...E um hamister chamado... escrita por Dyryet, Monna Belle


Capítulo 10
Eu sou demais


Notas iniciais do capítulo

Dyryét--- > (Bem. vamos lá viagem no tempo dói à cabeça e nessa terá suas conseqüências. Vamos ver se consigo criar umas legais pra você. Caso tenha se perdido um pouco nos dias ou seja do tipo de pessoa que gosta de checar explico no prox cap. ^_^)



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                                                  Chegaram em casa flutuando.

E a primeira coisa ela fez foi ligar para sua melhor amiga, sem se importar muito se alguém poderia intermediar a ligação.

[― Amiga. Você tem noção da hora? ― Alya diz ao com a maior cara de sono atender a chamada de vídeo afim de brigar, mas logo vê a cara de alegria sonhadora nítida de Marinette. ― Eita? O que ouve?]

― Você esta em local seguro? ― Diz ainda boba com o coração batendo dentro ta boca, ainda com a sensação que os lábios dele tinham.

[― Sim? Geral ta no décimo sonho gata. O que ouve? ― Ela questiona ao se sentar na cama se ajeitado para ter uma fofoca das boas.]

― Eu... beijei ele. ― Diz pra dentro quase miando.

[― Ele quem mulher? ― Alya tenta se conter, mas se ainda tivesse esse poder, entrava em seu celular e saia do outro lado.]

― O Chat Noir.

[― Não acreditoooooo! Poha! Ai sim! Finalmente caralho! E nem pra ser em um horário que eu podia por no Lady blog. Sacanagem! ― Diz muito animada logo parando e olhando em volta temendo ter sido ouvida. ― Mas e o Adrien? Desencanou? ― Retoma o antigo assunto mesmo acabando por deixar escapar que torcia para a amiga dar uma chance ao parceiro.]

Mas Marinette não tinha como responder isso sem dedurar tudo.          E acaba por desligar na mesma hora e ignorar as demais ligações.

― Ai! Burra! Idiota! Por que eu liguei?

― Por que você esta animada. Feliz e quer conta a sua miga? ― O Kwami negro surge demonstrando não dormir tanto quando a sua companheira. Talvez ele fosse mais ativo a noite... Era o que parecia pela aparência de cada um. ― Mas deixa eu ver se entendi. Você voltou no tempo e quer evitar que ele morra amanha? É isso?

― Exato!

― E como voltou tanto. O único miraculos que pode mudar o tempo é o da serpente. O do coelho pode viajar mais no tempo, mas não alterar. ― Diz serio ao se sentar a seu lado. ― Eu sinto muito. Mas é possível que tudo tenha sido em vão. Não vai conseguir evitar. O tempo dará um jeito de ele morrer amanha. Acho que... vocês deviam faltar na aula e aproveitar o pouco tempo que tem juntos... ― Ele diz nitidamente entristecido com um tom de choro na voz.

― O que você esta falando? ― Mas ela diz mais irritada do que indignada.

― Que coisas grandes e importantes assim não conseguem ser mudadas. ― Ele diz ao pousar a seu lado demonstrando estar muito entristecido em saber do destino de seu amigo.

― Eu já consegui mudar o tempo antes. ― Mas ela teima convicta.

― Não. Você derrotou um vilão no futuro. E depois voltou e evitou que o pior acontecesse, nessa dimensão. ― Ele grita irritado com a teimosia dela.

― É exatamente o que estou tentando fazer. ― Mas ela não se deixa balar. Pensa em gritar, mas resolve pegar o pequeno ser nas mãos e o acalentar. Afinal ele também havia sofrido e deveria estar apavorado com tal premonição.

― Tudo bem. Sabe. Eu gosto muito deste humano. Também não quero que ele morra. Vou te ajudar nessa bagunça. Mas você sabe que terá conseqüências né?

― Sim. E estou disposta a lidar com todas, para que ele viva.

― Tai gostei.


Enquanto isso Adrien rolava de um lado a outro na cama abraçando seu travesseiro para abafar seu grito de alegria.

Nem mesmo liga parar o fato de o dia seguinte ter sido marcado como o dia de sua morte.

― Ela praticamente disse que me ama! ― Diz ao pegar Tikki querendo comemorar com a pequena.

― Sim. Foi mesmo. ― A pequena diz não conseguindo compactuar com a alegria do jovem. ― Eu só estou preocupada sobre o que ela contou. Sobre ter voltado no tempo. Ela pode ter um dom surreal no que se refere ao uso e manipulação dos poderes dos miraculos. Mas você não esta preocupado com o que ela te contou?

― Em? Sobre eu ter morrido? ― Diz ao se sentar na cama meio pensativo. ― Pra falar a verdade estou mais preocupado com a idéia que ela me deu; sobre eu me rebelar, do que com isso. ― Diz franco, tentando entender por que ela falaria algo tão extremo assim. Não parecia algo vindo dela, o estilo dela. ― Eu confio nela. Se ela conseguiu ate voltar no tempo pra me salvar ela pode evitar isso.

― Ai como é bobo. ― Murmura em baixo tom. ― Tudo bem. Mas ela não pode cuidar de tudo. Não pode deixar tudo por conta dela.

― Eu sei. Por isso sempre ajudo ela. Ela confiou em mim, contando algo tão serio. Não vou estragar isso entrando em pânico. Eu sempre confiei nas capacidades dela, não vai ser agora que eu vou começar a duvidar.

― Esta bem. ― Diz rendida, não tinha como argumentar com ele ou o fazer entender a seriedade das coisas naquele momento de tamanha euforia. ― Você deveria tentar dormir. Amanha vai ter um dia e tanto.

― Eu sei. Mas quem disse que eu consigo? ― Diz ao voltar a se deitar na cama jogando seu corpo para traz.

― Humanos... Tão fofos quando amam. ― Diz ao sair de perto e o deixar em paz.

Uma coisa não saia da mente da pequena e inteligente Kwami.

E se Marinette havia descoberto a identidade dele?

Ela não parecia estar agindo como de costume.

Algo havia acontecido, e era muito provável que quando ele morreu o traje se desfez e ela acabou descobrindo dessa forma.

― Ai ai. Pobre Marinette. Será que ela viu? Tomare que não. ― Reza ao pousar sobre a janela olhando o céu limpo de nuvens. ― Plagg por favor cuida direito dela. Se for o que estou temendo. Ela vai precisar de alguém como você.

― Esta bem animada hoje em! ― O Kwami negro acorda sonolento com a agitação da humana, que parecia um pequeno tornado. ― Sobre o que ouve ontem... Acho que temos de conversar.

― Em? Por que? ― Ela para de correr para os lados ao sentir o tom do pequeno Kwami da destruição. ― Não ouve nada de errado eu...

― Você sabe quem é o Chat Noir? ― Pergunta na lata sem fazer rodeios, voando intimidadoramente para próximo do rosto dela.

― O que? Não! Juro! Eu não olhei. ― Ela mente na cara lavada por medo do que poderia acontecer. Não podia permitir que algo atrapalhasse seu futuro perfeito com seu amor. Que eles dessem um jeito de ela esquecer disso.

Precisava saber para entende-lo, ajudar em seja lá o que estivesse ocorrendo com ele e decidir se o amava mesmo.

― Mas se ele morreu o manto saiu. E você jura pra mim que não viu quem ele era? Que não saiu nos jornais?

― Eu entrei em pânico e voltei no tempo na mesma hora. Nem deu tempo disso. Juro!

― Ummm. Ta bem. Vou confiar em você. ― O pequeno diz ao se afastar e ela respira mais aliviada. ― Mas por que resolveu falar tudo aquilo? Pra ele fugir de casa. Você não sabe como isso pode ter conseqüências ruins. Aquele cabeça oca tem tendências a seguir tudo que você diz!

― Serio? ― Seu tom soa mais sapeca do que esperava e o pequeno a encara. ― Desculpa, mas eu só estava tentando ajudar. Você não disse que esta preocupado com a mente dele?

― Sim mas... Ai! Eu não sei o que ajuda a mente de um humano. Muito menos um jovem e problemático como ele.

― Eu não acho que ele seja tão problemático assim. Mas tudo bem. ― Diz ao voltar a arrumar suas coisas, sonhadora com o futuro.

Sabia que hoje seria o primeiro dia de aula de Felix e que esse dia costumava ser o mais difícil mesmo, então pensava em ser a anfitriã do garoto e desta forma evitar que ele fosse akumatizado evitando a morte de seu amor.                  Simples e fácil.
No papel...

Afinal ela estaria lutando contra algo muito superior a um simples inimigo que possuía um Miraculos.                           Seu inimigo, desta vez era o próprio destino.


― A-mi-ga! Diz ai! O que diabos foi que rolou ontem? ― Alya a esperava no caminho que sabia que amiga fazia a arrastando para um canto assim que a vê.

― Ai eu nem sei por onde começar. Mas a verdade é que eu voltei no tempo. ― Diz levemente sonhadora logo ficando seria para contar seu plano. ― O Chat Noir morreu hoje em um ataque colossal do Hawk Moth com um Akumatizado fora do comum.

― O que? Como? Ok... você precisa da minha ajuda entendi. Não vamos deixar isso acontecer. Espera... Você sabe quem ele é?

― Não. Mas... ― Ela diz mesmo não gostando de sustentar tal mentira, sentia que esse amor realmente trazia o pior dela, mas estava disposta a fazer realmente qualquer coisa por ele, ate mesmo mentir assim. ― Quando o vi tombar no combate... Não consegui. Eu...

― Entendi. ― Diz ao abraçar à amiga que começava a verter lagrimas. ― Infelizmente nós só darmos conta de algumas coisas quando perdemos. ― Diz ao afagar seus cabelos e tentar a consolar. ― Ele sempre esta do seu lado. Deve ter sido um choque e tanto. Mas vamos evitar isso. Juro pra você!

― Obrigada. ― Diz ao sair do abraço e respirar fundo tentando se recompor e não chegar na escola com cara de choro. ― Eu não sei como. Mas vamos conseguir sim.

Enquanto isso ele tentava cumprir o primeiro prometido, trocar um numero de telefone com sua amada.

― Aaaaf. Porque tudo tem que ser sempre difícil? ― Murmura ao entrar no carro depois de quebrar a cabeça tentando pensar uma forma de conseguir um numero de telefone extra sem que ninguém soubesse disso.

― O que ouve? Parece estranhamente alterado. ― Felix diz ao se sentar a seu lado e ele não sabe como o responder.

― Eu preciso de uma coisa. Mas esta muito complicado conseguir. Preciso de um numero extra de celular pra fazer uma coisa secreta. ― Diz sem entender muito o por que confiava nele desta forma e esse se espanta com tamanha sinceridade no mesmo segundo tirando seu celular do bolso o desmontando e lhe entregando o seu próprio Chip.

― Isso ajuda?

― S-sim. Mas você não vai precisar dele?

― Eu tenho três. Só não me pergunte para que. ― Ordena tranquilo ao ver o irmão pegar o chip e por em seu aparelho.

― Muito obrigado. Mas não vão te procurar neste?

― Relaxa. Se estou te dando ele é por que mal o uso. ― Diz convicto de suas palavras, vendo o sorriso franco do irmão acender como um farol que indicava o caminho certo.

― Muito obrigado! De verdade!

― Você é muito... Esquece. Chegamos. Vamos? ― Diz ao descer do carro e ir em direção a escola afim de distanciar-se do irmão que o fazia se sentir de um jeito muito estranho.

Ele era uma pessoa amável de mais, era estranho para ele conviver com uma pessoa que lembrava tanto sua amável mãe adotiva assim.

Era como se automaticamente gostasse do garoto.
Coisa que estava muito fora dos seus planos ali... Que era desmascarar seu pai e descobrir onde estava o corpo de sua mãe, já que sua mãe adotiva avia descoberto que o corpo dela havia desaparecido do tumulo.

Parou um segundo para se lembrar da outra que iria começar na próxima semana e na pena que sentiu dela, justamente por ter o mesmo tipo de vida de seu irmão. Uma vida aprisionada por seus pais extremamente controladores.

Simplesmente não conseguiu evitar se intrometer.

― Sim. Mas obrigado mesmo. Estou te devendo uma! ― Adrian o trás de volta a terra saindo do carro assim que chegam à frente da escola.

― Tudo bem. Vou cobrar então. ― Ele corresponde em um tom que Adrien não sabe dizer se estava brincando ou falando serio.

― Oi pra vocês dois! Prazer sou Nino Lahiffe, o irmão de outra mãe desse carinha aqui. ― Ele diz todo saudoso ao cumprimentar Felix, que não estava nada acostumado aos modos mais livres do rapaz.

― Acho que... posso dizer o mesmo. ― Ele ate que tenta ser engraçado, mas o clima acaba ficando pesado.

― Bem. Vamos? Vou te mostrar a nossa sala. A Chloe estuda comigo você se lembra dela? ― Adrien tenta desconversar indo em direção as escadas da escola.

― Vagamente. Continua sendo aquele ser irritante e insuportável?

― Continua sim cara!

― Nino!

― O que foi? É verdade. E eu já gostei do seu irmão. A sala toda vai gostar dele ― Nino afirma ao rir alto entrando na sala e Adrien aproveita para descobrir o numero de seu novo Chip e o anotar para poder enviar a sua Lady.

Estava tão feliz que era visível.

E Marinette apenas consegue ficar a observar seu amado toda boba.

― Foco Marinette. Você não pode beijar um e continuar assim com o outro. Não é certo se atente garota. ― Alya briga nitidamente revoltada com a atitude de Marinette em babar em Adrien.

― Desculpa. Vou ficar focada. Pelo bem do Chat Noir. ― Ela não tinha como explicar, então apenas tenta se focar em sua missão ali.

― Tudo bem. Mas já que o “assunto” surgiu. E o Adrien? Como ele fica nas suas contas? Esqueceu ele? Não pode querer os dois. ― Alya comenta em tom baixo para que os dois a sua frente não escutassem, mesmo que Nino estivesse entretido de mais a conversar com o novo aluno e o louro em seu celular.

Mas Marinette não tinha como a responder.

― Alya. Vou ser franca. Eu não vou conseguir deixar de gostar do Adrien do nada. Mas estou tentando dar uma chance ao Chat Noir. Então não tentarei mais nada com o Adrien ate resolver isso e saber o que será.

― Um. Ok. Muito bem... isso ate que foi maduro. ― Diz ao se sentar vendo que a turma toda estava a dar atenção ao aluno novo sem ter como as escutar. ― E como vai fazer isso? Esta namorando com ele?

― Não. Eu disse que tinha que entender como me sinto em relação a ele. Que daria uma chance sim. Mas estamos nos conhecendo. De outra forma sabe. Por que só nos conhecemos de forma... Profissional? Posso chamar assim? ― Diz ao tentar ter foco na matéria de revisão que era passada.

― Ummm. Ok. Já impôs algumas regras? ― Alya diz em um tom baixo olhando parar os dois a sua frente que pareciam entretidos com tudo menos com a revisão da aula.

― Como assim? ― Questiona ao parar de escrever olhando para a amiga que cora um pouco sem ter como explicar a romântica Marinette que parecia ainda ser uma garotinha de 16 anos por dentro.

― Bem. Pelo que vejo ele parece ser do tipo… Assanhado... não? Sabe. Meio pervertido. Mulherengo. Não? ― Fala a olhar a lousa sem querer ter contato visual com a amiga pura e inocente.

Afinal Alya antes de saber seu segredo sempre torceu parar o casal de heróis assumirem sua relação.

Mas quando descobriu a verdade ficou dividida, por saber dos sentimentos da amiga pelo colega de sala e ter outra visão da heroína sem falhas que tanto admirava. A percebendo como a pessoa esforçada que estava a seu lado, e sim precisava de ajuda para dar conta de tudo. Enquanto ele... Continuava sendo um mistério. Um que agora era da conta dela desvendar para proteger o coração frágil de sua amiga tão romântica.

― Ah. Sim. Parece mesmo. Mas não sei. Vai que no fundo ele é tímido. ― Diz isso por saber que Adrien era, mas não tinha como ter plena certeza. Querendo tirar a prova disso. ― Ele pode só fazer tipo.

― Poder pode. Mas não acredito. Você tem é que deixar as coisas bem claras e nítidas. Se não...

― Se não o que?

― Olha. ― Desiste ao por a caneta de lado e dar atenção a amiga, afinal a lousa não seria apagada tão rápido e esse era mesmo um assunto importante.

Não era o tipo de coisa que se procura na internet ou se consegue conversar com os pais. Isso era o tipo de conversa que ela tinha com sua irmã; sabia que podia conversar sobre “qualquer coisa”com ela, mas não tinha como saber qual era a relação de Marinette com seus pais e se a amiga tinha toda essa liberdade ou maturidade de conversar sobre tal “Assunto”.

― Eu tive de dar umas broncas pro Nino não querer por a mãozinha boba dele na minha bunda sempre que da na telha. Entende? Garotos são safados. Se você bobeia já querem dar um jeito de te levar pro abate.

― Ué. Mas você não esta planejando ir com ele... você sabe. Ate o fim lá na viagem? ― Marinette questiona muito confusa, e Alya apenas ri.

― Sim. Mas o Nino não é o Chat Noir. Ele é fofo e tímido pra caramba. ― Diz ao pontuar que mesmo o proibindo de a apalpar via o garoto como uma pessoa muito mais reservada. ― Eu tenho bem mais atitudes que ele nisso. Já aquele gato preto flerta com toda garota que vê. ― Diz seria demonstrando estar bastante preocupada com a amiga. ― Não é só porque o Nino pega na minha bunda as vezes quando se empolga que ele é do nível do Chat Noir.

― Você esta sendo muito contraditória nessa conversa. O Nino foi pervertido ou não? ― Marinette responde indignada, não queria dizer nada sobre a relação da amiga e não podia revelar o que sabia; mas aquilo esta a incomodando.

Definitivamente Adrien não era o que ela imaginava do Chat Noir.

Sim ela já pensou a mesma coisa do gato negro. Mas agora que sabia a sua identidade, tinha boa noção de seu equivoco e mesmo que tivesse duvidas sobre tudo o que o envolvia, tinha noção de que estava errada sobre isso.

― E eu não acho que o Chat Noir seja assim como você diz. Ele tem esse jeitinho de ser todo galante, mas não quer dizer que esteja dando em cima de todas as garotas, ele só da em cima de mim. Ele sempre diz que gosta só de mim.

― Isso é o que vamos ver. ― Entretnato Alya a corresponde com um sorriso sórdido ao voltar a dar atenção à aula. ― Vou te ajudar a “conhecer melhor” o terreno.

― Obrigada. ― Diz meio sem graça, não gostando muito da idéia da amiga. Mas sabia que precisava de toda a ajuda pra o entender e principalmente entender os seus sentimentos.

Por um lado gostaria mesmo de saber a verdade; na verdade estava imensamente ansiosa por isso, mas por outro... tinha um pouco de medo.

Passou então o resto da aula dividida entre duas funções, vigiar Felix e ter certeza que ele não seria akumatizado e descobrir a fama que seu companheiro de combate tinha nas redes sociais. Mesmo que isso não a dissesse exatamente que tipo de pessoa ele era, isso era algo que gostaria muito de fazer.

Não podia negar o nítido fetiche que seu traje de felino despertava nas pessoas, que inventavam versões de cosplay sexy ou trajes literalmente feitos para o ato sexual baseados em seu manto.

Parecia que pesquisar pelo nome Chat Noir era sinônimo de algo pecaminoso e errado. Quando não tinha algo com conotação sexual explicita, era algo haver com seus poderes devastadores e destrutivos, teorias sobre sua personalidade caótica alem de muitas teorias sobre a relação que teria com a dama pintada que acompanhava.

Conseguiu ver que esse possuía ainda mais fãs enlouquecidas que o próprio Adrien; mesmo que esse tivesse mais fama os fãs de Chat Noir pareciam ir alem, fazendo ate varias fanarts do herói de todos os tipos possíveis e fantasiando sobre sua identidade e historia de vida.

Seu jeito despojado, sexy e descontraído atraia e agradava muitas moças e rapazes que também criavam vários níveis de fãs clubes. Alguns totalmente pervertidos, outros de curiosidades e ate mesmo uns mais fofos voltados a se dedicar a shippar o casal de heróis.

E com isso pode compreender o temor que Alya tinha, já que ela era deste mundo online e não o conhecia de verdade como ela conhecia.

Não conhecia como ele realmente era dia a dia.

Apenas via as fofocas produzidas em massa com seu nome.

― Esta gostando da turma? ― Assim que a aula termina a primeira coisa que faz é ir falar com Felix. Afinal foi neste horário que a coisa deveria ter começado, já que tudo explodiu na hora da saída.

― … Estou achando… Diferente. ― Ele definitivamente não esperava essa abordagem dela, e tem uma demora a responder tentando ser educado na resposta.

― Não esta gostando muito né. Tudo bem o primeiro dia é difícil pra todos. E as coisas na sua casa devem estar sendo difíceis também.

― Desculpa, mas quem te deu tanta liberdade assim pra falar comigo dessa forma? ― De fato o que eles tinham de idênticos estava apenas no exterior. E isso fica nítido com o claro tom de repulsa que esse esboça.

E ela por sua vez para no lugar re avaliando suas atitudes e o que havia feito de errado.

― Calma Felix. Tenho certeza que ela não fez por mal. Essa é Marinette, uma grande amiga. Ela sempre tenta ajudar todos. ― Angelicamente Adrien surge tentando apaziguar a cena e estranhamente Felix parece se acalmar.

― Pois bem. Aqui é diferente do que estou acostumado. A conviver… ― Diz seco para ela. ― Falta requinte.

― Mas ninguém vive de requinte. Isso é chatão. ― Nino logo se pronuncia e Felix apenas se afasta. ― Eita. O que ouve? Eu to fedendo? ― Pergunta meio indignado, olhando para Adrien que ajeita suas coisas para a próxima aula.

― Não é isso. É que… ― Adrien tenta consertar. ― Marinette esta certa. As coisas em casa não estão fáceis e tudo fica pior. O primeiro dia na escola é sempre difícil. ― Diz ao sair e ir em direção ao irmão não querendo o deixar sozinho em momento algum.

― Ta bem. ― Nino apenas observa o amigo sair deixando os irmãos conversarem em paz. ― Esse cara vai dar trabalho pro Adrien não?

― Muito. ― Marinette diz ainda com os olhos pregados no garoto que poderia se transformar a qualquer minuto, tendo em mente que seu parceiro iria cuidar disso.


― Esta tudo bem mesmo? ― Adrien questiona um pouco mais direto do que planejava inicialmente.

― Por que não estaria? ― O outro responde indiferente ao caminhar em direção a biblioteca.

― Bem... Eu ouvi nosso pai conversando ontem à noite. Ele estava dizendo que você não tem nenhum amigo na sua antiga escola e passava as horas livres estudando. Que eu tenho que aprender isso com você. ― Mente, pois havia feito uma leve pesquisa do por que ele seria akumatizado, descobrindo a exclusão social que esse sofria na ultima escola.

― Idai? Você sabe muito bem como ele é. ― Mas Felix falha em fingir não ter se importado com o que escutou. ― E não é mentira. Eu prefiro otimizar meu tempo. Não vejo graça em perder tempo com pessoas assim.

― Entendi. ― Diz com um tom serio ao por a mão sobre o ombro do irmão. ― Olha eu também não sabia como fazer amigos. Mas… posso “emprestar” os meus ate você aprender a fazer os seus. ― Brinca ao sorrir desarmando Felix que não tem como responder.

― Você é mesmo…

― Eu sei o que vai dizer. Mas só estou preocupado. ― Diz ao cortar o que o irmão iria dizer, sabendo que esse nunca terminava essa frase. ― Isso não esta sendo fácil pra mim também.

― E quando foi fácil pra você? ― O outro responde como se soubesse de algo. Algo que Adrien não queria dizer nem a si mesmo. ― Você pode mentir pra todos, mas não pra mim. Eu vejo através de você igual você vê através da maioria das pessoas.

― Eu não sei mesmo do que você esta falando. Minha vida é ótima. Tenho uma carreira de sucesso e tudo o que o dinheiro pode comprar. ― Diz ao dar de ombros e não como forma de ostentação. ― Também sei que posso ficar com qualquer garota que quiser. ― Mente para si mesmo, sabendo bem que a garota que mais queria não o queria de volta.

Tendo uma leve recaída em seu estado de animo antes de se recordar da ultima conversa e do caloroso beijo que trocaram; espantando de uma vez esse sentimento ruim de não ser correspondido voltando a se alegrar e começar a sentir que alguns dos maus pensamentos sumiam de sua mente; sendo espantados por essa emoção tão quente e calorosa que lembrar das palavras dela, de seu olhar e saber o que ela sentia por ele trazia.

― Certo. Mas já que você esta me devendo uma quero te pedir isso... Depois gostaria de tirar uma coisa a limpo. ― Feliz diz extremamente serio e severo. ― Quero ver o tumulo da nossa mãe. Tenho muitos motivos para acreditar que o corpo dela não esta lá.

E ao ouvir isso Adrien não tem como reagir.

Por que ele estaria dizendo isso assim do nada?

Adrien não podia negar que Feliz realmente parecia saber muito mais do que ele; e provável isso tinha sido o motivo de seu colapso na versão que Larybugg o contou; temia por saber do que se tratava mesmo sabendo que precisava e acenou que sim com a cabeça o guiando ate o local e esse o seguiu em completo silencio.

Pelo lado bom estaria perto dele caso algo acontecesse com ele.
Pelo rui temia que ele é quem fosse akumatizado desta vez.

Mas essa conversa era observada por um ser que definitivamente não deveria estar ali.

O Kwami negro.

Este tinha segurado sua eterna companheira para impedir que essa atrapalhasse Marinette em seu ato impensado, mas a pequena Kwami tinha conseguido escapar dele no ultimo segundo e acaba por empurrar para dentro do vortex antes que esse desaparecesse destruindo aquela linha temporal para onde ele não tinha como voltar.
Ele não entendeu o motivo de ela fazer tal coisa.

Mas sabia que ela tinha um motivo... Que isso era seu ultimo ato.

E como sendo um Kwami tão poderoso, ele era imune aos poderes dos demais; e diferente do corpo de um ser humano que tomava o lugar daquele com menos “memória e tempo” ele veio inteiro e em peso a essa época, ficando longe de todos apenas a observar e tentar descobrir o que fazer.

Ele voava pelos cantos tentando evitar ver a si próprio e a sua preciosa docinho que iria de fato arrancar seus olhos.

Mas faminto e não tendo o que fazer ele toma uma medida desesperada.

― Alya! É seu nome né? ― Diz ao invadir o banheiro dando um susto na garota que apenas queria fazer suas necessidades em paz.

― Ai meu deus! ― Ela da um pulo quase caindo do vaso. ― O que? Como me conhece? Você é um Kwami?

― Sim. Só Plegg o Kwami gato. Vamos nos conhecer hoje na hora da saída. Ou não. Eu não sei.

― Como? ― Diz ao se limpar e se levantar indo lavar as mãos e pedir que ele continuasse escondido logo voltando. ― Tudo bem. Agora sim podemos conversar. Como você me conhece?

― Eu sou do futuro igual à Marinette. Você veio falar comigo e brigou por que eu segui o seu plano de filmar ela e mandar pro menino que ela gosta. Eu não entendi isso. Você quem disse que isso era uma regra.

― Oi? Que? Você é muito confuso!

― Eu? Vocês humanos que são. ― Diz um pouco revoltado logo sentindo o corpo fraquejar e pousando sobre o apoio dos papéis. ― Aiai que fome... Não é justo! Não como desde o combate.

― Jura? Espera! Você é do tempo futuro onde o Chat Noir morreu? Como isso?

― E você acha que eu sei?

― Vem. Vou te dar algo pra comer e conversamos depois.

― Muito obrigado. Mas não temos tempo pra conversar. O Felix vai pirar e virar um akumatizado na hora da saída.

― E por que você veio ate mim? O que quer que eu faça.

― Em primeiro lugar, o que já esta fazendo: me arrumar um pouco de comida por que estou morrendo aqui! Em segundo. ― O pequeno ser diz ao lhe entregar o anel. ― Que use isso.

Por um segundo ela cogita.

Pegando o anel prateado das patinhas dele pensando que talvez o dobro de força fosse a melhor idéia.

O Kwami negro estava duplicado.

                                               Isso era terrível.
Justo o da destruição tinha dobrado, isso não podia ser uma boa coisa.

Como citado nas regras à viagem temporal teria conseqüências.

 E esse fato era uma delas?


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Notas finais do capítulo

Dyryét--- > (Isso é uma fan “fik” me deixa viajar na batatinha um pouco kkk pq eu viajo muito mesmo. Kkk o que eu vc acha que vai rolar? Conta ai, quem sabe você acertou? Duvido pq vou por umas coisas e desviar kkk)



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