Cinderella escrita por Alina Black


Capítulo 54
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Pov Bela



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O mar estava calmo.

Me encostei na proa olhando para o horizonte, o vento frio tocou meu rosto e quase de imediato fechei o casaco tentando me manter aquecida, havíamos passado o dia em alto mar e a ansiedade de finalmente estar voltando para casa havia me tirado o sono.

— Parece que essa noite o sono nos abandonou! A voz de meu pai me tirou de meus pensamentos, virei meu corpo buscando olhá-lo e então ele se aproximou com duas grandes canecas em ambas as mãos me entregando uma. – A quanto tempo não tomávamos café?

Sorri para Charlie pegando a xicara de sua mão e como sabia que o líquido não permaneceria quente por muito tempo tomei um gole voltando a virar de frente para o mar.

—Ainda não acredito que estamos voltando! Murmurei voltando a tomar um gole do café.

Charlie se aproximou se colocando ao meu lado e tomou um gole de seu café, em seguida me olhou com o canto dos olhos – É somente a ansiedade da volta que está tirando seu sono, ou a notícia do noivado?

Suspirei tomando outro gole da bebida que começava a ficar morna – Me conhece melhor do que ninguém.

— Bela, eu também estou tão surpreso quando você, mas, eu não quero me precipitar!

— Ela acaba de completar 17 anos.

— Bom na verdade ela fará 18 em poucos meses, estamos a quase um ano longe de casa!

Bufei.

— Eu não posso aceitar isso, os planos eram, faculdade, cursos, viagem, profissão...

—De quem eram esses planos, dela ou seus?

—Você está de acordo com isso? Perguntei o encarando, Charlie torceu os lábios e voltou a olhar para o mar.

— Mesmo que eu desaprove o que deseja que eu faça ou diga? Que a proíba? Por acaso eu a proibi?

— Não é a mesma coisa...

— Claro que não é! Charlie respondeu – Quando você me disse estar grávida eu não sabia o que fazer, me senti culpado, me perguntei diversas vezes onde eu havia falhado...

— Você ficou quatro meses sem conversar comigo! O interrompi.

— Porque me sentia culpado, à medida que sua barriga crescia e a via trabalhar duro, que ouvia seu choro pelo cansaço.

—Pai eu...

—Bela, você criou Renesmee sozinha porque aquela mulher tinha exatamente os mesmos pensamentos que está tendo agora.

Olhei para Charlie incrédula – Espera aí, está me comparando com Elizabeth?

— Não! Charlie respondeu – O que estou tentando dizer é que ela tinha o mesmo discurso, e o resultado foi uma criança crescendo sem pai!

—Você tem ideia do que está me falando Pai? É minha Filha? Você quer que eu aceite isso de forma simples? Ela é uma menina.

— Bela, eu não quero que aceite nada, eu só quero que não tome decisões precipitadas,  quero que espere, que conheça o rapaz, eu prometo a você que se ele não for alguém bom para ela eu mesmo o ponho para correr, ainda sei atirar!

Dei um sorriso e voltei a olhar para o mar – Eu não sei.

— Bela, se passaram muitos meses, não sabemos o que aconteceu com ela e nem o quanto esse rapaz significa para ela, não podemos voltar e simplesmente proibi-la.

— Eu sei! Suspirei – Eu só não quero que ela sofra como eu sofri.

Charlie sorriu e carinhosamente colocou um dos braços em volta do meu corpo me abraçando – Nós não queremos.

Me ajeitei em seu abraço e o olhei – Será que ele é bom? Será que ele a ama?

— Isso só podemos saber quando chegarmos, mas uma coisa eu tenho certeza.

— O que? Perguntei ainda o encarando.

— Se ele tiver o mesmo caráter de Billy, Nessie está em boas mãos!

Sorri sentindo os lábios de Charlie em minha testa, a temperatura caiu ainda mais nos fazendo ir para a cabine e tentar dormir, ainda fiquei um tempo acordada até finalmente o sono conseguir me vencer.

Acordei com alguns raios de sol invadindo a cabine, olhei para o colchonete de Charlie, mas estava vazio, o frio havia aumentado então peguei um cobertor cobrindo meu corpo e me levantei saindo da cabine.

— Bom dia senhora Swan!  Rogers falou animado.

— Bom dia! Respondi dando um leve sorriso, olhei para o lado e Charlie conversava com os outros tripulantes parecia que o assunto estava interessante, voltei minha atenção a Rogers - Falta muito para chegarmos?

Rogers sorriu – Não! Acabo de mandar uma mensagem ao porto de Panny, chegamos amanhã pela manhã!

Dei um sorriso largo, faltava pouco.

Como não havia muito o que fazer eu decidi cozinhar, apesar de estar em um barco cheio de homens nenhum deles me tratou de forma desrespeitosa em momento algum e fizeram uma grande festa por terem tido um almoço bem feito pela primeira vez em suas vidas, quando novamente o sol de pôs a ansiedade voltou a me dominar, faltava pouco, mas ao contrário da noite anterior, eu decidi dormir.

— Bela...

— Bela acorde, estamos chegando.

A voz de Charlie era eufórica, sentei sobre o colchonete de forma apressada levando ambas as mãos ao rosto e novamente coloquei o casaco me levantando, Charlie saiu da cabine e eu o segui, Rogers estava bastante animado e comemorava com os demais tripulantes algo que não compreendia o que era.

Caminhei para a proa e observei que o porto começava a ficar cada vez mais próximo, um sorriso dominou meu rosto quando mesmo de longe avistei um casal sobre a ponte de madeira e à medida que nos aproximávamos a emoção me dominava.

O barco finalmente atracou e Rogers me ajudou a sair, lentamente eu caminhei sobre a ponte de madeira indo ao encontro dela.

Mas ela correu ao meu encontro e seus braços envolveram meu pescoço, a abracei forte e fechei meus olhos pedido que aquilo não fosse novamente um sonho, e não era, era real.

— Mamãe! Nessie sorriu enquanto as lagrimas rolavam em seu rosto, passei ambas as mãos em seu rosto, ela estava tão linda, tão diferente de quando eu havia visto pela última vez – Eu senti muito a sua falta! Ela falou voltando a me abraçar.

— Eu também minha princesa, também senti sua falta! Murmurei voltando a fazê-la olhar para mim – Você está tão linda, você, cortou o cabelo! Falei beijando sua testa.

Nessie sorriu e seu olhar se voltou para o rapaz que lentamente se aproximou dando um sorriso.

— Você deve ser Jacob Black!

— Seja bem vinda Bela! Ele falou de forma gentil.


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