A Escolha Foi Sua escrita por Yara_Volturi, Nicole_Cullen


Capítulo 6
Decepção


Notas iniciais do capítulo

Gente... ressucitei!!!!
Explico tudo direitinho lá em baixo!!!!



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-Obrigada. – Agradeci a figura que andava ao meu lado. Ele encarava o chão enquanto dava passos calmos acompanhando meu ritmo.

 

-Pelo que exatamente? –Questionou.

 

-Por tudo, você salvou minha vida e de minha filha sem nem saber quem somos. Não sabia nem ao menos nossos nomes. – parei, encostando-me em uma árvore. – Eu era uma humana que estava no meio de uma floresta tentando ter seu filho. Não é qualquer um que faria isso. – fechei os olhos, deixando o vento bater em meu rosto. Abri um sorriso involuntário. Ainda era complicado para mim acreditar que tudo estava bem, que minha filha estava a poucos metros de distância de mim e que eu não seria mais a caça de vampiros sedentos por sangue. Que eu poderia encontrar-me com Edward, e viver minha eternidade ao seu lado.

 

-E eu ainda nem sei o seu nome. –Abri meus olhos novamente, para encontrá-lo encostado em uma árvore a minha frente, me fitando.

 

-Santiago. – Respondeu, estendendo a mão como se acabássemos de nos conhecer.

 

-Isabella, muito prazer. – estendi minha mão, a qual ele levantou alguns centímetros e depositou um leve beijo, como se estivéssemos em outra época. Sorri um pouco envergonhada, e puxei delicadamente minha mão novamente.

 

-Sabe... – tentou mudar o assunto, percebendo meu constrangimento. O olhei, incentivando-o a continuar. – Renesmee não pode ser filha de um vampiro. Nós não podemos ter filhos. – Afirmou.

 

-Eu pesquisei um pouco durante esse mês, e juntei com algumas informações que não dei tanta importância antes, mas agora podem fazer algum sentido. – Interrompi minha fala, pensando em como explicar exatamente o que eu queria dizer para Santiago.

 

-Segundo o que vocês dizem vampiros não podem ter filhos pois tem a aparência “congelada” assim que se transformam. Certo? – perguntei, voltando a andar. Ele somente assentiu e me acompanhou. – Vocês, homens, não precisam mudar nada em seu estado físico para gerar um filho, enquanto nós, mulheres, temos que ter o corpo evoluindo junto com a criança. Os homens não estão impedidos de gerar uma criança, mas as mulheres sim.

 

Santiago não encarava nada exatamente, parecia pensar, absorver as informações. Por um momento pensei em chamá-lo, mas o mesmo levantou a mão, pedindo um minuto.

 

-Talvez esteja certa, nunca havia visto por este lado. Não vejo nenhuma outra explicação. –Concordou depois de alguns segundos pensando. – Irei aprofundar as pesquisas sobre o assunto. – Falou por fim, sumindo logo em seguida.

 

Continuei o caminho em passos lentos e contínuos. As brisas traziam consigo sons e perfumes da floresta, e bagunçavam meus cabelos. Uma única coisa me intrigava: O cheiro de sangue não causava efeito algum sobre mim. Eu sabia que precisava me alimentar, por isso cacei, mas em momento algum senti necessidade de beber sangue.

 

Chacoalhei a cabeça, tentando expulsar meus pensamentos e minhas preocupações, e aumentei a velocidade, querendo ver logo minha pequena.

 

As paredes, pintadas em tons de bege, contrastavam com o piso marrom da área. Uma pequena trilha de pedras nos levava até a porta principal, entre duas janelas que iam desde o chão até alcançarem o teto. Algumas colunas sustentavam a cobertura da área, essas eram feitas de pedras claras. As três janelas do segundo andar estavam abertas, possibilitando ver parte do interior dos quartos.

 

Segui para dentro da casa, ouvindo risadas infantis no segundo andar. Subi as escadas se fazer ruídos e observei, discretamente pela porta entreaberta.

 

Renesmee e Santiago brincavam, olhando todos os livros da biblioteca e comentando seus títulos e capas.

 

-Mamãe. – Renesmee estendeu os braços em minha direção quando me notou ali. Sorri e avancei alguns passos até alcançá-la e conseguir passar minha pequena dos braços de Santiago para os meus.

 

-Estava observando a muito tempo? – Questionou Santiago, voltando a observar alguns livros.

 

-Não muito. – Respondi e olhei curiosa para os títulos que ele observava com atenção. –O que está procurando? – passei meu dedo pela capa de um deles.

 

-Aprofundando um pouco as pesquisas. Tendo certeza que suas hipóteses estão certas. – Pegou um dos livros e o folheou. Foi para a mesa, no centro da biblioteca e começou a ler cada palavra com o máximo de atenção. Fazia algumas anotações em uma caderneta, rabiscava algumas coisas, impossíveis de serem compreendidas pela minha mente.

 

Renesmee ficou, novamente, entretida com meu cabelo, se esquecendo do mundo ao seu redor.

 

-Eu irei viajar em alguns dias. – Me sentei em uma cadeira, á frente de Santiago. O mesmo parou o que fazia e me fitou, um pouco confuso.

 

-Vai para onde? – Me perguntou, apoiando seus braços sobre a mesa.

 

-Irei até Forks, me despedirei de meu pai e de meus amigos, depois terei de sair da cidade. – Omiti minha visita aos Cullen, isso faria com que ele não aprovasse minha saída.

 

-E, quando irá voltar? – Voltou sua atenção para as palavras de uma das páginas do livro. Tomei ar, mesmo não precisando e fitei a mesa. Precisava ser sincera, pelo menos nesse ponto.

 

-Não irei voltar Santiago. – Vi que ele estacou por um momento, e não tive coragem de encará-lo.

 

-Você não pode simplesmente não voltar. – ele começou a falar coisas sem nexo, não via ligação entre nenhuma das palavras que ele balbuciava. No entanto, uma única frase me chamou a atenção e fez com que eu arregalasse um pouco meus olhos, sentindo um pouco de temor quanto ao homem que estava sentado a minha frente. “Ainda tenho que levá-la para Volterra” essa é a cidade onde o mais poderoso clã vivia, os Volturi. São o que se tem de mais próximo a realeza no mundo dos vampiros. Estive em Volterra, Itália, uma única vez, mas foi tempo suficiente para temer aquele lugar e qualquer habitante do mesmo.

 

No momento eu não temia por mim, nem por minha vida. Temia por Renesmee, pela vida de minha filha. Talvez eu conseguisse me defender, mas não conseguiria defender por duas vidas.

 

-Não irei para Volterra. – Levantei da cadeira, exasperada e decidida. Ele, finalmente, saiu de seu transe, me olhando cauteloso.

 

-Não faríamos nada com vocês. – afirmou, fitando meus olhos.

 

-Não... não irei para lá novamente. – balbuciei baixo, e sai daquela sala.

 

Nesse momento renesmee dormia com a cabeça apoiada em meu ombro. Sua expressão serena, alheia a tudo o que ocorria, perdida em seu mundo enquanto sonhava. Deixei-a em cima da cama, enquanto arrumava, em uma única mala, o que levaríamos.

 

 

Sentia que Santiago estava me observando, mas simplesmente não liguei. Mantive minha mente centrada em arrumar minhas coisas ao mesmo tempo em que digitava os números da companhia aérea no celular.

 

- Bella... – ele começou, me chamando a atenção com a pronúncia de meu apelido. Virei meus calcanhares em sua direção, e o encarei, esperando que ele continuasse.

 

-Não iríamos fazer nada contra vocês. – tentou, novamente, explicar. Não disse nada, esperei que ele entendesse com meu silêncio. – Renesmee não é uma espécie conhecida, não sabemos os riscos que ela nos trás. Somente iríamos entender melhor o que ela representa...

 

-E se, por algum acaso, ela representasse perigo, vocês simplesmente a matariam. Não se importariam em matá-la não é? Afinal, para vocês ela não é nada, somente uma “espécie desconhecida”. Caso ela ameace qualquer um de vocês, não irão se preocupar em matar minha filha. – O interrompi com acusações. – Ela é uma criança, não um objeto para pesquisas. – Terminei de falar, minha voz alguns oitavos mais alta.

 

Eu a protegeria, nem que para isso tenha que matar Santiago e fugir do Volturi por uma eternidade.

 

Santiago não pronunciou nada, apenas sustentou o olhar. Minha impressão foi ter visto uma onda de dor passar por sua expressão, mas ele logo se recompôs.

 

-Aro irá te procurar em qualquer lugar que for. Não conseguirá se esconder por muito tempo. – Falou, calmo. – E, quando te encontrarem, você e Renesmee serão punidas, estarão sendo consideradas “foragidas”, por assim dizer. – me explicou.

 

Pensei por um tempo, verificando as possibilidades. Primeira opção: eu iria com Santiago até Volterra e teria minha filha ou sendo usada como objeto de pesquisas de Aro ou morta. E minha segunda opção – e a mais sensata eu diria - : Eu iria atrás dos Cullen, e procuraria, junto com eles, uma maneira de descobrir mais sobre Renesmee, enquanto isso, iríamos viver fugindo dos Volturi.

 

-Eu não posso ir até Volterra. – decidi, voltando a falar baixo. – não posso arriscar a vida de Renesmee dessa forma. – neguei com a cabeça, e chamei o número, já digitado, da companhia aérea.

 

-Não irei te forçar a nada, você já está ciente do risco que está correndo. – Ouvi ele se afastando do quarto, e balbuciando coisas inteligíveis.

 

Respirei fundo e terminei de arrumar as malas. Comprei as passagens para Seattle, de lá iríamos até Port Angeles em um avião pequeno e depois mais algum tempo de carro até Forks. Eu e Renesmee sairíamos daqui amanhã pela manhã, e chegaríamos em Forks no inicio da noite.

 

Tomei um banho um pouco demorado, deixando todos os músculos do meu corpo relaxarem com a água quente. Eu pedia para que meus problemas fossem levados junto com a água, que eles fossem para longe, mas nada aconteceu, de nada adiantou, até que eu desisti e resolvi que eu mesma iria acabar com eles, que não esperaria que a água o levasse.

 

Me sequei rapidamente e fui para o quarto, enrolada somente com a toalha. Peguei a roupa que já havia separado, encostei a porta do quarto e me troquei.

 

Uma calça jeans clara e uma blusinha branca com mangas. Completei minhas roupas com uma jaqueta azul e calcei um tênis branco detalhado em preto. Penteei meu cabelo, e o sequei o máximo que pude com a toalha mesmo. O prendi em um rabo-de-cavalo alto e coloquei uma fivela azul claro prendendo a franja.

 

Me deitei ao lado de Renesmee, sustentando meu peso em um braço, e passando o outro em sua volta. Velei seu sono e quis, pela primeira vez, ser capaz de sonhar novamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês não estejam MUITO bravos!!! Sério, não era minha intenção demorar tanto assim pra postar...

1º- eu sai de férias, achei que fosse dar tempo pra escrever e postar, mas não deu pq eu viagei.... Ai, quando eu voltei da viagem eu tava completamente e totalmente sem criatividade e achei injusto postar um capitulo que não estava muito bom!!!

2º- Demorou mais de um mês eu sei disso, desculpa mesmo gente!!!! Mas, adivinhem??? Eu resurgi das cinzas a fic saiu da hibernação e eu ainda voltei com uma beta pra fic!!!


3º- Haverão vários consursos na fic... esper, realmente que vocês participem!!!


4º- Finalmente eu revelei que era o 'salvador da pátria' mereço reviews né?? Vocês conseguem entender a Bella não conseguem?? Tudo o que ela viveu quando foi para Volterra, não é a melhor primeira impressão que se poderia ter, ela quer livrar sua filha daquilo tudo!!!


5º- Agradeço as recomendações e aos reviews, são realmente muito importantes eim!!!



Beijão.... até logo!!!