Me Encontre escrita por SouumPanda


Capítulo 14
Nossos Votos, eu te aceito e vou te amar John




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Eu estava usando uma camisola de alças finas de seda, branca. Olhava a movimentação no jardim de casa, sendo colocada a decoração para o casamento, me peguei alisando por instantes a barriga. Quando a porta do quarto se abriu John entrou com riso cordial vindo em minha direção e beijando carinhosamente minha testa. Fechei os olhos com o coração apertado e quando nos olhamos sorri ternamente.

— Está tudo bem? Sentindo algo? – Ele perguntou em tom terno que me fez sorrir, mordi o lábio, meu coração tinha dúvidas sobre o rumo e a proporção que tudo estava tomando, afirmei com a cabeça pressionando os lábios. – Minha missão em vida será fazer vocês felizes.

— Você é incrível. – Minha voz rouca e emotiva saiu baixa. – Preciso me arrumar e você não pode me ver até lá. – Eu disse secando a lagrima que escorria pelo rosto, vi John sorrir e afirmar. Ele segurou meu rosto gentilmente selando nossos lábios e saiu do quarto. Vi minha discreta barriga ali, já era visível que tinha um serzinho dentro de mim, já podia sentir sua agitação como ele sentia tudo que eu estava passando. Coloquei o hobby sobre a camisola, amarrando e deixando solto para disfarçar a barriga. Quando o maquiador terminou a maquiagem a porta tornou a se abrir, estava com bobs na cabeça, vi meu pai parado, vestido. Desde que terminei com Caleb, nunca mais tinha visto ele. Tentei não chorar, mas ele veio em minha direção e me abraçou, lagrimas escorriam pelo meu rosto. O abraço do meu pai era reconfortante, a tempos não me abraçava assim. Quando ele me viu ali, me analisou e notei que seus olhos estavam lacrimejados e um riso satisfeito no rosto. – Estou feliz que esteja aqui.

— Estou feliz de estar aqui, quando recebi o convite não acreditei no que li. Tinha que ver com meus próprios olhos. – Ele dizia sorrindo. – O que está acontecendo Zoey? – Ele me direcionou para a cama se sentando nela comigo. – Fico feliz que vá se casar com John, mas assim, do nada?

— Tem coisas que são difíceis de te explicar, levaria tempo. – Eu disse secando as lagrimas que nesse momento tirava toda a maquiagem pronta. Tentei explicar da forma mais crua possível, o porquê disso tudo. Meu pai acima de todos tinha que saber. Ele sempre quis me proteger, então me protegeria do erro dele. Após explicar tudo que estava ao alcance ele abriu um sorriso me abraçando de forma reconfortante.

— John sempre foi um cara incrível, e gostou muito de você. E isso prova isso. – Ele secava minhas lagrimas me fazendo sorrir. – Esse bebê será mais amado e protegido do mundo, isso te garanto e não tem nada nesse mundo que faça Caleb descobrir a não ser sua vontade. – Apenas afirmei e não conseguia parar de sorrir, ter meu pai ali era tudo que meu coração precisava para ter paz e tranquilidade. – Agora se troque, te espero lá embaixo. – Meu pai beijou minha testa saindo do quarto, precisei de alguns segundos para me recompor. Tornei a retocar a maquiagem, terminei o cabelo e Angelina me ajudou a colocar o vestido, quando estava pronta Peyton, Ellie vieram me ver, vestidas com seus vestidos rosê de madrinhas, elas estavam emocionadas, logo Harper entrou também sorrindo encantada ao me ver.

— Pronta para ser meio britânica? – Ellie disse em bom humor, puxei todo ar que podia e sorri o soltando aos poucos.

— Vamos? – Eu disse e elas afirmaram, descendo um pouco antes de mim. Minhas madrinhas sendo apenas as duas junto de Liam e Hunter que estavam com seus smokings pretos. Meu pai me esperava no final da escada, com olhos marejados, respirei muito para não chorar, quando ele me beijou ternamente e me ajudou ir para o jardim. Eu travei antes de virar indo para o jardim, Peyton e Ellie tinha entrado e todos me aguardavam. Isaac entrou com Johanna e meu coração entrou em arritmia e uma vontade de vomitar tomou meu corpo, engoli o vomito entalado na garganta.

— Está tudo bem? – Meu pai questionou vendo meu olhar de pânico, o que eu estava fazendo? Tenho que terminar logo com isso e sumir dessa cidade.

— Claro, só ansiosa. – Eu disse forjando o sorriso e caminhando em direção a passarela, todos se levantaram. Escutei a marcha tocar, vi Annabelle me olhando emocionada, mas distante, John estava radiante no final do corredor, respirei fundo e abri um sorriso terno, o vendo ali. Eu tinha sorte, ele queria isso comigo, um filho que não era dele, ele me quis mesmo assim, ele é lindo, de boa família, diplomata, banqueiro, tem um bom coração, é um excelente amigo e amante e está apaixonado por mim e vai amar meu filho, eu tinha muita sorte, tenho que me agarrar a isso. Quando parei diante do altar, John beijou demoradamente minha testa e senti a paz que o momento pedia.

— Vocês escreveram seus votos? – O juiz pediu e ambos afirmamos, mas eu tinha esquecido, o pânico emundou meu coração e senti a ansiedade em ter que falar algo decorado ao ver John desdobrando o papel do bolso. – John, pode começar. – John segurou uma de minhas mãos e sorriu cordialmente.

— Zoey, desde que nos conhecemos em Londres na adolescência meu primeiro pensamento foi, vou me casar com essa garota. Ver você com seus olhos azuis, sua bochecha rosada e seu sorriso me fez se apaixonar a primeira vista. Mas conhecendo seu coração, sua bondade e compaixão por todos a sua volta me fez amar você. Ter que se despedir de você naquela época foi doloroso, eu mesmo não acreditava que tinha que dizer adeus para a pessoa que amava e fingir que estava tudo bem com aquilo. Com o passar dos anos, eu sentia que estava tudo bem, até quase me casei com outra pessoa. Mas sabe quando você sabe que não é para ser? Você sente o universo querendo te dar um sinal ao fazer as coisas darem errado? Aquela noite que te vi na boate, eu cheguei lá com o coração carregado de amargura, sem razão para querer viver, tudo caminhava para dar errado na minha vida pessoal. Mas te vi lá, dançando. Não podia ser algo ao acaso, tinha que ser o destino. Após anos, o seu amor está ali, dançando meu coração sabia, mesmo você não sabendo, mesmo não importando que naquele momento você não estivesse disponível. Tudo caminharia para esse momento, como caminhou. Depois tudo foi tão rápido, tudo foi tão intenso, tudo foi tão a gente que era quase impossível não ser predestinado como foi. Eu quero te amar daqui para onde a vida nos enviar, quero ter a família mais linda que puder com você, quero ser seu amigo, seu companheiro e seu amor. Mesmo que passemos uma vida junto não sei se será suficiente para traduzir tudo que sentia e sinto por você neste momento, apenas quero dizer que te amo e que meu coração é seu, para sempre seu. – Quando John terminou seu voto, as lagrimas escorriam pelo rosto incansavelmente, todos estavam emocionados, até Annabelle que se mostrou contra meu casamento. Eu queria beijar John, eu sentia o amor dele, e aquilo me fazia ter forçar e encarar seja o que estivesse a frente.

— Bom, depois desse voto, qualquer coisa que eu falar será irrelevante. – Comecei brincando, todos riram em meio as lagrimas, respirei fundo apertando levemente a mão de John. – Você sempre foi bom nas palavras, melhor que eu. Mesmo quando se conhecemos na adolescência você sempre soube a coisa certa a falar e fazer. Nunca imaginei que o cobiçado garoto do colégio quisesse algo comigo, a estrangeira. – Sorrimos um para o outro. – Você me abriu a um mundo de possibilidades, você me ensinou o amor puro e fraterno. E me deu a primeira decepção amorosa, por sermos novos e não podermos se casar com 15 anos. – Todos riram. – Porque tudo que eu queria naquele tempo era ficar com você, tudo que uma garota de 15 anos que sente tudo intensamente é ficar com seu primeiro namorado para sempre. E quando te vi depois de anos, vi que continuava o mesmo cara, só que com mais altura e músculos. Mas com o mesmo sorriso, coração e brilho nos olhos. Com o mesmo amor, cuidado ao próximo e capacidade de ter empatia com a dor dos outros. Ter você nesse momento da minha vida foi a tranquilidade e paz que eu precisava e preciso. Porque você é paciente como o amor pede, você é generoso e bondoso. Você não quis apenas se aproximar e usufruir de alguém com o coração partido, você chegou, cuidou dos machucados, esperou estar cicatrizando e depositou seu amor, ali de novo. E é tão fácil amar alguém como você, é tão fácil ter você ao lado. Por ser você, quero uma imensidão de coisas para nós a partir desse momento, quero um mundo nosso ao seu lado. Quero nossa família, um milhão de filhos porque com você é fácil querer essas coisas. – Respirei fundo contendo a voz chorosa. – Porque eu te amo John, e quero você para sempre, sendo sua amiga, esposa, amante e confidente. Porque você guardou meus segredos e guardarei os seus. Serei sempre sua, meu coração é seu. – Nos olhamos em silencio, sorrindo um para o outro, enquanto colocávamos a aliança em nossos dedos.

— Pelo poder em mim investido e o estado de Boston, eu os declaro marido e mulher. – O juiz concluiu a cerimonia. – Pode beijar a noiva. – Ele disse abrindo um sorriso para John que me puxou pela cintura e selou nossos lábios em um beijo terno e intenso. Quando paramos o beijo nos olhando todos aplaudiam incansavelmente. Meu coração ia explodir de felicidade, sim eu tinha feito a coisa certa, percebi que estava me apaixonando por John, que o queria comigo, sentia que com ele conseguiríamos tudo que quiséssemos. Quando fomos para a recepção Annabelle me abraçou gentilmente e ergueu uma sobrancelha me encarando.

— Está tudo lindo Zoey, a cerimônia foi maravilhosa. – Ela disse cordialmente. – Você está linda, com um brilho diferente. – Ela disse e eu me encolhi enquanto John me puxava pela cintura e beijava meu rosto.

— Ela está gravida. – Ele disse vendo o sorriso de Annabelle desaparecer.

— Nossa, isso é ... – Ela estava desconfortável. – Meus parabéns a vocês, não perderam tempo mesmo em. – Ela disse engolindo seco.

— É, não perdemos. – John disse beijando meu rosto novamente e o olhei com os olhos arregalados, tantas pessoas para começar a contar a notícia e ele começa logo por ela? Não demorou para todos da festa saber da notícia, Ellie após me cumprimentar me encarava ao longe, e após toda emoção da revelação todos aproveitaram a festa, mas sentia cada vez mais meus amigos me encarando, como se soubesse que eu escondesse algo. Não consegui aproveitar tanto a festa quando gostaria, vi meu pai dançando com Peyton o que me prendeu a atenção em como ele falava no ouvido dela e ela ria. Visivelmente Peyton estava alterada pelo álcool, respirei fundo tentando não imaginar qualquer coisa que pudesse ser. Logo John me puxou para dançar uma música lenta, quando olhei a banda cantava James Arthur – Falling Like The Stars e ele colocou nossos corpos e sussurrou no meu ouvido. - Eu dedico a você essa música. – Ele disse me fazendo congelar com um riso no rosto prestando atenção na letra, John realmente era um homem incrível, cada segundo com ele, eu conseguia sentir isso e compreender isso. A música tocava e nós dançávamos se olhando, quando antes de acabar ele segurou meu rosto e selou nossos lábios iniciando um beijo terno e intenso. Todos aplaudiam o momento, senti meu rosto queimar de vergonha, por instantes tinha esquecido de onde estávamos e quando nos separamos sorrimos um para o outro, ambos com o olhar brilhando.

A festa acabou, sentia meus pés queimarem de dor, sentei no sofá tirando o sapato e vendo que estavam inchados, John sentou puxando meus pés e começando a massagear, nos olhamos e eu me sentia grata por tê-lo ali comigo. Em uma semana iriamos para Londres esperar o bebê nascer, tudo estava indo tão bem, que estava assustada. Ele me ajudava a organizar tudo, escola para Isaac e arrumou uma casa em Manchester para nós, mesmo que tenha que viajar algumas vezes na semana para Londres. Quando deitamos para dormir, John me observava se secar e colocar a camisola, sorri sentindo seu olhar em mim, indo até ele, sendo puxada para cair na cama. Nos olhamos sem silencio, acariciei o rosto dele, vendo brotar um sorriso cordial ali, eu estava feliz, e apaixonada por ele. Ele passou a mão pela minha coxa e foi subindo para o meio das minhas pernas, mas apenas, debruçou sobre minha saliente barriga e a beijou ternamente, o olhei com os olhos brilhando e um sorriso bobo no rosto.

— Bebê, é seu pai. Preciso dizer que eu e sua mãe te ama muito e que agora quero amar essa mulher linda que ela é. E nunca estive tão feliz na minha vida. – Ele tornou a beijar minha barriga e me olhar ternamente com seu sorriso branco e largo, subindo minha camisola e a tirando enchendo meu corpo de beijos enquanto sentia ele entrar no meio das minhas pernas e me encher por dentro. John era maravilhoso, delicado, me tratava tão delicadamente, falava tanto com minha barriga que esse bebê parecia ser mais dele do que meu, ver ele ali, com a meia luz, seu corpo desenhado na qual eu alisava cada parte com as mãos, ele era um homem completo, eu estava realizada, pedir mais que isso é besteira. O que alguém poderia querer mais?


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