How Did We Get Here? escrita por shellbelov3d


Capítulo 6
Five




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- Oi... Sou Bella, a vi-vizinha daqui – Gaguejei enquanto apontava para a casa grande ao lado – Posso ver o Justin?

- Claro, entre. – Escancarou a porta, dando-me passagem. Corei enquanto passava pela mesma – Sou Estelle.

- Prazer. – Esbocei um sorriso tímido e cruzei os braços contra meu peito.

Estelle parecia ser uma mulher gentil e muito receptiva. Não aparentava estar abalada pelo marido ter ido. Ou talvez ela fosse como eu e não queria transmitir que estava triste. É, eu definitivamente gostei dela.

- Hm, você esta tendo alguma coisa com Jus? Desculpa se estou sendo enxerida – Riu baixo.

- Não! – Corei descaradamente e depois ri timidamente – Não, não. Somos apenas... amigos. – Menti. Eu não era amiga de Justin, pelo menos não esperava ser. Colega, Bella. Só colega.

- Ah sim. – Riu novamente – Ele está lá no quarto. Pode subir...

- Está bem. Obrigada, Estelle. – Lhe mostrei um sorriso largo e fui à direção da escada, sem jeito.

Estava praticamente invadindo a casa deles e nem tinha intimidade o suficiente. Estremeci.

Subi os degraus lentamente e respirei fundo quando cheguei ao topo. Havia um quarto com placas na porta como: “Não perturbe” e havia um pôster do Michael Jackson, outros pôsteres de caveira e fantasmas. Balancei a cabeça segurando um riso. Adolescente rebelde, pelo visto. Caminhei com passos incertos até a porta e bati três vezes.

- Mãe, eu já disse que não quero conversar! – Gritou alguém lá dentro. Eu ri.

Bati novamente e a porta se abriu rapidamente. Justin estava soltando fogo pelas orelhas.

- Mãe, que saco, não vou cuidar da... – Interrompeu a frase quando viu que não era a mãe dele que estava ali. Eu ri um pouco mais alto. – Bella! O que faz aqui?

Interrompi o riso, deixando apenas um sorriso no rosto.

- Desculpe senhor Sou Rebelde, não queria incomodar. – Virei as costas teatralmente, fingindo que ia embora.

- Não, espera ai. – Em meio segundo, Justin já estava na minha frente. – Só quero saber o porquê de você vir aqui.

- Bem, hoje é sábado e eu estou sem nada pra fazer – Desabafei – Como você parecia estar mal, pensei que quisesse dar uma volta comigo... Mas, não quero atrapalhar em nada, baixinho.

Pisquei para ele e andei na direção da escada.

- Não está atrapalhando. – Parecia confuso e atrapalhado. Estava começando a pensar que ele me achava tão gostosa a ponto de gaguejar na minha frente. – Vou só por uma roupa decente.

- Está ótimo assim – Elogiei, gostando da brincadeira de deixá-lo sem graça.

- Há há. – Revirou os olhos e entrou no quarto de novo.

Em menos de cinco minutos, Justin já estava ali com uma roupa que, para mim, não era para dar um passeio com a colega. Estava muito arrumado.

- Vamos? – Perguntou, sorrindo.

- Acha que vamos fazer o que? Vamos dar uma volta na cidade e não em uma festa de gala. – Brinquei e ele mostrou a língua. Era divertido conversar com Justin. Eu conseguia ser... legal?

- Nunca se sabe.

- Bobo. – Ri e desci as escadas com Justin no meu encalço.

- Mãe, vai ter que chamar alguém pra ficar com a Jenny, estou saindo. – Berrou quando chegamos ao primeiro andar.

- Ah, você ia cuidar da sua irmã? – Deduzi que Jenny fosse a garotinha doente – Desculpe, não queria atrapalhar em nada, nossa. – Me arrependi de ter ido chamá-lo para passear. Se ela estava doente precisava de atenção e se eu tirasse Justin dali, Estelle ia me odiar.

- Não! – Pareceu desesperado. – Não atrapalha, eu já disse que não ia cuidar dela mesmo.

- Você é tão rebelde, garoto – Brinquei enquanto saiamos pela porta depois de ouvir o “Ta” desgostoso de sua mãe.

- Não sou não. – Fingiu estar ofendido, mas riu depois. – O que sugere? Parque, praça, centro?

- Na verdade eu só queria caminhar com uma companhia legal. Gosto de você. – Justin corou um pouco depois de ouvir minha frase e sorriu. Ai, meu Deus, falei demais, ele ia entender errado.

- Vou gostar de dizer aos meus amigos que estou saindo com uma garota do ultimo ano. – Nós rimos.

- Claro, diga também que sou sua escrava para o resto da vida. – Ironizei ao perceber que ele entendeu o sentido do “gosto de você” e estava brincando com isso também.

Passamos o resto da tarde brincando e rindo. Fomos a um parque de diversões e Justin me fez andar em tudo quando é brinquedo radical. O bom foi que de quebra, ganhei um porco de pelúcia pra dormir abraçada no tiro ao alvo. Depois fomos a uma praça e paguei um sorvete para nós dois com muito custo. Justin não queria me deixar pagar. Senti-me uma criança, mas foi tudo tão bom que esqueci os meus problemas. Mas como nem sempre o dia acaba bem:

- Que pedofilia é essa, Isabella Swan? – Tânia e suas discípulas vieram a minha direção enquanto eu estava sentada em um banco, saboreando meu sorvete com Jus ao meu lado. – Não sabe que esse lance de papa anjo já saiu de moda?

- Claro, no seu caso é papa demônio? – Ergui uma sobrancelha.

- Uuuuh. – Pelo visto era a única coisa que as duas loiras sabiam dizer.

- Está me desafiando, vadia? – Avançou.

- Se você leva isso como um desafio... – Dei de ombros, lambendo meu sorvete enquanto olhava seu rosto furioso.

- Se levo isso como um desafio o que você vai fazer?

- Eu nada. – Rebati.

- Ah, mas eu vou – Avançou mais, puxando meus cabelos. Revirei os olhos, ainda no mesmo lugar e entreguei meu sorvete para o Jus que olhava tudo, atônito.

Tirei sua mão do meu cabelo sem esforço algum e torci seu braço.

- Escuta aqui, Denali. Você acha que pode mais que todo mundo só porque é a mais puta da escola, sendo assim, se tornando a mais popular, mas veja bem: Os homens só chegam perto de você, porque querem diversão e Edward só esta com você porque não quer perder a popularidade. De tanto ser assim, você está sozinha no mundo, meu amor. Agora não venha querer botar banca pra cima de mim, você não sabe com quem está mexendo. – Soltei seu braço depois de dizer meu discurso e pude observar a cólera de Tânia depois absorver minhas palavras.

Não disse nada mais que a verdade. Eu já não ia com a cara dessa garota, não pude agüentar a brecha de humilhá-la na frente de suas cadelas loiras.

- Isso não acabou aqui, Swan. – Tânia empinou seu nariz e virou, já indo embora. Graças a Deus.

- Pode ter certeza que acabou. – Uma voz feminina soou atrás de mim e eu me virei por impulso da mesma maneira que Tânia.

- Hoje tiraram o dia pra me provocar? – Tânia gemeu frustrada.

- Não estou te provocando, se toca. Só estou dizendo que isso acabou sim hoje e que não, você não vai se atrever a encostar mais um dedo nessa garota. – A morena alta que estava atrás de mim sussurrou. Meu Deus, o que essa gente daqui faz pra ser tão linda? Seus traços eram acentuados e seu corpo era de dar inveja até para Amanda. Como ela podia ser menos popular que Tânia? Tenho certeza da minha opção sexual para confirmar que a garota era um avião.

- Se não o que? – Tânia se virou completamente, encarando a morena.

- Quando você vai aprender, Tânia? A cola no cabelo não foi o suficiente pra ter medo de mim? Ótimo, então espere por coisas piores. – A moça piscou sarcasticamente para Tânia que lhe deu as costas.

- Vamos, não vou perder mais meu tempo com lixo. – Resmungou para as loiras e se afastou.

Balancei a cabeça, pegando meu sorvete de volta.

- Hey. Sou Leah Clearwater. – A morena veio até mim e me estendeu a mão sorrindo.

- Bella Swan – Apertei sua mão com minha mão livre e sorri também.

- Tânia é do tipo cachorro que late, mas não morde. Não liga. E nossa, parabéns. Acho que foi a primeira que conseguiu dizer tantas verdades na cara dela. – Ela riu.

- Acho que não fui a primeira. – Apontei com a cabeça para ela e ela riu ainda mais.

- Sou um caso a parte. Nossa historia é longa. Bom, mas vou indo. Nos vemos na escola. – Acenou e saiu junto com o rapaz que estava ao seu lado.

- Tudo bem. O que. Foi. Aquilo? – Justin se manifestou pela primeira vez desde que Tânia chegou.

- S.P.A – Revirei os olhos.

- S.P.A?

- Sintomas de popularidade aguda. – Ri baixinho – Vamos embora.

Levei Justin para casa e Estelle me convidou para jantar, mas eu não queria incomodar mais do que já incomodei, então fui embora. Sábado a noite, dia de festa e alegria e eu trancada dentro de casa preparando uma lasanha no forno. Aleluia, irmão.

Não tinha mais nada pra fazer, então peguei meu notebook e fui para a sala com meu prato de lasanha. Fui checar meus email-s. O que mais me deixou com raiva, foi que todo mundo na escola tem seu e-mail depois que você é matriculado. Tinham cinco email-s. O primeiro era algo como “Perca peso em 7 dias”. Já estou um palito, pra que quero perder peso? O segundo era “Câmeras digitais a partir de 150,00”. Fala sério, câmeras a esse preço, só pode ser usado. O terceiro chamou minha atenção. “Sem Assunto”. Depois de apagar os dois primeiros, abri o terceiro.

 

Tânia me contou as palavras que jogou na cara dela está tarde. Não sabe o quanto todo mundo do colégio queria dizer isso a ela. Parabéns, Bella. Você é nossa heroína.

Abraço, Edward.

 

Soltei uma risada alta ao ler e tratei logo de responder.

 

Que bonitinho, achei que o namorado iria querer defendê-la.

Obrigado, mas não preciso ser heroína de ninguém.

Com amor (vai nessa), Bella.

 

Para minha surpresa, depois de alguns minutos Edward respondeu.

 

Não preciso defendê-la, ela sabe se defender sozinha, pelo que me contou.

Fiquei apaixonado por você, e agora? ;x

 

Rolei os olhos ao ler a ultima frase e respondi:

 

Boa noite, Edward. Curta sua festa de hoje.

 

Um minuto depois:

 

Não tenho festa para ir hoje.

Quer comer uma pizza? :]

 

Pensei na idéia de ficar com Edward a noite por um segundo e balancei a cabeça.

 

Sua namorada vai ficar com ciúmes. E não vai ter o que quer. ;]

                                                -

Não ligo. Vamos, estou sem companhia. Tânia foi a festa.

Vai me deixar mesmo comer uma pizza sozinho? :/

 

Ri com sua birra e revirei os olhos.

 

Esteja aqui em menos de meia hora ou nada feito.

Beijos ;*

 

Não me respondeu depois disso. Meu Deus, estava mesmo desesperado para me ver. O que eu faço com os garotos daqui?

Joguei a lasanha que havia feito na pia e sentei no sofá, marcando a hora no relógio. 

 


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Notas finais do capítulo

Alguem lendo?