Nineteen Years escrita por nanna


Capítulo 4
Adeus


Notas iniciais do capítulo

Olá meus filmes melosos em dias de chuva.
haha'
Vocês não tem noção do quanto eu senti falta de vocês meus xuxus.
Agora eu vô fica quieta que eu sei que vocês querem ler o cap. ao invés de me atura falando eternamento. :P
Boa leitura, a gente se vê lá embaixo. :*



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No capítulo anterior...

  De frente para eles em uma mesma poltrona, Harry escondeu o rosto na curva do pescoço de Gina, sentindo a culpa que temia carregar para sempre dali em diante pesar em seus ombros, Gina também chorava silenciosamente e murmurava a todo instante:

  “Não fique assim meu amor, nada do que aconteceu aqui foi por sua culpa.”

  Harry gostaria muito de acreditar que haveria uma forma de crer que o que ela dizia era verdade, apesar de que nesse momento, lhe parecia impossível.

Capítulo O2 - Adeus

(...) “Para a mente bem estruturada a morte é apenas a aventura seguinte.”
- Alvo Dumbledore- Harry Potter e a Pedra Filosofal

                Harry estava parado sozinho na entrada da ante-câmara do Salão Principal, onde alguns anos atrás ele tinha aguardado com os campeões do torneio tri-bruxo, uma vez que seu nome havia sido expelido pelo cálice e os responsáveis pelo torneio, bem como os diretores das escolas e alguns professores, decidiam se ele iria ou não ser obrigado a participar.

                Ela havia claramente sido aumentada por magia e era ali que estavam as famílias que pranteavam seus mortos.

                Ele se sentiu tentado a olhar ao redor, pois sentia vários pares de olhos o encarando, mas só conseguia enxergar Rony, Hermione e Gina que caminhavam em direção aos Weasley e embora Harry não pudesse vê-lo velavam o corpo de Fred.

                Assim que alguns minutos atrás eles chegaram a entrada ele não conseguiu prosseguir, não sabia se seria capaz de encarar o Sr e a Sra. Weasley, ou Percy, Gui, Carlinhos e principalmente Jorge novamente.

                Quando Rony, Hermione e Gina chegaram até a família que estava unida em um circulo a Sra. Weasley os abraçou, um de cada vez e começou a chorar novamente, porém quando ela soltou Hermione seus olhos varreram a sala e irremediavelmente caíram sobre Harry que estava paralisado sentindo que preferia ser ele ali no lugar de Fred a sentir tanta dor rasgando seu peito. Ele e a Sra. Weasley se encararam por alguns segundos até que ela abriu os braços, convidando-o, ele caminhou em sua direção mecanicamente e se entregou ao abraço, mesmo achando que não o merecia.

                Antes mesmo que ele pudesse se dar conta estava murmurando:

                “Por favor, me perdoa Sra. Weasley.”

                A velha senhora acariciava seus cabelos maternalmente, enquanto dizia através do choro:

                “Não seja bobo Harry querido, eu estou tão orgulhosa de você, mas isso nem se compara ao meu alivio por saber que você está bem, todos tivemos tanto medo de te perder.”

                Naquele momento Harry deixou que aquelas palavras penetrassem até o intimo do seu ser, de certa forma era tudo que ele precisava e não queria ouvir.

                Quando eles se separaram e ele finalmente fitou as outras pessoas no circulo, viu no rosto de cada uma delas por trás da máscara da dor da perda a confirmação muda a cada palavra da Sra. Weasley, ninguém ali o culpava pelo que havia acontecido e naquele momento ele percebeu que nem mesmo ele seria capaz de se culpar novamente.

(...)

                Agora os corpos de todos aqueles que haviam perdido suas vidas lutando para defender Hogwarts na esperança de proporcionar a cada um dos sobreviventes uma vida em um mundo onde não houvesse guerra, estavam enfileirados no jardim em frente ao lago, havia sido decidido que em homenagem a este ato de coragem, todos os heróis da batalha seriam enterrados ali, no terreno da escola que eles morreram para defender.

                Havia centenas de cadeiras brancas enfileiradas onde várias pessoas já se acomodavam, Harry e Hermione caminharam junto com todos os Weasley entre eles e ocuparam seus lugares na primeira fileira, todos queriam estar o mais próximo possível daqueles que amavam para poder lhes dar um último adeus, portanto os lugares na primeira fileira foram reservados aos familiares. Por todo o caminho Harry notou que as pessoas o fitavam com gratidão e admiração refletidos no olhar, mas poucas delas haviam se aproximado para lhe dizer alguma coisa, de alguma forma elas compreendiam que aquele não era o momento nem o lugar para isso, elas teriam tempo para expressar tudo o que sentiam ao menino-que-sobreviveu quando tudo aquilo acabasse.

                “Harry, olhe.” - disse Hermione.

                Ele seguiu seu olhar e viu uma pequena senhora caminhando com um menininho de apenas alguns meses de vida nos braços, a Sra. Weasley acenou e sorrindo fracamente ela veio se juntar a eles. Aquela era Andrômeda Tonks e nos seus braços repousava o afilhado de Harry, Teddy.

                O pequeno garotinho sorria e agitava alegremente os bracinhos, foi impossível não lhe sorrir de volta por um momento, mas então Harry se deu conta que não seria sempre que ele traria esse sorriso no rosto, por enquanto, ele era muito pequeno para compreender, mas logo a dor de crescer sem os pais viria a fazer parte do seu dia-a-dia, mas no que dependesse de Harry, ele faria o possível para tornar a ausência de Lupin e Ninfadora menos dolorosa possível, afinal ele se esforçaria todos os dias para ser o melhor padrinho do mundo para Teddy Lupin.

                Poucos minutos depois todos os sussurros cessaram e a multidão recaiu em um silêncio absoluto, olhando para a frente eles puderam ver o bruxo pequeno e franzino que havia ministrado tanto o velório de Dumbledore como o casamento de Gui e Fleur. Ele apontou a varinha para a garganta, murmurou: Sonorus e quando falou sua voz se fez ouvir por cada pessoa que ali estava presente.

                “Estamos aqui reunidos para prestar nossa última homenagem a esse grandes homens, mulheres e me atrevo dizer crianças que entregaram suas vidas numa batalha para garantir que as trevas e a escuridão não se tornassem parte de nossas vidas. Cada um deles morreu lutando bravamente pelos ideais de uma geração, para que nós pudéssemos viver em segurança, ter restaurado nosso livre arbítrio e acima de tudo fazer jus ao seu sacrifício, lutando sempre unidos por paz na esperança de construirmos um mundo melhor do qual eles estejam onde estiveram se orgulhariam.”

                Dizendo isso ele fez um movimento amplo com a varinha, todos os túmulos se ergueram e foram repousar eternamente sob os jardins de Hogwarts, onde independente do memorial que havia sido colocado ali em homenagem a todos eles, ou as reluzentes placas de mármore postadas na grama sob onde estaria cada um dos que haviam morrido com seus nomes e seus epitáfios, eles jamais seriam esquecidos.

                Todos os presentes choravam silenciosamente, apesar da guerra finalmente ter chego ao fim, todos ali haviam perdido pessoas que amavam, estavam sofrendo demais para que a vitória pudesse ser comemorada, aos poucos os familiares foram se agrupando em torno da placa de mármore dos seus, afim de lhes dar um último adeus.

                A Sra. Weasley chorava desesperadamente, seu pranto aumentava ainda mais a dor que Harry sentia consumindo seus entranhas, a face de Jorge estava retorcida com tamanho pesar que parecia impossível que um dia ele conseguisse sorrir novamente, Gina escondeu o rosto no peito de Harry e seus dedos apertavam o tecido de sua camisa enquanto ele lhe acariciava os cabelos e deixava que suas próprias lágrimas rolassem livremente por seu rosto. Hermione se aproximou abraçada a Rony e com uma mão livre entrelaçou seus dedos nos de Harry lhe dando força e ao mesmo tempo recebendo em troca, porque seria eternamente assim, antes eram três, mas de hoje em diante seriam quatro, enquanto eles estivessem juntos, poderiam suportar qualquer coisa.

                Harry olhou para Hermione e viu que ela encarava Andrômeda que estava sozinha entre os túmulos de sua filha e seu genro ainda segurando o pequeno Teddy nos braços, Gina seguiu seu olhar, no momento seguinte se desvencilhou dos seus braços, se aconchegou no braço que Rony a estendia e ele soube o que deveria fazer.

                Caminhou com passos firmes até onde ela estava, assim que ela notou sua aproximação disse:

                “Veja quem está aqui meu amor.” - murmurou ela no ouvido do bebê.

                “Eu sinto muito.” - disse Harry a fitando.

                Toda a semelhança que ele podia um dia ter notado entre ela e a irmã Bellatrix da primeira vez que eles se encontraram eram completamente imperceptíveis, porque ele sabia que a comensal jamais seria capaz de amar alguém tão profundamente para que abrigasse um sentimento de perda tão grande.

                “Todos nós sentimos querido, mas eu sei que minha filha e Remo morreram lutando para que o nosso pequeno Teddy crescesse em um mundo livre das trevas e agora não é o momento de se entregar, ele ainda é tão novinho, precisará de mim ainda por muitos anos.”

                “A senhora não está sozinha, eu lhe prometo que farei de tudo para que Teddy tenha uma vida plena e feliz, e quanto aos pais, nós garantiremos que ele saberá tudo que eles foram através nós.”

                A pequena senhora se aproximou com os olhos ainda marejados, acariciou ternamente o rosto de Harry enquanto dizia.

                “Obrigada querido, ele vai precisar muito de você, sinta-se a vontade para visitá-lo quando quiser.”

                “Obrigado.” - murmurou Harry enquanto ela se virava e se afastava com o neto nos braços.

                Quando Harry voltou para onde os Wesley e Hermione se encontravam eles estavam tentando decidir o que fazer a seguir, a Sra. Weasley já havia se acalmado e tentava persuadir Jorge que todos eles precisavam descansar, aparentemente ele ainda se recusava a sair de perto do irmão.

                “Nós podemos voltar para a casa de Muriel, em poucos dias A Toca estará pronta e poderemos ir para lá novamente, a vamos Rony não faça essa cara, que outra opção nós temos?”

                “O Largo Grimmauld.” - sugeri sem pensar.

                “É pai, lá tem espaço suficiente para todos nós e não precisaríamos aturar a tia Muriel.”

                Todos ali pareciam concordar que o Largo Grimmauld era a melhor opção, apesar do Sr. Weasley ainda parecer confuso.

                “Eu concordo com o Rony.” - disse Jorge, a voz quebrando várias vezes pela falta de uso, a horas ele não chorava mais, parecia que não lhe restavam mais forças e lágrimas para fazê-lo. Todos o encararam surpresos e ele continuou. - “Lá será mais fácil, as lembranças serão menores.”

                Ninguém precisava de explicações, ali seria mais fácil para ele encarar a dor e a falta que o seu gêmeo faria, pois teria menos lembranças de tudo que passaram juntos. A Sra. Weasley voltou a soluçar e se atirou nos braços do filho.

(...)

                No número 12 do Largo Grimmauld nada havia mudado desde que Harry, Rony e Hermione haviam sido impedidos de voltar para lá em sua caça as horcruxes graças ao Comensal que havia penetrado a proteção do feitiço fidelius agarrado a manga de Hermione.

                Só poderiam voltar para A Toca depois que a mesma fosse revistada e assegurada pelo Minitério de sua segurança, essa medida foi tomada com todos os membros da resistência que haviam sido forçados a abandonar seus lares para que fosse certificado que eles realmente não correriam risco nenhum.

                Todos haviam ido para seus quartos descansar após o trio contar tudo o que havia acontecido desde o dia que eles desaparataram no casamento de Gui e Fleur, até a queda do Lorde das Trevas, com exceção deles e de Gina que estavam sentados na sala conversando sobre o que fariam a seguir.

                “Eu acho que deveríamos voltar a Hogwarts.” - disse Hermione, quando Rony bufou ela continuou. - “Eu estou falando sério, será importante para nossas carreiras termos concluído a escola e ter nossos NIEM’S, caso vocês dois tenham se esquecido, eles serão obrigatórios caso ainda queiram se tornar aurores.”

                “E o que você pretende ter como carreira Mione?” - indagou Gina.

                “Bem eu estive pensando em ingressar no Ministério também, Departamento de Criação e Execução das Leis da Magia e dar continuidade ao F.A.L.E.”

                “E você acha que isso dará certo?” - perguntou Ron.

                “Eu nunca saberei se não tentar não é?” - disse ela brava pela pergunta de Rony, mas quando ele se inclinou no sofá a puxando para um abraço e lhe dando um beijinho carinhoso na bochecha, ela amoleceu e se aconchegou mais a ele.

                Rony estava completamente confuso, haviam ganhado a guerra, estavam livres da ameaça de Voldemort, mas durante o percurso tinham perdido Fred, a dor de perder alguém que a gente ama é tão intensa que ele sabia que só tinha uma coisa, ou melhor, uma pessoa nesse mundo capaz de mantê-lo inteiro nesse momento, ela, Hermione Granger, a irritante sabe-tudo que ele sem se dar conta em que momento havia aprendido amar e mesmo com esse imenso vazio que a morte do irmão havia deixado, ele não podia deixar de se sentir imensamente feliz por tê-la finalmente em seus braços.

                Hermione se aconchegou melhor ao abraço de Rony aspirando seu perfume e sentindo a paz e segurança que só a presença dele lhe dava. Ela tinha que confessar que ela nunca imaginou que esse momento chegasse, que eles estariam juntos, mas parece que finalmente o legume insensível com amplitude emocional de uma colher de chá havia crescido, ela sabia que para isso ele precisou sofrer, mas hoje ele era um homem, o único que ela amava.

                Enquanto desfrutava do calor e aconchego dos braços dele pensou em seus pais, uma parte de si estava aliviada, porque sabia que eles não corriam mais risco algum, mas isso só tornava ainda mais urgente a sua necessidade de estar com eles, de abraçá-los, de lhes dizer que nada no mundo os separaria novamente, mas infelizmente esse momento teria que esperar, agora todos estavam de luto por Fred e ela não conseguiria e nem queria estar em lugar algum que não fosse ao lado do ruivo que havia conquistado definitivamente seu coração, de agora em diante, ela só iria onde eles pudessem estar juntos e quando ela sentiu seus lábios tocarem delicadamente seus cabelos, dando suaves beijos e sua mão percorrer seus braços carinhosamente formando pequenos desenhos em sua pele, ela soube que ele não pensaria diferente.


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Notas finais do capítulo

E então xuxuzinhas xuxuzentas da minha vidinha, o que acharam?
Tá horrivel não tá? :s
Eu tava morrendo de medo de escrever esse cap. e começar a chorar desesperadamente! /cry
Se odiaram, por favor não me matem, eu prometo que o próximo será bem melhor.
Comentem e podem me xingar a vontade, eu mereço! ç.ç
x.o.x.o