Nineteen Years escrita por nanna


Capítulo 5
Escolhas


Notas iniciais do capítulo

Olá meus sapos de chocolate do expresso de Hogwarts.
Que saudade que eu senti de vocês! -abraça cada leitor-
Mil desculpas por ter sumido, mas eu tava completamente confusa sobre o que escrever, pesquisei ao máximo pra saber o que podiamos garantir que aconteceu e o que ficaria por conta da minha imaginação extremamente fértil.
Quase tive um ataque cardiaco quando vi a recomendação da Mione_Granger (Dani), muitíssimo obrigada.
Agora vou deixar vocês lerem em paz, até lá embaixo.



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No capítulo anterior:

  Enquanto desfrutava do calor e aconchego dos braços dele pensou em seus pais, uma parte de si estava aliviada, porque sabia que eles não corriam mais risco algum, mas isso só tornava ainda mais urgente a sua necessidade de estar com eles, de abraçá-los, de lhes dizer que nada no mundo os separaria novamente, mas infelizmente esse momento teria que esperar, agora todos estavam de luto por Fred e ela não conseguiria e nem queria estar em lugar algum que não fosse ao lado do ruivo que havia conquistado definitivamente seu coração, de agora em diante, ela só iria onde eles pudessem estar juntos e quando ela sentiu seus lábios tocarem delicadamente seus cabelos, dando suaves beijos e sua mão percorrer seus braços carinhosamente formando pequenos desenhos em sua pele, ela soube que ele não pensaria diferente.

Capítulo 03 - Escolhas

(...) São nossas escolhas que revelam quem realmente somos, muito mais que nossas qualidades.
- Alvo Dumbledore - Harry Potter e a Câmara Secreta

                Hermione e Gina haviam acordado cedo no dia seguinte para cuidarem do café-da-manhã, não tinham certeza se a Sra. Weasley estava em condições de fazê-lo e acharam melhor ajudar, enquanto desciam as escadas ela fitava Gina furtivamente e podia ver que amiga tinha os olhos inchados e grandes olheiras já eram possíveis de serem detectadas manchando sua pele alva. Ela havia sido muito ligada aos gêmeos desde criança e a perda de Fred a estava machucando muito mais do que ela deixava transparecer.

                Quando as duas adentraram juntas a cozinha encontraram a Sra. Weasley preparando o café-da-manhã, apesar de que tentando seria a expressão correta, seu rosto que agora parecia constantemente riscado por lágrimas tentou sorrir quando avistou as meninas paradas na soleira da porta, porém sem sucesso, sua varinha se agitava a esmo fazendo o bacon saltar da frigideira para o chão e os ovos se quebrarem violentamente, sujando os azulejos, Hermione e Gina se apressaram em ajudar e logo a matriarca dos Weasley só as observava sentada em uma das cadeiras da mesa sem nada dizer.

                Alguns minutos mais tarde o Sr. Weasley adentrou a cozinha trazendo algumas cartas na mão.

                “Bom dia.” - disse ele e após um lançar um olhar tristonho a mulher, continuou. - “Hermione essa carta acabou de chegar para você, chegaram também para o Rony e o Harry, todas do Ministério.”

                “Eu imaginei que isso aconteceria.” - murmurou Gina.

                “Hermione querida, porque você não sobe para acordar os meninos e mostra a carta a eles?” - sugeriu a Sra. Weasley com a voz rouca, mas forte surpreendendo a todos. - “Vá também Gina, vocês já me ajudaram muito, quando o café-da-manhã estiver pronto chamo vocês.”

                As meninas e o Sr.Weasley se entreolharam intrigados, mas em seguida, elas aceitaram a sugestão da Sra. Weasley e foram até o quarto dos meninos acordá-los.

                Ron dormia profundamente quando o costumeiro pesadelo começou, ele estava de volta ao porão dos Malfoy e acima dele, podia ouvir os gritos penetrantes de Hermione, a sensação de inutilidade se apoderava dele que não podia fazer nada mais que gritar seu nome, naquele momento ele faria qualquer coisa para estar no lugar dela, seria capaz de agüentar qualquer tortura desde que tivesse a garantia de que ela estava bem.

                Hermione e Gina adentraram o quarto e logo notaram Rony remexendo inquieto na cama, um sinal claro de que ele estava tendo um pesadelo, sem pensar Hermione correu até a cama dele, segurou uma de suas mãos e a outra passava delicadamente por seu rosto tentando acalmá-lo enquanto chamava seu nome.

                De repente o pesadelo havia mudado, Hermione não gritava de dor, ela sussurrava seu nome e aos poucos ele foi se acalmando, quando a consciência se fez presente ele pode sentir mãos macias e quentes segurando sua própria mão e acariciando seu rosto, antes mesmo de sentir o perfume ele já sabia quem estava ali e abriu os olhos para poder contemplá-la, sua face estava preocupada e com um suspiro de alivio ela o abraçou assim que ele abriu os olhos.

                “Você me assustou.” - sussurrou ela em seu ouvido.

                Ron se arrepiou quando sua respiração fez cócegas em sua pele e apertou mais o abraço.

                “Me desculpe, foi só mais um pesadelo.” - disse ele com a voz rouca pela proximidade dos dois fazendo a pele exposta de Hermione se arrepiar e ele sorrir ao constatar os efeitos que causava nela.

                Ela parecia prestes a lhe indagar sobre o que era o pesadelo quando Gina os interrompeu coçando “inocentemente” a garganta.

                “Se vocês dois quiserem o Harry e eu podemos deixá-los a sós.”

                Ambos se separaram corados fazendo Gina gargalhar e Harry prender o riso, enquanto Rony lançava um olhar homicida a irmã.

                “Hum... Não ‘tá meio cedo ‘pra vocês duas estarem de pé?” - perguntou Rony sentando na cama.

                “Nós estávamos ajudando a sua mãe a preparar o café-da-manhã quando o Sr.Weasley disse que haviam chegado cartas do Ministério para nós três, então viemos acordá-los para todos abrirmos juntos.” - explicou Hermione entregando a carta de Rony e em seguida a de Harry.

                Os três abriram ao mesmo tempo e leram a carta que dizia:

Cara Srta. Granger

O Ministro da Magia em exercício Kingsley Shacklebolt gostaria de solicitar uma reunião com a Srta. Na próxima quinta-feira às 8 horas da manhã no Ministério da Magia.

Atenciosamente
                Percival Ignatius Weasley
                Sub-secretário sênior do Ministro

                Assim que Hermione terminou de ler, ela, Ron e Harry trocaram as cartas entre si para se certificar que todas diziam a mesma coisa, quando terminaram foi Ron que quebrou o silêncio.

                “E então? O que vocês acham que eles querem com a gente?”

                “Primeiro, aposto que Kingsley irá querer saber tudo o que fizemos enquanto estivemos “desaparecidos”, depois provavelmente irão nos homenagear.” - Disse Harry.

                “Além de que é muito provável que eles lhes ofereçam um emprego no Ministério.”

                “Mas nós não poderíamos aceitar, não é?” - perguntou Hermione, Harry e Ron se entreolharam, como todos permaneceram em silêncio ela continuou. - “Nós temos que voltar para Hogwarts e terminar nossa educação, precisamos dos nossos NIEM’S para assumir cargos no Ministério.”

                “Hermione, vocês salvaram o mundo.” - disse Gina calmamente.

                “Isso não muda nada, eu voltarei para Hogwarts e terminarei meus estudos e vocês também, certo?” - perguntou ela olhando diretamente para Ron.

                “Eu ... Eu não sei, Mione.” - respondeu ele as pontas das orelhas se tingindo de vermelho.

                Hermione lhe lançou um olhar entre magoado e indignado, em seguida, saiu intempestivamente do quarto, batendo a porta atrás de si.

                Ron, Harry e Gina se entreolharam e a ruiva falou:

                “Eu vou falar com ela.”

                “Não!” - exclamou Ron se levantando e fazendo os amigos o encararem surpresos. - “Deixa que eu vou.”

                Hermione não sabia porque a indecisão de Rony a deixava tão magoada, na verdade é claro que ela sabia, mas era mais fácil agir como se não soubesse. Encarar o fato de que se ele realmente decidisse não voltar a Hogwarts ia separá-los por um longo ano era quase insuportável.

                Ela deixou que seus pés a guiassem enquanto tentava esvaziar a mente, tudo o que queria agora era não pensar e principalmente não sentir absolutamente nada.

                Assim que chegou ao lago que passava pela propriedade dos Weasley, ela se sentou a sombra de uma árvore na sua margem e ficou admirando as leves ondas que a brisa constante causava na água. Assim que ouviu o som de passos se aproximando ela soube quem era, mas não mostrou nenhum sinal de que havia percebido que ele estava ali.

                “Você vai mesmo voltar, não é? Não importa a proposta que o Ministério te faça.” - disse Rony sentando-se na grama de frente para ela.

                Hermione percebeu toda a confusão de sentimentos que a tomava nas palavras de Ron e se limitou a acenar a cabeça em concordância.

                Ela o encarou pronta para lhe dar uma resposta malcriada, mas quando olhou em seus olhos, viu o quanto a verdade era importante pra ele, por isso decidiu dizer o motivo da sua decisão.

                “Se algum dia eu assumir um cargo no Ministério, eu quero que seja da forma certa, eu quero que as pessoas me respeitem por ser quem eu sou e não pelo o que eu fiz durante a guerra, não quero ter que passar o resto da minha vida ouvindo as pessoas cochichando que só estamos ali porque somos os melhores amigos de Harry Potter, isso não é suficiente pra mim Ron, eu quero que as pessoas saibam que eu consegui meu lugar por ser Hermione Granger, só isso.”

                Rony desviou os olhos do rosto dela por um momento e ficou em silêncio. Desde que a guerra havia acabado ele sabia que ela iria querer voltar para Hogwarts, mas depois de tudo que haviam vivido, ele achava que não fazia sentido voltar e sabia que Harry pensava da mesma forma.

                A fase deles de passar as noites debruçados sobre deveres de casa, estudando para as provas e treinando quadribol já havia terminado, no momento tudo o que ele mais queria era sair pelo mundo a fora com Harry e os outros aurores do Ministério caçando até a extinção os Comensais da Morte que haviam fugido, era a única forma de garantir que eles estariam seguros novamente. Que ela estaria segura!

                “Eu vou sentir sua falta.” - disse Rony voltando a encará-la de forma intensa.

                Hermione abriu a boca para falar, mas não conseguiu pronunciar som algum.

                “Ele não irá voltar.” - pensou, enquanto os olhos cintilavam de lágrimas não derramadas.

                “Hermione.” - sussurrou ele a puxando para a proteção de seus braços e apoiando gentilmente a cabeça dela em seu peito.

                “Porque Ron?” - perguntou ela a voz quebrando.

                “Porque eu sinto que é isso que tenho que fazer, depois de tudo que os Comensais fizeram, você acha justo que eles continuem impunes, Mione? Eles mataram, torturaram pessoas inocentes, algumas das quais nós conhecemos e amamos, eu e toda a minha família perdemos Fred para um deles, isso sem mencionar Lupin, Tonks, Olho-Tonto... E quem melhor que nós pra procurarmos por eles? Eu preciso fazer isso, Mione. Eu não posso deixar que eles machuquem ou tirem de mim mais pessoas que eu amo. Eu jamais me perdoaria se eu perdesse você para um deles.”

                Hermione afastou o rosto do seu peito para poder olhá-lo nos olhos, sua coração parecia inchado tamanho era o amor que sentia por aquele ruivo. Ela o admirava tanto...

                “Ron, se você soubesse o quanto eu me orgulho de você.” - disse ela afagando carinhosamente a face dele. Ele lhe lançou um olhar incrédulo e ela continuou. - “Eu estou falando sério e nunca duvide disso. Você é a pessoa mais leal e corajosa que eu conheço.”

                “Estamos fingindo que o Harry não existe?” - perguntou ele.

                Perto do amigo ele podia ser considerado um covarde e sabia disso.

                “Não Ron, eu não estou fingindo que o Harry não existe, muito menos negando que ele seja corajoso, mas tudo o que ele fez, foi porque ele tinha de fazer, já você, entrou numa guerra porque queria proteger as pessoas que você ama, seus motivos são infinitamente mais nobres que os dele.”

                Rony sentiu a orelhas queimando de vergonha, ela nunca havia o elogiado daquela forma, ele se sentia o homem mais feliz do mundo por saber que ela achava que ele era tudo isso, afinal ela era Hermione Granger, a garota mais inteligente, corajosa e linda que ele conhecia.

                “Mione, eu...”

                “Não estraga o momento, Ron.” - sussurrou ela, selando a distância entre eles e colando seus lábios nos do ruivo.

                Rony não pensou duas vezes antes de abraçá-la firmemente pela cintura e trazê-La mais para perto aprofundando o beijo.

                Ficaram ali por um período indefinido de tempo saboreando a textura e a maciez dos lábios um do outro e pela primeira vez em dias, ambos se sentiam plenamente felizes, claro que aquele momento não duraria para sempre e em breve, eles teriam que voltar a realidade, mas até que essa hora chegasse eles permitiram fingir que no mundo só existia os braços um do outro.   

(...)

                Harry e Gina observavam os amigos pelo janela do quarto dela, a ruiva olhou para o namorado radiante e começou a pular e cantar pelo quarto toda feliz fazendo com que ele risse com ela.

                “Ei, qual o motivo de tanta felicidade?”

                Gina estancou, Jorge estava parado na porta do quarto, seu rosto encovado e magro, os olhos tristes embora trouxesse um sorrisinho tímido nos lábios ao presenciar a empolgação da irmã. Após um segundo de hesitação, Gina atravessou o quarto de jogando nos braços do irmão e gritando:

                “Eles estão juntos!”

                Jorge encarou Harry por cima do ombro da irmã confuso, Gina se desvencilhou dos seus braços e puxou pela mão até a janela onde era possível ver que Rony e Hermione ainda se beijavam.

                Agora ele entendia o motivo de tanta felicidade, todos que conheciam aqueles dois sabiam que eles eram apaixonados um pelo outro desde crianças e só eles não se davam conta disso, ficou extremamente feliz por vê-los juntos, tentou sorrir pela primeira vez em dias e ficou surpreso quando viu que conseguia, Gina o abraçou novamente e murmurou chorosa:

                “É tão bom ter você de volta.”

                Ele afundou o rosto nos cabelos da irmã, enquanto Harry se reunia a eles no abraço e pensou: “É realmente bom estar de volta.”


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Notas finais do capítulo

Será que a espera valeu a pena? -pergunta a autora com cara de hipogrifo com asa quebrada-
Eu juro que fiz o melhor que pude, se gostaram, odiaram, se acharem que eu devo melhorar alguma coisa por favor me digam, a fic é mais de vocês do que minha.
Quem quiser um maior contato com essa autora chata, meu msn/email: nannafics@hotmail.com Beeijo :*



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