Love and Freedom escrita por HallsDeCocaZero


Capítulo 4
The Birds Don't Fly This High


Notas iniciais do capítulo

Hello androids by Cyberlife :3

Capítulo frexquinho que deixei agendado pra vocês, se tudo correr certo como imagino até o décimo capítulo os agendados iram sair em um intervalo de 6 a 7 dias no mesmo horário (10:20 am) espero mesmo que estejam curtindo a história =3
Muito boa leitura



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Richard cautelosamente observou mais de perto a mulher á sua frente, com a ponta do dedo indicador e médio separou um pouco o cabelo dela para ver o buraco da bala e seu sistema indicou bala de Revolver Calibre 36, seu nariz havia leves vestígios de cocaína, provavelmente deveria ser dependente dessa droga, a mancha de sola de sapato em sua blusa indicava ser de número 41, por conta disto, o androide concluiu que aquilo só poderia ter vindo de um sapato masculino, levantou-se e reparou melhor na cozinha em geral, a cadeira caiu para o lado e não de costas no chão, ainda não dava pra ter certeza se ela estava sentada pela posição em que a cadeira estava, procurando por mais pistas viu que não tinha nada sobre a mesa, porém alguma coisa embaixo da mesa refletia a luz do sol que adentrava pela janela, novamente se agachou e viu que tinha uma faca de cozinha pouco afiada com sangue semi seco na lâmina
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Faca com sangue
Tipo sanguíneo: B-
Conclusão: Sangue incompatível com o sangue da vitima (A+) mas há digitais delas no cabo, seria isso uma tentativa de defesa ou ataque?
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Levantou-se e voltou a observar, alguma coisa ainda estava faltando ali, olhou a bancada que ficava atrás há poucos metros á esquerda da mulher e reparou que o balcão ao lado da geladeira tinha gotas de sangue secos, era o mesmo tipo de sangue da faca mas não sabia dizer de quem era aquele DNA mas sabia que era mais uma pessoa da casa, já sabia que tinha o suficiente para tentar recriar a cena mesmo com certas dúvidas mas assim o fez
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Seu sistema recriou dois corpos, o primeiro estava no mesmo balcão que acabará de analisar com ambas as mãos um pouco á frente tentando manter distância do outro corpo, que vinha com uma faca, o corpo 2 (armado) andou lentamente chegando mais perto e desferiu um golpe no corpo 1 que pôs a mão na frente para evitar ser atingido no peito, o corte foi meio profundo e fez o sangue espirrar na parede e nos outros balcões próximos, novamente o corpo 2 tentou outro golpe e atingiu o rosto do outro que deve ter atingido dois dedos abaixo do olho, fazendo o corpo 1 cair e subindo em cima do mesmo, segurando os braços da pessoa com a faca o corpo 1 conseguiu levantar seu pé na altura da barriga do outro e o empurrou com força fazendo-o bater na cadeira e, consequentemente, largar a faca que parou embaixo da mesa, isso deu tempo para o primeiro corpo levantar e pegar uma arma que estava próximo de si (só não tinha certeza se estava debaixo da mesa ou com a pessoa), assim que o corpo 2 se arrastou encostando na parede foi ai que recebeu o tiro, atravessando sua cabeça
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O androide olhou confuso para o corpo da vítima, se sua projeção estava certa então significa que aquele crime foi em legitima defesa, agora a única questão a ser resolvida era quem era a pessoa que atirou na mulher, andou em direção a sala e viu que olhou para a televisão ligada, aquela hora do dia aquele canal estava passando um desenho infantil, olhou para o sofá ao seu lado e percebeu que as almofadas estavam bagunçadas e uma estava caída no chão, existia uma terceira pessoa que assistia TV enquanto isto tudo aconteceu e que provavelmente fugiu com a primeira pessoa, aquele mistério estava cada vez mais estranho mas ao mesmo tempo interessante, para Richard que queria aprender melhor como os humanos são aquilo podia ser um prato cheio, o som dos sapatos de Gavin descendo as escadas foi percebido pelo androide que olhou em sua direção com o mesmo olhar neutro de sempre, o detetive desceu com um pequeno porta retrato e alguns pequenos papeis em mãos

— E então "Dipshit", está enrolando no seu primeiro caso?

— Eu já desvendei o que aconteceu aqui, só falta descobrir quem foi o causador

— Ah é? Isso eu quero ver, você não deve ter desvendado merda nenhuma

— Vou deixá-lo fazer as honras, detetive – Cruzando os braços – Dê uma leve olhada, qual a primeira impressão que tem olhando tudo á volta?

— Se você tirou alguma coisa do lugar pra me confundir eu juro qu... – Gavin foi interrompido

— Fique tranquilo, eu não toquei em nenhuma cena, tudo está em seu devido lugar

(...)

Passou-se longos minutos e deu tempo suficiente para que Gavin pudesse ter analisado as cenas e tirado suas conclusões, ambos chegaram em resultados bem parecidos se não fosse por Gavin ter achado que a pessoa que estava com a arma foi a primeira a ter atacado, com as provas que o detetive tinha em mãos ambos descobriram que a pessoa que matou Sharon era seu marido Trent Blake, ambos tinham uma foto juntos com um garotinho que aparentavam ser filho deles, fora os documentos que mostravam que Trent já havia pago uma clínica de reabilitação de drogas para sua esposa mas que pelos gastos que tinham não podia mantê-la lá por muito tempo, além disso, deu tempo suficiente para que Gavin chamasse a ambulância para a retirada do corpo da moça e Richard cobrir o perímetro com aquelas faixas amarelas clichês de delegacia, interditando por completo a casa, ambos agora estão do lado de fora enquanto olham o brilho da luz do carro da ambulância bater nas paredes da casa

— Até que não mandou tão mal assim, lata velha – Diz de braços cruzados com o foco na casa

— Devo considerar isso como um bom trabalho? – Com suas mãos para trás com o mesmo foco que Gavin

— Não acho que robôs fazem um bom trabalho, somente a obrigação deles, considere como quiser

Gavin não iria admitir tão facilmente mas sabia que aquilo era uma mentira deslavada, por mais que odiaria pensar nessa ideia o mesmo sabia que ambos fizeram um ótimo trabalho e que ter a companhia de RK900 tornou o seu trabalho um pouco menos entediante, agora andou até sua moto e pôs o seu capacete, ele tinha mais casos para resolver hoje e sabia que aquele show de luzes já estava de bom tamanho

— Se você for ficar ai vai ser até melhor pra mim não ter que levar uma lata velha pesando na minha moto

— Eu estou indo, detetive

(...)

Gavin e Richard voltaram a delegacia, Gavin veio de braços cruzados e cara fechada enquanto o androide mantinha a mesma expressão fria e neutra, o detetive sabia que precisaria falar mais cedo ou mais tarde com Jeffrey sobre o caso e principalmente por RK900 ter desvendado a maioria das coisas, com certeza o capitão iria esfregar um "Eu te avisei" em sua cara e o mandaria para ir verificar o próximo caso mas decidiu não o fazer por agora, apenas pegou um cigarro e um isqueiro de seu bolso enquanto Richard o olhava

— Detetive Reed, você não deveria fumar isso, existem muitas substâncias que fazem mal ao seu pulmão

— Eu não te perguntei porra nenhuma, merdroide – Pondo o cigarro na boca e o ascendendo com a chama do seu isqueiro com pintas de onça – Só me dá um tempo, vai arranjar o que fazer

Richard não pensou duas vezes e obedeceu Gavin, por mais que não queria ver seu novo parceiro jogando a vida fora a decisão de não fumar não cabia a ele, o androide adentrou a delegacia apenas para andar e passar um pouco o tempo enquanto isso, algumas pessoas passavam ao seu lado no corredor e ao adentrar ao escritório acabou esbarrando em uma pessoa que segurava um café, derrubando um pouco em sua roupa

— Olha por onde anda seu... – A pessoa olhou para cima e deu de cara com os olhos azuis e frios de Richard

— Me desculpe, tenente, não foi minha intenção – Ele já estava quase seguindo em frente quando foi chamado a atenção

— Não, tudo bem... Eu estava mesmo querendo falar contigo – O androide olhou para a mão do humano que lhe foi estendida – Você já sabe meu nome mas melhor fazer as honras, Hank Anderson

— Meu nome é Richard – Apertando a mão do outro – O novo androide aprimorado enviado pela Cyberlife

— Richard? – Erguendo uma sobrancelha – Pensei que seu nome teria algo a ver com o do Connor

— Sei que minha aparência é muito semelhante ao de Connor mas acredite, sou muito diferente em outros quesitos, apenas somos do mesmo modelo da série RK

— Então vocês dois provavelmente foram criados pelo esquisitão do Kamski – O mais velho disse passando a mão em sua barba de forma pensativa – Me diz uma coisa, você foi mandado aqui para substituir o Connor?

— Acredito que esse tenha sido a ideia da Cyberlife ao me mandar para cá, igual a um celular novo – Cruzando os braços – Quando vocês humanos conseguem um modelo melhor que o atual eles se tornam obsoletos e jogados de lado, porém a minha função é apenas ajudar nas investigações e não necessariamente substituir alguém

"Então a suspeita do Connor estava certa desde o início"— Pensou consigo mesmo – E você já trabalhou com divergentes alguma vez?

— Nunca, tenente, o meu primeiro caso foi há pouco tempo com o detetive Reed

— E o que acha dos divergentes?

— Não tenho uma opinião formada sobre eles, Connor foi o primeiro que entrei em contato, porém acho curioso o fato de máquinas se sentirem vivas e com sentimentos

— Você não acha que está vivo? olhe pra você, seria loucura se não estivesse

— Eu apenas acho que isso que vocês humanos chamam de vida eu chamo de funcionamento, o fato de pensarmos é pela inteligência artificial e nada mais

— Você pensava igualzinho o Connor, não é a toa serem parecidos – Também cruzando os braços – Eu sinto que você vai perceber que está equivocado mais para frente, você não é apenas uma máquina, Richard, mas até lá boa sorte trabalhando com o Gavin, ele tem o pavio curto e pode ser bem traiçoeiro – Terminou se retirando

O androide apenas observou o mais velho partir enquanto olhava pensativo, Richard realmente tinha uma certa curiosidade de compreender melhor a divergência dos androides e o que de fato os levam a seguir isso, a Amanda não lhe tinha dado informações suficientes e concretas sobre este assunto e isso só aumentou a sede de aprender de sua inteligência artificial

— Hey, dipshit! – Olhou para trás e viu Gavin ao longe encostado na parede – Não me diz que aquele velho está querendo te adotar também pra resolver mistérios com ele
Richard não respondeu, apenas andou em direção ao seu parceiro com o olhar meio distante

— O que raios deu em você? – Perguntou enquanto olhava para a expressão do outro

— Não é nada, detetive, já iremos averiguar o outro caso?

— Não mude de assunto, torradeira, o idiota do Hank te disse alguma coisa sobre mim por acaso?

— Negativo, nós apenas tivemos nossa primeira conversa

— Espero que isso não aconteça toda a vez que você for falar com alguém, agora vamos logo

(...)

Foi um dia longo cheio de investigações, alguns bem sucedidos e outros ainda não resolvidos, pelo menos foi mais produtivo do que o dia anterior que todos ficaram entre telas de computadores, a noite chegou e todos já tinham ido para suas casas, hoje era um dia que Hank gostava já que hoje ele iria assistir o seu time favorito jogar basquete, já tinha preparado as cervejas, salgadinhos e vestido sua roupa da sorte para incentivar na virada do jogo

— Ei, Connor! o jogo vai começar, venha logo!

— Já vou tenente!

Sumo se juntou ao sofá com Hank enquanto o mais velho oferecia alguns de seus petiscos para seu cachorro comer e ele assim o fez, logo Connor adentrou a sala e Hank o olhou prestou atenção em suas roupas, o androide usava sua blusa cinza de lã com as mangas um pouco dobradas e sua calça preta de moletom
— Olha só... As minhas roupas ficam muito bem em você

— Obrigado, Hank – Sorriu em resposta – Mas elas ficam um pouco largas em mim e eu ainda sou muito ligado as minhas roupas padrão

— Esqueça isso, ainda vamos comprar roupas melhores pra você – Pegando uma lata de cerveja da mesa – Anda logo, senta aqui que vai começar
Connor se sentou ao lado esquerdo de Hank e ficou entre o mais velho e Sumo que sorriu ao olhar para o divergente, Connor fez carinho em sua cabeça como resposta

— Tenente... – Chamando a atenção dele que olhou de imediato – Eu ainda não consigo entender muito bem o porque dos humanos terem o hábito de gostar de assistir esportes na TV, essa emoção é estranha pra mim

— Você gosta de esportes, Connor?

— Bem, eu acho que gosto... Eu só não consigo entender mesmo a euforia disso tudo

— Talvez você só precise entrar no ritmo da coisa, vamos lá eu te mostro – O mais velho pôs a mão em volta de seu pescoço e puxou para mais próximo de si – Presta atenção no jogo e vem no meu embalo

(...)

Estava sendo uma partida incrível, Connor analisava cada momento de emoção Hank deixava á mostra assim que o seu time marcava um ponto, perdia um ponto, chegava próximo de marcar ponto em outro time... Aos poucos o mesmo foi compreendendo melhor e pegando o espírito da coisa, agora é o momento dos intervalos comerciais e passava o mesmo de sempre, comerciais de perfume, supermercados, eletrodomésticos, produtos de limpeza, as mesmas baboseiras de sempre mas um em específico chamou a atenção do divergente, era um homem e uma mulher que se mostravam apaixonados um pelo outro, andavam de mãos dadas em um parque, jantavam juntos, se beijavam e acabaram por sofrer um acidente de trânsito por imprudência, isso fez o círculo de LED de sua cabeça ficar vermelho e o mesmo bem pensativo e com o olhar um pouco fora do foco, ao perceber isso, Hank de imediato começa a estalar os dedos no campo de visão do androide que recuperou o foco

— Connor, você pareceu bem distante, tá tudo bem?

— Estou, eu só estava pensando...

— Pensando em que? – Ajeitando-se no sofá melhor para encarar Connor

— Esse comercial me fez perceber algumas coisas, primeiro que a vida humana está por um fio e a qualquer momento pessoas morrem por acidentes, e outro é que...

— É que?

— Eles estavam apaixonados um pelo outro, eu não sei o que é isso, o que é se apaixonar por alguém, Hank?

— Olhe, filho... Se apaixonar é a mesma coisa que gostar de alguém, só que mais do que as outras

— Você gosta de mim, Hank? – Olhando-o com sua expressão fofa e inocente, fazendo Hank olhar um pouco espantado

— Espere, você quer dizer gostar como amigo ou gostar "gostar"?

— Eu ainda não sei muito bem a diferença dos dois

— Deixa eu ver se consigo ser mais claro – O mais velho deu um gole na sua cerveja por sentir sua garganta secar um pouco pela pergunta de Connor – Bem, esse segundo gostar é quando você gosta de estar sempre com a pessoa, quando você tem vontade de segurar a mão dela e o seu coração bate mais forte, suas palavras falham e você fica um pouco nervoso, é mais ou menos isso

— Posso segurar sua mão? – Estendendo para Hank que ficou com o rosto levemente corado sem entender muito bem o porque daquilo justo agora – É só para ver se registro algo desse tipo em meu sistema

— Bem, se você faz questão disso

Hank deu sua mão a Connor e ambos ficaram de mãos dadas no sofá em completo silêncio, o LED da cabeça de Connor agora estava em amarelo enquanto o mesmo mantinha os olhos fechados, o jogo de basquete já havia voltado do intervalo mas a aquela altura da conversa deles o que menos importava agora na cabeça do mais velho era como estava o placar, passavam poucos segundos que mais pareciam longos minutos, o clima de tensão era bem visível entre os dois

— Hank? eu acho que você gosta de mim

— O que? – O mais velho corou um pouco mais enquanto olhava para a expressão calma do divergente

— Com base nisso tudo que você me disse eu fiz uma análise e senti os seus batimentos cardíacos um pouco mais acelerados que o comum, fora a sua mão que está um pouco suada e o tom levemente rosa em suas bochechas, com isso posso conclu... – Foi interrompido com uma mão que tampou sua boca

— Tá legal, você venceu, eu talvez goste de você, está feliz agora?

Connor agarrou a mão maior de Hank delicadamente e passou levemente sua cabeça sobre ela, Hank ficou ainda mais vermelho ao notar o carinho do outro consigo, em seguida entrelaçou seus dedos junto com os dele e aos poucos sua mão começou a tornar-se mais robótica "Puta merda, o que está acontecendo?" pensou Hank enquanto só conseguia olhar os gestos do outro

— Eu acho que também gosto de você, Hank – Com o rosto também corado

Hank sentiu seu coração disparar e um pequeno arrepio lhe percorrer a espinha, será que aquilo realmente era real ou ele tinha bebido demais e ficou inconsciente e agora está sonhando com isso? por um instante o caso das Tracys que eles foram investigar no clube e que Connor havia poupado-lhes a vida passou como um flash em sua cabeça, sabia que robôs assim como humanos também eram capazes de amar mas não sabia que humanos e androides poderiam sentir atração mútua

— Só tem mais uma coisa que eu queria entender agora, Hank – O androide parou de fitar a mão de ambos e passou a olhar fundo nos olhos de Hank – Eu ainda não sei o que se sente quando se beija alguém, poderia me mostrar?

— Connor... V-você tem certeza disso? – Já com sua garganta seca e com os olhos um pouco em fuga do contato direto com o outro

— Você é a única pessoa que confio, Hank, acho que é o único que posso tentar isso

— Tudo bem, não custa nada tentar... – De cabeça um pouco baixa
Hank sutilmente pôs a mão no rosto de Connor que mesmo sendo um androide era macio, ainda um pouco envergonhado se aproximou lentamente de seu rosto enquanto Connor fazia o mesmo, ambos tocaram suas testas ficando muito próximos, a respiração de Hank estava um pouco rápida e batia na boca de Connor que ainda tentava assemelhar o que estava sentindo, era algo que desconhecia mas que lhe dava vontade de seguir adiante, era desejo? vontade? como poderia definir aquilo? só sabia que era bom e queria continuar, Hank fechou os seus olhos e chegou ainda mais perto até que seus lábios foram de encontro com os de Connor começando com um selinho, lentamente Hank conduzia os movimentos movendo sua cabeça um pouco para o lado enquanto o divergente ia pelo lado oposto, para alguém que nunca tinha beijado antes Connor até que estava indo bem, a mão de Hank que estava antes do rosto do outro acabou deslizando e suas mãos entrelaçaram na cintura de Connor e o mesmo acabou deixando suas mãos entrelaçarem o pescoço do outro, sendo o suficiente para que Hank se deitasse no sofá e o trouxesse consigo, já naquela posição, Hank parou de beijá-lo por um instante e passou a encará-lo nos olhos

— Tem certeza de que quer continuar com isso? não quero que se arrependa depois, Connor

— Eu ainda não tenho todas as respostas que procuro, Hank, preciso de mais informações para analisar – Dando uma piscadinha travessa, o que aconteceu com o Connor e da onde veio esse desejo de provar uma intimidade mais intensa?

Voltaram a se beijar mas agora a vontade estava mais evidente pela velocidade que estava maior, Hank pediu permissão para explorar a boca do outro com sua língua que cedeu, sua língua agora explorava cada canto da boca de Connor que não parecia tão diferente de uma boca humana, explorou cada canto e entrou em contato com a língua do outro e ambas se entrelaçavam, enquanto isso Connor explorava a sensibilidade do toque pelo corpo do mais velho, suas mãos adentraram por debaixo da sua blusa e logo ali sentiu que Hank contraiu um pouco a barriga ao receber aquele toque, passou a subir aos poucos e encostou em seus mamilos o estimulando com a ponta dos dedos, sentiu-o arrepiar-se e arfar um pouco, aquilo fazia o querer explorar ainda mais, o que mais poderia descobrir sobre o corpo humano?

Sentia agora um certo volume encostar em sua barriga, percebeu que aconteceu algo com Hank que o fez deixar assim, uma de suas mãos desceram e entrou em contato com o volume por cima da calça do mais velho que por um instante parou de o beijar e soltou uma arfada mais funda

— Espere ainda não, melhor não irmos tão longe assim, Connor –

Enquanto recuperava o ar entre uma respiração e outra – Vamos com calma, que fique apenas nas caricias, até porque percebi que você também está assim

Connor olhou para sua calça e percebeu que também havia um volume nele, aquilo lhe deixou um pouco surpreso pois nunca havia acontecido antes já que não foi designado para ser um androide sexual, mesmo assim olhou para Hank e apenas assentiu com a cabeça, Hank retirou sua camisa com a ajuda de Connor e o androide fez o mesmo voltando onde haviam parado, desta vez sentindo um contato mais intenso de suas peles


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Notas finais do capítulo

Link da música que usei enquanto escrevia:
https://youtu.be/llzjFrE0PE4


Beijos do HallsDeCocaZero



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