(Todos meus amigos são excêntricos, vá com calma.)

A chuva torrencial cai batendo nas calhas das casas e as luzes brilhantes dos estabelecimentos ali abertos refletem as pedras molhadas das ruas. Uma porta de um mini pub é aberta enquanto quatro amigos dali saem. Ambos param embaixo da marquise do local se abrigando da chuva e se preparam para encarar a chuva. Um deles olha para dentro do pub a procura de alguém, mas desiste antes de enfrentar com os outros quatro o aguaceiro até chegarem frente os diversos galpões que ficam a menos de dez metros de um píer.

O “CDF” ou “Nerd” da escola os acompanha nessa caminhada suspendendo uma bolsa de carteiro sob os ombros, onde carrega com cadernos e grossos livros escolares e diz querer ler um texto e todos ali fazem piada com isso.

De repente, um carro em alta velocidade passa voando por eles, o garoto de camisa xadrez para e olha.

— O que é isso? – grita ele para os outros que também pararam e ficam olhando através da chuva a direção na qual o carro foi e percebem que da esquina aparece um homem e o carro aumenta a velocidade.

Enervados com a situação todos apertam os passos na intenção de virarem a próxima esquina, mas algo pula em cima de um dos garotos o lançando contra o chão molhado, enquanto a garota corre Richard para.

— Quem está aí?! – grita Richard com a bolsa na frente do corpo na intenção de usa – lá como arma contra seja lá quem estava ali junto deles no meio do escuro sendo molhado pela chuva.

Sem resposta e não vendo mais o brilho do vestido que a garota que estava com ele o segundo menino que ainda estava deitado no chão ele é repentinamente jogado numa direção diferente.

Ele se vê na calçada do outro lado da rua e ouve o grito da menina, e o segundo menino levantar do chão cambaleando, ele corre indo para o fim da rua na qual ele vê um prédio comercial com um guarda na porta

Mas o homem agarra seu braço e o lança dentro da janela de um velho motor home que se quebra o fazendo cair dentro do caminhão – casa ele se levanta e abre a porta e corre para a rua dessa vez na direção oposta, assustado pela violência do homem Richard joga sua bolsa longe e corre mais rápido, dessa vez não para salvar a menina ruiva e sim por sua própria vida e entra numa rua diferente, mesmo desesperado e tropeçando olha para trás por cima dos ombros e se vê diante do píer deserto e por trás das grades e correntes vê a água negra agitada pela chuva que continuava. Era o fim da linha.

Ele se vira pensando se conseguiu despistar o homem que o agredira e procura pelo segundo garoto e a menina que ele ouvira gritar a minutos e vê o homem caminhando em sua direção.

— O que você quer?! Porque está...

O homem aponta uma arma na direção de Richard que joga suas mãos para trás.

— Não, por favor!

Ele agarra sua medalha com a foto do pai e sente um impacto e abre os olhos e descobre um furo na mão direita e vê o sangue escorrendo. Sua confusão e terror vão se transformando em agonia quando ele descobre que a dor que sente na mão não é nada comparada a dor que sente em seu peito. Richard cai de lado por cima de seu braço que também dói e grita de dor, contorcendo – se ele pressiona a mão contra o peito e rola de lado passando pelas correntes e cai na água gelada perdendo rapidamente a consciência