Love is in the air escrita por Alina Black


Capítulo 5
Turbulências




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Na manhã seguinte encontrei com Leah, tínhamos algumas horas antes de voltarmos a Paris.

— Você vai almoçar no hotel ou com o resto da equipe? Ela perguntou.

— Eu não sei, mas mudando de assunto, fez o teste de gravidez?

— Sim! Ela ficou calma – Deu negativo, culpa das bebidas.

—É sinal que precisa diminuir o álcool! Falei rindo.

— Pensarei sobre isso! Ela sorriu -Seria desesperador listar todos os homens que dormi recentemente, fazer cálculos e descobrir quem é o pai!

— Que horror! Eu gargalhei – Achei que fosse só dois.

—Seriamente são dois – Ela riu – Mas você sabe entre as turbulências com alguns colegas.

—Alguns colegas?  Alec por exemplo.

— Não – Ela negou com a cabeça- Nunca tivemos nada, nós até paqueramos no começo, mas não passou disso. Ele e Peter são rigorosos quanto as regras, eles nunca transam com ninguém da equipe.

— E você acredita? Franzi as sobrancelhas.

— Bom, até onde eu sei.

Nossos celulares tocam ao mesmo tempo.

— O que foi isso?

— Precisamos nos apressar – Leah respondeu – O Max deve ter definido seu alarme quando não estava por perto.

— Esse homem por acaso é maluco! Falei silenciando meu aparelho.

— Eu te avisei!

Então nos apressamos para o almoço.

Uma hora depois estávamos no avião, Max havia chamado Leah para uma conversa e eu estava torcendo para não ser nada sério, após atender alguns passageiros dei de cara com Alec no corredor.

—Esperando alguém, está ai parada sem se mover! Alec falou sorrindo.

— Esperando a Leah, mas vou voltar ao trabalho.

— Podemos esperar juntos – Ele falou piscando para mim e se encostou em um dos assentos, fiquei parada, mas não o encarei, o clima começava a ficar tenso, se o Max nos visse assim com certeza a próxima a ser chamada seria eu.

De repente eu senti um leve toque em meus dedos, olhei rapidamente para minha mão e a mão de Alec estava sobre a minha.

— O que está fazendo?

A porta da cabine abriu e Leah parecia furiosa, Max estava logo atrás dela.

— Leah acalme-se! Max falou em um tom de autoridade.

— Liberdade condicional? Mas que diabos é isso? – Leah reclamou.

— Ordens de cima! Max respondeu.

— Haha, Max a decisão é sua, a gerência não sabe o que acontece no avião durante o voo.

— Leah eu não estou brincando, tem dois minutos para voltar ao trabalho.

Após dar sua ordem Max saiu e Alec foi atrás, eu caminhei até Leah e a abracei.

— Tome cuidado com o Max, por favor Nessie.

Leah enxugou uma lagrima e se afastou indo para a cabine do piloto, eu resolvi voltar ao trabalho, aquilo era estranho.

Para minha alegria eu não tive chance de encontrar Alec de novo assim que pude me concentrar em meu trabalho, mas Max estava no meu pé.

— Você está de brincadeira comigo? Leah falou em um tom alto podendo ser ouvido por todos os passageiros, imediatamente eu corri até ela, havia começado uma discussão com uma passageira.

— Não fale comigo nesse tom! A passageira falou.

— Você derramou bebida em mim! Leah reclamou.

— Foi um acidente! A passageira respondeu.

— Leah para cabine agora, Renesmee sirva a senhora novamente! Max as interrompia.

Eu fiz imediatamente o que ele pediu, e depois de atender a passageira chata eu fui para a cabine atrás de Leah.

— Aquela idiota me fez ir e voltar quatro vezes dizendo que o Martini não estava do jeito que ela gosta, e o último ela jogou em mim! Leah falou exaltada.

— Calma, talvez tenha sido um acidente.

— Nessie de que lado está?

O bater na porta da cabine nos calou, eu caminhei até a porta e a abri – Desculpe incomodá-las, o homem alto e de boa aparência falava de forma gentil.

— Deseja alguma coisa?

— Vi o que aconteceu – Ele falou me olhando fixamente – Aquela mulher jogou bebida em sua amiga de propositalmente.

— Obrigado! Leah se aproximou agradecendo.

— Eu posso falar com o seu chefe?

— Bom eu acho que...

— Deseja falar comigo? Max aparecia de repente, ele parecia uma sombra, sempre aparecia nos piores momentos – Algum problema com algum de nossos funcionários?

— De forma alguma – O homem respondeu – Quero elogiar a aeromoça, ela deu o atendimento perfeito para aquela senhora, ela quem a tratou com grosseria.

— Compreendo – Max respondeu olhando para Leah.

— Vou voltar para meu assento, nos vemos novamente depois! O homem falou dando as costas e ao passar por mim sussurrou em meu ouvido – Eu espero.

Fiquei estática.

—Certo, agora voltem ao trabalho, está tudo esclarecido com relação ao ocorrido com Leah, mas mantenham a compostura.

Fiquei pensativa, o “eu espero” ela para mim ou para Leah? Eu caminho novamente tentando ver o tal homem mas dei de cara com Alec, não sabia se ele havia visto a cena mas me lançou o mesmo olhar daquele dia no elevador, mesmo assim resolvi ir ao seu encontro.

— Nessie espere! Peter me parou – O comandante acabou de me avisar que passaremos por uma turbulência, precisamos guardar os carrinhos.

Olhei novamente na direção de Alec mas ele não estava lá.

— Claro já cuidarei disso.

Eu odiava turbulências, mesmo sendo algo estranho para uma comissária de bordo com tantas horas de voo, eu não havia me acostumado com isso, sem perder tempo eu começo a guardar tudo rapidamente.

— Quer ajuda?

Olhei em direção a voz, era o mesmo homem que havia defendido Leah na cabine.

— Não precisa, mas obrigado! Respondi de forma gentil.

— Aliás eu ainda não me apresentei direito, meu nome é Damon!

Antes que eu pudesse respondeu Peter novamente me interrompia – Nessie, assegure que todos os passageiros apertem seus cintos de segurança e volte a cabine.

— Acho que teremos que deixar as apresentações para depois! Falei de forma gentil a Damon, ele sorriu e voltou ao seu assento.

Após conferir tudo eu fui para a cabine, Alec estava lá.

—Não sei se percebeu, mas só há um lugar aqui – Falei ao entrar.

— Podemos fazer em pé! Ele rapidamente fechou a porta e as cortinas me empurrando contra a parede sem me dar nenhuma chance de reagir, suas mãos passearam suavemente por meu corpo alcançando a barra da minha saia tentando levanta-la.

— Mas o que há de errado com você – O empurrei – Você me ignora e em seguida se joga em cima de mim?

Ele colocou o dedo em meio meus lábios – Shh, não fala mais nada.

Eu ouvi um ruído e estremeci, não consegui fazer nada comecei a me sentir um pouco zonza, Alec por outro lado parecia acostumado, seus pés estavam firmes no chão enquanto suas mãos seguravam meu rosto.

— Eu disse que gosto de correr riscos não disse?  Ele murmurou.

— Risco de sermos pegos?

— A turbulência me excita! Ele respondeu me encarando com um olhar estranho que me assustou, pegou minhas mãos colocando em seu cinto me indicando o que queria que eu fizesse, não sabia o que havia de errado comigo, eu me entrego, jamais me imaginaria fazendo sexo na cabine.

Quanto mais o avião balançava mais meu coração acelerava, Alec abriu os botões de minha blusa e sua boca foi direto para meus seios enquanto suas mãos seguiram para debaixo da minha saia me prendendo contra a parede, tudo fica confuso novamente.

— Para Alec! Eu murmurei.

Ele me olhou um pouco sério e se afastou – Eu vou primeiro, espere uns minutos antes de sair! Ela falou me dando as costas sem olhar para trás.


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