Ao Tempo escrita por Leticiaeverllark


Capítulo 45
Últimos meses




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POV KATNISS

MESES DE GRAVIDEZ 

—Nós vamos sair, mamãe?

—Não, Wi.
Ficaremos em casa, é hora do jantar.

—Mas você vai me dar banho. Então vamos passear?

—E eu só dou banho em você quando vamos sair?

—Não.- ela sorri descaradamente, pega na própria desculpa. -Mas eu quero ir pra escola.

—Amanhã de tarde você irá. Agora está fechada.

—Fechada?- seu tom afobado me faz achar graça.

—É, querida. Todos estão em casa.

Ela para de tentar me impedir de prender seu cabelo, distraída com o elástico rosa preso em meu pulso.

—Quer me ajudar a preparar um jantar bem gostoso pro papai?

—Com carninha?

—Podemos fazer isso.- rio, terminando de amarrar seus fios, abro a água sentindo a alta temperatura agradável.

Auxilio sua entrada na banheira, pegá-la no colo não é opção. Willow não gostou muito, mas entendeu que é pelo bem do mais novo irmão.

A limpo, tirando toda sujeira e suor. Adoro sentir sua pele macia e receber sua risada ao fazer cócegas em seu pescoço.

—Mamãe, quero blincar com a Elisabeth.

—Amanhã.

—Mas eu quero hoje.

—Está anoitecendo, Wi.
Vamos acordar Rye e fazer o jantar pro papai, não combinamos?

—Sim.- consigo convencê-la, mas raramente chega ao caso de eu perder a paciência e soltar uns gritos.
—Depois você blinca comigo?

Brinco.
Do que você quer?

Ela pensa enquanto visto suas meias, desembaraço seu cabelo passando um gostoso creme.

—De comidinha.

—Certo.
Agora vamos acordar seu irmão.

—O papai vai assistir o pôr do Sol com a gente hoje?

—Ele faz isso todo dia, então vamos sim.

Ela sorri animada. Assim como Peeta, adora esse momento do dia em particular.

A deixo acordar Rye, ele resmunga querendo prolongar seu cochilo. Não permito, depois irá demorar para pegar no sono novamente.

Enquanto providencio uma distração pra ambos, penso no que farei no jantar.

Cozido de carneiro preenche minha saliva, mas não é algo que eu saiba fazer e que tenha na dispensa.

Vejo o estoque de legumes e qual carne sobrou, minha primeira ideia é sopa, o que mais faço, mas quero surpreender.

—Mama!!! - Rye grita repetidas vezes, ja estão se estranhando.

Chego a sala, encontrando várias almofadas no chão, juntamente com uma caixa de lápis, tudo espalhado.

—O que aconteceu?

—Rye quer meus lápis da escola!

—Deixa ele desenhar com você, filha.

—Mas o papai comprou pra mim.

—Não seja egoista!- abaixo, segurando a barriga pesada. Estou desequilibrando fácil demais, isso é um risco altíssimo.

—Ele vai quebrar, mamãe.

—E qual o problema? Quero que divida e o deixe brincar, ouviu?
Façam um desenho pro papai e um pra mim.

Deixo a paz reinar, sem mais gritos começo a preparação. O bebê rodopia me assustando, ainda é incomum seus movimentos e acabam me causando pânico.

Coloco os pedaços no tabuleiro, lembro dos temperos que Peeta usa e jogo por cima. Cozinho os legumes e faço um purê com batatas, tempero o arroz com cebolas selvagens.

O cheiro me deixa quase emocionada, se consigo cozinhar algo bom isso é mérito de Peeta.

Suas tarde de ensinamentos, renderam bons resultados. Afinal, não posso depender dele pra nos alimentar.

Abro a janela pro vapor sair, Haymitch vagueia pelos fundos da sua casa, provavelmente caçando algum brinquedo perdido de Elisabeth.

Aceno, recebendo outro de má vontade. Hoje não deve ser um de seus bons dias.

Ao quase cair do Sol, fico encabulada. Peeta irá perder o por do Sol com as crianças, logo hoje que mais preciso de sua ajuda para deixá-los calmos.

Estou ficando cansada, o peso do bebê me deixa exausta ao final do dia. Fora que sempre preciso de água quente pros meus pés inchados.

—Mamãe, o Sol dormiu. Cadê o papai?

O tecido da calça larga que uso é puxado, Wi está impaciente.

—Logo ele chega. Como está ficando o desenho?

—Não quero desenhar.

Chegou a hora mais complicada, quando tenho que inventar algo novo para distraí-la.

—Bom, pode me ajudar aqui então?

Ela sobe na cadeira e fica curvada sobre a mesa, arruma as flores no jarro. Sei que algumas estarão sem pétalas e com caules quebrados, mas Wi é cuidadosa apesar da falta de coordenação.

Termino o suco, bebendo um pouco. Verifico novamente a janela, não vendo nenhuma sombra sob as luzes já acesas pela Vila.

Uma sensação de insegurança me invade toda vez que Peeta atrasa, não gosto dele andando no escuro. Moramos relativamente afastados, não é um longo caminho, mas são bons minutos a pé.

Tento ignorar minha aflição, não conseguindo distrai-los por mais tempo. Coloco seu jantar, contanto que o atraso dele ja passou de 3 horas.

—O papai não vem?- Rye exibe seu tom choroso, quero fazer o mesmo, mas me mantenho firme.

—Sim, filho. Ele teve que demorar, mas logo chega.

Peeta aparece ou vai dormir na soleira da porta!

Auxilio colocando mais suco, ao terminar dou metade de uma pera a cada um e estão satisfeitos pelo resto da noite.

Enquanto um desenho os da sono, ponho água pra ferver. Um chá é tudo que eu e o bebê precisamos.

Se ele não se acalmar, gritarei com minha barriga implorando para que fique parado. Já é ruim estar gorda e andando de maneira estranha, tudo que não preciso é de mais dor nas costelas e coluna.

Mesmo não podendo, pego um de cada vez, os colocando na cama, satisfeita por não ter que ler várias histórias e brigar com Willow.

Sendo quase 10 da noite, fecho as janelas e cortinas, tomando meu chá enquanto um documentário sobre espécies novas de peixes do Distrito 4 me distrai.

Sinto a calmaria dentro do ventre, provavelmente meu bebê adormece.

Desligo a televisão, cochilo diversas vezes até ouvir a chave abrir a fechadura, Peeta chegou.

Quase 11 da noite e sua presença não é tão esperada, quero fazê-lo me dar uma boa explicação antes que eu decida chutá-lo do quarto essa noite.

Ele segue com sua rotina. Deixa a chave pendurada, tira os sapatos, coloca o casaco no armário, deixa o saco com algo gostoso da padaria no balcão da cozinha e para percebendo que estou acordada.

—Ainda está acordada.

Ele fez merda.

Levanto, abominando a sensação de pedra penduradas em meus pés, agarro a caneca indo pra cozinha.

—Hey.- seu corpo bloqueia o meu, percebe que não estou boa pra conversa.

Estou com sono, mau humorada e muito brava.
Não ligo se Peeta tem que chegar depois do horário costumeiro, mas pelo menos um telefonema eu mereço.

Estou preocupada, nervosa e grávida.

—Com licença?

Ele desce a mão pra enorme barriga, mas lhe dou um tapa querendo meu espaço.

—Sai da minha frente, Mellark.

Ao passar ao seu lado é que sinto.
Normalmente passaria, mas posso culpar os hormônios aguçados, por sentir o aroma doce.

Não de chocolate, baunilha ou canela.

É perfume de mulher.

E duvido que seja de Delly, ja que a loira não anda se pendurando nele o suficiente pra deixar a colônia tão impregnada dessa maneira.

Recuo, voltando a encarar seus olhos. Questionando-o enquanto passeio os olhos por sua roupa, caço alguma marca que me faça esbofetear seu rosto, mas por sua sorte, não acho.

—Onde estava?- sou seca e direta.

Não lhe dei um beijo de chegada nem o autorizei a me tocar, pelos meus sinais ele sabe que é sério.

—Tive que resolver um compromisso.

—Até agora?
Sabe que horas são?

—Sei. Mas infelizmente não tinha outro horário.

Cruzo os braços, jogando o quadril pro lado, implicando com seu olhar escorregadio.

—Não poderia ter ligado e me avisado?

—Eu esqueci. Desculpa.

Meu coração acelera, provavelmente acordando o bebê que volta a chutar, fico ainda mais brava.

Viro sobre os calcanhares, deixo a caneca na mesa e subo a escada lentamente.

Ah, eu esqueci do seu jantar. Desculpa.

Subo pro segundo andar, chegando ao quarto e trancando a porta.

                                

Dois, três, quatro e cinco dias.

As chegadas tardes de Peeta se repetiram por cinco dias.

Nesse tempo que estamos juntos, nunca quis matá-lo como quero agora.
E tudo piora quando sinto o mesmo perfume em sua roupa.

É como um tapa em meu rosto, então apenas evito ser boa com ele.
O tranco pra fora do quarto, deixo as sobras do jantar na geladeira e não ligo pra padaria a tarde como fazia.

Peeta notou, sei que sim quando ouço seus passos no corredor e quando força a maçaneta.

Admito que estou sendo prejudicada, meu sono está horrível sem ele ao lado. E por idiota que pareça, o bebê também sente falta de seu carinho antes de dormir.

Peeta, assim que durmo, conversa com minha barriga.
É baixo o bastante para que eu consigo escutar pedaços, mas não me incomodo.

É doce e me emocionou.
Mas ainda não consigo ter esse contato com o bebê, é ironico ja que vive dentro de mim.

Quando Willow está na escola, levo Rye comigo pra casa de Haymitch e Effie.

A deixo mimar meu pequeno, dando-lhe doces e achocolatado.

Aproveito pra chamar Haymitch, preciso conversar com ele ou chutarei Peeta pra fora de casa de uma só vez.

Ele me oferece um copo de limonada, nego sentindo meu estômago enjoar ao pensar no sabor.

Sento na mesa da cozinha, cruzando os dedos ao esperar ele se acomodar antes de lhe jogar uma bomba.

—Acho que Peeta está me traindo.

Ao contrário de tudo que imaginei pra sua reação, ele fica num profundo silêncio.

—Você sabe de algo.

—Estou tentando ser o maduro aqui, mas...- agora sim é o velho que estou acostumada, ele cai na gargalhada.

—Sabe de algo ou não?

—Sei.- sinto o gelo descendo lentamente, de forma torturante antes da resposta final.

—Quem é?

—Sabe de uma coisa, você grávida é um saco.
Sério, isso não mudou em relação as outras duas vezes.

—O que está dizendo?

—Você sempre acha que Peeta está fazendo algo errado, Katniss.

Bom, eu não tinha como realmente saber. Afinal os anos anteriores são misteriosos.

—Porque ele me dá motivo.

—E você sempre está errada no final. Peeta fica magoado e você da um jeito de se desculpar, ai ele aceita e tudo volta ao normal até você implicar de novo.
Está entendiada, queridinha?

Rolo os olhos, ajeitando a blusa que subiu deixando meu ventre exposto.

—Quero saber a verdade.

—Se Peeta estiver fazendo merda você vai descobrir, então pra que vir aqui me perturbar com essa conversa de mulherzinha?

—Haymitch, ele está chegando tarde faz dias e ainda com perfume de mulher nas roupas!- bato na mesa, chamando sua atenção.

—Entendo que esteja aflita, mas Peeta não é qualquer homem, Katniss. O conhecemos o bastante pra saber que uma coisa que aquele garoto nunca faria seria isso.

Bufo, cruzando os braços e apoiando na minha bola particular. O bebê chuta, tão impaciente quanto a mãe.

—Francamente, senta e conversa com ele. Aposto que Peeta tem uma ótima justificativa.

—Não tem. É sempre a mesma história, que estava resolvendo um compromisso.
Estou farta disso, vou chutá-lo pra cá da próxima vez.

—Faça isso e eu mesmo vou mandar Effie levá-la num psicólogo.

Ele levanta, saindo da cozinha ainda murmurando.

— Garota doida! Onde ja se viu, acusar o Peeta de estar traindo-a.
Logo ele, que morreria por ela!

Odeio admitir, mas Haymitch tem razão. Peeta não faria isso, mas a desconfiança ainda habita grande parte de mim.

—Tome, ligue pra ele e resolva isso.

O infeliz volta com o telefone na mão, nego com a cabeça, mas não adianta. Haymitch deixa o aparelho a minha frente.

—Liga logo, não vai lhe custar um centavo.

Levanto, apertando os números ja decorados.
Toca até que Delly atende, peço por Peeta e ela informa que ele saiu pro almoço 1 hora atrás e ainda não voltou.

Desligo, totalmente aborrecida.

—Depois eu que sou a doida.- lhe entrego o aparelho, pego Rye despedindo de Effie e deixando um beijo para Elisabeth, que está na escola.

Volto pra casa, Peeta não esteve aqui. Troco de roupa, coloco Rye no carrinho seguindo pra padaria.
Mesmo com os tornozelos enormes e latejando, chego em minutos.

Delly se surpreende e informa que meu marido ainda não chegou, concordo indo direto pro sua sala.

Sento depois de beber vários copos cheios de água, dou para Rye antes de soltá-lo.
Logo corre pra mesa do pai onde há um espaço reservado pra eles brincarem.

15 minutos depois a porta abre, Peeta toma um susto ao me ver. Avalio seu estado, ainda não há marca alguma que prove minha neura.

—Onde estava?- estou marcando duro, sei disso.

Peeta pode reclamar o quanto quiser, mas não vou deixá-lo em paz até saber a verdade, por mais dolorida que seja.

—Oh não, espera que eu já sei. Estava resolvendo um compromisso, certo?- levanto, fecho as mãos e apertando os dedos o suficiente para estralá-los.

O loiro muda seu semblante, está adoravelmente atrevido.
Mas nega assim que me aproximo.

—Estava finalizando o compromisso.

—Ainda faz graça com a minha cara. Inacreditável, Mellark!

Pego Rye que choraminga em protesto, assim que vou sair, Peeta o tira de meus braços fechando a porta.

—Você pode respirar fundo e me ouvir por mais de 5 minutos?

—Eu quero bater em você, idiota!

—Eu sei que quer. - ele beija a testa de nosso garoto antes de colocá-lo de volta na cadeira.
—Mas precisa me ouvir antes.

—Quem é ela?

—Uma conhecida.

Cambaleio, caindo no sofá, assustando-o o bastante para Peeta soltar um grito antes de me ajudar.

Lhe dou um soco bem dado no braço, deixando-o ver que o choro chegou. Levanto pegando Rye e saindo antes que Peeta tente alguma gracinha.

Ignoro todos os chamados, Delly tenta vir me ajudar mas a dispenso e volto pra casa num piscar de olhos.

Mas, mudo o caminho passando grande parte da tarde no parque da praça principal. Antes que o Sol se ponha, busco Willow na escola e sigo pra casa.

Não é surpresa nenhuma quando chego na entrada da Vila e encontro Peeta sentado na porta de casa.

As crianças correm até ele, apenas aguento o impulso de ir me fartar de seus lábios.

—Venha comigo.

Ele estende sua mão, não a pego, sendo orgulhosa.

—Vamos, não seja mais malvada com seu marido.

Toco a ponta de seus dedos, logo ele puxa segurando minha mão. Deixo o carrinho na sala,o acompanhando escada acima.

No corredor vejo uma mulher, avanço sobre a infeliz, sendo segurada por ele.

—Ela é o compromisso.

Seguro o choro, achando-o descarado demais.

—Que merda está fazendo?

—Prazer, Katniss. Sou Anastásia...- Peeta segura meu pulso, sabendo que não pensarei duas vezes antes de rasgar a cara dela.
—Sou arquiteta, Peeta me contratou.

—Você fez o que?- ele sorri, me conduzindo até o quarto de visitas que nunca usamos.

—Desculpa ter mentido.

Assim que sua mão vira a maçaneta e empurra a porta, quero me enfiar debaixo das cobertas.

—Pro nosso bebê.

Peeta, esse tempo todo, estava armando fazer o quarto do nosso filho.
Algo que eu tinha esquecido completamente.

Não poderia ter feito um trabalho melhor, está tudo maravilhosamente perfeito.

Desde a cor neutra da parede, até a decoração que remete a floresta. Os móveis, os detalhes, os bichos de pelúcia.

—Como fez isso?

—Eu pedia pro Haymitch me informar quando você saia de casa, chamava os funcionários e arrumava tudo até você chegar.
Anastásia me ajudou em tudo.

A mulher sorri pra mim, passa me lembrando o maldito cheiro do perfume.

—Desculpe deixar seu marido voltar tarde pra casa, mas precisávamos ver tudo o quanto antes.

—E eu só podia depois do horário da padaria.

—Eu pensei que você estava... Ah, droga, eu fiz de novo.

Abraço seu tronco, chorando contra seu peito.

—Hey.- ele diz sorrindo, acariciando meu cabelo.

—Foi um prazer, Peeta. Vou deixá-los, qualquer coisa é só me ligar, vou pegar o trem pra Capital agora.

—Obrigada por tudo.

Seco o rosto, vendo seu sorriso queimar todas as minhas dúvidas.

—Eu estava louca.

—Normal.- belisco sua cintura, recebendo um apaixonado beijo.
—Você me maltratou.

—Você mereceu. Não volta pra casa tarde cheirando a mulher, quer o divórcio?

—Nunca.- mais alguns beijos e me sinto melhor.

—Obrigada por isso. Eu...Realmente não sei como descrever, é lindo.

—Claro que mudaremos algumas coisas ao saber o sexo do bebê.

—Não. Está perfeito.

—É pro bebê, mamãe?- Wi pergunta, querendo subir no berço.

—É, querida.
O quarto do irmão ou da irmã.

Rye agarra o urso escuro, senta no tapete puxando a orelha do bicho.

—Você é inacreditável.

—Queria que fosse especial, afinal é uma primeira vez pra nós.

Rio, sendo muito emotiva. Ignoro meu lado desajeitado, não levo jeito pra ser meiga mas não tenho escolha agora.

Elogio seu trabalho e esforço. Durante o jantar, preparado por ele, falamos sobre nossas crianças, Willow conta sobre seus amigos, Rye canta alguma canção nova que aprendeu do desenho animado e nosso caçula chuta dentro de meu ventre.

No final da noite, deixo a porta destrancada.
Deito rindo ao ver a maçaneta girar e Peeta a abrir rapidamente, descubro seu lado o chamando.

Repouso sobre seu peito, esfregando o nariz em sua blusa, tendo somente a sua colônia.

—Conversa com o bebê?

Ele é pego de surpresa, mas gosta do pedido.

—Como sabe?

—Escuto seus murmúros.

Peeta assente, deitando ao lado do grande volume, começando um diálogo com nosso mais novo filho.

—Hey, pequeno. Aqui é o papai...

 


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