Love and Freedom escrita por HallsDeCocaZero


Capítulo 5
The Big Big Beat


Notas iniciais do capítulo

Bom dia meus amores (imagino que a essa hora já deve ser de manhã se o agendamento der certo, eu estou postando agora e ta próximo de 23:30) e como prometido capitulo agendado beeem frexquinho pra vcs =3 espero que tenham uma ótima leitura ♥



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— Tenente, acorda tenente

Hank ouvia Connor o chamar mas sentia como se estivesse distante, aos poucos o mais velho despertava e lentamente abria os olhos, sua visão de início estava um pouco embaçada mas após esfregar um pouco os olhos sua visão começava a melhorar, ainda não estava com sua visão totalmente perfeita mas já conseguia enxergar o androide, ele estava deitado sobre seu peito mas com a cabeça próxima a seu rosto

— Sou eu, Connor

— Eu sei que é você, só não bata na minha cara – Terminou bocejando e com uma mão abraçou-o – Que horas são?

— A hora de sempre, tenente, 07:30

— Então é melhor a gente levantar antes que nos atrasemos

Connor se levantou do corpo do outro e Hank sentou-se no sofá se espreguiçando entre um bocejo e outro e levantou-se indo direto para o quarto apanhar algumas roupas para vestir, pegou qualquer roupa que estava á frente e foi direto para o banheiro, escovou os dentes encarando seu reflexo no espelho, seus olhos ainda estavam meio avermelhados e seu cabelo estava meio úmido pelo suor, por estar na hora podia arriscar em lavar e deixá-lo mais apresentável. Assim que acabou caminhou até a banheira e ligou ambas as torneiras para uma água numa temperatura agradável, assim que encheu fechou as torneiras, se despiu e deitou-se por completo na banheira, deixando-se afundar um pouco e fechou os olhos apreciando aquela sensação, sua mente em nenhum momento parava de pensar no que aconteceu na noite passada, era pra ser uma simples noite para assistir basquete e quase teve uma foda com o androide que mora na sua casa, para quem odiava a ideia de ter um androide por perto Hank sabia que amava até mais do que pensou que iria porém algo o deixava um pouco incomodado, por mais maravilhoso que aquela experiência foi o mais velho sentia que havia cometido um erro, não pelo fato de ser um humano com um androide afinal o tanto de pessoas que procuram robôs sexuais para satisfazer seus desejos e fetiches é muito comum mas sim porque Connor o lembrava Cole de certa forma, por um lado o enxergava como o seu filho crescido mas por outro seu coração o queria mais além do que um sentimento paterno, sentia um pouco de culpa por ter esse segundo lado mas por agora não sabia o que fazer, e se Connor agora quisesse prosseguir com aquilo? talvez tenha sido errado por ter se entregado ao seu desejo carnal, agora só queria por enquanto tirar um pouco isso da sua frente.

Enquanto isso, Connor terminava de organizar a sala, já havia jogado fora a lata de cerveja que Hank havia bebido e guardado as restantes na geladeira, arrumou as almofadas do sofá, trocou a água e comida do Sumo e agora estava a vestir o seu uniforme Android de sempre, chegava a ser curioso o quanto Connor tinha um enorme cuidado com aquela roupa já que mesmo a usando todos os dias nunca estava suja assim como as roupas de Hank, assim que acabou voltou para a cozinha pra poder preparar o café da manhã de Hank, dessa vez optou por algo diferente e mais leve, nada como o cheirinho e o gosto de panquecas pela manhã, algumas infelizmente acabaram sendo queimadas mas ainda sim Connor fez um bom trabalho, pra quem não tem nenhum programa culinário instalado em seu sistema como os andróides domésticos o divergente tem progredido bastante no que diz respeito a descobrir receitas novas, logo ouviu um pouco ao longe o trinco da porta do banheiro se abrir e Hank sair arrumado um pouco diferente do que estava habituado, uma blusa de gola "U" branca com seu cabelo preso em um coque, jeans rasgados e tênis, era inevitável não notar como o mais velho ficou muito melhor daquela forma do que como se veste normalmente, o androide o olhou de cima a baixo

— Você está ótimo assim, tenente, devia se vestir mais desse jeito

— Sério? então por que sinto como se eu parecesse um esquisitão? – Sentando-se a mesa, sentindo agora o cheiro das panquecas mais de perto

— Talvez por conta do senhor não estar acostumado com essas roupas no dia a dia

— Corta essa de senhor, eu não tô tão velho assim – Sorriu em resposta – Mas obrigado, Connor, agora sente-se ai

Connor obedeceu e se sentou na cadeira que ficava á frente de Hank, o mesmo pegou dois cubos de manteiga e pôs em cima de sua panqueca junto a um pouco de melado

— Connor eu estava pensando um pouco e acho que precisamos ter uma pequena conversa – Ele olhava para o androide que mantinha a atenção a ele mas ainda sim não conseguia ficar o encarando muito tempo nos olhos – Você sabe, sobre ontem a noite

— Entendo, tenente – O LED de sua cabeça ficou amarelo – Eu acho que já imagino o que seja

— Já? pra um androide você é bem esperto quanto a isso – Erguendo uma de suas sobrancelhas

— Vocês humanos são bem previsíveis as vezes – Pondo os braços na mesa – Provavelmente você vai dizer que aconteceu apenas porque tinha bebido, que também gostou da experiência assim como eu – A bochecha de Connor ficou um pouco azulada após dizer isso, essa seria a forma dos androides corarem? – Mas que não irá se repetir porque o senhor é heterossexual e apenas se interessa pelas mulheres e nada mais, igualzinho nos filmes que passam naquele aplicativo de filmes que tem na televisão

— Uau – Cruzou os braços ainda com a sobrancelha erguida – Acho que alguém tem visto muita ficção pra ser tão clichê
Hank levantou-se por um instante e pegou uma xícara que estava ao lado da cafeteira e pôs um pouco de café nela, voltando a mesa em seguida

— Depois de tudo aquilo que houve você ainda acha que eu teria a cara de pau de dizer que sou hetero? pelo amor de Deus, Connor! pra alguém tão esperto esperava mais de você – Bebendo um pouco do café enquanto o divergente o olhava meio confuso – Pensei que já tinha deixado claro que sou bissexual, e outra coisa, a bebida só nos dá uma pequeno empurrãozinho para fazermos o que realmente queremos.

— Eu não estou entendendo, então você também... – Sendo interrompido

— Isso mesmo, se tudo aquilo aconteceu foi porque eu também quis, o meu assunto com você é completamente outro

— Ah... – Connor olhou um pouco pra baixo envergonhado – Bem então pode prosseguir

— Bem, eu iria dizer que gostei tanto quanto você do que aconteceu mas... – Pondo a xícara na mesa – Connor eu não sei se seria certo fazermos isso e acabar progredindo por agora, entende o que eu quero dizer?

— Mais ou menos – Com um olhar meio confuso enquanto seu círculo rodava entre amarelo e azul

— Connor no inicio eu o enxergava como um filho pra mim, eu o olhava e via o

Cole mas, depois de todo esse tempo que passamos juntos eu tenho te enxergado com outros olhos – Agora pôs sua mão por cima da mão do androide olhando para baixo algumas vezes para evitar o contato direto com seus olhos inocentes – Eu não sei se isso daria certo, não pelo fato de você ser uma máquina mas porque eu não sei se estou preparado pra voltar a me relacionar agora

A luz de LED de Connor agora ficou azul e estável por completo, o mesmo apenas abriu um sorriso fofo para o mais velho e pôs sua outra mão por cima da de Hank

— Fique tranquilo, Hank, eu sei que vocês humanos precisam sempre de um tempo para tentar outras coisas e sei que isso não é diferente, não tenha pressa, eu não irei cobrá-lo algo assim, só espero não acabar sendo uma outra decepção pra você

— Você nunca vai ser uma decepção pra mim, Connor, obrigado por entender – Hank sorriu de volta – Bem, agora é melhor já irmos embora, se quiser me esperar lá fora eu só vou terminar essas panquecas

— Entendido, tenente

Connor se levanta a mesa, vai para a sala e sai pela porta de entrada enquanto Hank o observava sair, o mais velho tinha mais que certeza de uma coisa, Connor é um robô com alma de menino e coração de ouro, estava sendo quase inevitável de ceder a vontade de apertar suas bochechas com tanta fofura e respeito com ele e é isso o que mais admira no outro, agora voltou a tomar o seu café enquanto Sumo chegou mais perto fazendo uma carinha de pidão para que recebesse alguns pedaços das panquecas

(...)

Ambos já estavam no carro á caminho do trabalho, a música do radio tocava Knights of the black death e Hank balançava levemente a cabeça na batida da música, Connor apenas observava o mesmo caminho que faziam até lá enquanto analisava a letra da música como de costume, passaram em frente ao mesmo mercadinho, a mesma loja de lanches que Hank adora e também em frente a um pet shop que tinha um cachorrinho preto para adoção, não muito distante dali Connor avista uma pequena multidão de pessoas amontoadas na rua, pela forma que todos estavam tampando a visão de quem estava longe estava dando a entender que podia ser uma briga de rua

— Tenente olha aquilo ali, acho que pode ser alguma briga

— Provavelmente deve ser de dois marmanjos brigando por alguma menina que nem no meu tempo, certas coisas não mudam

— E não vamos parar pra ver o que está havendo?

— Você realmente quer separar uma briga de colégio?

— Hank o que você faria caso se encontrasse em um lugar que tivesse pessoas brigando?

— Eu ligaria pra policia

— E então...?

Hank encara Connor por alguns segundos e dá um suspiro, pôs a mão do bolso retirando seu celular e discando o número "911" prestes a ligar

— Tenente... – Dizendo o divergente com uma voz de alerta e olhando-o com uma sobrancelha erguida

— Tá bom, você venceu!

Hank agora estaciona o carro mais perto do grupo de pessoas e agora mais de perto dava pra ver que não se tratava de uma briga qualquer de adolescentes mas sim de duas pessoas segurando dois bastões de madeira ameaçando atacar duas pessoas que estavam no centro, era um homem e uma mulher aparentemente "Puta que pariu, hoje é um dia daqueles" pensou Hank saindo do carro as pressas e Connor o seguiu, chegou mais perto e empurrou as pessoas que estavam formando uma barreira

— Ok ok, acabou a palhaçada

Connor atrás de Hank olhou mais de perto as pessoas e percebeu de imediato quem eram, assim sendo o seu círculo de LED ficou amarelo

— Não é possível que você vai defendê-los também, tenente – Disse um homem que segurava o bastão, Hank olhou também as pessoas e reconheceu o homem negro com heterocromia do noticiário há poucos meses atrás

— É claro que vou, você estava prestes a cometer um crime e eu não hesitaria em atirar em você

— É claro, você também tem uma lata velha de estimação com você – O outro homem com o bastão retrucou – Mas você não atiraria na gente, somos de verdade e você estaria infringindo a lei

Hank agilmente retira a arma de seu coldre e aponta em direção ao homem com o dedo já próximo do gatilho

— É melhor você não querer pagar pra ver, agora some da minha frente

Ambos os homens saíram correndo e as pessoas aos poucos iam se dispersando do lugar voltando ao movimento normal

— Markus, North! – Connor correu para abraçar North e em seguida abraçou o homem

— Também é ótimo ver você, Connor – Disse Markus com um grande sorriso para o outro – Estou vendo que a liberdade te fez muito bem – Olhando em direção ao mais velho

— Obrigado por aparecerem, eu estava a ponto de ir pra cima daqueles idiotas mas o Markus não queria que eu me arriscasse – North cruzou os braços

— Eles estavam com bastões, eles podiam te machucar

— Então você é o famoso Markus – Hank estendeu a mão para o outro apertar e ele assim o fez – Eu sou o tenente Hank Anderson, é um prazer conhecer o primeiro androide que vai entrar pros livros de história no futuro

— O prazer é todo meu tenente – Terminou com um sorriso amigável

O tenente também estendeu a mão para North e ambos se apresentaram, só pela primeira impressão que teve dela já dava para perceber que era uma pessoa barra pesada

— Por que aquelas pessoas estavam querendo atacar vocês

— Porque são uns idiotas – North deu de ombros

— Não liguem, a North é sempre estressada – Markus pôs a mão no rosto –

Eles disseram algo sobre não terem ficado contentes por estarmos roubando o trabalho deles e que o nosso plano de ganhar direitos como qualquer cidadão faz parte para enganar a todos e criar uma "revolução robótica" como nos filmes

— Eu sabia que os humanos podiam ser idiotas mas não a esse ponto – Hank cruzou os braços

— Mas vocês estão bem? eles machucaram vocês? – Connor pergunta preocupado

— Vocês chegaram no momento certo antes de algo ruim acontecer, obrigado

— Assim, eu sei que isso não é nenhum problema meu mas de onde vocês vieram?

— Nós acabamos de sair de mais uma reunião com a excelentíssima senhora presidente, estávamos discutindo as ideias que tivemos sobre nossos direitos, o governo finalmente decidiu ouvir a gente

— Isso é ótimo, estamos indo pro trabalho agora, querem vir com a gente pra contar essa história melhor?

— Não tudo bem, não queremos incomodar vocês – North dá um pequeno sorriso para Hank

— Não é incomodo nenhum, ainda mais porque vocês acabaram de quase serem atacados então é melhor que estarem sozinhos pelas ruas agora, eu insisto

North e Markus se olharam entendendo-se com o olhar e chegaram num acordo

— Tudo bem nós iremos mas já aviso que a história vai ser bem longa

— Que seja, não é todo dia que alguém fala com a presidenta, então vamos?

Todos entraram no carro de Hank e retomaram a caminho da delegacia enquanto os dois novos divergentes contavam a história


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Notas finais do capítulo

Musica enquanto escrevia o capítulo:
https://youtu.be/PXUfBxMbC3A

Beijos do HallsDeCocazero



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