Castle On The Hill escrita por Shaina


Capítulo 4
Capitulo 3 -Você não pode fugir


Notas iniciais do capítulo

Hei gente, sei que atrasei um pouco, mas machuquei a mão na ultima semana e não consegui vim aqui, mas ta ai mais um capitulo novo.



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 Isabella havia decido evitar Edward a todo custo, com Anthony machucado ele passaria o dia no quarto e ela decidiu fazer o mesmo, Carlisle veio se desculpar, mas não tentou defender nenhum dos dois, ele avisou a Isabella que os dois eram culpados pela situação da noite anterior, e garantiu a ela que os dois iriam pagar por faze-la passar por aquilo. 

 Se um dia Charlie a pegasse aos tapas com uma das suas damas de companhia ou com seu irmão mais novo, ele ficaria louco, e foi pensando nisso que Bella notou que Carlisle se sentia envergonhado pela situação por que parte disso era culpa dele, culpa por não ter corrigido isso durante os anos que se viu sozinho com eles. 

—Bella. -Rose chamou voltando ao quarto com um bilhete. 

“eu sinto muito pelo que vistes ontem à noite, e eu sei que Anthony lhe encheu a cabeça, mas eu posso explicar, só peço que escute o meu lado também. Atenciosamente Edward.” 

 Bella colocou o papel na gaveta e voltou a ler, ela não pensaria em Edward ou em Anthony, ela estava bastante confusa no momento e gostaria de manter isso daquele jeito. 

—Eu não quero fazer fofoca princesa, mas se eu não o fizer e ver a senhora cometer um erro e uma injustiça então não serei digna de ser sua dama. -Rose falou chamando a atenção dela, Alice olhou para a amiga a repreendendo pela sua audácia.  

—Diga Rose. -Bella pediu, por que talvez no fundo ela quisesse saber, ou ela simplesmente não queria brigar com a amiga. 

—Eu ouvi muito na cozinha nos últimos dias principalmente hoje. -Ela falou olhando para Isabella. -Aparentemente não é a primeira ou a segunda briga dos gêmeos, e que só é a primeira vez que Anthony não bate de volta, o que eles acreditam fielmente que era por causa da senhora. 

—Eu ouvi que Anthony teria rasgado uma das poucas fotos da rainha que existem. -Alice emendou se aproximando das duas. -E que foi por isso que Edward perdeu a cabeça. 

—Segundo Gabriela, a senhora da cozinha que trabalha aqui desde que os meninos eram bebes, apesar do sangue quente de Edward ele nunca fez algo com o irmão sem que ele provocasse primeiro. -Rose continuou dando de ombros. 

 As duas olharam para a princesa esperando para ver sua reação, Bella olhou para longe pensando no que acreditar, é claro que Edward estava longe de estar certo de socar o irmão naquele nível, mas ela talvez entendesse um pouco. 

 Isabella não tinha nenhum retrato da mãe, ela não sabia nem como ela realmente se parecia, tudo que ouvia era que o sorriso delas eram iguais, mas ela não tinha nada mais em comum com a mulher que seu pai contava histórias. Ela se questionou se ela faria algo do tipo se alguém destruísse algo de sua mãe. Ela também se perguntou se Anthony teria coragem de tal atrocidade. 

 Quando o crepúsculo começava a aparecer no céu, Isabella vestiu uma roupa apropriada e deixou o quarto, ela precisava e queria tirar isso dá cabeça, ela questionou a alguns empregados se havia visto um dos Cullen, mas tudo que diziam é que Anthony não saiu do quarto e Edward tinha desaparecido. 

 Ela estava cansada de procurar por Edward quando se lembrou de um dos seus primeiros encontros com ele, ela caminhou para a biblioteca e entrou tentando ser silenciosa, Edward estava sentado em uma cadeira grande de olhos fechados, na mesinha ao seu lado um retrato estava colado e em pé, ela podia ver de longe os traços da mulher, e ela podia jurar que ela lhe lembrava muito a Edward. 

—Isabella. -Edward falou fazendo ela se assustar, ele abriu os olhos e a encarava surpreso. 

—Desculpa eu não queria lhe incomodar. -Ela falou com a mão no coração. 

—Não incomoda. Eu que peço desculpas, não queria lhe assustar. -Ele a regulou pensando se devia ou não começar a se justificar. 

—Eu recebi seu bilhete. -Ela falou e se desviou dos seus olhos começando a caminhar pela estante, olhando os livros que ali estavam. -Eu também ouvi rumores sobre o motivo da confusão e sobre outras confusões. 

—De Anthony? -Edward questionou sentindo um pouco da raiva do irmão voltar. 

—Também é claro, mas eu estava falando dos serviçais. -Ela disse o olhando. -Minhas damas ouviram histórias e vieram me contar. 

—Eu sinto muito que tenha visto aquilo. -Ele falou sendo realmente sincero. 

—Essa é sua mãe? -Isabella questionou se aproximando e pegando a foto, ele suspirou como se estivesse cansado. 

—Sim, a foto não faz jus a beleza dela. -Ele parecia por um minuto melancólico. 

—Não acredito que ele teve coragem de rasgar uma foto da mãe de vocês só para lhe provocar. -Ela murmurou. -Vocês são sortudos por terem algo assim, eu nunca soube como minha mãe se parecia. 

—Ele não fez para me provocar alteza. -Edward falou fazendo Isabella olha-lo surpreso. -Ele fez para chegar até você. Cada segundo da noite de ontem foi para acabar com minhas chances e colocá-lo cada vez mais perto do seu coração. 

 Ela pesou aquilo por um segundo, se isso fosse verdade então aqueles homens estavam jogando um jogo muito mais perigoso do que ela achou que teria, ela soltou um suspiro e olhou para ele, ali ela viu um pouco da dor dele e ela queria consola-lo, mas ela se controlou novamente. 

—Vamos. -Ela chamou já se afastando e lhe dando as costas. 

—Aonde? -Ele questionou, ela apenas lhe olhou e começou a caminhar, ele a seguiu pois tinha medo de perder a oportunidade, ele lhe avaliou por inteira, ela estava linda como todos os dias, mas os olhos dela tinham um novo fogo que ele não tinha visto ainda. 

 Quando caminharam para o corredor dos quartos dele e do irmão, ele quase parou, ela não lhe dirigiu a palavra uma única vez, ele esperou até ela parar no quarto do irmão e bater à porta, ele não sabia que ela havia naquele dia questionado a Jasper qual quarto era de quem, ele não sabia que ela tinha planejado aquele final dês do minuto que saiu do quarto. 

—Alteza. -Falou Anthony assim que abriu a porta e a viu, ele viu o irmão um segundo depois, e ficou surpreso, seu olho estava roxo, mas do resto tudo parecia melhor. 

—Anthony e Edward. -Ela falou olhando de um para o outro. -Vocês me pareceram caras incríveis, de verdade, mas aparentemente os dois não entenderam quem dá as cartas aqui, então vamos deixar isto bem claro. -Ela olhou nos olhos frios e depois para os quentes. -Eu vou escolher, é minha decisão e nada do que vocês dois façam vai mudar isso. Então da próxima vez que vocês dois saírem na porrada, eu não me importo com quem começou, eu irei juntar minhas coisas e ir embora, pois um tratado de paz eu posso convencer o pai de vocês a me dar, mas eu não vou aceitar que meu futuro Rei e marido se rebaixe a esse nível. 

—Isabella. -Edward chamou, mas ela levantou a mão os cortando. 

—Eu não acho nem um pouco legal o que nenhum de vocês dois fizeram ontem. -Ela disse e olhou para Anthony para deixar claro que acreditava que ele tinha realmente rasgado a foto da mãe. -Vocês nem se quer vão me convidar para sair mais. -Ela avisou. -Vamos seguir um cronograma. Amanhã eu passarei o dia com Anthony, e depois de amanhã com Edward, e assim seguiremos até que EU decida que acabou. Entendidos? 

 Ela olhou duramente para os dois, ela não sabia, mas os dois estavam chocados de mais com ela para fazerem algo diferente de assentir, Isabella se sentia agindo como uma mãe ali, mas ela precisava fazer aquilo se ela queria paz, e ela precisava de paz, os dois primeiros dias tinham sido apenas risos e felicidades para ela e era tudo que ela queria de volta. 

 Sem dizer mais nada, ela olhou para os dois e se retirou, ela não olhou para trás, esperava ter deixado bem claro o que eles deveriam fazer, ela seguiu para o próprio quarto e pediu suas amigas para ajudá-la a se preparar para dormir, ela queria que aquele dia fosse esquecido. 

 No dia seguinte enquanto se arrumava para o café Isabella se questionava se teria que lidar com o lado infantil dos irmãos, ela não queria lidar com aquilo nem agora nem nunca mais, ela suspirou quando se olhou no espelho e se viu pronta. 

—Ainda irritada? Ou preocupada que terá que escolher entre o cara que não respeita a mãe e o que perde a cabeça e sai na porrada com as pessoas? -Alice questionou tocando o ombro de Isabella que olhou para ela através do espelho. 

—As duas coisas. -Ela respondeu. -Eu espero que isso não seja um padrão e sim uma coisa ao acaso. 

—Pelo que ouvimos é algo que só acontece entre eles. -Rose falou. -Que os dois não costumam desrespeitar ninguém além do outro. 

—Esperamos. -Isabella falou e então desceu com as duas para o café, assim que ela entrou Carlisle estava na mesa e os gêmeos já estavam lá, eles estavam um de cada lado do rei, como aquele era o dia de Anthony Isabella puxou a cadeira ao lado dele e se sentou, suas damas sentaram ao lado de Edward. -Bom dia. 

—Bom dia princesa como dormiu? -Carlisle questionou lhe dando um sorriso doce. 

—Melhor obrigada. -Isabella respondeu. 

—Alteza. -Edward cumprimentou meneando a cabeça em respeito, um pouco do fogo em seus olhos havia se apagado naquela manhã, Isabella sentiu falta daquele calor. 

—O que programou para hoje Alteza? -Anthony questionou, ela se virou sorrindo para ele notando que os machucados eram apenas pequenos detalhes agora. 

—Nada, esperava que me surpreendesse. -Ela disse e ele assentiu sorrindo. 

 Após o café os dois saíram para caminhar, as criadas atrás com os dois seguranças de Anthony, um se chama James, o outro Roy. Isabella não se sentiu confortável com eles como se sentiu com os seguranças de Edward, mas ela abanou aquilo e se concentrou em Anthony. 

 Os dois caminhavam e ele mostrava a ela lugares no castelo que ela ainda não tinha visto como a estufa, Isabella notou que ou ele achava que ela gostava de flores, ou ele gostava delas, pois todas as vezes que eles andavam os dois seguiam pelo jardim. 

—Então me conte, como era a rainha Esme? -Isabella pediu, ela o sentiu parar por um milésimo de segundo antes de continuar caminhando. 

—Ela era doce, uma boa mãe, uma ótima rainha. -Anthony respondeu vago. -Ela costumava ler muito. 

—Ela parecia ser linda. -A princesa falou sentindo que Anthony não iria se soltar. 

—É ela era. -Anthony respondeu. -E a sua mãe? 

—Eu nunca a conheci. -Isabella respondeu surpresa que ele não soubesse. -Eu não tenho nenhuma foto dela, tudo que eu sei é que ela era feliz e gentil, e que ela era meio rebelde. 

—Eu sinto muito. -Anthony falou olhando para ela a fazendo olhar dentro dos olhos verdes frios. -Eu não sei qual de nós dois teve sorte. 

—Como assim? -Isabella ficou encarando ele surpresa com o rumo da conversa. 

—Bom eu não sei se tenho sorte de ter conhecido minha mãe e tido uma infelicidade de vê-la morrer, ou se você teve sorte de não ter que vê-la partir. -Ele parecia meio distante, ele balançou a cabeça para espantar os pensamentos, Isabella tocou o rosto dele o fazendo intensificar o olhar nela. 

—Você teve sorte. -Ela sussurrou. -Só por que eu não a vi morrer, não quer dizer que a saudade não seja forte. 

 Ele assentiu e os dois voltaram a caminhar, Isabella se questionou o que faria se tivesse conhecido a mãe e então a perdesse, quem ela seria se tivesse tido qual quer influência da mãe sobre sua educação. 

 Depois do almoço com todos a mesa, Anthony perguntou se ela sabia cavalgar, quando ela disse que sim ele perguntou se ela lhe acompanharia, ela disse que se trocaria e o encontraria, de calça e com uma blusa leve os dois montaram em cavalos acompanhados de perto pelos seguranças e as damas. 

 Ele lhe mostrou algumas partes do castelo que ela achava que não existia como a pequena floresta na parte de trás, eles passaram a tarde cavalgando e Isabella se sentiu um pouco mais livre do que sentiria normalmente, de tarde e depois de um café da tarde no jardim ela se retirou para o quarto. 

 Um novo embrulho estava sobre sua cama embrulhado em um papel dourado, antes de ler o bilhete ela abriu o papel se deparando com um caderno escrito a mão, ela abriu e dentro havia uma letra bonita e elegante, a assinatura de Esme Cullen. 

“Eu sei que hoje o dia é de Anthony, mas remexendo em algumas coisas reencontrei isto, minha mãe não só amava ler, ela amava escrever, e ela escreveu esta estória quando ainda estava gravida de mim e do meu irmão, eu espero que goste e aproveite. Atenciosamente Edward.” 

 Isabella nem pode sorrir, ela estava fascinada, ela correu para o banho e disse as meninas que ela não precisava de companhia, ela começou a ler o caderno onde Esme relatava uma história de amor e terror, era tão boa que prendeu Isabella por muitas horas, mesmo quando as suas amigas voltaram ela não tirava os olhos do livro, ela jantou bem pouco e com muito cuidado para não manchar as páginas que continham o enredo mais forte que ela já havia visto. 

 Ela não parou de ler até acabar desejando mais, desejando a continuação que ela sabia que tinha, ela dormiu apenas três horas antes de descer para o café, ela tomou cuidado para que as olheiras ficassem em menor evidencia. 

 Quando entrou e viu Edward e Anthony sentados sozinhos e um de frente para o outro para o café, ela não pensou muito em caminhar para o lado de Edward. 

—Bom dia senhores. -Ela saudou, Edward pulou de pé e puxou a cadeira para ela a fazendo sorrir. 

—Alteza. -Eles cumprimentaram juntos. 

—Vejo que não dormistes bem. -Anthony ressaltou quando suas amigas se sentaram a mesa. 

—Eu pulei a noite bem dormida por uma boa leitura. -Isabella respondeu dando de ombros, ela olhou para Edward que sorria e negava com a cabeça, ela queria perguntar por mais, mas ela não sabia se poderia com Anthony por perto. 

 Após o café da manhã e de braços dados, Isabella e Edward caminharam para o jardim, quando estavam distantes de Anthony ela o fez olha-la. 

—Diz que você tem a continuação. -Ela pediu seus olhos implorando. 

—Sim eu tenho. -Ele disse voltando a puxa-la para os caminhos do jardim, o sol da manhã não estava tão quente quanto os dias anteriores. -Quando lhe enviei aquele não esperava que fostes passar a noite em claro. 

—Estás brincando? Vossa Alteza não tens noção do quão bom aquilo é? Eu estou fascinada, eu mal consigo me conter em imaginar os possíveis fins. -Ela ressaltou o fazendo gargalhar. 

 Sem perceberem os dois eram observados por Anthony, ele sentia a raiva de ver Isabella e Edward rirem tanto, ele não podia ouvir a conversa, mas sabia que algo tinha feito a princesa perder a noite de sono e sabia que o motivo era o irmão. 

 Ele também notou que estava perdendo espaço de guerra ao ver os guardas do irmão tão próximos das damas de companhia da princesa, coisa que os seus guardas não haviam conseguido no dia anterior. 

—Eu tinha planos para nossa tarde, mas temo que deveria lhe enviar para dormir. -Edward disse antes do almoço. -Temo que vossa Alteza dormirá em pé. 

—Isto não irá acontecer. -Ela lhe garantiu, ela estava se sentindo feliz e acordada, além do mais ela se sentia muito bem perto de Edward. -O que iremos fazer hoje? 

—O quão disposta vossa Alteza está? - Ele questionou sorrindo torto, o sorriso preferido dela nos últimos dias. -Eu pensei em irmos à plantação de morangos, e depois subirmos a montanha para o pôr do sol mais bonito que a senhorita já viu na vida. 

—Então depois do almoço eu irei me trocar e podemos começar nossa exploração. -Ela garantiu a ele, dado por vencido Edward assentiu. 

 Eles almoçaram na companhia de Carlisle que se desculpou por não estar no café, pois havia tido uma emergência, Isabella apenas lhe disse para não se preocupar. Ela correu para o quarto após o almoço e colocou um vestido leve e sapatos fechados, as damas de companhia também trocaram as roupas para o passeio. 

 Ao subirem na carruagem, Isabella notou que Emmett e Jasper eram quem conduziriam os cavalos e Edward era o único homem com elas, ela se sentou ao lado dele e os quatro começaram uma conversa animada, Edward fazia questão de conversar com as meninas como se todos fossem amigos. 

 Já na fazenda de morangos eles cumprimentaram os proprietários que garantiram que eles poderiam passar pela plantação e comer o quanto quisessem, os dois conversavam roubando morangos dos pés, eles estavam tão inconscientes do tempo e das pessoas que esqueceram que tinha pessoas olhando a eles quando riam e corriam pelo campo. 

 Já quando a tarde começava a abaixar, eles subiram o morro, os seis jovens deixaram a história de realeza na carruagem e subiram como apenas seis jovens livres e amigos, já no topo Edward forrou uma manta onde eles se sentaram, Isabella prendeu a respiração ao ver o sol cair mais, o céu ficou amarelo, laranja e vermelho, o crepúsculo surgindo no horizonte fez com que os olhos dela se enchessem de agua, aquela tinha sido de longe a coisa mais linda que ela tinha visto. 

—Por que choras? -Ele questionou em um sussurro fazendo ela o olhar, os olhos quentes que enchiam o coração dela. 

—É de longe a coisa mais linda que eu vi na vida. -Ela murmurou e sorriu, passou a mão retirando as lagrimas e suspirou. -Eu nunca irei me esquecer de hoje Edward, não importa quanto tempo passe, foi o dia mais divertido e livre que eu já tive na vida. 

—Eu nunca me esquecerei também. -Ele garantiu pegando a mão dela e a levando aos lábios, aquele gesto aqueceu tudo dentro dela, os olhos verdes prenderam nos chocolates dela e por um segundo ela sentiu o ar fugir, e ela se perguntou se os lábios dele seriam tão macios nos dela quanto pareciam. 

 Talvez os outros tenham sentido o clima, ou talvez inconscientemente eles soubessem que deveriam se afastar, foi Jasper que avisou que eles deveriam partir, o tempo havia começado a refrescar o que todos acreditavam que significava que o dia seguinte seria mais ameno talvez até mesmo frio. 

 Depois de descerem e voltarem a carruagem, Edward não soltou sua mão nem por um segundo, eles todos conversavam e riam, mas Bella se sentia quente enquanto a mão dele continuava na dela, eles chegaram no castelo e ele a ajudou a descer, e foi ai que aconteceu, antes de alcançarem a porta a chuva caiu sobre eles desmoronando tão de surpresa que eles pararam ao caminho da porta. 

 Isabella olhou para o céu e começou a rir, eles esperaram tanto por aquilo que agora finalmente estava ali, parecia magico, parecia que aquele dia era realmente magico. Ela estava tão feliz que bailou pela chuva puxando as amigas que riam e tentavam correr, os homens riram delas. 

 Ela correu para Edward feliz, ele a abraçou e beijou a testa dela, ela sentiu o coração parar com o gesto, mas se afastou sorrindo e ele a puxou para o castelo, os empregados lhes trouxeram toalhas. 

—Eu disse que os deuses seriam justos. -Edward murmurou secando o cabelo. 

—Sim você disse. -Ela falou se enrolando na toalha, pois começava a sentir frio, os amigos se secavam perto deles, Edward colocou as mãos nos braços dela esfregando para baixo e para cima para esquenta-la. 

—Você ficará doente se não se trocar imediatamente. -Ele avisou. -E você precisa descansar. 

—Alteza. -Eles ouviram fazendo Edward se afastar, os olhos dele se apagaram um pouco ao som da voz. 

—Anthony. -Ela chamou sorrindo em cumprimento, o príncipe desceu ao encontro deles, olhou para o irmão irritado e suavizou o olhar ao olhar para ela. 

—A senhorita ficará doente se não se secar. -Ele disse parecendo realmente preocupado. 

—Não se preocupe Alteza estou indo para meu quarto agora. -Ela apertou a toalha um pouco mais, olhou para os irmãos lhes deu tchau e subiu com as amigas logo atrás, assim que chegaram no quarto ela tomou um banho quente e avisou as amigas para fazerem o mesmo. 

 Ela deitou na cama e apagou antes mesmo de jantar, ela estava exausta, uma noite sem dormir e um dia movimentado lhe haviam sugado toda a energia, quando acordou no meio da noite e notou que as amigas já dormiam ela se levantou foi ao banheiro e depois ficou olhando pela janela. 

 Sabendo que o dia começava a nascer e ela não dormiria tão cedo ela trocou sua roupa e foi para a biblioteca, ela tinha voltado a pensar no livro de Esme, ela queria a continuação e apesar de aquele ser o dia de Anthony ela estava disposta a pedir a Edward a continuação. 

 Por fim ela não tinha conseguido pedir a Edward naquele dia, Anthony não tinha saído de perto e aberto nenhum espaço para que ela tivesse a chance, e no dia seguinte enquanto descia as escadas contando os minutos para falar com Edward a sós ela foi surpreendida encontrando apenas Carlisle e Anthony na mesa. 

—Bom dia majestade, alteza. -Ela cumprimentou e Anthony puxou a cadeira para ela sorrindo. 

—Bom dia Isabella. -Carlisle falou. -Edward pediu para que lhe entregasse isso. 

 Ele estendeu um bilhete que Isabella pegou rapidamente, imaginando o que ele estava aprontando já que pela primeira vez não estava a mesa. 

“Querida Isabella, infelizmente tivemos um problema com um dos nossos reinos vizinhos, o reino Aiken parece querer voltar no nosso tratado de paz, eu pedi a meu pai que me deixasse tentar acalmar os ânimos antes de as coisas perderem o rumo, irei me encontrar com seu pai no caminho. 

 Sinto muito que eu não tenha tido a oportunidade de me despedir e quero que saiba que eu havia preparado um dia cheio para nós, mas infelizmente essa é a vida de um príncipe, espero vê-la em breve. Com amor Edward.” 

 Isabella suspirou e dobrou o bilhete, ela tomou seu café pensando se o que Edward e o pai estavam fazendo era arriscado, ela não queria correr o risco de perder nenhum dos dois, Anthony parecia tranquilo. 

 Ela pediu licença e se retirou para o quarto, ela só voltou a ver Anthony no almoço, ele perguntou se ela gostaria de passear com ele, sabendo que não havia muito o que fazer ela foi, uma semana havia se passado desde que Edward Cullen havia partido, ela estava inquieta e preocupada. 

 Carlisle havia lhe garantido que isso era normal, o caminho até Aiken era longo e a estrada não era das melhores, ele garantiu que ele não estava sozinho, ela se encontrava cada dia mais agitada, mesmo que Anthony lhe tomasse os dias com conversas e passeios ele não conseguia tomar todo seu pensamento. 

 Era noite e Isabella estava na biblioteca, ela não conseguia dormir, havia a muito desistido de tentar, ela achou que conseguiria ler, mas também não conseguia se concentrar, ela mal havia conseguido comer naquele dia, sentindo o medo por algo que não conseguia entender, a espera de uma mensagem, a espera de alguém. 

 Ela ouviu a porta abrir e estava prestes a dar um sorriso e avisar que estava bem para algum empregado que insistia em vim checar se ela precisava de algo, quando ela parou, os olhos verdes quentes a olhava, ela demorou alguns segundos para avalia-lo, os cabelos estavam um pouco mais cumpridos do que ela se lembrava, mas do resto ele parecia bem, e inteiro. 

 Ela não pensou muito quando correu e o abraçou, os braços no pescoço dele o rosto ali também, ele a segurou pela cintura na surpresa, os corpos mais colados do que a etiqueta e as normas permitiam, principalmente para alguém solteira e da família real. 

—Me disseram que estavas aqui. -Ele sussurrou fechando a porta atrás de si, deixando apenas os dois na biblioteca onde ninguém mais poderia vê-los. 

—Eu estava preocupada. -Ela se afastou se tocando da situação que se encontravam, ele não a soltou por completo o que fez com que a distância não fosse tão grande assim. -Você ficou uma semana fora e não mandou nenhuma mensagem. 

—Me desculpe, é que eu não achei que demoraríamos tanto. -Ele garantiu e tocou o rosto dela, inconscientemente ela encostou a cabeça na mão dele fazendo o toque ser mais íntimo do que eles deveriam ter, é claro se eles fossem noivos aquilo não seria errado, mas eles não eram noivos, e havia o irmão dele. -Eu senti sua falta. 

 Era um sussurro, um que fez ela abrir os olhos que ela não sabia que tinha fechado, os olhos dele eram intensos, e ela sentiu o corpo esquentar, fosse pela mão dele no rosto dela, fosse pela mão na cintura dela, ou fosse pelos olhos quentes, ela não sabia, tudo que ela sabia era que todo seu corpo clamava por aquele homem. 

—Eu também senti a sua. -Ela sussurrou de volta, ele deu um passo à frente ainda mantendo os olhos no dela, ela deveria ter se afastado, mas ela não o fez e não queria fazer, ele colocou seus lábios sobre o dela de vagar em apenas um roçar, era o primeiro beijo dela e ela se sentiu nas nuvens. 

 Ele sentiu a respiração dela no seu rosto, as mãos dela que foram para seus ombros procurando apoio, ele deveria se afastar, respeita-la, ele sabia que ela não era dele, não ainda, mas ele não podia fazer nada a não ser pedir licença com sua língua e aprofundar o beijo proibido. 

 Ela o deu passagem e o puxando para mais perto, enquanto eles se beijavam ela sentiu o corpo em chamas, ela queria mais dele, e ele queria mais dela, mas os dois não passaram disso, ele afastou os lábios quando os dois ficaram sem ar, os olhos se encontrando, ele se afastou para poder pensar melhor não sabendo que fazia tão bem para a sanidade dela quanto a dele. 

—Me desculpe. -Ele pediu, não por que sentisse, tudo que ele queria era continuar a beijando, mas ele precisava pedir, pois tinha se aproveitado dela. 

—Não se desculpe. -Ela pediu balançando a cabeça, ela mal podia se controlar querendo beija-lo de novo, os lábios macios tinham a tirado toda a sanidade que ela tinha. -Como foi? 

—Um pouco mais complicado do que imaginávamos que seria, mas seu pai conseguiu controlar os ânimos e voltamos com a garantia que não haverá uma guerra. -Ele resumiu, ela sorriu feliz. 

—Bom, fico feliz em saber. -Ela disse e olhou para a janela de vidro, a noite parecia fria, depois daquele dia na chuva o tempo continuava a oscilar, entre o calor e a chuva que esfriava a todos, ou talvez ela estivesse sentindo tanto frio nos últimos dias por que Edward não estava lhe olhando com os olhos de fogo. 

—Como você passou? Anthony lhe ocupou muito? -Edward questionou, ele estava realmente curioso ainda mais agora, ele sentia que ela o queria, mas ele não sabia dizer se ela se sentia assim pelo irmão também. 

—Ele tentou. -Ela riu olhando para ele, Deus ela tinha se esquecido o quão bonito ele era. -Mas eu continuava pensando em você e preocupada. 

—Eu não consegui parar de pensar em você também. -Ele garantiu tocando o rosto dela. 

—Eu preciso voltar para meu quarto. -Ela disse suspirando. -Amanhã podemos passar o dia juntos se você estiver livre, e você pode me entregar a segunda parte do caderno de sua mãe que você não me entregou antes de ir e me deixou aqui na curiosidade. 

—Agora eu sei por que disse que sentiu minha falta. -Ele brincou rindo, tocou o rosto dela sentindo a eletricidade passar por eles. -Amanhã eu serei todo seu, e eu levarei o livro. 

—Até amanhã Edward. -Ela sussurrou não conseguindo se mexer presa nos olhos do leão. 

—Até amanhã -Ele disse olhando para os olhos chocolates que nos últimos tempos ele conseguiu aprender a ler como os olhos de uma rainha forte e determinada. 

 Decidida ela se inclinou e colou seus lábios nos dele, foi questão de alguns segundos, mas fez ela suspirar enquanto corria para fora e de volta para o quarto, ela sabia que não dormiria direito, não enquanto ainda podia sentir o gosto dele nela. 


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Notas finais do capítulo

Comentem! O que acharam de Bella se deixando levar?



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