Duas semanas se passaram até o rei Carlisle Cullen fossem sepultado, o enterro fora lindo e emblemático, do jeito em que um rei deveria partir. Seu caixão passou por todo seu reino deixando que seu povo o desse seu último adeus, atrás vinha os filhos acompanhado de Isabella, caminharam todo o caminho honrando Carlisle pelo rei, homem e pai que tinha sido. 

 Os outros três reis de outras cidades seguiam em suas carruagens logo atrás, todos tinham vindo prestar seus respeitos, e tinham declarado a paz para com todos os povos, assim os quatro reinos viveriam sem desejar uma guerra e nenhum sangue seria derramado. 

—Não podemos mais enrolar. -Edward falou uma semana após o enterro do pai, Isabella e Anthony o olharam surpreso, o casamento deles seria em duas semanas, eles haviam mudado todo o cronograma, pois Edward e Bella seriam coroados rei e rainha de Cullen, enquanto só seriam coroados rei e rainha de Swan dali a um ano, então o casamento seria no reino Cullen e no mesmo dia seriam coroados para que todo o povo se acalmasse. 

—Do que você está falando irmão? Pois a última coisa que temos feito é enrolar. -Anthony murmurou, os dois vinham se apoiando um no outro naquela semana, e Anthony vinha fazendo tudo que podia para ajudar Edward com o reino. 

—James. -Edward pronunciou. -Está na hora de descobri por que e o que diabos ele queria com isso. 

 Os três ficaram em silencio, mas foi Bella que assentiu e apertou a mão do noivo, nenhum deles tinha falado com ou sobre o soldado traidor, mas Edward estava certo, estava na hora de tirarem ele do escuro e descobrirem tudo que pudessem. 

 Após o almoço os três foram para a prisão onde James estava sendo mantido, cercados por guardas eles se sentaram em uma mesa de ferro fria e esperaram, quando James entrou na sala carregava nos lábios um sorriso doentio e raiva. 

—Eu estava me perguntando se um dia viriam me ver. -Ele nem se quer olhou para Isabella, os olhos fixos nos irmãos. 

—Sente-se James. -Anthony ordenou, o soldado que mantinha o loiro o jogou na cadeira, ele se recostou ainda sorrindo. 

—Vejo que estão vivos, mas soube que o papai não sobreviveu, uma pena. -Ele deu de ombros, Bella sabia que os gêmeos ao seu lado se controlavam para não partir para cima dele. 

—Por que não pulamos para os porquês e deixamos as provocações para depois. -Bella disse e James a olhou. 

—Alteza, é sempre um prazer. -Ele ronronou. 

—Aproveite, será a última vez. -Bella sorriu debochada. 

—Por que você nos queria mortos James? -Edward perguntou e apertou a mão de Bella, se para acalmar a si mesmo ou ela nenhum dos dois sabia. 

—Hora irmãozinho, pelo trono claro. -James sorria, todos os dentes a mostra, se divertindo com o choque e o terror nos olhos dos três. 

—Impossível. -Anthony rosnou se erguendo, Edward segurou o irmão o impedindo de se jogar contra James. 

—Os olhos Anthony. -James apontou para os olhos. -Temos outras coisas em comum também. 

—Como você soube disso? Quem te disse que você era filho do rei? -Bella perguntou, mesmo em choque era a única que conseguia pensar ali. 

—Minha mãe, a mulher era sonsa, mas não burra. -Ele suspirou. -Ela se envolveu com Carlisle durante um tempo, foi antes dele e Esme ficarem noivos, e então ela engravidou. -Ele suspirou e olhou para os gêmeos. -Ela o procurou, contou que estava gravida, mas ele deixou claro que não assumiria o filho ou ela, afinal se casaria com a mulher que amava e ela vinha da nobreza, coisa que minha mãe não tinha. 

 “Deu a ela dinheiro e a mandou para longe, enquanto eu crescia sem pai vocês viviam com tudo que era meu por direito, minha mãe morreu quando eu fiz 14 anos, antes de morrer ela me contou quem era meu pai, e me contou toda a história, sabendo que Carlisle não me assumiria, pois isso tiraria o trono de vossas mãos, eu treinei para ser um guarda, então consegui me aproximar do castelo até proteger um dos meus irmãozinhos.” 

—E nunca pensou em nos dizer a verdade? -Edward questionou. -Nunca passou pela cabeça que ele não te daria o nome, mas poderia ter lhe dado muito. 

—Por favor, não seja estupido. -James bufou. -Eu não viveria a sombra de dois idiotas, que brigavam por cada bobeira que pudessem encontrar.  -Os dois gêmeos rosnaram. -Seja como for, foi só quando eu soube da princesa aqui que coloquei meu plano em prática, em vez de um, dois reinos? -Ele riu. -Se vocês dois morressem e Carlisle descobrisse que eu era filho dele, o único herdeiro, ele me assumiria e entregaria a linda Swan como minha esposa, então eu teria tudo, dois reinos, muito poder e muito dinheiro. 

—Você nunca teria chegado perto de mim. -Bella disse. -Eu só olharia para você e saberia que você é doente. 

—Eu não acredito em nada do que você disse. -Edward falou. -Sua mãe pode ter mentido para te fazer sentir bem, e não há nenhuma prova de sua ligação conosco. -Ele se ergueu e estendeu a mão para a noiva que pegou se levantando assim como Anthony. -Sua palavra não vale nada para nós. 

—Eu sou seu irmão. -James rosnou batendo a mão na mesa. 

—Não, você não é. -Anthony o encarou nos olhos. -Centenas de pessoas tem olhos verdes, você não passa de um louco e um criminoso. 

—E mesmo que fosse, seus crimes falam por si mesmo. -Edward completou. -Mesmo que você tivesse o sangue de nosso pai, você não deixaria de ser um bastardo, um bastardo morto. -Ele olhou para os soldados. -Estejam preparados para a sentença de morte de amanhã, ele morrerá junto com os outros criminosos que estiveram no castelo naquele dia. 

—Sim majestade. -O líder dos soldados assentiu, Edward guiou a noiva e o irmão para fora e então de volta para o castelo. 

—Você acha que ele estava dizendo a verdade? -Anthony perguntou. 

—Importa? -Edward se virou para o irmão. -A única pessoa que poderia nos dar essa resposta está morta, então irmão realmente importa? 

—Não, eu suponho que não. -Anthony suspirou. -Mas pelo menos faria mais sentido do que um soldado ficando doido. 

—Ele acredita que seja verdade, isso faz sentido. -Bella disse ao cunhado. -E sendo ou não, ele deixou claro que sempre quis matar vocês. 

 Os dois assentiram, Anthony se despediu e subiu para o quarto deixando os dois sozinhos na sala, eles se sentaram juntos abraçados e em silencio, milhões de questionamentos rodando suas mentes. 

—Eu te amo. -Edward sussurrou no cabelo dela, Bella se afastou surpresa para ver os olhos verdes. -Eu só estou conseguindo passar por tudo isso por que eu tenho você, obrigado. 

—Edward. -Ela sussurrou, ele tocou o rosto dela. 

—Você foi o melhor presente que meu pai me deu. -Ele fez um carinho na bochecha que ficava vermelha de vergonha. -No momento em que eu te vi pela primeira vez eu soube, eu sabia que se me permitisse eu amaria você para sempre, e eu vou com tudo que eu tenho e sou, eu vou amar você para sempre Bella. 

—Edward. -Ela o beijou, os lábios quentes e exigentes, os braços dele a mantendo colada no corpo dele, sem se preocupar que estivessem na sala onde qual quer um poderia chegar e vê-los. -Eu também amo você! E eu vou fazer tudo que eu puder para te fazer feliz. 

 Ela se afastou ficando de pé, pegou na mão dele e o guiou para o andar de cima, ele não a impediu nem mesmo quando notou para onde ela o levava, era o quarto dele, tinha sido o quarto dele por toda a vida, mas agora ali com a porta fechada, os olhos chocolates e verdes se encarando, parecia diferente, parecia um mundo diferente. 

 Ele a beijou com carinho e paixão, com delicadeza sem forçar nada, nem mesmo quando começou a desabotoar o vestido dela, ele fez tudo com uma lentidão agonizante, parte para que ela soubesse que poderia pará-lo, parte por que prolongava tudo. 

—Você tem certeza? -Ele perguntou quando suas duas mãos eram as únicas coisas que segurava o vestido no ombro dela. 

—Sim. -Ela concordou. -Agora ou daqui a duas semanas, eu serei sua, só sua. 

—E eu só seu. -Ele concordou e deixou o vestido deslizar, Bella ficou lá só de calcinha na frente dele, os seios do tamanho perfeito duros de desejo e os bicos apontando para ele, o chamando. -Me diga se não gostar do que eu fizer. 

 Ele pediu e ela assentiu, quando ele tocou os seios ela gemeu bem baixinho, ele voltou a beija-la, dessa vez com mais desejo, clamando por mais enquanto uma das mãos brincava com um mamilo, Bella gemeu se segurando nele. 

 Carregando-a para cama ele a deitou e então se deitou por cima, desceu seus lábios para seu pescoço e então para os seios, ele brincou com os dois sentindo-a se mexer implorando por mais, suas mãos pequenas arrancando os botões da camisa que ele terminou de arrancar. E então ele desceu os lábios pela barriga lisa e lhe tirou a calcinha a deixando completamente nua para ele. 

—Edward. -Ela sussurrou, ele sorriu e então se abaixou e a beijou onde seu corpo clamava por libertação, Isabella gritou surpresa e desejo, ele a abriu mais e intensificou seu trabalho enfiando um dos dedos dentro dela. 

 Bella sentia o corpo em chamas, se agarrando ao lençol da cama podia sentir seu corpo tremer, não sabia o que estava acontecendo com o corpo, mas continuava querendo mais, implorando por mais, então ela sentiu seu mundo se partir em um desejo avassalador que varreu seu corpo e finalmente ela sentiu frescor de novo. 

—Você é tão linda. -Edward tinha voltado para cima e a beijou nos lábios, ela finalmente notou que ele estava totalmente nu e pronto para fazê-la dele por completo. 

—Eu te amo Edward Cullen, para sempre. -Ela passou os dois braços pelo pescoço dele infiltrando-as em seus cabelos cobres. 

—Eu te amo Isabella Swan, futura Cullen, para sempre. -Ele respondeu sorrindo, então a invadiu, de pouco a pouco, ela se sentiu incomodada, mas esperou, então sentiu uma dor e algo se romper, quando Edward estava todo dentro dela beijou todo seu rosto para acalma-la. 

 Então os dois começaram a se movimentar, mãos em todas as partes, boca onde conseguisse alcançar, fogo em cada centímetro do corpo, olho no olho deixando o outro ver todos os sentimentos, as barreiras tinham caído por completo, ali estavam os dois, nus de corpo e alma. 

 Quando enfim chegaram ao ápice, um gritando pelo outro, se agarrando como se ainda tivesse algum espaço entre eles, e então a calmaria, o sentimento de ter alcançado o céu. Edward a puxou para os braços e os tampou e os dois ficaram ali abraçados em silencio até pegarem no sono. 

 Mais tarde Bella correu para o quarto e com a ajuda das damas de companhia e amigas ela tomou um banho e se vestiu para o jantar, quando alcançou a mesa os gêmeos já estavam lá a esperando, ela não pode deixar de encarar Edward, se sentia diferente e achava que ele estava diferente também. 

—Eu preciso dizer algo. -Anthony falou quando terminavam o jantar, os dois encararam ele e esperaram, ele sorriu e apertou o guardanapo na mão. -Após o casamento e a coroação eu estarei indo embora, por um tempo pelo menos. 

—Anthony. -Edward chamou, mas o irmão levantou a mão o pedindo para esperar. 

—Eu pensei muito nas palavras do papai, e eu acho que ele tem razão. -Ele sorriu. -Eu quero aproveitar a liberdade, conhecer o mundo e quem sabe não descobrir algo por mim mesmo, quem sabe não encontrar um amor um dia. -Ele encarou Bella. -Nada como o de vocês eu espero, vocês me deixam doente. 

—Você será bem pior quando encontrar um amor. -Bella respondeu fazendo ele rir. 

—Eu não quero que você vá. -Edward falou. -Mas entendo que você precise disso. 

—Obrigado irmão. -Os dois se levantaram e se abraçaram. -Afinal os dois serão recém casados, precisarão de um tempo sozinhos. 

—Essa sempre será sua casa Anthony, e você sempre terá um lugar conosco. -Bella murmurou para ele. 

—Eu sei. -Ele assentiu e voltou os olhos pro irmão. -Isso ainda não é uma despedida, mas eu gostaria que soubessem com antecedência. 

—Prometa escrever. -Edward pediu. -Sempre que puder, nos contando o que encontrar. 

—Eu prometo. -Ele assentiu. -E esperarei cartas sobre o que acontecer aqui, principalmente quando eu tiver um sobrinho a caminho. 

—Nós prometemos. -Bella garantiu sorrindo ao ver os dois gêmeos ainda meio abraçados e sorrindo, a vida tinha mesmo dado uma volta, uma volta não só boa, nem só ruim, um verdadeiro equilíbrio.