Dramione | Seis anos depois escrita por MStilinski


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

oi oi gente!!
de volta com mais um capítulo para vcs, espero que gostem!
e muito obrigada pelos comentários, sempre me animam!



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O encontro a noite no dia seguinte com Draco foi extremamente incômodo.

Ela havia pensado sobre isso o dia inteiro e não entendia como Draco Malfoy conseguia lhe causar isso – Hermione mal se concentrava em seus afazeres porque se martirizava repassando a breve discussão da noite anterior na cabeça. Repassava aquilo em sua mente porque lhe incomodava completamente: ele não discutiu com ela, como sempre fez, ele não negou, ele simplesmente não disse nada.

Isso era pior do que qualquer discussão, porque isso a deixava confusa. Ela realmente havia sido tão insignificante para ele a ponto de Draco nem mesmo se dar mais o trabalho de resolver as pendências com ela? Isso era o que mais a incomodava acima de tudo, por mais que ela detestasse admitir.

Eles passaram todo o encontro da noite dentro do escritório dele. Hermione estava sentada no chão em frente a lareira acesa – as noites de verão em Londres eram anormalmente frias -, lendo os dois últimos livros que Draco havia encontrado sobre magia negra na Mansão Malfoy, enquanto ele ficou sentado a sua mesa, lendo os documentos de Voldemort da época da guerra.

Aqueles livros davam a Hermione uma vontade enorme de vomitar. Eram livros sobre poções e feitiços de tortura e dominação e que ainda mostravam as fotos de como as “cobaias” reagiam. A quantidade de vezes que ela havia visto fotos de pessoas se contorcendo devido a maldição Cruciatus era absurda, mostrando uma preferência nojenta dos seguidores de magia negra. Ela detestava muito tudo aquilo.

Por fim, leu os dois livros e não encontrou nada de útil. Ficou de pé, deixou os livros sobre a poltrona e encarou Draco, que estava concentrado lendo um pergaminho. Ele havia separado aquela enorme quantidade de documentos em duas pilhas, mas Hermione não sabia sobre o que falavam e tinha até mesmo medo de saber.

— Essas são as fotos de tortura. – Draco apontou para a pilha da direita, sem olhar para ela – E esses são as fichas das pessoas torturadas e os motivos pelos quais foram. Nada exatamente relevante.

— Não acha que pessoas torturadas são relevantes? – ela se sentiu indignada com a indiferença em que ele tratava tudo aquilo.

— Para sabermos o quanto Voldemort era uma pessoa horrível? Com certeza relevante. Para descobrirmos como acabar com a Marca? Nada relevante.

Hermione suspirou irritada, ainda sem admitir o quão indiferente ele era a todas aquelas coisas horríveis.

— Não achei nada nos livros. – foi tudo o que ela respondeu após um tempo.

— Se quiser pode ir. – ele disse – E tente ficar de olho em Davies.

Hermione simplesmente saiu do escritório e bateu a porta. Estava irritada com aquela situação, irritada com si mesma por deixar Draco afetá-la de tantas maneiras e ainda mais irritada com a indiferença dele quanto a ela, no dia anterior, quanto as maldades que ele estava lendo e por ele achar que podia mandar nela ao cobrar seu posicionamento quanto ao seu chefe. Quem ele pensava que era?

Na quarta-feira ainda se sentia péssima por toda aquela situação. Com mais raiva do que nunca, ainda mais por saber que uma parte de Draco estava certa: tinha que ficar de olho em Davies.

Passou a manhã toda observando-o, mas ele não fez nada suspeito, já que ficou em sua sala por todo aquele espaço de tempo. No único momento em que ele saiu, Hermione o seguiu pelo corredor e viu quando Davies entrou no elevador com Margareth, como Theodore Nott havia dito à Draco, mas ela não conseguiu chegar a tempo e então o elevador fechou as portas e começou a se mover.

Voltou rápido para o salão onde trabalhava e olhou na direção da antessala de Davies, mas Patricia estava lá, então ela nem mesmo conseguiria entrar de fininho na sala dele. Por fim, Hermione suspirou frustrada e pegou sua bolsa para sair do Ministério, afinal já era horário de almoço e ela tinha outro lugar para estar, como em todas as quartas.

Pegou o elevador e quando chegou ao átrio principal do Ministério tomou a saída de visitantes e “surgiu” dentro da cabine telefônica na Londres trouxa. Foi para um canto mais afastado da rua e desaparatou, aparatando em seguida no beco estreito e sujo perto do hotel em que ela e Joe se encontravam.

Andou apressada até o hotel barato porque sentia finos pingos de chuva caindo sobre si e assim que passou pela porta de vidro e o sino sobre a porta fez barulho, o recepcionista – um senhor grisalho e visivelmente cansado e mal humorado – apenas a encarou e não disse nada, resposta suficiente para Hermione saber que Joe já estava ali.

Ela foi para o segundo andar e entrou no último quarto do corredor. Joe estava sentado na cama, só com as calças sociais, lendo um pergaminho.

— Oi. Desculpe a demora. – Hermione disse, indo até ele.

Joe apenas assentiu, sem nem mesmo encará-la e Hermione se sentiu estúpida, porque esperava um beijo de cumprimento ou algo do tipo. Ela respirou fundo, engolindo o orgulho ferido e deixou a bolsa sobre a estante, logo depois tirando o casaco e deixando-o sobre a cadeira no canto do quarto.

Ela voltou a encará-lo e ele continuava concentrado, indiferente a sua presença ali.

— Desculpe, preciso entregar isso hoje à tarde. É sobre Bristol. – Joe disse e enrolou o pergaminho. Sorriu para ela, finalmente a encarando – Vi sua foto com Draco Malfoy no Profeta ontem.

— Ah. Sou a advogada dele em um processo da empresa.

Ela sentiu uma leve ansiedade dentro de si. Por que ele havia começado com aquele assunto? Teria ficado com ciúmes, talvez um pouco incomodado ao ver a mulher que ele tanto gosta de dizer que é sua sendo cotada como a namorada de outro? Se ele tivesse ficado com ciúmes era algo bom, mostrava que gostava mesmo dela e era isso que ela precisava ouvir.

— Ele está sendo processado? – Joe perguntou, com a curiosidade jornalística.

— Já está tudo praticamente resolvido. – Hermione disse. – Então você viu o que eles estão falando sobre mim e ele?

Joe assentiu, se aproximando dela. Colocou as mãos ao redor de sua cintura e sussurrou no ouvido de Hermione:

— Malfoy e Granger realmente é de se surpreender. Talvez seja bom para nós. Ninguém nunca vai desconfiar de nada se você estiver em um relacionamento.

Foi um balde de água fria.

— Então você não se importaria se eu começasse a sair com ele? – perguntou com a voz fraca.

— Nem um pouco. – ele sussurrou e então a beijou.

Ela retribuiu o beijo, mas sua cabeça não estava ali. Ele não se importaria nem um pouco se ela estivesse com outro homem. Não havia se incomodado com a foto dela e de Draco. Ele realmente a amava?

Apesar do sexo, a cabeça de Hermione continuava no fato nada delicado de que o homem que ela acreditava amar e que acreditava que era amada não se importaria de vê-la saindo com outro. Ela estava encolhida na cama, o lençol tampando todo o corpo nu, enquanto abraçava as pernas, aqueles fatos martelando em sua mente.

Ele era casado, ela era sua amante. Ele dizia que a amava e não se importava de vê-la com outro homem. Em que droga ela havia se metido?

— Você vai se atrasar. – Joe disse, olhando para Hermione enquanto abotoava a camisa.

Ela ficou em silêncio, ainda estática, por mais alguns segundos antes de olhar para ele.

— Você me ama? – foi tudo o que saiu da sua boca.

Joe sorriu.

— É claro que sim. – ele pegou o blazer, deu um selinho nela e depois disso falou, bem baixo: - Te vejo quarta.

Então ela ficou sozinha no pequeno quarto.

Pelo menos Joe ficava. Pelo menos ele se lembrava dela.

Voltou para o Ministério determinada em ser útil de alguma maneira.

Não deixaria a confusão mental que Draco Malfoy lhe causava afetá-la e muito menos a dolorosa realidade das coisas que Joe havia dito e do que aquilo significava, apesar de ela ainda não conseguir admitir para si mesma. Não deixaria nenhum homem ficar no meio de suas obrigações.

Teve uma reunião com o Ministro e a Suprema Corte sobre questões de direitos internacionais, principalmente depois de algumas alterações nas leis bruxas do Ministério Alemão, mostrando como aquilo poderia afetá-los. Davies estava lá, então ela também pode observá-lo, mas ele não fez nada suspeito. A reunião tomou grande parte de sua tarde, mas quando voltou para o escritório entrou em uma conversa promissora com Davies sobre ideias para a organização do local e pensou que desse modo ela seria convidada para ir à sala dele, mas isso não aconteceu.

— Faça uma lista com suas ideias e deixe com a Patricia, por favor, Hermione. São realmente ótimas ideias, vou dar uma olhada. – ele disse e entrou na antessala.

Hermione suspirou frustrada e foi para a sua mesa, começando a fazer a tal lista, totalmente detalhada, porque, por mais que fosse um pretexto para entrar na sala de Davies, eram realmente boas ideias e seria ótimo se ele as aceitasse.

Estava apenas no quinto item quando Harry apareceu ali com James no colo e empurrando um carrinho com a outra mão. O garotinho parecia uma bola, com um casaco e calças grossas no corpo e uma touca de lã, olhando tudo ao redor com os olhos castanhos iguais aos da mãe tomados por curiosidade.

— Diga oi a sua madrinha, James. – Harry falou, colocando o filho no colo de Hermione e fazendo um gesto com a varinha para o carrinho, que se encolheu todo até virar uma bolsa quadrada e então se sentou.

— Você sabe que está verão, não sabe? – Hermione perguntou, olhando para o bebê todo cheio de roupas.

— Tive que vir de metrô e estava começando a chover. Se ele aparecesse resfriado era o fim do meu casamento. – Harry bocejou.

— Você parece cansado. – Hermione disse, ajeitando James em seu colo.

— Eu estou. Ele não dormiu esta tarde e cuidar da casa não é nada relaxante.

Hermione deu uma risada fraca.

— Pelo menos você ainda não enlouqueceu sem ficar trabalhando em nenhum mistério de auror. – falou.

Harry mordeu o lábio inferior e Hermione arregalou os olhos.

— Harry James Potter! – exclamou – Você está trabalhando!

Harry bufou.

— Eu consegui ficar um mês longe, mas então Rony aparecia lá em casa e contava em tudo o que estava trabalhando e então... Eu não consegui mais. Só estou dando conselhos em alguns casos, nada mais! Só não conte para a Gina.

Hermione revirou os olhos.

— Não vou contar, mas esse não foi o combinado de vocês. Seis meses de licença com dedicação exclusiva a James, esse foi o acordo.

— Eu sei, Mione, e estou me dedicando inteiramente ao meu filho, exceto quando ele está na sua soneca da tarde. Coisa que não aconteceu hoje, então não consegui terminar de ler uns papéis... – Harry tirou uma pasta parda de dentro da bolsa de James – Então James pareceu com muitas saudades de você e viemos visitá-la.

Hermione revirou os olhos.

— Quer que eu fique com ele enquanto você trabalha, mesmo não devendo fazer isso? – perguntou.

— É coisa de dez minutos, só preciso ir até o quartel-general, somente três andares acima. Além disso, James precisa passear, ficar só dentro daquela casa é sufocante.

— Não acredito que o Ministério seja o lugar ideal para bebês.

Harry suspirou.

— Vamos, Mione, por favor. É coisa rápida, juro. Seu chefe te adora, não vai nem se incomodar.

— Eu tenho trabalho a fazer!

Harry abriu a boca para dizer algo, mas foi interrompido pela presença de Draco surgindo ao lado deles. Os dois amigos o encararam e Draco pareceu desconfortável.

— Hermione. Potter. – ele os cumprimentou.

— Malfoy. Fiquem à vontade, eu já estou saindo. – Harry disse e saiu a passos apressados.

— Você não sabe seguir regras! – Hermione gritou para Harry, mas ele já estava longe e isso só fez com que alguns olhares dos colegas de trabalho caíssem sobre ela. Hermione suspirou e olhou para James em seu colo que, para a ironia de tudo aquilo, parecia com sono.

— Você está com um bebê. – Draco disse, olhando com certa graça para Hermione.

— É o James, filho do Harry e da Gina. – ela deitou o garotinho no seu colo e começou a ninar – O que você quer? – ela perguntou a ele, o clima tenso da última discussão ainda presente.

— Na verdade eu tenho uma reunião aqui. Na seção ao lado. – ele disse, referindo-se a uma das outras seções do departamento de Hermione, mais precisamente a seção de Organismos de Padrões de Comércio Mágico Internacional – Eu só vim te perguntar sobre...isso.

Ele colocou um exemplar da revista de fofocas Witch Weekly sobre a sua mesa – havia uma foto gigantesca de Hermione na capa e ela ria de algo graciosamente. Logo abaixo havia a manchete: “Hermione Granger, nossa heroína favorita e seu passado e futuro com Draco Malfoy”.

— De onde tiraram essa foto? – Hermione perguntou, franzindo o cenho, achando a foto surpreendentemente boa, mas não se lembrava do momento em que poderiam tê-la tirado.

— Isso é tudo o que você tem a dizer? Sério? – Draco pareceu irritado.

James começou um breve choro e Hermione ficou de pé, balançando o afilhado de um lado ao outro e ele se acalmou novamente. Ela revirou os olhos para Draco.

— Por que está se incomodando com a minha foto em uma revista de fofocas? – perguntou.

— Porque eles sabem que já estivemos juntos antes, na época da guerra e ninguém sabe disso. Exceto eu, você, Weasley e Potter. E acredito que a esposa do Potter.

Hermione piscou, confusa. Como aquela revista de fofocas poderia saber sobre o relacionamento deles de seis anos atrás? Toda a família Weasley sabia – Rony havia contado quando as matérias de Draco começaram a sair em todos os lugares e ele queria evitar que ela visse -, além de Harry. Mas era só isso e nenhum deles venderia essa história para uma revista de fofocas.

— Nenhum deles contou isso para essa revista, tenho certeza. – ela disse.  

— Então como eles sabem?

— Não sei. Para quem você contou sobre isso? – ela arqueou uma sobrancelha, desafiadora, mas na verdade queria realmente saber.

Draco ficou em silêncio alguns segundos antes de bufar, totalmente irritado dessa vez.

— Já sei quem foi. – falou.

— Pode abrir essa bolsa para mim? – Hermione falou, apontando para a bolsa quadrada no chão.

Draco a pegou, apertou o botão vermelho e a bolsa pulou de seus braços e se abriu em um carrinho de bebê. Ele se assustou e Hermione riu.

— Você realmente não tem contato com crianças. – ela disse e colocou James e seu sono profundo dentro do carrinho, aconchegando-o com a coberta fina, e então olhou novamente para Draco. – E quem foi?

Draco respirou fundo, ainda olhando desconfiado para o carrinho de James, antes de falar:

— Pansy Parkinson.

— E por quê?

— Assunto para outra hora. – Draco disse e olhou o relógio de pulso; Hermione não gostou da resposta – Tenho que ir.

— Você veio aqui só por causa de uma revista? – Hermione perguntou, desconfiada.

— Ah, não. Quase me esqueci. Não precisa ir hoje, tenho um outro compromisso, mas enviei umas coisas para a sua casa para você se entreter.

Hermione deu de ombros.

— Tudo bem.

Draco continuou parado ali mais alguns instantes.

— Posso mandar retirarem a matéria se você quiser. – falou.

Hermione olhou para a revista sobre sua mesa. A coisa que ela mais havia mantido em segredo estava agora solta no mundo e não havia mais controle sobre isso.

— Eu só sempre pensei que tudo aquilo fosse... algo nosso. – Draco continuou e ela olhou para ele – Queria que continuasse assim.

Algo pairou no ar dando um duplo sentido a última fala dele.

— Acho que é tarde demais. – Hermione falou por fim.

Draco a encarou e a tensão novamente pairou sobre eles. Ele virou as costas e foi embora.

Menos de dez minutos depois, Harry voltou.

— Você o fez dormir? – ele parecia surpreso, enquanto se sentava.

— Acho que toda a sua maratona com ele do Largo Grimmauld até aqui o deixou cansado. – Hermione disse, concentrada na leitura de um dos pergaminhos da reunião de mais cedo.

— O que é isso aqui? – Harry perguntou e pegou a revista da mesa de Hermione, sendo mais rápido que a amiga, que tentou impedir – Você está na capa de uma revista de fofocas!

— Como se você também já não tivesse sido.

Harry deu de ombros. Ele era o Menino Que Sobreviveu e por mais que detestasse toda a fama que vinha com isso, era uma das capas favoritas dos meios de comunicação bruxos.

Harry abriu a revista nas páginas da matéria e franziu o cenho.

— Quem contou tudo isso? Quem sabe de tudo isso? – ele perguntou.

Hermione deu de ombros.

— Draco disse que foi Pansy Parkinson, mas não me disse o porquê. Não me importo.

Harry encarou Hermione desconfiado.

— Não se importa que a história de vocês dois tenha se tornando pública por mais que você tenha passado seis anos evitando falar de Draco Malfoy a todo custo?

— Só não tem nada que eu possa fazer. – ela suspirou, derrotada.

Se importava com tudo aquilo se tornando público sim, porque agora era só mais uma parte de si que teria que encarar a todo momento. Não aguentava encarar aquilo a todo momento e... Ela tinha que concordar com Draco em uma coisa: queria que aquilo fosse algo deles.

Harry observou a amiga mais algum tempo, antes de ficar de pé.

— Bom, tenho que ir. – ele disse – Não quero que Gina chegue em casa antes de nós dois. Muito obrigada, Mione.

Hermione sorriu para o amigo e observou ele e o afilhado indo embora acompanhados de alguns olhares curiosos, afinal, ele ainda era o Menino Que Sobreviveu.

Draco havia deixado alguns arquivos dos dias de Voldemort na mesa de centro da sala de Hermione. Ela tomou um banho, preparou um jantar simples e se sentou no chão da sala acompanhada de uma taça do vinho que Joe havia deixado ali alguns dias atrás.

Os arquivos eram tenebrosos. Eram fichas de diversos trouxas com a data em que foram capturados e o que haviam feito com eles. Muitos eram usados apenas de “exemplos” para que ninguém duvidasse do poder do antigo Lorde das Trevas e outros eram apenas diversão para aqueles que o seguiam e que valorizavam e se achavam tão superiores somente pela linhagem familiar.

Já havia terminado duas pastas e três taças de vinho. Não havia nada de importante ou relevante sobre a Marca. Aquilo a deixava totalmente desanimada, porque a cada minuto que ela estava ali sem descobrir nada era mais um minuto em que a Marca no braço de cada Comensal escurecia mais, mais Comensais se reunindo e trocando conhecimento.

Será que tudo aquilo poderia se tornar algo gigantesco como há seis anos? Ela esperava que não, porque uma guerra é mais do que suficiente para destruir tudo o que você gosta e tudo o que você é.

Abriu a última pasta, a menor de todas, e se surpreendeu por serem somente duas folhas e uma delas só com escritos. A primeira folha era um desenho detalhado da Marca Negra com duas anotações ao lado:

Macula. Primeiras tentativas: todos que foram marcados beberam do veneno de Nagini e o feitiço não teve efeito. Morreram. Preciso fortalecer a ligação do feitiço com a toxina. Como?”

“O SANGUE.”

Hermione ajeitou a postura e pegou a outra folha.

A Marca vai ser usada para chamá-los. Só eu poderei fazer isso, porque fui eu quem usei do feitiço na primeira vez, a Marca pertence a mim. Posso passar o poder a alguém, mas não confio inteiramente em ninguém atualmente e nunca confiarei. Melhorar a iniciação, sem a parte da tortura porque gasta o meu tempo e tenho mais coisas para planejar. O veneno de Nagini pode ser misturado ao sangue deles, mas tenho que deixar a ação local. Como?”

Hermione entendeu que aquelas anotações eram do próprio Voldemort, que estava lendo seus pensamentos e um arrepio percorreu sua espinha. Por mais que fossem poucas coisas, eram coisas suficientes. Talvez estivessem no caminho certo.


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Notas finais do capítulo

acredito que esse tenha sido um capítulo mais leve, mas não se esqueçam de me falar o que estão achando!

até mais :)



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