Cinderella escrita por Alina Black


Capítulo 53
285 dias


Notas iniciais do capítulo

POV Bela



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Como todos os dias desde aquela madrugada, fiz um novo risco na madeira da cabana, Charlie se moveu em sua cama, mas não acordou, enquanto eu saia estranhando a movimentação vinda da praia.

Um sorriso surgiu em meu rosto e então corri em direção a praia, o som do barco era o som da esperança de finalmente voltarmos para casa.

— Nos encontraram bela, nos encontraram!

Mary uma das sobreviventes gritou me dando um abraço, enquanto os marinheiros saiam um por um daquele barco.

— Sim, mas não acho que eles possam levar a todos nós, é um barco pequeno!

— Bela, fomos encontrados, é questão de dias para que mais barcos venham nos resgatar, vamos rever nossas filhas! Ela falou de forma emocionada.

Mary tinha razão, estávamos a exatos duzentos e oitenta dias naquela maldita ilha, muitos não havia sobrevivido e a parte mais difícil foi enterrarmos os corpos que chegavam a praia, mesmo todos os passageiros tendo saído do navio muitos haviam sido levados pelo mar agitado e em meio ao desespero e a fome se jogado ao mar.

Mesmo presos a tanto tempo naquela ilha nós tivemos sorte.

— Finalmente nos encontraram!

Charlie falou ao meu lado, dei um sorriso e deitei a cabeça em seu ombro enquanto sua mão acariciava meus cabelos – Vamos para casa pai!

— Vamos! Ele respondeu sorrindo.

Os marinheiros reuniram a todos na praia, muitos estavam doentes, e como não havia lugar suficiente para todos nós fizemos uma votação e decidimos que seriam socorrido primeiro os doentes e idosos, eu insisti para Charlie ir, mas ele se negou, disse que de forma alguma me deixaria sozinha na ilha.

Decidi não insistir, meu pai estava sendo apenas pai.

Enquanto os idosos, crianças e doentes embarcavam, eu olhava fixamente para o mar, meus pensamentos estavam em uma única pessoa, Renesmee, meu coração apertava em não saber como ela estava, se estava bem, o desespero me dominou por alguns minutos e então me aproximei de um dos marinheiros.

— Deseja algo senhora? Ele perguntou de forma gentil.

— Será que poderia me fazer um grande favor, eu tenho uma filha, eu preciso que ela saiba que estou viva.

— Senhora não posso prometer nada, mas tentarei! Ele respondeu - Como se chama?

—Isabella Swan! Respondi.

— Certo, Isabella, eu vou anotar os dados da sua filha e tentar localizá-la! Ele respondeu, porém antes que ele pudesse fazer o que havia prometido o seu superior o chamou, o marinheiro me pediu para aguardar e então entrou no barco.

Me sentei na areia observando pouco a pouco a fila de sobreviventes diminuir, o sol começava a se por quando finalmente eles terminaram e então eles partiram.

— Você passou o dia aqui! Charlie falou sentando-se ao meu lado e me entregou uma pequena marmita – Você não se alimentou o dia todo.

— Comida de verdade! Sussurrei pegando a marmita de sua mão.

—Eles deixaram comida para uns cinco dias, foi o prazo que nos deram para retornarem.

— Tudo que mais queria era estar naquele barco, poder retornar e ver a minha Nessie! Respondi sentindo que meus olhos começavam a encher de lagrimas.

— Sei o quanto esta preocupada com minha neta filha – Charlie falou passando um braço em torno do meu corpo – Eu também estou, e não é que Renesmee não seja esperta, mas porque você a deixou com Maeve.

— Maeve que não se atreva a fazer mal a minha filha! Respondi deixando a comida de lado.

— Se tivesse contado a verdade ao pai...

—Se eu tivesse contado a Edward? Dei uma pausa – Pai eu não sei...

— Bela, ela é uma cópia dele, você conseguiu me esconder que ele era o pai até ela começar a crescer e se parece tanto com o Cullen.

Olhei para Charlie e suspirei, por mais que isso me aborrecesse ele tinha total razão, Nessie sempre foi uma menina justa e madura, já havia passado da hora de saber a verdade sobre a sua história e dessa forma me livrar das chantagens da minha tia.

— Eu vou contar a ela! Respondi – Assim que voltar para casa, Nessie saberá que Edward é o pai dela.

— É uma decisão sensata! Ele falou pegando a colher e levando uma quantidade de comida a boca fazendo uma cara de satisfeito – Nossa, não lembrava mais o gosto de um bife temperado.

Baixei a cabeça e ri pegando minha marmita e comecei a comer, como começava a esfriar Charlie pegou alguns galhos e fez uma fogueira, saber que em poucos dias voltaríamos para casa havia nos deixado tão ansiosos que não conseguimos dormir naquela noite.

E mais três dias se passaram...

— BELLAAAA!

Mary entrou em nossa cabana eufórica, Charlie deixou sobre a mesa alguns peixes que havia pescado com alguns amigos que havia feito, e lançou um olhar curioso sobre ela.

— O que foi? Perguntei.

—Espera! Mary curvou o corpo colocando ambas as mãos nos joelhos puxando o ar, olhei para Charlie e ri, e alguns segundo após de recuperar ela finalmente ergueu o corpo finalmente falando o motivo de tanta euforia.

— Um barco acabou de chegar, eles estão procurando por vocês dois!

Charlie e eu trocamos olhares e imediatamente saímos em direção a praia, como esperado todos começavam a se reunir, o mais estranho era o fato de não se tratar de uma das embarcações da marinha.

Assim que Charlie e eu nos aproximamos do barco o homem desconhecido sorriu olhando para um papel que tinha nas mãos, em seguia deu alguns passos vindo ao nosso encontro.

— Vocês são os Swan’s não são? O homem perguntou sorrindo me mostrando o que tinha em mãos, era uma foto que havíamos tirado no natal passado quando Charlie passou conosco.

— Sim! Respondi pegando a foto de suas mãos e sorri olhando Nessie.

— Então preparem as malas, viemos buscá-los! O homem respondeu de forma animada.

— Como assim vieram nos buscar? Quem os mandou? Charlie perguntou desconfiado.

— Há claro! O homem sorriu pegando algo no bolso e me entregou, era um envelope, Charlie me olhou franzindo o cenho enquanto eu pegava o envelope da mão do homem que em seguida se apresentou – Eu me chamo capitão Rogers, e fui contratado para leva-los de volta a Camy, será que podem se apressar, pretendo cortar o oceano antes da tempestade! Ele falou de forma animada e os outros homens que o acompanhavam sorriram.

Olhei novamente para Charlie e ao abrir o envelope constatei que era uma carta, enquanto o homem falava eu comecei a ler atentamente.

Isabella;

Eu me chamo Jacob Black, os homens que acabaram de chegar à ilha onde estar foram contratados por mim e por Renesmee para buscá-los por isso não se preocupe e podem viajar tranquilamente com eles pois estarão seguros.

Sei que está preocupada com Nessie, não se preocupe ela está bem, espero que tenham uma boa viagem de retorno, Nessie e eu estaremos a espera de você e Charlie no porto de Panny, desejo que tenham uma viagem tranquila de retorno, confio em Rogers para isso.

Até breve.

Jacob.

Quando terminei de ler a carta dei um largo sorriso voltando a olhar para o homem que se chamava Rogers – Quem é Jacob Black?

— Black? Charlie me olhou surpreso.

— Sim, essa carta foi escrita por Jacob Black, ele não é aquele filho do seu amigo...

— Sim de Billy! Charlie respondeu – A última vez que o vi ele era um menino, tinha no máximo uns 8 anos foi antes de perder meu posto em Bruges! Charlie respondeu.

— Estou confusa! Sussurrei – Como ele conhece Renesmee?

— Olha senhora, eu estou com pressa, tudo que posso dizer é que ele se apresentou como noivo de sua filha e pediu para vir buscá-los! Rogers respondeu.

— O que? Como assim Noivo?

— Bela, vamos aproveitar a carona e voltar para casa, tenho certeza de que Renesmee terá uma explicação para isso!

— Eu espero que ela tenha mesmo! Respondi a Charlie e após pedir alguns minutos a Rogers voltamos para pegar nossas roupas.

— Parece que a notícia sobre Nessie está noiva não te agradou! Charlie falou colocando o casaco que havia usado no dia em que naufragamos.

— Vai levar apenas isso? Perguntei.

— Não mude de assunto.

—Renesmee e só uma menina, nunca teve um namorado, como pode estar noiva?

— Bela, só vamos saber quando voltarmos, enquanto isso não tire conclusões precipitadas, ou não confia na sua filha?

Olhei para Charlie em silencio e peguei meu casaco, não havia muito o que levar da ilha, saímos da cabana e após nos despedirmos dos amigos finalmente embarcamos.

Era hora de voltar para casa.


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