Sra. Cullen escrita por Ellen Cullen


Capítulo 16
Crime


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas...
Este será o penúltimo capitulo, e quero agradecer novamente por estarem comentando :)
Boa leitura a todos :)



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POV Bella 

 

 

O táxi me levava de volta a mansão.

Eu não podia acreditar.

Eu havia concordado com aquilo?

James iria sequestrar mesmo Edmund?

Eu não conseguia pensar direito, só de imagina-lo a centímetros de Ed...

Eu não poderia permitir que isso acontecesse, eu teria que arrumar um meio de resolver toda essa situação.

Quando desci do taxi, estava chovendo, entrei na casa, Edward já havia saído para trabalhar, tentei manter meu rosto sem expressão, bati na porta do escritório de Esme.

— Pode entrar. – ela disse.

Entrei em sua sala, ela estava ao telefone.

— Sim. – ela disse olhando para baixo. – depois abriu a gaveta tirando um bloquinho de papel, anotando algo rápido. – Obrigada. – ela disse desligando o telefone, e destacando a folha com a anotação. – Olá querida, está tudo bem? – ela disse olhando para mim.

— Sim. – tentei dizer no tom mais neutro que pude.

Esme estendeu os braços para pegar Ed.

— O que acha de irmos almoçar fora hoje? – ela disse animada.

— Acho ótimo. – tentei dizer com mais entusiasmo.

Emmett nos levou até um sofisticado restaurante do centro de Chicago, foi um almoço muito agradável com Esme, mesmo assim minha mente não parava de pensar sobre o dia seguinte.

Além do casamento, ainda tinha aquele falso sequestro no qual James queria me envolver, e principalmente, envolver Edmund.

Eu não poderia permitir que isso acontecesse.

O que eu faria?

Se eu contasse tudo agora, tinha medo que ele machucasse eles, e eu não poderia permitir isso.

Eu mesma deveria dar um jeito nessa situação.

Quando a noite chegou, e todos já estavam dormindo, fui escondida até o escritório de Esme.

Abri uma das gavetas de lata que ficava no canto mais afastado.

Eu já havia visto ela uma vez.

Um Dia, Esme pediu que eu pegasse alguns papeis na gaveta, quando acidentalmente a vi pela primeira vez.

Sabia que a encontraria ali novamente.

Abri a última gaveta.

Havia um lenço vermelho enrolado, desdobrei cuidadosamente, revelando a arma.

Peguei-a cuidadosamente, fechando a gaveta.

Subi novamente as escadas, indo até o quarto de Edmund.

Ele dormia serenamente em seu berço.

— Ed. – eu disse afagando seu rosto. – Pode ser que hoje seja a ultima vez que nos veremos, mas quero que saiba que eu estou fazendo isso por você. – disse sentindo as lagrimas transbordarem de meu rosto. – Eu te amo filho.

Disse dando em beijo em seu rosto.

A chuva caia pesadamente lá fora, o que era bom, assim não chamaria tanta atenção.

Entrei novamente no táxi, dando o endereço do hotel de James.

Meu coração estava acelerado.

Mas o que eu poderia fazer?

Era a única maneira.

Eu sabia exatamente onde era o seu quarto, não tive dificuldade de acha-lo, estive ali mais cedo.

A porta não estava trancada.

Achei estranho.

Eu havia me preparado para abrir a porta com um grampo, como já vi em vários filmes na TV.

A TV estava ligada, o volume estava baixo.

James estava deitado na cama, os olhos vidrados na televisão.

Era agora. – respirei fundo. – Peguei a arma de meu casaco, levantando-a em direção a ele.

— Olá James. – eu disse, a voz tremendo. – Acho que houve uma pequena mudança de planos.

James não olhou para mim, seus olhos continuavam fixos na TV.

Continuei.

— Em vez de você sequestrar meu filho... – disse engolindo em seco. – O que acha de sumir da minha vida? Ou então eu estourarei seus miolos! – disse com mais firmeza em minha voz.

 James ainda continuava com seus olhos fixos na TV. Fiquei irritada.

— Quer para de dar atenção a esse maldito programa? Eu falo Sério! – disse desligando a TV.

James estava fazendo o meu plano ir por água a baixo. Ele se quer demonstrava medo.

Cheguei mais perto dele.

Ai meu deus!

Puta merda!

Alguém já havia atirado nele!

Dei um passo para trás, com medo, então tropecei em algo, e sem querer disparei a minha arma no teto fazendo barulho.

Merda, merda. Merda!

Então alguém abriu a porta em um solavanco.

Era Edward.

Ele olhou-me com uma cara de espanto.

— Eu não o matei! – disse desesperada. – Eu só queria assusta-lo! - Me aproximei de Edward. – Eu nem sabia que estava carregada! Disparou sem querer...

Edward pegou a arma de minha mão, abrindo-a e retirando a munição.

— Poderíamos ter discutido isso! – ele disse com a voz irritada.

— Mas ele já estava morto quando cheguei aqui! – tentei dizer.

Edward chegou ao lado da cama de James, empurrando seu corpo com o pé.

— Eu acredito. – Edward disse.

Balancei a cabeça incrédula.

— Como sabia que eu estava aqui? – perguntei.

— Cheguei antes, e...- Ele disse, passando as mãos no cabelo. – E a segui.

— Você me seguiu? – perguntei abismada.

— Sim.- ele disse me encarando. - E Emmett o seguiu ontem depois da festa.

Emmett o seguiu? – Pensei confusa.

Eu vim para... – ele suspirou.

Para fazer o quê? – disse, sentindo o nervosismo em minha voz.

Então ele...

Ah não!

— Edward, não me diga que você...- disse balançando a cabeça.

Edward olhou para James.

— Não, claro que não! – ele disse. Então deu um grande suspiro. – Olha, se não foi nenhum de nós, vamos chamar a polícia...

Policia?— pensei desesperada.

Não! Vamos sair daqui! – eu disse puxando-o pelo braço.

Edward olhou para mim, depois para James.

— É, tem razão.

Fomos em direção a porta, então me lembrei do cheque que havia lhe dado.

— Espere um pouco! – disse, enquanto procurava pelo casaco.

— Vamos! – Edward disse da porta. – O que está procurando?

Então vi o casaco que estava pendurado na cadeira. Fui em direção ao bolso.

Estava vazio.

Merda!

Desisti, seguindo Edward em direção a saída.

Saímos em silêncio, tentando não chamar atenção, enquanto íamos até o carro de Edward que estava parado há alguns metros do hotel.

— Não acredita que não o matei? – perguntei a ele.

— Não! – ele disse.

Entrei no carro, e Edward deu a partida, dirigindo em silencio.

Estávamos no carro, Edward não havia dito mais nada.

— Droga! – eu disse. – Nunca mais confiaremos um no outro! – disse.

Edward olhou para mim.

— Eu confio em você. – ele disse.

Balancei a cabeça, sentindo um imenso peso.

Eu não aguentava mais.

— Não devia! – eu disse, sentindo minhas lágrimas escaparem. – Minto para você desde o dia que nos conhecemos!

Edward balançou a cabeça, parando o carro. Então me encarou.

— Não precisa me falar nada. – ele disse.

— Preciso sim! – eu disse.

— Não me interessa. – ele disse, com seus olhos verde me encarando.

Não aguentei.

— Você nem sabe que sou eu! – disse descendo do carro. – Não sou Tanya Cullen! – disse batendo a porta do carro.

Edward desceu do carro.

— Nem conhecia seu irmão... – eu disse. – O conheci no trem, no dia do acidente, ele e sua esposa. – disse limpando as lagrimas. – E então houve toda a confusão no acidente, e depois no hospital... – Eu disse balançando a cabeça. – Eu não tinha para onde ir, e...

— Está tudo bem Bella.

— Como pode dizer que está...

Bella?

— O quê? – eu disse.

— Está tudo bem Bella, eu já sabia disso.

— Como...

Edward se aproximou de mim.

— Eu não sabia os detalhes, mas... – ele disse dando de ombros.

— Você sabia? – eu perguntei abismada.

— Sim. Tudo bem.

Então comecei a rir.

Rir histericamente.

Edward se aproximou de mim, então eu comecei a bater em seu peito.

— Por que você não me disse! – eu disse sentindo as lagrimas se formarem novamente.

— EI! – ele disse.

— Eu estava enlouquecendo! – disse me afastando dele. – Agora temos um cara morto num quarto de hotel! – eu disse rindo. – E você já sabia!

Ele veio até a minha direção.

— Eu não sabia que ia mata-lo!

— Eu não o matei! – disse.

Edward se encaminhou para o carro, então voltou.

— Tudo bem. – ele disse. – Talvez devesse ter sido um pouco mais acessível.

— Não fui muito honesta neste relacionamento também. – disse sentindo-me derrotada.

Edward ficou ao meu lado, encostado no carro.

— Tive medo de falar, e você fugir. – ele disse triste. – Eu me apaixonei por você... Não pelo seu nome.

Suspirei.

— Eu quis contar tantas vezes! – disse o encarando. – Antes tinha medo, depois Esme...- balancei a cabeça. – Se ela soubesse que Edmund não é o seu neto...Então eu cometi esta tremenda fraude. E ia casar com você por meios ilegais. – disse balançando a cabeça. – Como se sente sobre isso? – perguntei.

Edward balançou a cabeça.

— Todos os casais têm segredos.

Olhei para ele.

— Então matou James? - disse.

— Não. – ele disse olhando para frente. – Mas se eu soubesse que ele tentava lhe ferir, eu o teria matado.

Olhei para ele. Eu não conseguia acreditar. Mesmo depois de tudo, ele ainda me amava!

— Como vai me chamar agora? – perguntei curiosamente.

— Vou chama-la de como quiser. – ele disse se virando para mim. – Mas sabe. – ele sorriu. – Acho que Tanya nunca combinou com você. – ele disse rindo, e depois me beijando.


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Notas finais do capítulo

Comentem!