Joia de Família escrita por Denise Reis


Capítulo 41
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores!!!

A família Castle está para receber uma visita muito importante!!!

Vamos ver de quem se trata.

Mas peço muita paciência comigo e com a Kate, ok?

Boa leitura!!



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Alguns meses depois...

— Richard Castle, pelo amor de Deus, não chegue perto de mim... – Kate mostrou-se impaciente quando o marido se encostou nela para lhe fazer um carinho.

— Hey, mulher! O que foi? Nunca te vi assim! – Sem se afastar, Castle demonstrava não entender aquele rompante da esposa, já que em todo tempo que já estavam juntos, ele nunca a vira com aquele tipo de comportamento.

Kate ergueu as mãos para afastar o marido e ela mesma saiu de perto dele — Nem tente se aproximar novamente de mim... Vá tomar um banho! – ela continuava irritada e fazia uma fisionomia de quem estava incomodada com o cheiro dele. Ela franzia o nariz e a testa — Vá tomar banho! – Kate repetiu. 

— Mas Kate, eu acabei de tomar banho... – ele passou as mãos nos cabelos ainda molhados — Veja, Kate, meus cabelos ainda estão molhados.

— Eu sei disso... Mas eu não estou me referindo a sujeira, Castle. É o seu cheiro! Eu não suporto este seu perfume. Ele me embrulha o estômago. Vá tomar outro banho! – Kate sentia-se mal. Fechou os olhos e pôs a mão direita na boca, como se estivesse com vontade de vomitar e correu para o banheiro, fechando-se lá dentro.

Após alguns minutos ela retornou pálida do banheiro, segurando uma toalha de rosto e foi se sentar na cama.

Castle olhou a palidez da esposa e era óbvio que, além de nervosa, ela não estava passando bem e ele se preocupou — Amor, você não está bem... – ele chegou perto dela, mas foi rechaçado.

— Você ainda não foi tomar banho, Castle? Eu já te disse que este seu perfume está me embrulhando o estômago. – Kate colocou a toalha no rosto.

— Mas Kate, eu uso este perfume há muitos anos e você adora, aliás, este último frasco foi você mesma quem me deu de presente.

Mesmo mais distante do marido, Kate se sentiu desconfortável e fez uma careta de repulsa diante do cheiro do perfume e também por conta daquela afirmação do marido — Jura? Eu te dei este perfume? – Ainda com as mãos e a toalha na boca e engolindo com dificuldade por conta das náuseas, Kate entortou a boca e o nariz e voltou a implicar com o perfume do marido — Mas agora eu não gosto mais deste cheiro... Aliás, eu odeio este perfume! ODEIO! Você me ouviu? Odeio! Odeio! Odeio! Se você não jogar fora eu mesma vou fazer isso.

Kate saiu irritada da suíte do casal, mas o Castle ainda a ouviu resmungando.

Poucos segundos depois Alexis entra apressada na suíte dos pais com uma feição preocupada — Papai, pelo amor de Deus! O que é que o senhor fez com a mamãe?

— Ãããnnhh! – Ele indagou curioso e preocupado — Eu? Eu não fiz nada!

— Pai!

— Eu juro, Alexis! Eu não fiz nada! Eu não falei nada! Sou completamente inocente!

— Não sei o que é que está se passando, mas ela está irritada e chorando muito.

—  Sua mãe está chorando? - Castle ficou pasmo com aquela informação. 

— Sim, pai. Ela chegou lá na sala chorando e dizendo que “odeia”...   Alexis fez um sinal de aspas com os dedos no momento em que falou a palavra “odeia” — Mas o que é que ela odeia, eihm, papai? Ou pior ainda,  pai, “quem” é que a mamãe “odeia”, eihm? – Alexis, uma linda garota de onze anos, muito madura para a idade, colocou o dedo indicador no peito do pai — Papai, papai! – ela o encarou.

— Hey, filha! Você me conhece e eu seria incapaz de aprontar com sua mãe ou mesmo falar ou fazer algo que a magoasse. – com uma voz carinhosa e preocupada, Castle se justificava — Eu já te disse que não fiz nada! Eu juro! E a pergunta certa não é “quem” a sua mãe odeia... E sim, “o que” a sua mãe odeia.

— Então, “o que” é que a mamãe odeia?

— Sua mãe disse que “odeia” o meu perfume, filha. Ela disse que o cheiro está um horror!

Alexis aspirou o perfume do pai como se fosse um cão farejador e fez uma expressão demonstrando não ter encontrado nenhum problema — Mas pai, este seu perfume é uma delícia e o senhor o usa desde que eu sou pequenininha... E ele é uma maravilha! Aliás, se não me engano, a mamãe também o adora! Hummm! Estou achando esta história muito estranha, pai?

— Eu também, meu bem.

— Sim, pai... A gente até pode achar estranho e nem estar entendendo nada, mas que tal o senhor tomar um banho de esfregão para tirar todo este perfume, eihm? Nunca vi vocês brigando... Nunca vi a mamãe tão exaltada assim... Se isso for o motivo da mamãe estar tão nervosa e chorando, acho que o banho vai solucionar... Depois vocês conversam e tudo fica resolvido.

Castle já ia saindo do quarto em direção à sala quando Alexis o segura pelo braço — Hey, papai, aonde o senhor pensa que vai?

— Eu vou ver sua mãe... Eu estou muito preocupado com ela. Eu nunca a vi assim. Eu não gosto de vê-la chorando. Isto corta o meu coração.

— O meu coração também, papai. Mas eu vou lá ficar com ela e tentar acalmá-la. E quanto ao senhor, mocinho, já para o banho! – e menina brincou com o pai, como se ele fosse uma criança desobediente — E não coloque nenhum perfume!

— Sim, senhora! – espirituoso, ele devolveu a brincadeira e correu para o banho.

Castle estava na porta do banheiro quando ouviu a voz suave de Alexis — Eu te amo, papai!

Castle girou o corpo na direção da filha e ao olhar para a menina, deu um sorriso apaixonado — Eu também te amo, filha... Vá ficar com sua mãe, meu bem, e tenha paciência com ela.

— Claro que eu vou ter paciência com ela, pai. Eu amo a mamãe.

Alexis jogou um beijo no ar para o pai e retornou à sala, encontrando a mãe sentada no tapete, recostada em um dos sofás, com uma almofada no colo e soluçava. Pelo jeito que ela chorava, parecia que o mundo ia acabar e isso deixou Alexis muito preocupada.

Desolada, Kate enxugava o rosto na mesma toalha que pegara no banheiro.

 "Eu preciso cuidar da mamãe! Eu a amo tanto!" - a menina pensou e se aproximou de Kate.

Alexis se sentou no tapete ao lado de mãe e a trouxe para um abraço apertado, carregado de amor.

A ruivinha passou a acariciar os cabelos sedosos da mãe — Hey, mamãe, o papai já foi tomar banho e eu o fiz prometer que vai passar esfregão para tirar todo o resíduo daquele perfume.

— Mas eu adoro aquele perfume, filha... – Kate chorava e as lágrimas escorriam grossas pelo rosto.

Alexis se afastou um pouco e franziu a testa ao escutar aquele comentário — Ops! Agora fiquei confusa, mamãe... Parece que estou lendo um livro com páginas trocadas, pois há menos de dois minutos a senhora disse que odiava o perfume do papai e agora está me dizendo que adora o perfume dele... Como assim? A senhora “odeia” ou “adora” o perfume do papai?

— Bem... Eu adoro aquele perfume, mas agora eu o odeio... – Kate nauseou e pôs a mão na boca — Está vendo, Alexis, só em falar sobre o perfume eu já me lembro do cheiro dele e fico com o estômago embrulhado.

Nauseada, Kate colocou a mão sobre a boca, se levantou e ficou a andar pela sala. 

— Que estranho, eihm! – Alexis comentou, pensativa.

A garota pegou a toalha das mãos da mãe, e com todo o carinho do mundo, passou no rosto e nos olhos de Kate para enxugar as lágrimas — Pronto, mamãe! O rosto está sequinho novamente. Toda linda! – a menina sorriu e fez a mãe sorrir. 

Mãe e filha sentaram-se em um dos sofás da sala.

 

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Castle retornou à sala após o banho. Ele estava lindo com um traje esporte, pois iriam receber os sogros para o almoço de domingo.

Ainda de cabelos molhados, mas um pouco receoso, ele se aproximou da esposa e a ajudou a se levantar.

Kate aceitou a ajuda do Castle.

Assim que ficou de pé, ela mostrou-se insegura ao se aproximar do marido, então o cheirou levemente. Ao notar que não tinha mais nenhum traço do perfume, ela o envolveu pelo pescoço em um abraço apertado — Desculpa, amor! – ela voltou a chorar — Eu te amo tanto.

Sem deixar de abraça-la, ele a acalentava, demonstrando estar confuso e sensibilizado com a reação dela. Nunca a vira assim — Oh, amor, e precisa chorar por isso? – ele falava mais carinhoso do que o normal.

Enquanto abraçava a esposa, acariciando as costas e os cabelos dela, Castle estava em frente à filha e ao olhar para a ruivinha, ambos estavam com a mesma expressão no rosto de que não entendiam o que acontecia.

Ainda com o rosto no peito do marido, Kate se lamentava — Acho que estou com TPM, pois estou muito sensível... E o pior é que você que sofre as consequências. Desculpa, amor. Você é maravilhoso e o melhor marido do mundo.

Castle a encheu de beijos na face e logo se afastou um pouco — Que tal você se animar, eihm, meu amor. Daqui a pouco seus pais vão chegar e se eles a virem com essa carinha de choro, vão pensar que eu estou maltratando a filha deles. – Castle sorriu ao fazer a brincadeira, pois queria animar Kate.

Kate deu um soluço e um suspiro profundo. Passou as mãos no rosto e deu um selinho no marido — Estou melhor! – ela deu um sorriso, animando-se e, como num passe de mágica, Kate passou a agir como se não tivesse acontecido nada e logo mudou de assunto — Bem, amor, já terminamos de fazer o almoço. Quer dizer... Os acompanhamentos estão todos prontos, mas o bacalhau à Gomes de Sá ainda está no forno e você disse que se encarregaria de controlar o tempo.

— Vou cuidar disso! A adega climatizada tem vinhos e...

— E a sobremesa está no refrigerador. – Alexis completou.

— Rick, então você fica aí no controle do forno que eu vou retocar a maquiagem. – Kate comunicou.

— E eu também vou retocar a minha maquiagem. – Alexis anunciou e muito rapidamente teve dois pares de olhos sobressaltado direcionados para ela e isso a fez rir — Apenas estava testando para saber se vocês estavam prestando atenção em mim – a menina riu faceira — Eu vou apenas colocar o brilho labial que a mamãe comprou para mim, ok?

— Você tem uma coleção deles, não é, Alexis? – Rick indagou.

— Sim, papai, eu tenho brilhos labiais de várias cores. – Alexis o provocou.

— Todas nudes ou rosa bem clarinho, não é, filha? – Kate esclareceu.

 

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O almoço do domingo foi um sucesso e nem parecia que Kate tinha implicado com o perfume do marido, muito menos que ela tinha chorado tanto por conta disso.

Castle sempre fora muito carinhoso e atencioso com ela, mas naquele dia, em especial, ele redobrava o carinho e a atenção para a esposa.

Depois do almoço, Castle estimulou Kate a conversar com Johanna e anunciou que ele ajeitaria a cozinha sozinho.

— Vá ficar com sua mãe, vá, meu amor.

Kate até tentou ajudar, mas, diante da insistência do marido, aceitou a oferta dele — Então... Tudo bem, amor! Obrigada!

Muito rapidamente ele retirou os pratos e os talheres sujos e os depositou na máquina de lavar pratos. Guardou os alimentos em recipientes próprios.

Tudo arrumado, ele começou um assunto animado com o seu sogro e não prestavam atenção em mais nada.

— Eu sei que o Castle sempre foi muito participativo nos afazeres domésticos, filha, mas hoje ele não deixou você fazer nada. Vocês sempre fazem isso juntos. – Jô estranhou.

— Ah, mamãe, ele é um amor. É que o Rick sabe que a senhora mora longe de mim e quer que eu aproveite sua presença aqui em casa. É isso.

— Ele é um lindo! – Jô elogiou o genro — Mudando de assinto... Hey, filha, quando a Martha retorna da viagem, eihm? Ela faz muita falta nos nossos almoços de domingo. Ela é muito divertida.

— Ela telefonou ontem e avisou que vai ficar fora mais duas semanas. Ela tem muitos amigos e a turma é excelente!

Alexis se aproximou de Kate e de Martha com uma pequena tigela de mousse de chocolate nas mãos — Quer mais mousse, vovó? E a senhora, mamãe?

— Eu passo, meu anjinho! – Johanna respondeu para a neta. — Se eu for comer todas as sobremesas que você come, a vovó vai ficar um balão.

— Eu também, filha. – Kate explicou.

Elas riram.

— Que bobagem! – Alexis riu e seguiu para a TV.

— E aí, Katie, você me disse que já estavam pensando em engravidar. – Johanna falou baixinho para a filha, assim que a neta se afastou para assistir TV com o potinho de sobremesa na mão.

— É, mamãe. Já suspendemos os contraceptivos, mas até agora nada. – Kate fez bico, evidenciando seu descontentamento — E, o pior é que eu estou com aqueles sintomas característicos de TPM, ou seja, já vou menstruar... Ainda não foi desta vez que fiquei grávida. – Kate fez outra careta.

— Relaxa, filha, você é saudável e ainda é muito nova e o seu marido também. Quando você menos “esperar”, você vai estar “esperando”. – Johanna riu ao fazer o trocadilho, fazendo a Kate rir junto — E terão um lindo bebê.

— Ah, mamãe, esse é o meu maior sonho... Ter um bebê do Rick. – ela sorria feliz — Estou ansiosa para ver a carinha da Alexis quando olhar o irmãozinho.

— Ou irmãzinha... – Johanna emendou toda sorridente.

— Ah! Quem será que virá primeiro, eihm? o menino ou a menina?

— Você tem preferência?

— Não! – Kate afirmou com segurança — Segurar nos braços um bebe do Rick é o meu sonho e juro que tanto faz ser um menino ou uma menina.

 

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 Os dois primeiros dias úteis após o almoço de domingo voaram e logo chegou a quarta-feira, ou seja, o dia em que a Dra. Katherine Beckett Castle trabalhava na Emergência Pediátrica do Hospital do Sagrado Coração de Jesus.

— Nossa Senhora! Que manhã foi essa, eihm? – Kate se queixou com a Lanie assim que chegou o horário do almoço.

Assim que deu alta para uma criança que levou cinco pontos na testa ela chamou sua ex Orientadora para almoçar — Vamos almoçar, amiga? Estou morrendo de fome! Estou exausta e parece que não como há muitos anos. Eu comeria o mundo agora.

— Meu Deus! Nunca te vi tão faminta assim, Kate. Vamos!

Kate andava na direção do restaurante e ao olhar a amiga para fazer um comentário ela sentiu o mundo girar e, sem conseguir evitar, desmaiou.

Lanie assistiu a tudo como se fosse um filme em câmara lenta e a única coisa que conseguiu foi amparar a amiga para que ela não batesse a cabeça no chão.

Alguns enfermeiros que passavam no momento também a ajudaram e, rapidamente, colocaram Kate em uma maca.

— Dra. Lance, o que houve com a Dra. Kate, eihm? – uma enfermeira recém contratada indagou curiosa.

— Boa pergunta! – Lanie brincou.

— Aonde vamos coloca-la? – outra Enfermeira perguntou.

— Apesar de ela não ser criança, vamos atende-la aqui mesmo na Emergência Pediátrica. Vamos levá-la para a sala de exames.

Kate não tardou a despertar e, mesmo apática, já queria sair da maca, mas Lanie a proibiu — Calma, aí, mocinha. Você desmaiou e vamos ver o que é isso.

— Você deve estar de brincadeira, não é, Lanie? – Kate ralhou com a amiga.

— Claro que eu não estou brincando... Com saúde não se brinca, Kate, e até pensei que você soubesse disso. – Lanie ironizou.

— Mas eu sou uma médica e este leito é destinado a pacientes.

— Exatamente. Mas já chega de reclamar, entendeu, amiga?

— Ah, tá... Sim, senhora! – Kate se mostrou resignada.

— Nós lidamos com crianças doentes o dia todo e, por mais que a gente tome precauções, podemos, sim, pegar uma enfermidade delas, Kate, e você sabe disso. Espero que isso não tenha acontecido com você, querida.

Kate fez bico, achando que a amiga estava exagerando — Tudo bem.  Mas acho que você está exagerando.

— Que tal tirar essa cara de menina birrenta, eihm? – Lanie provocou, mas logo deu uma ordem para uma Enfermeira — Samantha, pode colher o sangue da Dra. Kate. Aqui está a autorização dos exames. E diga ao laboratório que eu tenho pressa.

A turma era acostumada com emergências, então, céleres, colheram o sangue de Kate e levaram ao laboratório para fazer todo tipo de investigação, seguindo a determinação da Dra Lanie Parish Esposito.

Por sorte, a Emergência Pediátrica estava sem movimento.

Após o sangue ser coletado, Lanie se encontrava ao lado do leito onde Kate foi colocada e fazia anamnese. Registrava todas as informações que a amiga dava a fim de ajudar na investigação do diagnóstico.

— Lanie, você jura que está me tratando como uma paciente?

— E você jura que está fazendo birra? – Lanie devolveu a pergunta e deu uma risada — Você está parecendo aquelas crianças manhosas que vão lá para a clínica levadas pelas mães para os exames periódicos. Elas juram que não sentem nada até que a gente encontra uma infecção.

— Hey, sai para lá com essa ideia... – Kate recriminou a amiga — Eu não estou doente. Eu estou ótima, eu já disse! Eu estou é com muita fome. Acho que desmaiei de fome. Vamos almoçar, Lanie.

— Vamos, sim, mas antes eu quero ver os exames.

Como em emergências de hospitais os exames laboratoriais saem muito rápido, Lanie recebeu uma mensagem no seu celular corporativo avisando que os exames de Kate já estavam no sistema.

Lanie acessou a página dos exames e analisou item por item e um sorriso se fez no rosto dela.

— Vamos, moça! Pode descer desta maca e vamos almoçar. – Lanie sorria e não conseguia esconder sua felicidade e isso alegrou Kate.

— Eu te disse, não foi? Eu te disse que não tinha nada! – Kate provocou.

— E quem foi que disse que você não tem nada, moça? – Lanie respondeu e segurou Kate pelo braço antes dela sair da saleta.

— Se eu tivesse algum problema você não me deixaria sair, estou certa, Dra. Lanie Parish Esposito? – Kate pilheriou.

— Certíssima, Dra. Kate Beckett Caste. Exatamente! Você não tem nenhum “problema”...  – Lanie fez o sinal das aspas com os dedos e fez uma expressão divertida com o rosto — Tenho certeza que você está com a saúde perfeita! Aliás, nunca esteve tão perfeita e acho que você vai gostar de ver com seus próprios olhos os resultados dos seus exames e verá que, realmente, você não tem nenhum “problema”.

Lanie passou seu tablet para as mãos de Kate com o objetivo de que ela própria analisasse os exames.

Kate verificava um por um os exames até que sua fisionomia mudou ao analisar o último. Ela ficou boquiaberta e, de modo muito natural, ela tocou na própria barriga ao olhar para Lanie — Amiga, eu estou grávida!

Só que ao fazer aquela afirmação para sua amiga, sua voz saiu mais alta do que calculara e os médicos e enfermeiros do local ouviram e aplaudiram e deram os parabéns! A equipe era muito unida.

— E aí, vamos almoçar agora? – Lanie indagou após as trocas de abraços do pessoal.

Kate agradeceu as manifestações de alegria e se afastou — Mas eu quero logo contar ao Rick.

— Calma, garota! Já que você soube aqui no hospital, você bem que podia fazer uma surpresa para o seu marido. Vamos almoçar e depois você pensa como contar para o Castle que ele vai ser pai novamente.

— Mas... – Kate tentou argumentar.

— Vá por mim, garota! Garanto que até a hora do Castle chegar em casa você já vai ter pensado em uma forma bem original de dar esta notícia maravilhosa para ele.

No almoço, Kate não parava de falar da gravidez e, obviamente, estava muito feliz. Ela quis saber sobre as duas vezes em que Lanie ficara grávida.

Lanie comentou sobre as alegrias e também sobre as inconveniências da gravidez.

— A pior parte são os enjoos, amiga... Ainda bem que para a maioria das gestantes isso só ocorre no primeiro trimestre. E tem umas mulheres que passam a gravidez toda sem sentir nada. Que maravilha, eihm? Mas, infelizmente, algumas vezes, Kate, até odores e sabores antes agradáveis, tornam-se insuportáveis.

— Ah, então foi por isso que eu reclamei com o Rick no domingo e até chorei. Um vexame! Oh, meu Deus!! Se eu tivesse imaginado... – Kate narrou todo o incidente acerca do perfume no domingo.

Depois de comentarem sobre o incidente no domingo, Lanie mencionou os medicamentos que Kate poderia tomar para esta fase de enjoos e indicou uma obstetra para acompanha-la na gestação.

— Ah, como eu queria ir embora agora, Lanie.

— E deixar as criancinhas da emergência sem uma médica tão competente quanto você?

— Ah, Lanie, lá têm muitos médicos...

— Querida, eu te amo e queria te lembrar que você não está doente, então, amiga, segura esta ansiedade, ok? – Lanie sorriu da carinha de pidona de Kate.

 

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Continua...


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Notas finais do capítulo

Já sei que vou ficar ansiosa por comentários...



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