Dramione | Seis anos depois escrita por MStilinski


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

oi gente!

mais uma vez muito obrigada pelo feedback, fico muito realizada!

hoje acho que teremos um capítulo mais "morno" porque tem muitas coisas vindo pela frente...
LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR!!

e boa leitura :)



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A edição de domingo do Profeta Diário era sempre a mais importante da semana.

Trazia a programação de eventos bruxos para o próximo final de semana, além de um resumo das notícias mais importantes da semana que havia terminado e as principais notícias para um início de semana bem informado.

O rosto de Hermione era a capa da edição. Seguido da gigantesca manchete: Hermione Granger, nossa amada heroína, não está mais no Ministério! Potter e Weasley não quiseram comentar sobre o assunto!

Ela estava na cozinha de Draco, ainda com as roupas da noite anterior, depois de uma noite incrivelmente bem dormida, encarando o jornal sobre o balcão. Draco que havia lhe mostrado assim que ela entrou na cozinha, sendo a última entre eles a acordar.

Ele a encarava, esperando uma reação, enquanto mordia uma maçã, ainda apenas de calça, como havia ido dormir.

— O que a reportagem diz? – ela perguntou, encarando seu próprio rosto; ela não sentia a mínima vontade de ler aquela notícia, pois sabia que só a deixaria mais irritada com tudo o que estava acontecendo.

— Davies foi inteligente. – Draco disse – Disse que você pediu demissão porque queria abrir novos horizontes de conhecimento. Ele sabe que se dissesse que você havia sido demitida ninguém, inclusive o Ministro, acreditaria, afinal, você é Hermione Granger, ninguém acreditaria que você não faria um bom trabalho, mas todos acreditam que você é sedenta por novos conhecimentos.

— E eles foram atrás de Rony e Harry?

— Sim. Nenhum dos dois quis comentar.

— É claro que não. Eles não têm ideia do que está acontecendo, devem estar tentando me encontrar totalmente confusos. – ela disse, sentindo-se frustrada por não poder simplesmente falar com seus amigos.

Draco a observou alguns instantes.

— Sinto muito. – ele falou, por fim.

Hermione suspirou, sentindo-se incrivelmente irritada com tudo aquilo e ao mesmo tempo triste por deixar seus amigos naquela situação. Pegou o jornal e o jogou no lixo.

Eles ficaram em silêncio alguns segundos - Draco, sem tirar os olhos dela, e Hermione com uma incrível vontade de bater em algo, descontar tudo o que estava sentindo.

— Eu não tenho nem roupas! – ela exclamou, de repente se lembrando de um fato tão irrelevante que a irritou ainda mais.

— Não pode ir até a sua casa buscar, com certeza estão vigiando. – Draco jogou a maçã no lixo, exatamente em cima do rosto amassado de Hermione no jornal – Posso pedir minha secretária para comprar algumas roupas para você amanhã. Posso inventar uma desculpa para justificar o porquê de eu pedir a ela que compre roupas femininas.

Hermione bufou, a frustração a engolindo.

— Não tenho como te pagar por isso. – falou.

— Não precisa. – ele respondeu e começou a sair da cozinha.

— Onde vai? – ela perguntou, sem jeito por estar na casa dele, usufruindo do dinheiro dele, totalmente sem saber como agir.

— Preciso trabalhar em algumas coisas da empresa no escritório. Fique à vontade para comer o que quiser.

— O seu café da manhã foi uma maçã? – ela perguntou, incrédula. Hermione valorizava uma refeição bem feita.

Draco deu de ombros.

— Não costumo cozinhar.

— Você quis dizer que não sabe cozinhar.

Draco revirou os olhos.

— Eu quis dizer que nunca precisei aprender.

Hermione deu uma risada fraca.

— Mimado. – ela disse, as farpas começando a serem trocadas, afinal de contas, eles ainda eram Malfoy e Granger.

— Bom, contra fatos não há argumentos. – ele disse, dando de ombros e Hermione riu.

— Vou fazer alguma coisa para comer, posso fazer para você se quiser. – ela disse, tentando parecer totalmente segura de seus dotes culinários.

Draco a encarou com curiosidade antes de sorrir de modo sarcástico.

— Vamos ver se você realmente é boa em tudo o que faz. – ele disse e saiu da cozinha.

Ah, ela iria mostrar a ele que ela com certeza se dedicava o suficiente para ser boa em tudo o que fazia.

Teve que olhar em todos os armários da cozinha para entender como tudo ali era organizado, mas por fim conseguiu achar tudo o que era necessário para preparar ovos, bacon e salsichas, ainda encontrando algumas frutas para dar um toque final e depois fez uma boa quantidade de café para ambos.

Draco voltou a cozinha, surpreendentemente usando uma bermuda - mas sem esquecer o suéter preto, tudo muito monocromático -, quando ela terminava de passar o café.

— Tudo está cheirando... tão bem. – ele disse, sem esconder a surpresa.

Hermione se sentiu vencedora.

— Quer comer aqui? – ela perguntou.

— Ah, não. Malfoys não comem na cozinha. Vamos para a sala de jantar.

Ele a ajudou a levar tudo o que havia sido preparado para a sala de jantar bem ao lado e eles montaram a mesa. Draco se sentou na ponta da mesa e Hermione se sentou ao lado, pulando uma cadeira para não ficar tão próxima assim, já que tudo ali já parecia próximo demais.

Draco comeu um pouco dos ovos e depois do bacon e olhou para ela.

— Não está nada mal.

Hermione deu um sorriso orgulhoso e comeu um pouco. Depois de um tempo, perguntou:

— Por que você não tem ninguém para ajudá-lo aqui? Não imaginei que Malfoys fizessem tarefas domésticas.

— E não fazem. Tenho uma faxineira que vem pelo menos uma vez no mês.

— E quanto a comida?

Draco deu de ombros e bebeu um pouco do café.

— Eu tenho magia.

Hermione revirou os olhos.

— Não é mais fácil aprender a cozinhar?

— Não acredito que eu tenha os dotes para isso, já que, enquanto eu crescia, a cozinha era literalmente proibida, porque era o lugar dos elfos. Eu até pensei em ter um, mas depois das leis que você e Kingsley criaram eles se tornaram criaturas bem caras de se sustentar.

— Não me arrependo disso. São criaturas fantásticas, não mereciam o abuso que sofriam. E então você praticamente se alimenta através do uso da magia?

— Ou vou até a casa da minha mãe, ela tem alguns cozinheiros.

— E pensar que você já está perto dos trinta anos...

Draco riu e comeu um morango.

— Granger, nossas criações foram bem diferentes, acredite. Tenho certeza de que você dividia as tarefas com seus pais, mas, para os Malfoy, realizar qualquer trabalho doméstico era simplesmente humilhação, já que você pode pagar alguém para fazer isso. – ele disse, dando de ombros – Eu realmente não comia na cozinha até morar sozinho. Era sempre na sala de jantar, família reunida e a cozinha era o local dos empregados.

— Não é um pensamento muito agradável.

— Nunca disse que era.

Eles terminaram de comer em silêncio e quando Draco pareceu satisfeito, ele disse:

— Estava gostoso, tenho que admitir.

— Obrigada. – ela respondeu, com um sorriso vitorioso.

Eles tiraram a mesa e Hermione deixou a louça por conta da magia, a espuma e a água corrente fazendo seu trabalho sozinhos.

— Preciso continuar com o trabalho, mas fique à vontade. – Draco disse, deixando as duas xícaras sobre a pia.

Ele saiu da cozinha e Hermione ficou sozinha.

Ela olhou ao redor, o local desconhecido em que estava.

Se alguém lhe falasse, há algumas semanas, que estaria sob o mesmo teto que Draco Malfoy, porque novos Comensais estariam procurando por ela... Hermione definitivamente não acreditaria. Sua vida estava definitivamente mais conturbada e confusa do que há semanas e ela detestava isso, principalmente quando não conseguia fazer nada além de esperar.

E para Hermione Granger simplesmente esperar, não encontrando nada que conseguisse fazer era simplesmente...terrível. Ela não sabia direito o que sentia em relação a tudo aquilo porque sentia coisas demais.

Sentia-se um pouco amedrontada por toda a situação com os Comensais e por ela e Draco parecerem que não avançavam em absolutamente nada quanto a Marca Negra, mas, ao mesmo tempo, sentia a coragem e adrenalina correndo por suas veias, pronta para lutar, se fosse preciso, mas principalmente pronta para evitar qualquer novo desastre ao mundo bruxo, sabendo que dedicaria tudo de si na procura do que daria fim a Marca Negra. Apesar de tudo, sentia uma pressão gigantesca em cima de si, do mesmo modo que havia sentido há seis anos, mas era algo que em grande parte ela conseguia ignorar, pois sabia que se cedesse a esse peso não sairia do lugar para evitar qualquer erro e isso era algo que ela não poderia fazer.

Mas, acima de tudo, sentia-se angustiada. Ansiosa. E isso acontecia porque não podia empunhar sua varinha e ir proteger seus amigos, não podia contar com eles dessa vez, porque se aproximar deles nesse momento, mesmo que por poucos segundos, poderia ser o suficiente para comprometer a segurança de todos. Sabia que eles deveriam estar sendo vigiados, os Comensais esperando o momento em que Hermione apareceria ali para atacarem, mas ela não daria esse prazer a eles.

O que era frustrante. Não podia nem mesmo avisá-los de que estava bem e detestava saber que há alguns quilômetros dali, Harry, Gina e Rony estavam tentando entender o que se passava com Hermione, tentando entendê-la. Ela esperava que eles não se sentissem traídos, chateados com ela por Hermione não lhes ter dito nada... Afinal, ela não tinha a mínima ideia de que seria atacada na noite anterior, não teria como mandar um aviso prévio aos amigos.

Definitivamente era uma péssima situação. Ela se sentia irritada por não poder fazer nada quanto aos amigos, mas pelo menos tinha algo que poderia fazer para tentar acabar com aquela situação o mais rápido possível: acabar com a Marca.

Hermione saiu da cozinha e foi em direção ao porão. A porta do escritório de Draco estava fechada e ela achou melhor não o incomodar; ele iria até ela quando pudesse, mas ainda tinha obrigações com a sua empresa e ela entendia isso.

Ao chegar no andar mais baixo da casa, ela colocou o caldeirão no canto da mesa e foi até o gaveteiro ao final do cômodo, encontrando alguns pergaminhos e uma pena com tinteiro e se sentou. Por um momento, sentiu-se em Hogwarts de novo, como se estivesse pronta para estudar para uma das provas de Transfiguração e deu um sorriso com a lembrança; apesar de tudo, eram tempos mais fáceis.

Respirou fundo e começou a anotar tudo o que sabia e fazia sentido em sua cabeça em um dos pergaminhos.

O feitiço que havia criado a Marca era um feitiço Tantum, feitiços que se tornam posse da pessoa que o usar primeiro, mas como passar a posse de tal feitiço para outra pessoa, como aparentemente era o que havia acontecido? Todos os Comensais eram ligados a Voldemort pela Marca e a Marca era uma parte do Lorde das Trevas por ter sido feita com o veneno de uma horcrux, parte de sua alma... E, acima de tudo, toda a ligação se afunilava em um só ponto: o sangue.

Então a posse do feitiço poderia ser relacionada ao sangue também? Ou seria demais? Uma oferta de sangue era algo até mesmo assustador, mas parecia normal dentro do ciclo de Voldemort, então talvez fosse possível.

Tinha tantas perguntas e tão poucas respostas. Precisava entender melhor como esse feitiço funcionava, precisava confirmar suas teorias sobre a ligação de Voldemort com a Marca e para isso precisava que Draco se lembrasse. Como seria possível que ele não se recordasse de nada sobre como havia recebido aquela Marca? Será que sua memória havia sido roubada?

Tantas perguntas...

Hermione não tinha ideia de quanto tempo havia ficado sentada naquele cômodo abafado e escuro, fazendo anotações e rabiscos em pelo menos quatro pergaminhos, mas já havia tirado o seu suéter, ficando apenas de camiseta e estava com o cabelo preso em um coque, o jeito mais confortável para estudar na sua concepção.

Ela batia a ponta da pena repetidamente sobre a mesa, como se esperasse que uma resposta para todas aquelas questões caísse dos céus.

— O que está fazendo? – a voz de Draco surgiu e Hermione deu um pulo na cadeira.

Ela levantou os olhos para ele assustada e Draco a observava com um sorriso irônico, apoiado no corrimão da escada.

— Por Merlin, deveria ter avisado que estava chegando! – ela disse, ainda com o coração acelerado pela surpresa.

— Eu tentei avisar. Te chamei por vários minutos da porta, mas você simplesmente não escuta quando está concentrada.

Hermione suspirou.

— Estou tentando entender tudo isso. – ela disse, correndo os olhos pelos pergaminhos anotados.

— E teve algum sucesso?

— Não exatamente. Precisamos saber mais sobre Feitiços Tantum. Tem algum livro sobre isso aqui?

— Não. Na casa da minha mãe tem, posso ir até lá amanhã. Falando nisso, perguntei a ela sobre o colar de Bellatrix.

Hermione assentiu, olhando para ele, mostrando-o que estava atenta ao que ele dizia.

— Ela disse que foi Voldemort quem deu o cordão a ela. – ele continuou – Disse que quando foi testemunhar sobre a relação dos dois e disse isso ao Ministro, Kingsley simplesmente decidiu destruir o colar e o fez na frente dela.

Hermione bufou.

— Então não tinha nada com ela. – falou.

— Aparentemente não. Mas o que você disse faz sentido. – Draco foi até a parede onde todo o material que eles tinham estava colado – Voldemort estava em fase de testes e descobertas quando fez essas anotações. Ele deve ter anotado algo mais, pelo menos para manter o fluxo de raciocínio.

Hermione olhou para os pergaminhos que havia passado um bom tempo trabalhando e então olhou para Draco de novo.

— Tom Riddle tinha um diário. – Hermione falou, as engrenagens de seu cérebro trabalhando a toda velocidade – Era uma horcrux, mas não deixava de ser um diário. E se Voldemort tivesse isso?

— Pode ser. Mas onde estaria agora? Ele teria que confiar a alguém...

— Jackson. – Hermione o interrompeu. – Só pode estar com ele. Se realmente é ele quem fez a Marca voltar, com certeza é ele quem tem a maior parte das informações sobre isso. Talvez Voldemort o tenha deixado esse diário como uma espécie de guia. Quão confiável Jackson era?

Draco deu de ombros.

— Não conheci ele muito bem. Jackson é um Comensal antigo, desde a primeira queda de Voldemort. Ele nunca foi descoberto naquela época então continuou livre até Voldemort retornar. Ele era do ciclo mais próximo, como meu pai e... – Draco olhou para a lista onde ele havia anotado os nomes que estavam riscados na lista de Davies – Todos esses. Não sei como não reparei isso antes. Todos esses são do ciclo interno. Pelo menos o que sobrou dele, já que muitos morreram na batalha.

— Então Jackson contatou somente os do ciclo interno e ele com toda certeza tem as informações sobre a Marca, mas Voldemort não parece o tipo de pessoa que confiaria tudo a uma pessoa só. Pense bem, ele dividiu a sua alma no maior número que conseguiu.

— Talvez esteja com todos eles. Se Voldemort deixou um guia sobre a Marca para os comensais do ciclo interno, ele confiou a todos eles.

— Para ter certeza de que pelo menos um faria.

Draco assentiu.

— Bom, chegamos a algum lugar. – Hermione falou, olhando para a parede onde estava o material – Ao mesmo tempo não chegamos em lugar nenhum. Se eles têm um guia, quer dizer que sabem muito bem o que fazer. Nós não temos nenhum guia.

— Aparentemente meu pai tem. – Draco falou, olhando para a lista com o nome de Lúcio bem acima no papel.

Hermione ficou em silêncio. O assunto “pai” para Draco era totalmente delicado e ela nunca sabia se podia realmente falar algo, se Draco queria que ela dissesse algo. Era como pisar em ovos.

— Vou vê-lo em Azkaban. – Draco disse, de repente, e seguiu em direção a escada.

— Ei, ei, ei! – Hermione exclamou, segurando o pulso dele para impedir que Draco desse mais um passo; o rosto dele estava vermelho como fogo – E o que você vai dizer? Que descobriu que Voldemort deixou algo para ele sobre como tomar posse da Marca e usá-la como comunicação e quer saber onde está para acabar com isso? Vão saber que você sabe demais e que está envolvido em tudo!

Draco se soltou das mãos dela e andou até o outro lado do porão. Passou as mãos pelo cabelo tão enfurecidamente que os fios ficaram todos para cima, arrepiados. O ambiente ficou tenso e Hermione esperou Draco dizer alguma coisa, mas ele continuou em silêncio.

— Precisamos ser cautelosos, Draco. – ela começou, com cuidado – Já sabem que eu estou envolvida nisso, com certeza vão estar de olho em todos com quem acreditam que eu possua qualquer relacionamento. Vão ficar de olho em você, ainda mais depois de estamparmos uma capa do Profeta Diário juntos, depois de descobrirem que já nos relacionamos antes. – ela se aproximou – Se eles tem esse guia, com certeza estão na nossa frente por saberem como agir. Mas não estão obtendo tanto sucesso, porque há dias a Marca não escurece mais, certo? Feitiços Tantum são extremamente poderosos, delicados e difíceis. Voldemort era um bruxo muito poderoso, era mais fácil para ele. Para esses Comensais, nem tanto, por isso estão unindo forças. Para tentar entender o funcionamento de tudo isso, para saberem como usar. Vamos ter que descobrir tudo isso sozinhos.

Hermione continuou com os olhos em Draco, esperando alguma reação. Depois de alguns minutos, Draco apenas assentiu.

— Certo. – Hermione continuou – Primeiramente, precisamos descobrir mais sobre esses feitiços, entender o funcionamento completo deles e então saberemos melhor como agir. Mas realmente precisamos descobrir como Voldemort passava essa Marca para os Comensais.

— A iniciação.

Hermione assentiu.

— Vou tentar fazer uma poção mais forte, pesquisei sobre isso na empresa. – Draco disse, parecendo um pouco mais calmo – Tentarei encontrar alguns livros de feitiços na casa da minha mãe amanhã e vou tentar descobrir sobre esse guia, por mais que para isso eu não tenha que ir a Azkaban.

Era o melhor que ela conseguiria vindo de alguém tão teimoso quanto Draco.

— Certo. E talvez... Talvez vamos precisar de mais um frasco de sangue. – ela disse, receosa.

Havia pensado nisso por todo o tempo em que esteve ali embaixo. Pelo menos mais um frasco de sangue para testar o que forem encontrando, para tentarem analisar a hemotoxina que corria pela Marca.

— Pensei quando chegaria a essa brilhante conclusão. – Draco disse, passando por ela e indo até o gaveteiro.

Hermione revirou os olhos.

— Só estava tentando evitar que você quase morresse novamente, mas aparentemente você não se importa tanto com isso. – Draco olhou para ela irritado enquanto a entregava a seringa. – Nagini é de uma espécie desconhecida, talvez nem mesmo apenas uma cobra, então não vamos encontrar um antídoto para isso. Logo, precisamos encontrar um modo de reverter o feitiço. Pensei que poderíamos usar o sangue para isso, para testar o que formos encontrando, mas vamos tentar racionar.

Draco deu de ombros e se sentou na cadeira onde Hermione estava, estendendo o braço com a Marca. Hermione respirou fundo, olhando para o antebraço dele. Pediu a qualquer entidade superior que ele não morresse e então ajeitou o torniquete e colocou a seringa. Retirou uma boa quantidade de sangue negro e então fechou o frasco.

Olhou para Draco. Ele parecia bem tranquilo, a expressão indiferente no rosto, como sempre.

— Como se sente? – Hermione perguntou, tirando o torniquete do braço dele.

— Bem. – ele deu de ombros – Eu sabia que não ia morrer.

Hermione colocou a mão na testa dele, confirmando que a temperatura já havia subido assustadoramente.

— Você já está com febre. – ela disse e foi até o armário buscar a poção e entregou a ele.

Draco bufou como um garotinho irritado, mas virou a poção de uma só vez. Hermione esperou mais alguns segundos e colocou a mão na testa dele novamente.

— Está diminuindo. – ela disse, surpresa; esperava realmente alguma reação pior.

— Eu te disse que não ia morrer. – Draco disse isso com um irritante e típico sorriso de lado nos lábios.

Hermione revirou os olhos.

— Precisamos fazer a poção para você tentar lembrar. – ela falou, guardando o frasco com o sangue dele na cristaleira.

— Estava ansioso por isso. – Draco sorriu e ficou de pé, começando a pegar todos os ingredientes para a poção da memória.

Hermione ficou o observando, como se esperasse que a qualquer momento ele fosse começar a tossir sangue, como da outra vez. Mas Draco parecia bem, totalmente concentrado no preparo da poção, algo que ele genuinamente parecia gostar de fazer. Talvez ele só não pudesse perder muito sangue; mais sangue retirado da Marca, mais força perdida, mais reações no corpo. Reação em cadeia.

Depois de pouco mais de vinte minutos, Draco filtrou a poção alaranjada e a colocou em um frasco vazio. Ele se sentou e Hermione puxou a outra cadeira e se colocou na frente dele, um tanto quanto ansiosa.

Draco a encarou e ela assentiu, tentando lhe mostrar coragem e então ele bebeu toda a poção de uma só vez.

Hermione continuou o observando, enquanto a cabeça de Draco pendia para trás e os olhos dele se fechavam. Ela esperou. Esperou. Esperou.

E então Draco começou a gritar.


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Notas finais do capítulo

bom, algo definitivamente não deu certo nessa poção! haha

bom, gente, um pequeno aviso: estou com um leve bloqueio criativo. acho que a quarentena realmente está começando a afetar minha cabeça (hahaha) e isso está me deixando com um pequeno bloqueio quando sento para escrever. nada muito sério, tenho alguns capítulo adiantados, mas talvez eu dê uma pequena atrasada para postar quando não tiver mais capítulos prontos, mas estou tentando escrever um pouco todos os dias porque é muito importante para mim o quanto vocês estão gostando e acompanhando a fic!
estou dando meu máximo para que não tenha nenhum atraso e que eu continue nessa rotina de postagem (dia sim, dia não), mas caso eu dê pequenos atrasos, já sabem o motivo, mas juro que vou tentar não deixar isso acontecer! mas ao mesmo tempo não quero escrever "forçada" e acabar arruinando a história :(

espero que entendam! mas estou tentando não atrasar e o que vale é a intenção também, né? haha

muito obrigada mais uma vez por todos os comentários e vejo vcs logo logo! ♥



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