Joia de Família escrita por Denise Reis


Capítulo 2
Capítulo 1




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Com 11 anos de idade, Katherine Houghton Beckett era uma linda garotinha e uma excelente aluna do Saint Anthony of Padua Educational Institute. A beleza dela chamava atenção de todos. Sua pele tinha um tom naturalmente bronzeado.

A garota era possuidora de lindos e expressivos olhos verdes e um rosto que parecia ter sido esculpido, haja vista a perfeição dos seus traços, emoldurados por longos cabelos castanhos claros, quase loiros, que, na maioria dos dias estavam presos com uma ou duas tranças, amarradas com vistosos laços de fita.

Além de bela, Kate também era doce e carinhosa com as coleguinhas e com as professoras, fazendo a convivência com ela ser muito fácil. Contudo, ninguém podia negar que a menina tinha um temperamento explosivo nos momentos de tensão, tendo em vista que não levava desaforo para casa e, por várias vezes, seus pais foram chamados à Direção do Colégio por conta deste destempero da garota, tanto que foram aconselhados pela Coordenadora Pedagógica a colocar a menina na aula de Jus-Jitsu, como forma não só de extravasar suas energias, mas também para fazer com que a garota apresentasse melhora significativa em autocontrole, equilíbrio, coordenação motora, entre outras habilidades, além de aprender as técnicas corretas de defesa sem machucar o próximo ou a si mesma.

Mesmo sendo doce, Kate era forte, destemida, independente e não se intimidava caso algum colega do colégio a provocasse. Só que ela era esquentada, retrucava e descontava na mesma proporção, ainda que a criança fosse mais velha que ela.

 

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Durante o horário de intervalo daquela sexta-feira, após saborear seu sanduiche de queijo e um suco de laranja, Kate estava no pátio, sentada com suas coleguinhas rindo e conversando inocentemente sobre assuntos próprios da idade, quando uma garota mais velha, aparentando 14 anos, puxa a trança dela e a provoca, fazendo bullying.

— Ah, que garotinha mais linda! – o tom de ironia foi nítido— Ela usa tranças e até parece bem feminina, mas, ao invés de dançar balé, ela luta Jus-Jitsu... É a fortona da escola... Bem que podia ser um menino.

Imediatamente após ouvir o comentário sardônico e reconhecer a garota que a insultou, Kate se levantou e, mesmo com seus onze aninhos, enfrentou a aluna grande, sem demonstrar medo.

— Ah, Brenda, é você novamente? Você vem até aqui somente para me provocar! Você não se cansa de me irritar, é? Eu sou menina, sim, e pratico Jus-Jitsu mesmo e você não tem nada com isso. – Determinada, Kate levantava o rosto e olha firme para a menina grande, provando que não estava intimidada diante dela — E por que é que você se importa com isso? Você pensa o que, eihm? Que somente menino é que pode praticar Jus-Jitsu?

— Claro, que sim! – Brenda insistia no bullying — Somente meninos fazem jus-jitsu, judô e karatê. Meninas fazem balé.

— Pelo visto você é daquelas que pensam que meninas só vestem rosa e brincam de bonecas e meninos só vestem azul e brincam de carrinhos, acertei? – Kate retrucou, deixando à mostra os laços de fitas azuis que ornavam as longas tranças, demonstrando que não tinha medo da menina grande e até riu com sarcasmo ao fazer o novo comentário — Já vi que você é grande só por fora, Brenda. Por dentro, tem um cérebro de hamster!

O comentário de Kate irritou Brenda — Hey, pequena! Você não se enxerga? – Brenda fez cara de chateada, na intenção de amedrontar Kate — Katherine Beckett, você é um inseto que eu derrubo com um dedo.

Brenda fez cara de malvada e, usando força, empurrou Kate, só que não esperava que a garotinha, por ter conhecimento de defesa pessoal, soubesse se esquivar e se livrar da queda.

Com facilidade e sem ser necessário usar força ou mesmo tocar na menina grande, Kate não só soube desviar do golpe de Brenda, como também conseguiu fazer que a própria menina perdesse o equilíbrio e caísse. Ao se ver no chão, Benda ficou enfurecida, pois se sentiu humilhada já que fora ludibriada por uma garotinha três anos mais nova que ela.

Neste momento, formou-se um grupo ao redor das duas garotas e um amigo de Brenda, um rapaz de cachos loiros e olhos castanhos, a ajudou a levantar e, logo em seguida, por ser muito alto e forte, pegou Kate pelos ombros e a ergueu do chão, sacudindo-a no ar como se ela fosse uma boneca de pano.

— Hey, fedelha! Brenda é minha namorada. Não faça isso com ela senão você vira um mosquito despedaçado e eu ainda corto suas tranças! – o rapaz a ameaçou não só com gritos, mas também com uma cara de mau.

Ao redor, as crianças estavam assustadas, pois Frederico era conhecido por ser forte e gostar de bater nos colegas, principalmente nos menores. Já fora, inclusive, várias vezes suspenso por todos esses motivos.

— Frederico, largue a Kate! – Paty, uma amiguinha de Kate, gritou para o rapaz — Eu vou falar com mamãe que você está agredindo minha amiga. – Paty o ameaçou — Ela é do meu tamanho... É pequena e você é grandão.

— Cala boca, Paty, que você é outra fedelha! Eu sou seu irmão mais velho e vou contar para a mamãe que você anda com esta moleca briguenta! A mamãe vai te proibir de andar com esta pirralha desordeira. – Frederico falava sem soltar Kate que, por sua vez, se sacudia para se livrar das garras do garoto grandão.

Apesar da agitação e do barulho, nenhum Inspetor do Colégio apareceu para acalmar a situação e colocar ordem no ambiente.

No entanto, como um passe de mágica, Kate se viu liberta por um rapaz desconhecido. Ao invés de uniforme escolar, o rapaz usava terno risca de giz. Ele era muito bonito, tinha cabelos castanhos claros e parecia um príncipe. Os olhos azuis do moço eram brilhantes e transmitiam segurança e bondade. Era muito alto e ainda maior e mais forte do que Frederico.

Ao se ver novamente em pé no chão e livre das garras de Frederico, mesmo não sendo covarde, Katherine correu imediatamente para junto das suas amiguinhas.

Assim que Kate foi retirada de suas mãos, Frederico perdeu o equilíbrio e, aparvalhado, caiu sozinho. A queda foi engraçada e provocou risos de todos que estavam à sua volta. As crianças não gostavam dele.

Frederico ficou vermelho de raiva, pois ficou nítido que caiu sozinho, todo desengonçado.

O rapaz que salvou Kate ficou indignado com a atitude covarde de Frederico.

Mesmo aborrecido por ter caído de forma tão constrangedora, Fredy suportou calado o olhar de censura do moço que passou a ralhar com ele — Você não vê que essa garotinha é muito menor que você, rapaz? Você é um delinquente e devia ter vergonha de agredir uma criança. Huumm! Dá para perceber que você tem mais de dezesseis anos, talvez dezessete ou dezoito e deveria estar estudando no pavilhão do ensino médio, mas, obviamente, é um garoto problema e deve ter repetido de ano por várias vezes e ainda está aqui neste pavilhão.

— Nem te conheço, cara... Quem... Quem... Quem é você para ficar aí me dando lição de moral? – Frederico indagou com voz trêmula e gaguejando, sem conseguir camuflar que ficou com medo do rapaz desconhecido e muito bem vestido que era somente um pouco mais velho que ele, mas muito mais alto, muito mais forte e seguro nas suas ações e palavras.

Ouviu-se o barulho estridente do apito do Inspetor do Colégio, próprio para apartar momentos de tumulto entre os alunos.

Frederico já se preparava para se levantar, contudo, após ouvir o som do apito, o desordeiro imediatamente previu que os alunos olhariam para o Inspetor, então, aproveitou esta oportunidade e permaneceu largado no chão e, como era mal caráter, rasgou sua própria camisa da escola e bagunçou seus cabelos.

O Inspetor McGregor era um ruivo muito alto e forte. Seus cabelos eram encaracolados e começavam a ficar grisalhos. Possuidor de uma aparência carrancuda, porte firme e voz possante, todos o respeitavam muito. Ele se aproximou do grupo e olhava os presentes, um a um, com a fisionomia bem séria. Se a voz dele já assustava, o olhar, então, não ficava por menos, já que causava arrepios nos alunos. Aquele Inspetor era temido por conta da sua austeridade e, para piorar a situação, ainda sabia o nome e sobrenome de todos os estudantes — Hey, o que se passa aqui? Que bagunça é essa?

O silêncio que se fez foi muito grande e o Inspetor continuava analisando tudo a sua volta— Frederico Smith, o que houve? Por que você está caído no chão, descabelado e com o uniforme rasgado?

Encolerizado, Frederico viu a oportunidade de se vingar e com um jeito bem teatral, inventou uma explicação — Eu fui insultado! Isso não vai ficar assim... Eu vou falar com meu pai... Ele é o melhor advogado do país e vai processar este intrometido aí. – o jovem loiro apontou para o desconhecido que salvou Kate — Meu pai também vai processar você e este colégio, Kate. – Fredy intimidou.

Katherine arregalou os olhos ao ouvir tamanha mentira e, destemida, desmascarou Frederico – Nada disso, Inspetor McGregor! Isto tudo é mentira! A Brenda que começou tudo isso. Ela me importunou... faz bullying e o Frederico se juntou a ela, me provocou e me agrediu. – Confiante, Kate se aproximou do Inspetor ao relatar os fatos.

O Inspetor ouviu as ameaças do Frederico e as queixas de Katherine — E como você se livrou dele, Katherine Beckett? Você o empurrou ao chão, rasgou a camisa dele e o agrediu?

— Não! Claro que eu não fiz nada disso. Olhe o meu tamanho e o dele, Inspetor. Eu até que sou forte, mas ele é mais forte do que eu. – ela justificou — Ele tropeçou nas próprias pernas e caiu sozinho. – todos voltaram a rir da queda do Frederico, mas diante do olhar autoritário do Inspetor, o silencio se fez novamente e Kate continuou sua explicação — Frederico é fingido e não tem caráter. Ele mesmo bagunçou seus cabelos e ainda rasgou a camisa assim que o senhor chegou. Eu vi na hora em que ele próprio fez tudo isso... E ainda fica me ameaçando a... – Kate desmentia as acusações com voz firme, mas foi interrompida pelo seu salvador.

O jovem de terno se aproximou do inspetor — Eu que tirei a garotinha das garras deste rapaz grosseiro e ela não fez nada contra ele, até porque ela é apenas uma criança e ele um rapaz muito alto e forte. Ela foi a ‘agredida’ e não a ‘agressora’, Inspetor McGregor.

— E quem é você, rapaz?... – o Inspetor olhava atentamente as feições do moço — Este pátio é para alunos. Você é jovem, mas está sem uniforme escolar, de onde se conclui que não estuda aqui...  Aaah, eu estou lembrado... Você é um ex-aluno... Isso mesmo! Você estudou aqui no Saint Anthony of Padua Educational Institute desde pequeno e se formou no ano passado e já deve estar na universidade. Eu me recordo de você aqui e também lá no pavilhão do ensino médio.

— Exatamente, sou um ex-aluno! – o jovem visitante concordou.

— Você está com que idade agora, meu jovem? – O Inspetor indagou com cara de poucos amigos.

— Dezoito! – o visitante respondeu.

— Mas o que o trouxe ao colégio, mais especificamente neste pavilhão do ensino fundamental? – Com o olhar ameaçador, o Inspetor olhou para os alunos, mais precisamente para Katherine e Frederico e depois voltou a atenção para o jovem visitante e indagou bruscamente — Então... Foi você, quem agrediu o Frederico Smith!? – o inspetor deduziu.

O Inspetor falava, questionava e o acusava igual a uma metralhadora... Fazia uma pergunta atrás da outra, não dando tempo para o moço explicar.

Sem temer o Inspetor, muito menos Frederico e as artimanhas do moleque, o ex-aluno, determinado e impassível, se defendeu das falsas acusações — Eu nem trisquei neste menino arrogante, dissimulado e mentiroso. A única coisa que fiz foi tirar esta garotinha das garras dele. Ele caiu sozinho. Como a menina disse, ele rasgou a própria camisa e bagunçou os cabelos. Inspetor, eu estou aqui porque...

— Não quero ouvir mais nada! Acho melhor você guardar suas explicações para falar diretamente com Diretor do colégio. Lá você se identifica e se justifica. Venha! E vocês... – o Inspetor se dirigiu ao grupo que se formou ao redor da cena — ... Voltem a se divertir e aproveitem o restante do recreio... Afastem-se!

Naquele momento uma sirene soou anunciando que o horário do intervalo havia acabado.

— Vocês ouviram a sirene, então, voltem para suas salas. Não quero ver mais ninguém aqui.

Imediatamente após a reprimenda, as crianças se afastaram rapidamente, temerosas do olhar arrepiante do Inspetor.

Frederico ia saindo com o resto do grupo quando o Inspetor o chamou — E você, Frederico Smith, nada de sair daqui. Venha comigo também. Vou levar vocês dois até o Gabinete do Diretor.

— E a Kate? – Frederico o questionou de modo insolente.

— Você agora quer me ensinar a trabalhar? – O Inspetor McGregor falou com uma voz gélida ao lançar um olhar severo para Federico.

— Não... Não senhor... Des... Desculpe-me. – Frederico respondeu gaguejando, sem graça, devido a reprimenda.

Apesar de não ser necessário, o Inspetor explicou a ausência de Katherine – Depois o Diretor fala com ela e com os pais dela. Agora, venha, Frederico. E não vou repetir.

Kate ainda estava ao lado do Inspetor e enviou um olhar de triunfo à Frederico e ao fitar o seu salvador, ela deu um sorriso tímido e feliz ao agradecer — Obrigada por me salvar. Nunca vou me esquecer de você. Eu até podia ter conseguido sozinha, mas foi bem melhor ter sido salva por você, porque você é grande e eu sou pequena. Obrigada mesmo. Como é seu nome, moço?

Olhando com doçura para a garotinha, o moço se agachou, ficando de frente para ela e logo respondeu – Meu nome é...

Severo, o Inspetor McGregor interceptou a conversa de Kate – Chega de conversa fiada, mocinha! Vá para a sua sala com suas coleguinhas. A sirene já tocou e a aula já vai recomeçar.

Kate se afastou do Inspetor, mas não retornou à sua sala de aula. Ela ficou ali perto olhando o ex-aluno. Ela o tinha como herói.

Naquele instante o alvoroço de crianças correndo e se afastando foi geral. Somente Kate permaneceu onde estava. Ela fazia bico de chateada e mirava Frederico com desdém, demonstrando estar satisfeita por ele ter sido advertido e estar indo para a sala do Diretor receber uma reprimenda.

Sem se incomodar com o nervosismo do Inspetor, o ex-aluno foi até onde Kate estava, se agachou à frente da garotinha e, sorridente, tocou de leve na franjinha e em uma das tranças, como forma de apreço e carinho fraternal — Hey, garotinha, não fique chateada. O Frederico vai ser punido pelo Diretor e garanto que nunca mais vai te importunar.

— E a Brenda Leroy? – Kate indagou — Ela também deveria ser advertida, porque ela é perversa e adora fazer bullying comigo só porque eu faço jus-jitsu e eu odeio isso! Ela sempre me diz que eu devia ser um menino.

O ex-aluno deu um leve toque na pontinha do nariz de Kate — Pois pode ficar tranquila que eu vou falar isso com o Diretor, ok? – ao ouvir tais palavras auspiciosas do seu herói, a menina sorriu contente e prestava atenção ao que ele falava — Ah, e outra coisa, Kate... – Ele piscou para ela de modo doce e divertido, com o objetivo de animá-la — Eu sei que sofrer bullying é horrível, mas tente não dar importância para as provocações... Fique sabendo que mesmo sendo uma menina, você pode fazer o que quiser, ainda que sejam esportes que as pessoas falem que é para menino, como por exemplo, judô, karatê, jus-jitsu, futebol e outras coisas.... O importante é você respeitar seus próprios limites físicos, ok? Oh, meu Deus, você é incrível, garotinha... Você tem onze aninhos, não é? – ele indagou e Kate balançou a cabeça afirmativamente e ele continuou — Pois é... e só para você saber, se você fosse oito, nove ou dez anos mais velha, eu iria pedir aos seus pais para me casar com você, não somente porque você é linda, mas também porque é muito forte, inteligente e corajosa. – o rapaz declarou sem qualquer traço de malícia, atrevimento ou mesmo conotação sexual, pois seu único objetivo era elevar a autoestima daquela criança — Caso eu te encontre novamente por aqui nos corredores da escola, não quero te ver desanimada nem com tristeza nesse rostinho lindo, entendeu, bonequinha? Você é uma criança e tem que correr, brincar e sorrir. Você não vai dar importância a estas bobagens que a Brenda fala de você. Você vai continuar estudando para um dia ir para a faculdade. Você quer ser o que, quando crescer?

— Eu quero ser médica.

— Então, tem que estudar muito mesmo. Eu acho que nos encontraremos em um hospital algum dia, Dra. Kate.

— Ok! – ela sorriu ao ser chamada de doutora.

O objetivo do moço foi alcançado, pois, Kate, que anteriormente estava chateada e tristonha pelo ocorrido, ficou sorridente com o encorajamento dado pelo seu herói desconhecido e, balançando a cabeça de forma afirmativa, respondeu, também sem malícia – Obrigada por me salvar, moço. Você é um bom rapaz. Eu agora sou criança, mas quando eu ficar grande eu vou ser médica, então eu me caso com você.

 

O ex-aluno sorriu ao ouvir aquele comentário inocente.

— Kate! – a voz cortante do Inspetor interrompeu a conversa entre Kate e o seu salvador — Eu já mandei você ir para sua sala, garota. Chega de conversa! Já para sua sala! Agora!

Kate deu um último olhar e um sorriso feliz para o seu herói e, ao ver o jeito encolerizado do Inspetor McGregor, a linda garotinha saiu correndo na direção de um longo e largo corredor que a levaria até a sua sala de aula.

— Eu já vou indo. Sigam-me, rapazes. – O inspetor comunicou.

O Inspetor McGregor andava rápido com Frederico Smith, rumo ao Gabinete da Direção do colégio.

O herói de Kate ainda estava parado acompanhando de longe, a linda menina inteligente, confiante e sapeca saltitando com as duas tranças sacudindo de um lado para o outro — Creio que nunca vou esquecer desta bela e corajosa menina de tranças de lindos e expressivos olhos verdes que enfrentou com bravura a mocinha e o mocinho bem maiores que ela e ainda não se intimidou ao fazer a denúncia ao Inspetor. – o ex-aluno falava para si mesmo, encantado com o desembaraço, a vivacidade e a determinação daquela garotinha de longas tranças amarradas com laços de fitas azuis.

 

 

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Continua...


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