Snuff- Dramione - O Retorno. escrita por Lívia Black


Capítulo 1
I- Confronto.


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAA MEUS AMORES!
Sinceramente, depois de seis anos que postei Snuff, tenho quase certeza de que ninguém vai ler essa continuação. Então, se você leitor, está aqui, leu Snuff, ou então é somente um curioso sobre o tema da fic, por favor deixe-me as suas impressões sobre o capítulo. Foi escrita com muito amor e dedicação.
Espero que gostem!



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—Eu quero falar com o Diretor do Hospital, por favor.

As mãos de Hermione Granger tremiam e seu coração havia acabado de pular uma batida.

Ela recuara três ou quatro vezes antes de adentrar o St. Mungus de fato, pensando se não estava louca, se havia sequer o menor sentido em fazer o que estava fazendo. Entretanto, quando ela se deu conta, quando deu por si, já estava na recepção, e já tinha dito aquelas palavras à recepcionista.   

—E a senhora é...?

—Uma antiga amiga.

—Seu nome, por favor.

—Ah. Er... Pansy. Pansy Parkinson.

—Vou comunicar ao Diretor e perguntar se vocês podem ter uma sessão agora.

A moça gorda aparatou por detrás do balcão, para onde deveria ser, ela imaginava, a sala de Malfoy, deixando-a para trás sozinha e extremamente ansiosa, contemplando o vazio. De verdade, se ansiedade pudesse matar, a castanha não passaria de pó nesse momento. Sentia todo seu estômago se revirar, e o coração bater de forma anormalmente rápida. “Não faz sentido você se sentir assim” obrigou-se a pensar “já se passaram treze anos, qualquer necessidade de explicação que você devesse a ele, já não existe mais. Qualquer ressentimento deve ter sido dissolvido.”

No entanto, ela não se sentia nada segura sobre o que pensava.

Puf. A recepcionista havia desaparatado.   

—Muito bem. Último andar, primeira sala a direita, Sra. Parkinson.

Hermione assentiu duas vezes. Respirou fundo e rumou em direção ao elevador. As portas estavam abertas. Ela adentrou, apertou o botão, e em questão de segundos, estava último andar. Saiu e facilmente encontrou a porta que a recepcionista falara.

Contemplou-a e um arrepio percorreu sua espinha. Apenas uma porta a separava de Draco Malfoy, naquele instante, e a ideia de revê-lo, de trocar palavras com ele, era extremamente apavorante, para não dizer absurda. Depois de alguns minutos, porém, concluiu que tinha que fazer aquilo, e de forma repentina, senão jamais iria conseguir. Girou a maçaneta, sem bater, e foi como se arrancasse um band-aid do braço.     

O loiro estava de costas, observando a paisagem e sentado numa cadeira giratória que ficava diante de uma escrivaninha bem arrumada.

—Confesso que não estava esperando, mas é sempre agradável vê-la, Pan... – Foi começando a falar enquanto virava a cadeira, mas não conseguiu completar a frase porque assim que seus olhos se encontraram com os da pessoa que estava na porta, o loiro simplesmente perdeu a voz, e diante do choque, ficou alguns segundos sem respirar. Sem querer demonstrar, porém, o quanto aquela figura o atordoou, tratou de recuperá-la logo, o mais rápido que podia. - Granger. -Ele falou, com um tom inquisitivo, e embora não conseguisse disfarçar o tom de surpresa, soou o mais calmo e indiferente que conseguiu em tamanhas circunstâncias inesperadas. - Você não é Pansy. -Ele pontuou a obviedade, olhando para a figura dela na sua frente.   

Piscou os olhos para ver se não estava sonhando, alucinando. Mas não. Realmente não era Pansy. Quem estava em sua porta, naquele instante, depois de treze anos em que não trocavam nem sequer um simples bom dia, era ninguém mais, ninguém menos, que o grande ex-amor da sua vida, Hermione Granger. E ele não fazia a menor ideia do porque ou como ela estava ali.

A castanha fechou a porta atrás de si, e caminhou na direção em que ele estava. Ela vestia um terno feminino preto, e uma saia, suas roupas de executiva ministerial. Os cabelos castanhos estavam presos num coque desajeitado. As pequenas sardas em seu rosto ainda eram visíveis, e as marcas de envelhecimento em seu rosto, sutis, nem de longe tiravam sua beleza. Na verdade pareciam acentuá-la, com a delicadeza da maturidade.

 Depois de todo aquele tempo, ela ainda conseguia deixa-lo mudo, fazer seu coração bater mais forte, e seu fôlego ir embora de seu corpo. E o ódio que sentia por causa disso transparecia no seu olhar a cada passo dela.  Durante muitos anos pensou que não poderia odiá-la de verdade, apesar de tudo o que ela havia feito, do quanto o havia machucado. E ainda acreditava que ela seria para sempre o amor de sua vida. Porém, depois do que acontecera naquela estação, a aproximadamente um ano atrás, isso havia mudado brutalmente. Ele se enchera de esperança, só para depois perceber que ela havia arrancado tudo de si.  O ódio que sentia por ela hoje era quase proporcional ao amor que havia nutrido, senão maior.

Na verdade, ele tinha certeza que era maior.

—Desculpe. Eu não sabia como você reagiria se eu desse o meu nome. Pensei que pudesse se recusar a me ver. -Ela falou, com naturalidade.

Diferentemente dele, ela não parecia nervosa, e sim decidida, com um propósito em sua mente. Tinha seu motivo de ter vindo até ali, naquelas circunstâncias tão improváveis, depois do que eram anos de silêncio e escuridão entre eles.

—Entendo. -Apenas anuiu. - O que a traz aqui, Granger?

—Draco...

—É Malfoy, para você. -Cortou-a, num instinto brutal, que foi simplesmente incapaz de controlar. -Não me permito ter esse tipo de intimidade com estranhos.

A castanha corou, parecendo verdadeiramente envergonhada com o que fizera.

—Claro. Malfoy, é claro. O motivo da minha vinda até aqui é que... -A boca dela tremeu, e ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. De repente, havia ficado perceptivelmente nervosa, talvez devido ao tom com que ele se dirigira a ela. – E-eu... er...Eu q-queria dizer que...que...

—Pode fazer o favor de se apressar, Granger?! Tenho um hospital para dirigir, o que significa que não posso ficar ouvindo você gaguejar o dia todo.

Ela recebeu o ataque exatamente como ele previu que ela o receberia: mal. Encolheu-se toda.

É claro que ele estava furioso com ela. Havia sido uma tola de pensar que mesmo treze anos pudessem fazê-lo esquecer do que ela tinha feito com ele. Não havia tempo mágico o suficiente para apagar a dor que ela devia ter causado. Ele tinha todo o direito de estar frustrado, de tratá-la mal, e ela fora uma tola de esperar algo diferente disso.

É, aquilo iria ser extremamente doloroso e difícil.

Respirou fundo.

—Eu cometi um erro, treze anos atrás. -Começou a falar, cabeça baixa. Estava imaginando que essa era uma boa forma de começar aquele diálogo. Expor seus crimes. Declarar-se uma pecadora.

Draco observou-a olhar o chão por algum tempo. Em seguida, deu de ombros, involuntariamente.  

—Desculpe-me. Mas não vejo como isso possa ser minimamente do meu interesse.

—Malfoy. -Ela levantou os olhos, que agora, ele conseguia observar, estavam cheios de lágrimas. Aquela visão, ao mesmo tempo em que partiu o coração, trouxe a Draco uma satisfação que ele não sentia há muitos, muitos anos. -Eu estou sofrendo muito. -Declarou, com uma sinceridade aterradora. Seus  punhos estavam cerrados, como se ela tentasse se segurar no ar.

Ele fitou-a intensamente, como se conseguisse ler sua mente, antes de dizer:  

—Mantenho minha palavra.

—Por favor. – Hermione suplicou. - Se fazer de idiota e fingir que não sabe do que estou falando não vai nos levar a lugar algum. E eu não vou sair daqui sem chegar aonde eu quero!

—Se quer chegar a algum lugar, seja mais específica, Granger. A palavra “erro” é vaga demais. E de qualquer forma, não vejo como algo que aconteceu há treze anos possa ser relevante para mim...

Hermione se aproximou mais de onde ele estava. Sem pedir licença, puxou a cadeira que estava diante da escrivaninha, e sentou-se. Ficou entrelaçando os próprios dedos algumas vezes, em silêncio, antes de começar. Os olhos cinzentos de Draco a sondavam, curiosos.  

—Eu tenho três filhos. -Ela disse, depois do que pareceu ser um silêncio infinito. -Hugo, Rose e ... o mais velho, que se chama Charles. -Fez uma pequena pausa e engoliu em seco. -Ele nasceu em Março de 2006. Exatos nove meses após o meu casamento.

—Certo.

—Você está entendendo aonde eu quero chegar, não está?

—Não.

Hermione suspirou.

—Charles é da Sonserina. Ele tem um gênio muito impulsivo, se irrita com quase tudo. O cabelo dele é castanho, como o meu. Os olhos dele são azul-acinzentado.

—E você está descrevendo sua prole, pois...?

—Malfoy, por favor. -A castanha apelou. Os olhos dela continuavam cheios de lágrimas.

Draco ansiava por vê-las escorrendo.  

—Granger. O que você está me contando não é novidade para mim. -Os olhos dela quase saíram das órbitas quando o loiro proferiu tais palavras. -Eu deduzi sozinho, quando encontrei vocês na estação, um ano atrás. E eu volto a repetir: isso não tem nenhum interesse para mim.

A mulher precisou de alguns momentos para se recuperar do choque. Jamais cogitara a hipótese de Malfoy saber sobre Charles, de sequer desconfiar de sua existência. Aquilo era uma surpresa e tanto para ela, e não sabia como reagir a essa informação e principalmente a de que, sabendo disso, ele não fizera absolutamente nada. Não viera procurá-la, tirar satisfações, nada. Como era possível? Como era possível que ele não tivesse nenhum interesse nisso?

—Malfoy, eu sei que você me odeia. Eu sei que me despreza pelo que fiz com você. -Afirmou, imaginando ser aquele o único motivo para que ele dissesse um absurdo daqueles.- Mas Charles não tem nada a ver com isso.

Malfoy estreitou os olhos. Ela não tinha a menor noção do que ele sentia, não era mesmo? Granger não conseguia nem medir a dimensão do que tinha sido seu sofrimento. Ela não conseguia imaginar, com aquela mente pequena dela, o que ele havia passado e como tinha sido a experiência de descobrir que tinha outro filho, doze anos depois do nascimento dele.   

—Odiar? Granger, essa palavra nem chega perto de descrever. Tudo em você e na sua família me dá repulsa.

—Minha família? Pois saiba que Charles não é só meu filho!

—E eu quero que você saiba que eu não quero ter absolutamente nenhum vínculo com você! Só o fato de ter que ver essa sua cara, e ter que ter essa conversa, meu estômago embrulha.

—Você está apenas falando isso para me ferir.

—É claro que estou. Mas não é por isso que deixa de ser verdade.

O ar parecia pesar um milhão de toneladas, agora, diante do que ele falara. Finalmente, as lágrimas dela começaram a escorrer.  

—É por causa dessa sua atitude, Malfoy, que eu não me arrependo da minha decisão. Você sempre colocou seu orgulho na frente dos seus sentimentos!

—Ah, certo. Não se arrepende e, no entanto, você vem aqui, depois de treze anos, dizer que cometeu um erro...

—Cometi o erro de me deitar com você, não de casar com Ronald! Durante muito tempo eu me torturei perguntando-me se tinha tomado a decisão certa, em deixar você plantado naquela igreja, sozinho, mas vendo você agora, recusando-se a falar comigo sobre Charles, negando o vínculo que tem com só ele por causa do seu orgulho ferido...

 -COMO VOCÊ OUSA! -Malfoy perdeu o controle diante daquelas palavras. Desde o momento em que ela mencionara o garoto, estava tentando conter-se, manter-se indiferente, controlar seu impulso de gritar. Tinha prometido para si mesmo que não ia falar sobre aquilo, que não ia demonstrar sua fraqueza para ela. Porém naquelas circunstâncias somente via-se incapaz. Ali estava Granger, treze anos depois, na frente dele. E em vez de estar de joelhos, pedindo perdão, o que já seria difícil de encarar, ela estava falando que achava que tinha tomado a decisão certa, que ele tinha merecido o destino que recebera, que o fato de não falar sobre Charles era culpa sua. A vontade que tinha era de esganá-la, com as próprias mãos, ver a vida saindo dos olhos dela. -  Você é inacreditável, Granger. Inacreditável! Caso você tenha se esquecido, eu estava extremamente disposto a deixar meu orgulho de lado quando fui até aquela igreja treze anos atrás, só para dizer que te amava! Eu, Granger, logo, eu! Confessando meu amor pela sangue-ruim que me rejeitava. Você tem ideia do quanto doeu ver que você tinha me enganado, mesmo quando você tinha prometido?! Do quanto foi angustiante ver você entrar naquele altar e dizer sim para um traidor de sangue nojento que nem o Weasley, em vez de dizê-lo para mim?  Eu pensei em suicídio, durante meses. Minha vida virou um limbo de álcool e entorpecentes. Eu não conseguia nem me reconhecer mais. Tudo porque eu havia me apaixonado pela sangue-ruim mais filha da puta que existe... -Draco cerrou os punhos e fechou os olhos. Relembrar tudo aquilo deixava um gosto amargo em sua boca que ele não estava preparado para lidar naquele momento. -Mas o tempo, ele passa, Granger. Você veio aqui esperando encontrar o mesmo idiota que você iludiu a treze anos atrás, mas eu nunca mais vou voltar a ser aquele cara.

Hermione, agora, parecia um cachorrinho abandonado.  

—Eu nunca quis iludir você. Eu te amav...

—Ah, por favor, não comece! Não comece a falar mentiras, se fazendo de coitada, dizendo que você não tinha escolha e que você sente muito. Você acabou de dizer que não se arrepende de nada. E quer saber? Mesmo que você se arrependesse, não faria diferença alguma, porque não há nada que você possa fazer hoje que mude o desprezo que eu sinto por você.

A castanha concluiu que, realmente, não tinha porque perder tempo pedindo desculpas. Era verdade, ela não se arrependia de nada, por mais que saber do sofrimento que embutira em Draco printasse em sua alma uma dor interminável e uma culpa do qual jamais iria se livrar. A razão que estava ali não era para tentar amenizar aquelas feridas incuráveis, quando sabia que sua presença só podia fazer era reabri-las e cutuca-las. Sua razão era outra, bem mais importante.

—Eu vim aqui porque eu não estava aguentando mais viver escondendo o fato de que Chuck é seu filho. Ficava na minha mente, vinte e quatro horas por dia, torturando-me e enlouquecendo-me. Eu vim consertar isso. Vim aqui te dar essa informação, e deixar você fazer o que você quiser com ela. Se quiser ignorá-la e fingir que essa conversa nunca existiu, eu não dou a mínima. Se quiser, entretanto, conhecer o menino, não vou negar-lhe esse direito.

—Ah, é claro. -Malfoy revirou os olhos diante do absurdo que ela agora lhe falava. - E como você acha que o seu marido vai reagir comigo chegando na casa de vocês, pedindo para ver o meu filho, que ele acha que na verdade é dele? Você acha que Weasley vai permitir eu me aproximar com um sorriso no rosto e os braços abertos, quando ele não sabe nada sobre a traidora nojenta que você era?

A castanha fitou-o com indiferença.

—Ronald sabe de tudo.  

Aquela informação chocou Draco tão profundamente que ele quase caiu da cadeira. Ao mesmo tempo em que o deixou intensamente revoltado. A desculpa de Hermione para larga-lo era não machucar aquele maldito traidor de sangue, ter a família perfeita dos sonhos que ela sempre quis. E no entanto, depois de todo aquele drama, ela havia contado para o Weasley. Era igualmente surpreendente e irritante.

—Uau. E como está o cenoura traidor de sangue com isso?

—Ele saiu de casa.

—Casamento em crise?

—Não é da sua conta, Malfoy.

—E o menino? Sabe que é bastardo?

—Não o chame assim! Ele não sabe de nada ainda.   

Draco arqueou a sobrancelha.

—E você tem certeza de que quer fazer o garoto passar por esse sofrimento agora?

Hermione riu.

—Achei que você não se importasse com ele, nem com os sentimentos dele.      

—Granger, o único monstro que existe aqui é você. – O loiro fez questão de deixar isso bem claro, porque aparentemente nem com seu discurso ela havia compreendido. - Não quero ter nenhum vínculo com você, como eu disse, mas o garoto não tem culpa de eu ter escolhido você para foder treze anos atrás. É claro que não era do meu interesse destruir sua tão amada família, quando foi por causa dela que eu sofri durante anos e quase me suicidei. Mas uma vez que você mesma se fez o desfavor de fazer isso, sim, é óbvio que eu gostaria de conhecer meu filho!

—Ótimo. -A castanha parecia satisfeita. Finalmente, ele se rendera. Sabia que ele faria isso. Era simplesmente impossível que Draco Malfoy não tivesse interesse no próprio filho. -Mas antes, eu preciso avaliar se você será bom para ele. Não quero apresentar ao meu filho um psicopata frio que vai destruir o emocional dele.

—Ah. Então você pretende me avaliar agora? Como?

—Eu gostaria de conhecer Scorpius Malfoy. – Ela falou, de maneira sutil, quase inadequada, como se soubesse exatamente o atrevimento que cometia ao fazer aquela proposta.

O corpo de Draco tremeu por completo.  

Nunca.  

Hermione assentiu, balançando a cabeça.

—Então, suponho que essa conversa acabe aqui. -Levantou-se da cadeira, e começou a andar. -Foi um desprazer revê-lo, Malfoy.

Ela estava quase alcançando a maçaneta da porta para sair da sala, quando Draco interrompeu.

—Granger, espere. -Ela se virou de pronto, piscando os olhos, como se prestasse atenção. Ele suspirou. -Amanhã, às onze horas. Você lembra o endereço da minha mansão.


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Notas finais do capítulo

Comentem, pelo amor de Merlim!



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