Libertinamente Marotos - HIATUS escrita por Lady Anna


Capítulo 9
Capítulo VIII


Notas iniciais do capítulo

Oi meus maravilhosos leitores! :D
Espero que aproveitem esse capítulo!
Kiss, Anna



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/787143/chapter/9

“Quem está livre de cruzar com um cafajeste e, pior, se apaixonar por ele?”-Martha Medeiros

1 SEMANA DEPOIS

—Srta. McKinnon, voltaremos mais cedo para casa hoje. –A duquesa lançou a Marlene um olhar por cima do livro. –Receberemos visitas muito importantes para o jantar.

—Claro, Sua Graça.

Marlene começou a juntar os utensílios que a duquesa havia utilizado no piquenique. Já se passara uma semana desde que ela começou a trabalhar para Lorde Black e se adaptara incrivelmente bem a rotina da duquesa. Na parte da manhã, Marlene costurava ou bordava enquanto a duquesa tomava sol no solar da mansão, antes do chá iam ao parque para um pequeno piquenique e após o chá Marlene preparava a duquesa para seus compromissos noturnos.

Não era uma rotina ruim. Marlene tinha tempo para ler, fazer as próprias costuras e até mesmo conversar com os outros criados, os quais eram extremamente amáveis. Com o passar do tempo, a duquesa parara de implicar com Marlene e passou a tratá-la como tratava quase todos: com indiferença.

A única parte ruim era a convivência com Lorde Black. Não que ele fosse desrespeitoso ou algo do tipo, ele era até mais cavalheiro do que ela havia considerado. O verdadeiro problema eram as reações de Marlene sempre que estava perto dele, afinal, toda vez que o via, ela queria desafiá-lo e conseguir diminuir o ego excessivamente inflado dele, além daquele irritante sorriso de lado que ele sempre lhe dirigia. Argh! Era irritante e ainda mais quando...

—Srta. McKinnon espero que esteja me escutando. –Marlene olhou alarmada para a duquesa que levantou uma sobrancelha. –E então, concorda com o que eu disse?

—Eu...hã...

Marlene foi salva de responder por uma dama que chegou perto delas. A senhora que estava na casa dos cinquenta anos era muito bonita: os cabelos castanhos esbranquiçados estavam presos embaixo de um charmoso chapéu vinho que fazia conjunto com um exuberante vestido da mesma cor. Os olhos do mais escuro tom de verde combinavam perfeitamente com a pele clara como porcelana.

 –Lady Black! –Disse a mulher ao se aproximar. –É um prazer revê-la.

—Lady Potter. –O rosto da duquesa passou da indiferença para um interesse contido. –O prazer é todo meu. Como Lorde Potter está?

—Oh, James está ótimo! Como Sirius está? Há meses ele não aparece na mansão Potter... –Lady Potter continuou falando animadamente, mas o cérebro de Marlene parou de funcionar ao reconhecer aquela dama. Quando Marlene tinha 7 anos, uma prima de seu pai e seu filho foram passar alguns meses na mansão rural do marquês, pois o marido da jovem senhora havia morrido. Marlene adorara as novas companhias e havia aprendido muito com aquela senhora. Exatamente por isso que ela nunca se esquecera de Euphemia Potter, mais conhecida como Lady Potter, a condessa de Rynnor. –Mas me diga Walburga quem é essa encantadora jovem ao seu lado?

Normalmente Marlene se apresentaria, agradeceria o elogio e diria que era um prazer conhece-la, porém ela estava paralisava pelo choque. E se Lady Potter a reconhece? Era impossível, não? Já havia se passado 15 anos, não era possível que ela a reconhecesse.

—Essa é a Srta. Marlene McKinnon, minha nova acompanhante. –A duquesa crispou os lábios e deu um leve cutucão em Marlene. –Ela está meio avoada hoje, ao que parece.

—Me desculpe milady. –Marlene finalmente saiu do transe e fez a reverência. –Estou encantada em conhecê-la.

—Igualmente, Srta. McKinnon. Sou a condessa de Rynnor. Você com certeza conhece o conde, James Potter. Ele é meu filho. –Marlene assentiu e Lady Potter lhe lançou um olhar indagativo. –Eu já a conheço? Seu rosto me parece familiar.

—Impossível! –Marlene ficou aliviada por Lady Black responder por ela, afinal ela não queria mentir descaradamente. –Marlene foi contratada por Sirius há apenas alguns dias e antes disso trabalhava para os Evans, aqueles alpinistas sociais.

Marlene ficou desconfortável pela forma que a duquesa se referiu a família de Lily e percebeu que a condessa se sentiu da mesma forma.

—Enfim. –Disse Lady Potter com a voz estranhamente seca. –Eu preciso ir Walburga. Marlene, você é adorável! Espero encontrá-las logo. 

Marlene curvou-se desajeitadamente para Lady Potter e observou a mulher se afastando. Ela ainda sentia as pontas dos dedos geladas e tremendo quando ouviu a duquesa dizer:

—Espero que você esteja mais atenta à noite, McKinnon. Como eu estava dizendo, receberei visitas importantes para o jantar e preciso estar vestida apropriadamente, portanto usarei aquele meu vestido preto. –Como se Sua Graça só possuísse um, pensou Marlene. – Também preciso que você peça a cozinheira para preparar carnes brancas. Ah, também quero que você avise ao Sirius que a convidada dessa noite é a noiva dele.

—Noiva? –A voz de Marlene saiu mais surpresa e esganiçada do que ela gostaria.

—Oh, sim. Bellatrix Black, uma das damas de sangue mais puro da sociedade londrina. Ele não lhe contou que está noivo?–A duquesa lançou um olhar piedoso à Marlene. –Não tenha esperanças com o Sirius, querida. Ele já corrompeu mais jovens do que você poderia contar.

—Eu não tenho nenhuma esperança em relação ao Lorde Black, Sua Graça.

—Ótimo. –A duquesa parecia realmente satisfeita. –Odiaria perder seus serviços porque você se envolveu romanticamente com Sirius. Até hoje a senhorita foi a dama de companhia menos incompetente que eu tive.

Marlene revirou os olhos enquanto abria a porta da mansão para a duquesa. Menos incompetente era a melhor avaliação que aquela velha fazia dela.

—Vou para os meus aposentos descansar e precisarei da senhorita antes do jantar. Por ora, está dispensada.

Após organizar a cesta de piquenique, Marlene se dirigiu até a cozinha, onde encontrou a Sra. Dobbs, uma mulher extremamente amável, preparando o jantar. 

—Boa tarde, Sra. Dobbs. Sua Graça pediu para preparar carne branca para o jantar.

—Oh, certo. –A mulher foi até o armário e pegou uma travessa que estava dentro dele. –Srta. McKinnon, eu fiz o bolo de cenoura que a senhorita gosta! Experimente!

Ela olhava com expectativa enquanto Marlene pegava um pedaço do bolo.

—Hum, está esplêndido! Você é um anjo, Srta. Dobbs! –Marlene deu-lhe um beijo estalado na bochecha enquanto se se sentava à mesa da cozinha e cortava mais um pedaço do bolo.

—Todos ganham beijo menos eu? –Marlene olhou para a porta da cozinha e viu Sirius entrando. Após algumas horas trabalhando no escritório, sua gravata havia sumido e alguns botões da camisa estavam abertos. –Ah, obrigado. É muita gentileza a senhorita me servir.

Sirius pegou o prato com o pedaço de bolo que Marlene havia cortado e começou a comer.

—Ei, isso é meu! –Marlene sentia aquela vontade de desafiá-lo borbulhando dentro dela.

—Agora não é mais. –Sirius sentou na cadeira de frente a Marlene e observou-a: os cabelos pretos metodicamente presos em um coque faziam-no querer bagunçá-los de uma forma nenhum pouco respeitável. –Como foi no parque?

—Normal. Ah, Sua Graça me pediu para avisá-lo que sua noiva virá jantar aqui hoje. –Marlene olhou curiosamente para Sirius enquanto ele soltava alguns palavrões em voz baixa.

—Me desculpe. E u não deveria falar essas expressões na presença da senhorita. –Sirius aparentava estar realmente sem graça.

—Sem problemas. –Marlene deu de ombros. –Eu só não esperava essa reação de Sua Graça.

—Bellatrix não é minha noiva. –Sirius revirou os olhos ao ver a expressão sarcástica de Marlene. –Não de verdade. Ela é minha prima e era noiva de Regulus antes dele morrer. Por isso minha mãe quer que eu case com ela para manter a linhagem da família. Entende?

Marlene assentiu e fixou o olhar em seu prato. Ela não deveria sentir aquele alívio depois que Lorde Black disse aquilo. Deveria? Não, definitivamente ela não podia sentir aquilo.

Sirius esperava uma resposta de Marlene, mas ela foi salva por Jonas, o garoto de recados de Mayfair, que entrou na cozinha e lhe estendeu um envelope rosa.

—Para a senhorita.

Marlene abriu rapidamente o bilhete e deu de cara com a caligrafia caprichada de Dorcas:

“Preciso falar com você urgentemente! Venha para o chá amanhã. Beijos, Dorcas”.

Quando Marlene levantou os olhos, Sirius a olhava curiosamente.

—A Srta. Meadowes quer se encontrar comigo amanhã para o chá.

Sirius sorriu como se já soubesse de tudo e se levantou.

—A senhorita está dispensada amanhã à tarde. Vá tomar chá com sua amiga e dê as felicitações a ela por mim.

E ele saiu deixando Marlene morta de curiosidade.

 

 

—AI! –Lily observou o sangue sair do dedo que a agulha havia espetado.

—Cuidado com suas costuras, Lily! –Sua mãe que estava lendo um livro do outro lado da sala a advertiu. –E nem pense em levar esse dedo à boca!

Lily pegou um pequeno pedaço de linho branco e pressionou no dedo. Desde que Lorde Potter a beijara, ela estava distraída e se pegava constantemente pensando naquele beijo. Não que aquilo tivesse significado algo. É claro que não! Lily nem ao menos gostava dele! Mas isso não a impediu de sonhar, mais de uma vez, com aqueles lábios macios e aquelas mãos fortes rodeando sua cintura e...

—Srta. Lily? –Lily levantou rapidamente a cabeça e viu que Maryse, umas das criadas, a encarava.

—Sim?

—Deixaram isso para a senhorita. –Ele entregou-lhe um envelope rosa. –Está tudo bem, Srta. Lily?

—Oh sim. Por que não estaria? Está tudo maravilhoso, esplêndido. Não podia estar melhor! –Lily lançou um sorriso forçado à garota. –Obrigada, Maryse.

Assim que a criada saiu, Lily abriu o envelope e, desastradamente, cortou o dedo no papel.

—AI! –Sua mãe apenas olhou para ela e balançou a cabeça negativamente.

Enquanto enrolava um pedaço de livro no dedo recém-cortado, Lily leu o pequeno bilhete de Dorcas:

“Lily, venha tomar chá comigo amanhã. Preciso lhe contar algumas coisas! Beijos, Dorcas.”

—Mãe? –Quando Judith olhou para Lily, ela continuou: –Posso tomar chá com Dorcas amanhã?  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hahaha sim, eu não coloquei o Remus ou a Dorcas propositalmente nesse capítulo. Mas no capítulo que vem saberemos o que aconteceu quando eles chegaram a mansão Meadowes e como o James está se sentindo em relação ao beijo.
Enfim, comentem e deixem essa autora animada nesses tempos difíceis.
Kiss, Anna.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Libertinamente Marotos - HIATUS" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.