isso ele olha em volta no pátio destinado ao intervalo de aulas.

Adrian podia sentir os olhares de todos sobre si.

                  Menos Chloe que se aproxima de Adrien percebendo o que este sentia.

― Vem comigo agora! ― Diz ao agarrar o pulso de Adrien e o arrastar para longe de todos, e assim como da ultima vez Mainette apenas os seguem com o olhar.

Tinha ali a prova de que mesmo voltando no tempo não podia alterar coisas que não fosse diretamente ligadas a ela.

Mas tentaria.

Iria fazer o possível e impossível para mudar a atitude de cada um, ate o futuro de Adrien ser alterado. Afinal tinha pouco tempo para isso.

Com isso desta vez seguiu os dois sorrateiramente querendo os ouvir.

Mas ele não conseguia falar.

Não naquele momento.

― Anda. Vai lavar o rosto no banheiro e volta aqui e me explica tudo. Eu não quero saber a historia por uma tablóide de fofoca! Me nego! ― Ela ordena e ele acena com a cabeça agradecido por sair de lá por um momento. ― O que você quer aqui Marinette? Não se deu conta de que é algo particular? Mas como é sem noção! ― A loura comenta ao percebe- lá, e essa por sua vez morre de vergonha.

Em seu normal reclamaria com a garota por falar assim. Ate por que também tinha todo direito de ajudar Adrien, mas realmente tinha evoluído um pouco “aquele dia”, e enxergado o que fazia de errado.

Compreendeu que “sim” ela tinha o direito de falar com ele sobre o assunto, por serem amigos. Mas não. Não tinha o direito de ouvir e se intrometer entre o assuntos dos dois.

― Me desculpa. Eu... Fiquei preocupada, ele não parecia estar se sentido bem. ― Diz um pouco feliz por perceber que algo em si havia mudado, e que talvez isso pudesse a ajudar a mudar o destino do amor de sua vida. Isso devia significar que em fim estava amadurecendo como os Kwamis diziam esperar. ― Tem algo que possa fazer para ajudar?

Mas o tom franco e o olhar sincero da outra quase desarma Chloe que por um ou dois segundos não sabe como reagir.

― Não seja ridícula. É claro que você não é capaz de fazer nada. Não me faça rir. ― Diz ao fazer sinal parar que ela saísse de lá e Marinette apenas sai, outra atitude que traz estranheza a Chloe que parecia querer defender seu amigo de infância de todas as garotas assanhadas que o cercava.

Mas Marinette apenas fica a pensar no que fazer.

Ela tinha a maior vantagem de todas, e saber que no dia seguinte iria ter um ataque não era ela.

Talvez a loira não estivesse de toda errada.            Sobre o que disse sobre a Larybugg no funeral.
O que ele esperava e idealizava dela.

Ele sempre confiou nela, que ela conseguiria resolver tudo. E ela não iria o decepcionar.

Mas ela nem sequer tem idéia de como evitar os desastres a seguir; afinal ela não tinha como evitar todos os fatos que guiavam a aquele futuro. Mas a realidade é que não precisava.

Pois ela não precisava fazer tudo sozinha; e essa sim era a sua verdadeira vantagem.

Então assim que terminou a aula o chamou pelo comunicador para que se encontrassem em um local alheatório.

Ele não respondeu imediatamente, na verdade ela teve de desfazer a transformação e checar se não tinha uma mensagem perdida depois do almoço, ate por que agora tinha completa noção de como os dias dele eram cheios de afazeres e tarefas, e como era difícil para ele estar sempre on e a responder pelo comunicador sem ser visto.



― Tem que ter um jeito mais pratico de nos comunicarmos. ― Ela diz ao chegar ao pondo de encontro na hora marcada.

Era tão tarde que o sol já se punha e ela tentava esconder o nervoso de ter passado o dia todo esperando por esse momento.

― Como? Esses aparelhos só existem quando nos transformamos então não da pra ver se tem alguma mensagem perdida quando esta ocupado.

― Que tal ter dois chips no celular? E um você só usa pra isso? ― Diz de uma vez o que estava angustiada para dizer o dia todo, já se sentando a seu lado como sempre costumava fazer, mas assim que faz isso e olha seu rosto a imagem do ocorrido futuro cai sobre seus olhos como se tivesse tatuado em suas pálpebras.

Os olhos verdes sempre tão vividos e iluminados, opacos de um corpo inerte no chão frio.

― My Lady? ― Ele a desperta ao passar a mão na frente de seu rosto, preocupado com a feição da parceira. ― Que cara é essa? Ate parece que... ― Mas ele não consegue terminar sua pergunta, pois ela o abraça forte. ― My Lady?

― Desculpa. ― Se afasta limpando as lagrimas. ― Mas o que acha da idéia? Podemos manter um contato mais fácil.

― A.... Ta tudo bem? O que foi isso? ― Ele questiona não deixando que ela mudasse de assunto tão fácil. ― E desde quando você quer ter mais contado comigo? ― Brinca com seu tom galante de sempre, mas desta vez ela não faz careta para o ato. Coisa que ele estranha. ― My Lady? O que ouve? Serio. Por favor não minta pra mim...

E com essas palavras ela desmonta. Afinal suas ultimas palavras ainda martelavam em sua mente.

Ele se sentia dessa forma há quanto tempo?

― É claro que eu confio em você! Muito! Não pode pensar assim! Eu não vou...! ― E logo ela se da conta que estava gritando muito exaltada em pé na frente dele enquanto esse continuava sentado e muito confuso. ― É que... ― Engole seco não querendo contar, mas não queria mentir para aqueles olhos, não conseguia. ― Você morreu. Morreu... amanha em um ataque de um akumatizado muito poderoso. Você usou dois mirakulos e forçou seu corpo alem do limite que ele suporta. Você salvou a todos... derrotamos o Hawk Moth. Mas você morreu.

Ela falava e falava, mas ele não tinha reação alguma.

Ficou apenas ouvindo como a quem assiste a um programa de T.V. alheatório.

― E você voltou no tempo... pra me salvar? ― Ele finalmente diz algo. Só que seu tom soa desapontado e não feliz como ela esperava. ― Você disse que finamente o Hawk Moth foi derrotado e você jogou isso fora?! ― Ele quase soa revoltado, mas assim que volta a olhar para ela essa esta vertendo lagrimas e ele para de falar.

― Acha mesmo... Você acha mesmo que vale mais a pena vencer o Hawk Moth?! ― Novamente ela grita. Só que desta vez o da um belo de um tapa no rosto ao ponto de deixar uma marca vermelha em sua face tão delicada. ― Você é demente? Qual é o seu problema? Você não pode pensar assim. A sua vida é importante. Você é importante pra mim!

― My... Lady... ― Ele não tinha reação.

Aquilo não era algo que esperava, não conseguia entender o que havia ocorrido no futuro. Mas no fundo estava feliz por ouvir isso dela.

― Você... Não pode... Nunca mais... Você pode pensar assim. Esta me ouvindo? ― Ela diz tentando conter o pranto. ― Eu voltaria no tempo mil anos. Deixaria todos os criminosos do mundo a solta se for pra te manter vivo. Seu idiota!

― Você não esta falando serio. A Ladybug que conheço nunca seria tão irresponsável assim. ― Diz nitidamente desapontado com o que ouvia, mas se sentindo feliz ao mesmo tempo. Pela primeira vez ela demonstrava sentir algo maior por ele.

― Mas eu sou! Por você eu sou... ― Diz por fim ao se dar conta do por que não podia saber da identidade dele; finalmente se sentando.

― O... o que você esta falando? ― Ele questiona esperançosos em ouvir as palavras que tanto esperou, mas ela para de o olha.

Era o Chat Noir.

A pessoa que nitidamente gostava dela e ela nunca sentiu nada. Então poderia o corresponder agora que sabia sua identidade?

Ele era mesmo a pessoa que ela amava? Ou ela amava um ser imaginário que criou em sua mente?

Estava sofrendo assim pela morte de Adrien ou de seu parceiro? Tinha compreendido que eram a mesma pessoa? Realmente aceitado isso?

Estava a aprender tantas coisas que não sabia sobre ele. Como essa historia de ele ser destrutivo; e acreditava fielmente que isso era algo causado por seu estado emocional atual; e isso ser a coisa que preocupava Plagg, os problemas que ela definitivamente resolveria.

― Eu... Eu preciso de um tempo pra respirar. ― Diz ficando de costas para ele. ― Eu acabei de te ver morrer. Ainda estou... Preciso respirar. Devia ter esperado mais antes de falar com você. Eu não devia ter contado isso.       Mas não tenho esse tempo e... Você tem que me ajudar como sempre faz.    Só me deixa respirar um pouco.

― Tudo bem. Obrigado por me contar. Prometo tomar mais cuidado amanha. Nós vamos vencer de outro jeito. Agora que você sabe de tudo podemos evitar ate que o akumatizado se transforme. ― Ele diz ao por a mão sobre o ombro dela com toda segurança e confiança do mundo, e ela não sabe dizer se isso a acalma ou faz se sentir ainda mais agoniada com o risco que ele corria. ― Quem ele era?

― Felix. Irmão de Adrien. Conhece? ― Diz ainda de costas tentando não dedurar que sabia sua identidade, espiando por canto de olho para ver sua reação.

E este tira a mão de seu ombro no mesmo segundo.

― Eu vi nas noticias. Esse cara tem foto na cidade toda, conheço sim. ― Diz ao se afastar dela.

Não podia deixar transparecer o que sentia, não naquele momento.

E ela se da conta de como ele era bom em esconder o que sentia quando precisava; imaginando quantas granadas destas ele segurava sem que ninguém percebesse. Já que na escola teve um pequeno ataque de pânico na primeira versão do tempo.

― Bem. Vamos descobrir o que ouve com ele e impedir que isso ocorra. ― A responde serio.

― Sim. Vamos. Juntos! Como uma equipe! ― E ela o corresponde ao se virar e segurar suas mãos; e o garoto cora no mesmo segundo. ― Chat... eu... Eu te perdi ontem. Vi você morrer e isso... ainda esta fresco em mim. Não é algo fácil de superar.

― Eu imagino. Eu surtaria se algo acontecer com você.

― Eu sei que sim. ― Ri baixo, voltando a pensar que ele era tão louco quanto ela. ― Mas acho que tem mesmo algo de bom em tudo. Ate naquilo. ― Diz seria tentando o olhar nos olhos, mas a timidez não permitia. ― Com o que ouve eu me dei conta o quanto você é importante pra mim. Não importa quem esteja debaixo dessa mascara. O Chat Noir esta comigo desde sempre. Me dando apoio e me ajudando.

― Você esta falando o que acho que esta?

― Calma ai gatinho.                      Você é sim uma pessoa importante pra mim. Mas não sei se posso amar alguém que não conheço. Entende? ― Ela diz voltando a se afastar pois ele havia dado aquela avançada de sempre que tanto a intimidava.

― Mas a regra... ― Ele diz meio pensativo, tentando entender o que ela dizia.

― Eu sei. Mas... Mesmo que eu te veja sem esse traje eu vou te conhecer? Digo saber quem você é? Quem você realmente é? Ver um rosto não é o mesmo de conhecer a pessoa. ― Ela diz seria e ele para pra pensar e por fim sorri.

― Você é mesmo incrível Bagboo. Esta certa. Minha cara não diz quem sou... Ninguém sabe quem eu realmente sou. Acho que... nem eu sei. ― Diz ao olhar para a lua brilhante mudando levemente seu tom de voz enquanto ia falando e refletindo melhor.

― Por que diz isso? ― Comenta curiosa o vendo se sentar um pouco distante dela a olhar o céu.

― Eu não sei. Sei do que eu gosto e do que não gosto, mas não posso dizer que sei quem sou. ― Seu tom sai estranhamente calmo perto do que estava acostumada, parecia muito mais com o tom costumeiro de Adrien.

Era como se Adrien apenas entoasse, mas entristecido que Chat Noir que sempre tinha um tom alegre e dinâmico na voz. E com isso finalmente entendeu.
Adrien estava triste. Constantemente triste.

― E quem pode dizer exatamente quem é? É algo muito complexo. ― Ela argumenta ao tentar o ajudar, mas ele o olha por sobre ombros voltando a fitar o céu límpido.

― Meu pai pode. Você pode. Vocês sabem muito bem quem são.

― E você... ― Diz ao se sentar a seu lado pondo a mão sobre a dele. ― Como se sente então? Sabe que pode me contar tudo não?

― Eu posso né. ― Comenta voltando a olhar para ela. ― Eu... Me sinto como se fosse um boneco. Um de corda que pode ser controlado por qualquer um a minha volta. ― Diz voltando a olhar a cidade, mas essas palavras pareciam ter doido mais nela do que nele. Como pode não perceber isso antes? ― Quando tiro isso... É que eu sinto que estou usando uma mascara. Sinto as cordas me amarrando e as grades fechando a minha volta. Da vontade de quebrar todas elas... mas sei que não posso. Sou fraco de mais pra quebrar elas.

― Gatinho... ― Ela não sabia o que dizer, e só consegue se recostar sobre seu ombro. ― Você é muito forte. Não sei como só você não vê isso. ― Diz ao tentar o animar, mas queria muito continuar conversando. Que ele continuasse dizendo coisas que pudessem servir para ela descobrir o problema e resolver para ele. Tentando guiar o assunto com o que ele havia dito para o que ela já sabia. ― Pais controladores?

― Muito.

― Umnf... Entendo. Isso é um saco. ― Queria saber exatamente o que o dizer. Como o ajudar em um passe de mágica tal como quando usava o poder do talismã. ― Sabe. Ser rebelde serve pra isso... ― Não tinha como chegar calmamente no resultado que precisava. Mas ela tinha que o libertar do domínio de seu pai de alguma forma.

― Você ta brincando com a minha cara não esta? Não posso.

― Pode. Claro que pode. ― Diz ao se lembrar da identidade de Hawk Moth e ter certeza de que ele tinha de se livrar deste controle antes de descobrir tudo sobre seu pai. ― Você é um super herói. Pode fazer isso! ― Diz ao se levantar. ― Foge para a casa de algum amigo. Ou entre as pessoas da sua turma. Tenho certeza que se você contar como a situação esta sufocante na sua casa eles vão te ajudar. Você tem amigos, certo?

― Bem... na verdade tenho sim. Não que meus pais gostem disso.

― Serio eles não querem que você tenha amigos? ― Acaba soando mais perplexa do que gostaria. Definitivamente não sabia nada sobre a vida dele.

― Não quer não. ― Diz ao dar de ombros como se estivesse acostumado a tal pensamento, e isso não fosse nada de mais. ― Acha que é perda de tempo, distração e má influencia.

― Bem essa ultima eu estou sendo agora. ― Ri.

― Verdade. ― Acaba rindo também e ela volta à segura a sua mão.

― Mas faz isso. Foge. Muda a sua vida! Por favor. ― Diz altiva com os olhos cheios de emoção.

Queria o tirar de perto de seu inimigo.

Precisava o libertar de seu controle e se desesperava por não saber como fazer isso.

― My Lady... Esta falando serio? Como isso poderia me ajudar em alguma coisa? Isso não vai resolver nada. Eu não to te reconhecendo... ― Ele diz quase desapontado com as idéias da garota, não entendendo suas motivações para tal ato.

― Claro que vai. Você vai conseguir se sentir livre. Saber que consegue lutar contra isso. Vai mudar como você se sente. E isso é o mais importante. ― Teima, e ele apenas fica mais inconformado e curioso com tal atitude. Imaginava que ela iria dar outro tipo de idéia; como dicas de como conversar com sua família; jamais imaginou que ouvira dela tal coisa.

― Eu vou pensar. Prometo. ― Responde apenas para terminar aquele assunto que para ele não chegaria a lugar algum.

― É o suficiente pra mim. ― Sorri logo corando e ficando sem graça em iniciar “o outro assunto” que não saia de sua mente. ― Mas... gatinho? Sobre nós... eu sei bem o que você quer. Mas pra isso... eu tenho que te conhecer melhor. Tudo bem?

― Isso é uma chance?!!! ― Ele simplesmente grita como uma criança animada esbanjando toda a sua alegria.

― Sim. ― Confirma com um risinho tímido.

― Isso!!!

― Ei! ― Exclama tendo de o chamar a atenção. ― Não entendeu a condição?

― Claro. Por mim faço a idéia do segundo chip, a idéia de fugir de tudo também. Pode ate me fazer um questionário se quiser!

― Olha que eu faço em. Um bem intimo e pessoal! ― Diz com o intuito de ser algo psicológico voltado a seus problemas pessoais, mas nitidamente ele entende algo pervertido. ― Não isso!

― Tudo bem. Vou pegar um numero extra e te mando pelo comunicador. Pode fazer o questionário por esse novo numero. ― Diz ao se aproximar com seu tom galante de sempre, mas desta vez ela fica meio afetada por isso.

Talvez por agora saber quem estava ali, e quase o ver por traz do traje que tinha a capacidade mágica de distorcer essa comparação chegando a clarear seu tom de pele e mudar a textura de seus cabelos, ate este momento; ate realmente ser descoberto.

E ele por sua vez percebe tal mudança, não se importando nem um pouco com o motivo de tal.

― Posso? ― Pergunta ao acariciar de leve a face dela com o dorso da mão de forma a evitar a arranhar com suas garras.

― Só desta vez. ― Responde sentindo o coração bater na garganta.

O mundo parecia desaparecer a seu redor conforme ele se aproximava dela.

Não existia mais o chão sobre seus pés, se sentia flutuando. Não existia mais o vento ou o cantar dos pássaros, nem mesmo as vozes das pessoas ou o barulho dos carros. Nada. Somente eles dois.

Ele sente como se uma chama ardesse em seu peito espalhando seu calor por todo o corpo assim que encosta nos macios lábios dela, e ela por sua vez sente o corpo derreter com seu toque suave; o modo que ele segura sua cintura e a toma para si, almejando salvar este momento este toque e todas as sensações em sua mente; para que dessa forma pudesse as resgatar quando tivesse vontade.

Podia sentir as presas afiadas assim como as garras que a abraçavam, não se importando nem um pouco com esses detalhes que surgiam apenas quando ele usava o manto. Queria decorar a forma de ele abraçar, dele beijar.

Um beijo tenro e carinhoso e ao mesmo tempo tão cheio de volúpia, que a fazia querer parar o tempo ali mesmo.

Mas o tempo não parava para eles.

Nunca parava.

Era tudo sempre corrido, seguindo o tempo que os Miraculos concedem e logo este alarme dispara os forçando como sempre a se separarem.


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Notas finais do capítulo

Dyryét--- > (Foda narrar um beijo... Sabendo que era entre dois personagens do lugar que inventou o beijo de língua. “Vo-ti-contar!” Sei que a expectativa era alta espero ter conseguido alcançar pelo menos metade. Notou que o Miraculos disparou sem eles terem lutado? Infelizmente isso é algo que não estou conseguindo lugar para explicar então pode ser que fique no ultimo cap ou na parte 2 mas tentarei ao maximo deixar essa fick completinha ok.)



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