Dramione | Seis anos depois escrita por MStilinski


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

oi oi gente!!

obrigada por todo o feedback, agradeço do fundo do coração mesmo!!

espero que gostem do capítulo!



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Ela tinha a oportunidade perfeita nas mãos.

Voltou mais cedo do seu almoço, juntamente com alguns colegas de trabalho e se deparou com a antessala de Davies vazia, nenhum sinal de Patricia e ela sabia que o chefe havia saído para almoçar porque haviam pegado o elevador juntos.

Deixou sua bolsa sobre sua mesa, sem tirar os olhos da antessala, e foi até lá, olhando para trás algumas vezes para checar que ninguém estava observando-a, mas não havia olhos sobre si.

Havia achado arquivos realmente importantes no meio das coisas de Voldemort na noite anterior, mas como Draco havia lhe dito que estava ocupado ela ainda não o tinha contado nada, estava esperando para mais tarde, mas eram notícias boas, animadoras. Mas Hermione não conseguia tirar da cabeça o quanto Davies estava envolvido em toda aquela nova confusão e aquilo a tirava do sério, principalmente convivendo todos os dias com ele e observando-o agindo normalmente.

Por isso, deu duas batidas na porta dele e esperou. Quando ninguém atendeu, ela girou a maçaneta e entrou na sala cinzenta.

Ali dentro, no entanto, se sentiu um pouco envergonhada e perdida. Envergonhada por estar invadindo a sala de outra pessoa, principalmente seu chefe, mas sabendo que era por um bem maior. Sentiu-se perdida porque nunca havia invadido a sala de ninguém e não sabia por onde começar.

Foi até a estante e começou a tirar os livros, olhando seus títulos a procura de algo suspeito, mas a grande maioria falava apenas sobre relações internacionais e então sacudiu os livros a procura de alguma folha que estivesse solta ou algum pedaço de papel escondido. Ao mesmo tempo, passava a mão na estante a procura de um fundo falso, mas não teve sucesso nessa parte da sala e então foi para a mesa de Davies.

Havia apenas uma pasta sobre a mesa juntamente com dois rolos de pergaminhos e ela deu uma lida rápida no início de cada documento, mas os pergaminhos eram sobre a reunião do dia anterior, a que ela esteve com ele, e a pasta era sobre a pauta da reunião da semana seguinte junto a Confederação Internacional dos Bruxos.

Só havia quatro gavetas na mesa, duas de cada lado. Ela olhou as duas superiores primeiramente: a da direita continha apenas um exemplar da Constituição Bruxa Britânica, já a da esquerda estava repleta de pastas pardas com o título “Reunião mensal – Ministério da Magia Britânico” em todas elas, cada uma de seu respectivo mês.

Foi para as duas gavetas de baixo, seu coração acelerando porque estava demorando demais. Abriu a gaveta da direita, que estava repleta de pergaminhos novos, prontos para escrita, mas Hermione notou que, ao fechá-la, a gaveta agarrava como nenhuma das outras havia feito. Ela apalpou a parte debaixo da gaveta e sentiu uma elevação. Puxou o que quer que estivesse na parte debaixo sobressalente e então se viu encarando um envelope.

Guardou o envelope por baixo de seu suéter e saiu o mais rápido que conseguiu da sala de Davies e estava quase saindo da antessala, já grande parte aliviada, quando Patricia passou pelas portas. Hermione congelou no lugar que estava, exatamente no centro do cômodo e encarou a mulher.

Patricia franziu o cenho, desconfiada.

— Algum problema, Granger? – perguntou, olhando Hermione de cima abaixo, definitivamente tentando encontrar algo de errado.

— Ah, Patricia, aí está você. – Hermione disse, com uma calma que ela não sabia que tinha – Preciso de novos pergaminhos.

Patricia caminhou devagar até sua mesa, olhando Hermione de um jeito estranho. Pegou cinco pergaminhos e entregou a ela. Hermione continuou retribuindo o olhar de modo tranquilo, como se não tivesse nada a esconder, exceto pelo envelope escondido embaixo de sua roupa.

— Obrigada. – Hermione disse, lançando um sorriso amigável a mulher e pegando os pergaminhos das mãos dela.

— Fiquei sabendo que estão precisando proibir os repórteres aqui dentro por sua causa.

É claro que ela traria isso à tona. Devido a manchete da revista de fofocas, revelando ao mundo bruxo sobre o antigo relacionamento de Granger e Malfoy, o restante da mídia havia ficado enlouquecida a procura de novas respostas sobre o passado deles e sobre o futuro que, graças a foto no Profeta Diário de domingo, o mundo bruxo achava que eles tinham. Hermione passou a manhã toda recebendo cartas de todas as revistas e jornais possíveis a procura de uma declaração dela e sua disponibilidade para entrevistas, coisa que Hermione detestava. Ela sempre detestou toda essa atenção midiática, porque detestava se sentir exposta, mas não recebia nada disso há pelo menos cinco anos, quando todas as matérias sobre o Trio de Ouro e as entrevistas deles – algo que Kingsley pediu a eles que fizessem, mesmo todos os três repudiando a ideia - começaram a ficar repetitivas e, consequentemente, desinteressantes.

E é claro que Patricia traria isso à tona, porque, além de ser fofoqueira, a mulher não gostava de Hermione e sabia que aquela exposição a deixava irritada.

— Incrível como realmente existem pessoas que se importam com fofocas, não é? – Hermione deu uma risada fingida e Patricia retribuiu com um sorriso forçado.

Por fim, saiu da antessala e caminhou a passos rápidos até sua mesa, onde praticamente desabou em sua cadeira. Sua respiração estava rápida e ela manteve a cabeça baixa, pegando algo para fingir que lia, tentando evitar qualquer desconfiança.

Tinha que agradecer a Harry e Rony por ter aprendido a mentir em situações de perigo.

Disfarçadamente tirou o envelope de debaixo de suas roupas e o jogou no chão, logo depois empurrando um pergaminho para o chão, tampando o envelope. Se abaixou, colocou o envelope dentro de sua bolsa e pegou o pergaminho, logo depois se ajeitando em sua cadeira. Respirou fundo e olhou para toda aquela papelada sobre sua mesa, afinal, ela ainda tinha toda uma tarde de trabalho.

 

 

À noite, Draco esperava por ela, parado atrás do grande sofá, com as mãos dentro dos bolsos da calça social preta. Ele ainda usava um suéter em tons de azul bem escuro e Hermione suspirou notando o quanto ele era monótono na escolha das roupas, apesar de ter que admitir que realmente as roupas escuras lhe caíam bem.

Hermione começou a tirar a fuligem de suas roupas e Draco disse:

— Passei o dia todo recebendo cartas de revistas.

Ela deu uma risada irônica e olhou para ele.

— Acredite, não foi só você. Detesto tudo isso.

Ela realmente detestava tudo aquilo. Detestava o clima ainda um pouco estranho entre eles devido a discussão de alguns dias atrás, quando ela – erroneamente – expos uma das coisas que pensava sobre Draco e os seis anos afastados, dizendo que ele havia a deixado de lado e ele, de um jeito que ela ainda não entendia, não havia dito absolutamente nada, nem mesmo argumentado. Detestava a história deles exposta para qualquer um que assinasse aquela revista, porque aquilo era algo que Hermione pensou que sempre levaria consigo apenas, mas agora já dividia com todos os fofoqueiros de plantão.

Por Merlim, como detestava tudo isso.

— Se quiser posso emitir uma declaração sobre isso amanhã. – ele disse, sem jeito.

— Uma declaração?

Draco deu de ombros.

— Não adianta tentar negar toda a história. – falou – Ainda mais quando a fonte é de alguém próximo a mim. Posso apenas dizer que hoje mantivemos a amizade.

Talvez adiantasse alguma coisa, no final das contas.

— Pode ser. – ela disse, por fim. – E realmente foi Pansy Parkinson quem contou?

Draco bufou, parecendo irritado.

— Foi. Por motivos que só ela sabe. Enfim... Vamos?

Hermione assentiu e eles foram para o porão, mesmo que não tivessem efetivamente nada para fazerem ali.

Assim que chegaram ao andar mais baixo da casa de Draco, ela tirou o envelope de Davies e a pasta de Voldemort de dentro de sua bolsa. Pegou ainda uma pequena folha em que ela havia anotado suas conclusões.

Draco olhou para os papéis sobre a mesa e depois para Hermione e então se sentou, cruzando os braços, com os olhos fixos nela.

— Acredito que você saiba de alguma coisa que eu não sei. – ele falou.

Hermione assentiu e deslizou pela mesa a pasta de Voldemort até perto dele.

— São anotações do próprio Voldemort. Confirma algumas coisas que já sabíamos, como o nome do feitiço, a ligação estar relacionada com o sangue e que só Voldemort poderia mudar o feitiço. Mas também trouxe algumas informações novas, como a confirmação que o veneno é de Nagini e de que ele já pensava em passar os conhecimentos sobre a Marca para alguém, mas aparentemente não confiava em ninguém tanto assim. Infelizmente ele não nos deu o prazer de responder como deixou a ação do veneno local.

Draco observou as folhas alguns instantes e depois as deixou sobre a mesa.

— Sabemos que a chance de ele ter passado esses conhecimentos para Jackson Turner são grandes, afinal, foi depois da saída dele de Azkaban que a Marca voltou e Turner sempre foi do ciclo mais próximo do Lorde. – ele disse – E ele diz que passaria o poder a alguém... Existem feitiços que só funcionam com a primeira pessoa que o usa, como uma varinha: ela só vai funcionar bem se estiver nas mãos do seu verdadeiro dono.

— Feitiços Tantum. – ela completou.

— Sim. Ele pode transferir a posse desse feitiço para outros?

— Aparentemente sim. Eu tive algumas ideias. – Hermione falou e entregou a folha em que havia suas anotações à Draco – Primeiramente, como já chegamos à conclusão, precisamos saber mais sobre Feitiços Tantum. Além disso, Voldemort diz que o veneno ingerido não teve efeito, então isso ocorreu de outra forma. E a coisa mais importante que pensei, foi: Nagini era uma horcrux, era parte de Voldemort. E o veneno dela corria no sangue dos Comensais, então uma parte dele corria nos sangues dos Comensais e talvez fosse desse jeito que Voldemort conseguia chamá-los e controlá-los. Acha que isso é possível?

— Não só acho que é possível, como acho que é a verdade. E se me lembro bem, a Marca se tornou aquela cicatriz antes de Potter derrotar Voldemort. Estava totalmente ligada a Nagini.

Hermione assentiu, sentindo-se animada. Finalmente tinham respostas!

— Pensei em outra coisa. – ela continuou e Draco mantinha os olhos atentos nela – Voldemort fala sobre a iniciação, que é quando ele passava a Marca aos Comensais e, na verdade, me senti até estúpida por pensar nisso tão tarde, mas pen...

— Eu não me lembro da minha iniciação. – Draco a cortou – Eu também pensei nisso, mas não me lembro. As poucas coisas da qual me recordo são: entrar na sala de casa, com dezenas de Comensais nas suas roupas formando um círculo ao redor de mim e de Voldemort. Lembro que Voldemort disse várias coisas sobre “um ciclo novo se iniciar”, realmente um discurso, antes de me dar algo para beber. Eu lembro de fechar os olhos e quando os abri novamente, coisa de segundos, a Marca já estava no meu braço e eu tive que usar as vestes e apontar a varinha para o alto, formando a Marca no céu. E depois fomos jantar.

— Uma programação bem saudável para iniciar um jantar. – Hermione disse, frustrada, mas Draco riu – O que você bebeu?

— Não sei, mas apagou a minha memória.

Hermione ficou em silêncio, as engrenagens de seu cérebro trabalhando, antes de dizer:

— Podemos fazer uma Poção da Memória. Tem tudo aqui?

— Acho que sim. Mas antes... O que é isso? – Draco apontou para o envelope.

— Quase me esqueci. Também não sei o que é. – ela disse e Draco pareceu confuso – Entrei escondida na sala de Davies hoje. Encontrei esse envelope grudado na parte debaixo de uma gaveta, então o peguei. Pode não ser nada, mas parecia suspeito.

Draco a encarou alguns instantes.

— Você simplesmente invadiu a sala do seu chefe e roubou algo dele?

— Eu não roubei!

— Ele não sabe que você trouxe isso.

Hermione revirou os olhos, sabendo que ele tinha razão, mas jamais admitiria.

Draco deu um sorriso de canto, sarcástico.

— Isso não parece nada com você, Granger.

— Só abra o envelope logo. – ela disse, já envergonhada – Se não for nada demais devolverei amanhã.

Draco ainda sorria quando pegou o envelope e o abriu. De dentro tirou pelo menos três folhas repletas de nomes, frente e verso. Ele ficou em silêncio alguns segundos, lendo, e seu sorriso sumiu aos poucos.

— São nomes de Comensais. – ele disse por fim.

Hermione deu a volta na mesa e começou a ler o papel por trás de Draco.

Ela não conhecia grande parte dos nomes ali, mas se Draco dizia que eram Comensais, quem era ela para discordar? Alguns nomes ela se lembrava, por serem muito conhecidos ou por ela ter acompanhado o julgamento tantos anos atrás.

— Alguns estão riscados. – Hermione disse, mas se arrependeu no mesmo instante. O primeiro nome riscado era de Lúcio Malfoy.

Ela esperou a reação de Draco, mas ele continuava estático olhando para o papel. Então Hermione simplesmente esperou, porque não sabia o que mais poderia fazer naquela situação.

Depois de alguns segundos angustiantes - para ela -, Draco mudou de folha várias vezes até eles lerem todos os nomes. Então ele ficou de pé, foi até o gaveteiro, pegou um pergaminho e uma pena e se sentou novamente.

— Vou anotar os nomes que estão riscados. – falou.

— Mas o que significa eles estarem riscados?

— Bom, não sei. Todos esses nomes são de Comensais importantes, principalmente por dinheiro e por serem de famílias conservadoras. Talvez os nomes riscados sejam pessoas com as quais eles já conversaram.

— Mas... – ela parou alguns instantes, refletindo sobre o que queria perguntar, mas decidiu continuar – Seu pai está em Azkaban.

— Eu sei. Pelo visto a comunicação em Azkaban é mais fácil do que pensamos, afinal, grande parte desses nomes riscados já estão em prisão domiciliar.

Draco tinha um ponto. Hermione ficou em silêncio, apenas o observando mudar as folhas e anotar os nomes.

— Quantos são? – ela perguntou, quando Draco deixou a pena de lado.

— Onze. Sete em prisão domiciliar, oito se contarmos com Jackson Turner, e os outros quatro em Azkaban.

— Então definitivamente estão se comunicando.

Draco assentiu.

— Precisamos descobrir como. – Hermione disse – Saber quem dentro do Ministério está deixando que esses Comensais se comuniquem sem alarde nenhum. Acho que talvez eu consiga fazer isso.

— Tem certeza?

— Bom, eu já estou dentro do Ministério, facilita as coisas. Essas informações sobre cartas trocadas devem ficar no Escritório de Informação Pública do Ministério, afinal, eles são prisioneiros. Posso tentar algo lá, mas não posso garantir nada e nem posso fazer isso amanhã. É a primeira sexta do mês e tenho reunião de departamento, geralmente duram o dia todo.

Draco assentiu.

O porão caiu em silêncio depois disso, enquanto Draco ainda olhava os papéis sobre a sua mesa, provavelmente com a cabeça no pai.

Hermione não conseguia imaginar o quão confuso Draco deveria estar. Ele não estava mais seguro, afinal, os Comensais estavam se reunindo e por mais que Draco Malfoy tenha virado um herói admirável para uns, para os seguidores de Voldemort ele sempre seria um traidor. Não tinham como impedi-los – ainda – e provavelmente o homem que mais havia feito mal à Draco, impedindo que ele se tornasse quem ele realmente queria, obrigando-o a tomar decisões terríveis e jogando sobre ele o peso de um nome estava no meio disso tudo. Talvez fosse até mesmo uma questão de tempo para escapar de Azkaban.

Ela sentiu vontade de abraçá-lo, mas não sabia se podia. Sabia que a volta de Draco Malfoy para sua vida trouxe muitas questões e sentimentos inacabados, mas queria que permanecesse desse jeito, porque muita dor já sentida e quase esquecida também havia vindo na bagagem. E, afinal de contas, aquilo era um trabalho, logo quando tudo estivesse acabado cada um tomaria um rumo e ficariam bem mais do que seis anos sem se verem.

Hermione apertou o ombro dele gentilmente e Draco rapidamente levantou os olhos para ela, mas ela já havia se afastado em direção aos armários no fundo do cômodo.

— Precisamos fazer a poção. – ela disse, tirando o frasco de Sangue de Dragão de dentro do armário.

Draco suspirou e ficou de pé.

— Vou pegar mais água.

Foi Draco quem fez a poção e Hermione ficou com a tarefa de apenas cronometrar os seis minutos de fervura. Depois que o tempo foi batido, Draco tirou o líquido alaranjado de dentro do caldeirão e começou a filtrá-lo com um filtro de papel, tirando as partes mais sólidas restantes e depois dividiu tudo em dois frascos.

O laranja reluzente praticamente brilhava perto das chamas do caldeirão e por alguns minutos eles apenas ficaram encarando o líquido, até Hermione suspirar e falar:

— Precisa focar na memória que quer recuperar. – ela pegou o frasco e tirou a tampa – Foque no círculo de Comensais e na hora em que se lembra de beber algo, quanto mais perto da memória perdida você focar melhor será a resposta.

Draco assentiu e se sentou.

Ele respirou fundo, pegou o frasco da mão de Hermione e virou todo o líquido alaranjado na boca de uma só vez. Deitou a cabeça para trás e fechou os olhos. Hermione ficou apenas o observando.

A barba dele estava maior desde a primeira vez que o viu, mais de uma semana atrás. O cabelo estava mais desleixado e ela preferia desse jeito; o jeito rigoroso com todos os fios loiros puxados para trás e o terno preto às vezes era demais. Draco era bonito, ela admitia isso. Seu rosto era bonito e seu corpo... Nem se fale. Mesmo com dezoito anos ele já tinha um corpo bonito, um corpo que Hermione havia conhecido, mas parecia tudo tão distante agora. Ela nem tinha ideia se conhecia mais o próprio Draco Malfoy, que dirá o corpo dele. Não tinha certeza se voltaria a conhece-lo, porque só o nome dele lhe remetia a uma parte obscura de sua mente que ela evitava visitar e que geralmente lhe era dolorida.

Antes que sua cabeça lhe levasse para lugares piores, Draco abriu os olhos.

— E então? – Hermione perguntou, ansiosa.

Draco ajeitou a postura.

— Nada. – falou.

Hermione arqueou as sobrancelhas, surpresa.

— Nada?!

— Bom, eu me concentrei na memória e na parte em que eu fechei os olhos, mas não aconteceu nada. Tudo ficou embaralhado e parecia que eu estava rodopiando e, inclusive, estou um pouco enjoado, é melhor se afastar... – Hermione já tinha dado um passo para trás antes mesmo de ele terminar de falar – Mas não aconteceu nada, não me lembrei de nada. Nunca usei uma Poção da Memória, não tenho certeza como funciona.

— Os livros dizem que basta você se concentrar na última coisa que se lembra, na parte mais próxima da memória que perdeu e em questão de segundos tudo volta. Não entendo o que aconteceu.

Draco bufou e passou a mão pelos fios loiros, bagunçando um pouco mais.

— Voldemort gostava de surpreender. – murmurou.

Eles ficaram em silêncio.

— Podemos tentar amanhã, temos mais um frasco. – Hermione disse. – Já está ficando tarde, preciso ir. Onde vamos guardar todas essas coisas? – ela apontou para os papéis sobre a mesa.

— Tenho um cofre no meu quarto. – Draco respondeu – Vou guardar.

Hermione assentiu e então colocou a bolsa no ombro.

Olhou para Draco e ele já a encarava, mas como nenhum dos dois disse nada, ela só virou as costas e começou a subir as escadas.

— Ei. – ele a chamou e ela parou e o encarou. Draco parecia confuso, até mesmo frustrado e continuou a olhando por longos segundos, antes de finalmente dizer: - Boa noite.

Ela apenas sorriu. Tinha certeza de que não era aquilo que ele queria falar.

Então por que você simplesmente não diz, Malfoy?


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Notas finais do capítulo

mais descobertas e Hermione Granger quebrando regras!

não se esqueçam de me dizer o que estão achando!

até mais :)



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