Asterisco e Machine escrita por Helen


Capítulo 3
Tudo o que Asterisco quer é uma garota pra chamar de sua




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Asterisco esperava ansioso, sentado em papelão, no meio do metrô abandonado. Aquele lugar estava uma bagunça, mas uma bagunça intocada há muito tempo. O punk se misturava ao ambiente muito bem, apesar disso.

Logo chegou seu amigo Machine, trazendo o número da garota em uma tela que havia no seu antebraço. Não estava nada satisfeito com a derrota, mas estava tranquilo por não ter de emprestar sua conta.

—Te amo, cara. —o punk sorriu dando um abraço no ciborgue. —Te amo pra caralho.

—Tá, Asterisco, liga pra ela logo.

—Mas já?! Eu nem pensei no que dizer ain...

—Liga agora.

O tom de ordem que seu amigo incorporou deixou Asterisco desconfiado. Mas ele fez como o outro disse, e ligou de um telefone velho.

—Pronto. —ouviu-se a voz feminina do outro lado.

—Impressora? —perguntou o punk.

—Quem é?

—É... eu sou um fã.

—Como tu conseguiu meu número?!

—Uma aposta.

—Quem foi o filho duma puta que te deu o meu número?! —ela já se exaltava do outro lado.

Mesmo contra a óbvia relutância do ciborgue, Asterisco disse: —Foi o Machine.

—Ahhh tá! Então você é Asterisco, o punk.

—Isso mesmo, madame.

—O que está em último no score nacional.

—Eu mesmo. —ele sorriu amarelo.

—Ah tá. Achei que era um dos Bots da cyber.

—Quem?

—Telemarketing do inferno. —houve uma pausa. —Então, ‘cê quer jogar?

—Em jogo co-op, porque se for 1x1 eu me fodo.

—Sim, sim, lógico né carai. Eu não sou tão má assim.

—Bora jogar Daft?

—Bora. Te encontro no lobby daqui a uns 20 minutos.

—Beleza.

Asterisco desligou e deu um salto, animado. Não parava de comentar sobre como ia ser a jogatina com a Lorelei, e como ele ia fazer o possível pra roubar um beijo dela. Essa última parte deixou Machine surpreso.

—Tu é doido? Roubar um beijo da Lorelei é pedir pra ser assassinado.

—Não tenho nada a perder. Se der certo, perfeito. Se não der, não vai ser muito diferente do que aconteceu com a Ketlyn.

—... ‘Cê precisa superar essa Ketlyn.

Depois eu faço isso. Depois que eu pegar a Lorelei, é claro.

—Vá criar vergonha nessa sua cara, Asterisco.

—Eu mesmo não.

Os dois saíram do metrô e entraram em um dos banheiros, onde deixavam as coisas que precisavam usar para entrar na Noite. Devidamente equipados, colocaram seus capacetes de realidade virtual, inseriram a senha e entraram juntos.


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