Guerra dos Mundos escrita por Lena


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá meu nome de escritória é Lena, essa história serpa colocada em formato de web novel e possuirá o desenvolvimento lento. Estejam a vontade para deixar comentário, críticas e sugestões.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/776946/chapter/1

PRÓLOGO I

No Mundo Celestial, dentro do Reino de Fadas havia um pequeno castelo que reluzia como o diamante. Nada naquelas terras era pobre, ou havia riqueza material ou espiritual. A ambição era denegada. O egoísmo era esquecido. E os seres que alí viviam eram conhecidos pela inocência que carregavam na alma.

Esse reino era comandado pela mais bela entre todas as fadas. Não pela beleza de seu rosto e corpo, mas pela coragem do seu coração. Ela deveria ser destemida, protetora e quando a mesma aceitasse o cajado do ensinamento, deveria guardar em si todo o conhecimento do mundo dos mortais e imortais.

Nessa época, havia uma pequenina fada chamada Hiwari que havia sido predestinada para se tornar uma fada mestre, pela sua antecessora. Era a primeira vez naquele reino, em dez mil anos que acontecia uma profecia de herança. E assim que a fada predestinada se tornasse maior ela receberia o cajado do ensinamento.

O problema era que mesmo em um reino de mágica, nem sempre o que é esperado acontecia.

Hiwari cresceu sendo adorada, como o ser mais puro e corajoso que todos daquele reino já haviam observado. E quando finalmente se tornou uma fada completa, recebeu o cajado e todos celebraram o êxito da sua sucessão a mestre.

E aquele momento foi visto como um presságio de anos e anos de paz.

O problema era que ambição dos outros seres era um obstáculo dificilmente transponível. A fada com o conhecimento do mundo observou como pouco a pouco os outros seres estavam perdendo as suas almas. Ela reconhecia a inocência daquela raça. Mortais e imortais. E percebeu que eles precisavam de ajuda para se salvarem.

E foi quando Hiwari quebrou o primeiro costume das fadas-mestres. Nunca se envolver com os outros seres. Ela promoveu uma reunião com as outras fadas e as convenceu de que a paz que eles cultivavam deveria ser repartida com todo o mundo.

Em toda a sua inocência, as fadas se sentiram muito felizes. E quando Hiwari se apresentou ao mundo pela primeira vez, todos se espantaram. Como um pequenino ser daqueles poderia ter a audácia de acabar com as guerras, morte e egoísmo?

E ela tentou.

Divulgou ao mundo que ela possuía todo o conhecimento capaz de trazer paz novamente as cinco nações celestiais. Falou sobre a beleza e riqueza do seu reino, sobre a inocência da sua carne e espiritualidade da sua alma.

E todos os imortais a assistiram como um ser superior. Por um período todos a escutaram, seguiram os seus dizeres e pararam de machucar uns aos outros.

O problema é que a ambição dos dominadores não possuía limite.

Os Mestres Dominadores do Reino do Fogo sentiram-se ultrajados pelo término da guerra e pela vida perdida de seu herdeiro que havia sido degolado em uma armadilha armada pela Nação da Rocha. Então, com o coração manchado pelo sentimento de vingança, eles decidiram invadir as zonas neutras civis da nação do seu inimigo.

O Mestre Supremo do fogo ordenou um ataque aos acampamentos da Nação da Rocha para massacrar todos aqueles que não haviam sido mandados a guerra: as mulheres doentes demais para lutarem, os filhos pequenos e os doentes em recuperação.

Hiwari percebendo as intenções maléficas da Nação do Fogo, tentou impedir a invasão, mas chegou tarde demais, encontrando apenas uma pilha de corpos sendo queimados por um mar de fogo.

Novamente, a guerra começou e dessa vez ninguém escutou Hiwari. Para todos ela era a única responsável pela morte dos inocentes, porque ela fez com que eles acreditassem que a Nação do Fogo havia aceitado com o fim da Guerra e recuado.

Ela foi presa e condenada de forma unânime pelo conselho dos cinco reinos. E Hiwari aceitou a sua própria culpa, permitindo que a levassem para uma prisão de gelo da qual não poderia sair nunca mais.

O Reino das Fadas ao descobrir sobre o destino de sua mestra correu para tentar salvá-la de sua prisão eterna, mas nada funcionou como era esperado.

A nação da Rocha descobriu o plano das fadas e com o coração tomado de ódio decidiu seguir o mesmo caminho da Nação do Fogo.

O Reino das Fadas foi profanado ao mesmo tempo em que a Fada-Mestre estava sendo resgatada. E em menos de uma noite, a vida das fadas que alí moravam foram ceifadas para todo o sempre.

As jovens fadinhas não possuíam energia espiritual o suficiente para se proteger do ataque e pereceram sob as mãos cruéis dos dominadores de rocha, sendo esmagadas contra o seu próprio castelo de diamante.

E foi essa a cena que Hiwari encontrou quando voltou ao seu Reino. Sangue escorrendo pela sua brilhante parede de diamante, os corpos de suas fadas profanados pela crueldade e ódio de outros e toda a vida das suas terras morta pelos pêsames dos acontecimentos.

Atormentada, ela sentou no seu trono por uma última vez e exigiu que o seu cajado do ensinamento cravasse em sua memória cada uma das vidas que haviam sido ceifadas naquele dia.

E com isso ela sentiu a dor da falha. A dor de não ter protegido o seu povo de si mesma. E proclamou:

“Eu falhei em proteger o nosso povo e vocês, minha companheiras que com a sua bondade infinita tentaram me salvar de mim mesma e deixaram os nossos filhos desprotegidos. Todas nós devemos morrer para trazer de volta aqueles que foram mortos pelas nossas ações.”

As fadas chorando se ajoelharam perante a sua mestre e aceitaram o seu destino. Pelo bem dos mais novos, todas as fadas abandonaram a sua energia espiritual e entregaram a sua mestra que utilizou a vida de todos os presentes para trazer de volta a vida dos pequeninos seres mortos.

E enquanto a vida de todos desvanecia, ela proclamou um último desejo aos céus. Desejou que todas as novas fadas renascessem como membros das nações dominadoras, sem os poderes mágicos das fadas. E ordenou:

“Algum dia, alguém poderá coletar as lágrimas das almas que eu estou sacrificando hoje para trazer os mortos à vida. Todas as quarenta e sete fadas que me salvaram da minha prisão de gelo. Apenas quando essa missão for cumprida que nós poderemos ser salvas. E para isso eu sacrifico as nossas vida e toda a energia que eu carrego para selar esse reino e trazer miséria a vida de todos as  outras nações. Que eles sofram com as suas próprias guerras e que a maldição se estabeleça até que a última alma de fada seja recuperada. Que assim seja.”

Naquele dia, Hiwari, em seus últimos momentos, fez os céus choverem o sangue do seu povo sob a cabeça do resto do mundo. Com isso todos que ainda estavam no campo de batalha foram mortos esmagados pelas gostas de chuva que caíam. E no meio de cada um dos massacres que ela realizou, uma árvore de virtude nasceu contendo a alma das fadas sacrificadas.

E desde aquele dia, mesmo com todas as mortes e sangue derramados, as pessoas continuaram se matando. Em um ciclo de maldição que apenas acabaria após cada alma sacrificada ser coletada.

Também foi em meio àquele século que várias vidas nasceram. Fadas tonaram-se lendas e as nações dominadoras sucumbiram a cada dia.

 

PRÓLOGO II

Uma mulher corria dos braços de fogo que a atacavam, enquanto dois homens os dominavam em sua perseguição. Ela tentou se proteger usando a sua Dominação de Rocha, mas tinha medo de utilizar uma arte de desdobramento mais forte, porque poderia machucar o bebê que carregava no ventre.

O seu nome era Corsi. E ela era a esposa do Dominar Supremo da Rocha. E com todo o peso do seu título, ela tinha que ser forte o suficiente para dar termo na sua gestação e fazer nascer a filha sucessora.

Ela gritou com todos os seus pulmões e dois machucados soldados da Nação da Rocha vieram em seu resgate, eles a mandaram correr e partiram para cima dos Dominadores de Fogo que sorriam do seu heroísmo tolo.

Ela não olhou para trás. Sabia que aqueles bravos soldados estariam mortos em instantes e que a única coisa que ela poderia fazer era não deixar que as suas mortes fossem em vão. E ela correu por três dias até não conseguir mais e cair desacordada pela exaustão.

Dois dias mais tarde, a única coisa que a acordou foram as dores do trabalho de parto. A dor era difícil demais para aguentar, mas mesmo assim ela fez. Essa era a sua responsabilidade e daria a sua vida para que aquela criança nascesse.

O problema é que a criança não nascia. Corsi empurrava, xingava, amaldiçoava, mas não conseguia fazer a criança sair do seu ventre.

Ela passou sete dias e sete noites em trabalho de parto, até que no amanhecer do oitavo dia, quando o céu choveu vermelho, a criança veio ao mundo com gritos histéricos.

A mulher retirou a sua filha e a puxou para seu colo. Ela observou o rosto delicado com olhos perolados magníficos, mas aquela beleza a assustou. O que era aquilo?

A criança possuía as marcas de nascença dos Deuses dos Cinco Reinos em sua testa. Cinco pontos simbolizando cada um dos reinos no mundo. Como poderia uma criança do seu ventre nascer amaldiçoada com a marca dos Deuses? Eles a caçariam por isso e a matariam.

Corsi lembrou-se das dores tortuosas que passou para ter aquela criatura. E pensou nas vidas que as crianças marcadas poderiam destruir e que era a sua missão como uma guerreira dominadora destruir aquele ser, mas ela não o fez. Como mãe, ela já amava aquela criança, mas que qualquer coisa no mundo.

Ela abraçou a sua filha com ainda mais força, sentindo o seu calor, escutando o som do seu choro e jurou que a protegeria. Naquela cena, em meio à chuva vermelha, ela também fez um sacrifício. Sua vida pelo crescimento daquela criança e dos seus netos.

E assim que Corsi morreu, as marcas na testa daquela criança desapareceram.

PRÓLOGO III

Uma semana após o massacre de todos os soldados no campo de batalha. O conselho das cinco nações se reuniu. Dentro os presentes havia apenas os representantes de quatro nações: Vento – Água – Éter – Rocha.

Eles precisavam debater o futuro das cinco nações.

Milhares de pessoas haviam morrido naquela semana pelas misteriosas gostas de chuva vermelha que haviam caído do céu. E todo mundo sabia que aquilo havia sido obra da fada-mestre após a invasão do Reino de Rocha nas terras sagradas.

Mas, como eles poderiam provar isso e fazer com que ela pagasse por aqueles crimes? Ela havia desaparecido e o Reino das Fadas havia sido selado por uma energia misteriosa que ninguém conseguia quebrar.

Ninguém sabia como explicar o que aconteceu e isso fazia com que o conselho parecesse fraco.

As nações da água e do vento possuíram perdas imensuráveis, uma vez que ainda estavam em guerra como aliadas da Nação Rocha.  A Nação Éter que a muito havia recuado para o seu próprio Reino, em virtude ao primeiro estabelecimento de paz, não sofreu as consequências do acontecimento que hoje eles chamavam de maré vermelha.

Mas, apesar das perdas que essas nações tiveram, a Nação mais afetada foi a da Rocha. Todas as suas mulheres, crianças e idosos haviam sido massacrados pela nação do fogo. E os poucos homens e mulheres que sobraram e estavam guerreando, foram esmagados pela maré vermelha no campo de batalha.

Com esses acontecimentos, a Nação da Rocha foi dada como em extinção. Uma vez que apenas o Pequeno Conselho ancião da Nação de Rocha ainda estava vivo e que apenas eles não poderiam fazer nascerem sucessores.

Em represália as mortes da sua geração, o representante da Rocha pediu a exclusão da Nação dos dominadores de Fogo do mundo celestial. O que foi concedido pelas nações aliadas em uma votação pela maioria.

A Nação de Éter foi contra aquela votação e retirou-se espontaneamente das futuras decisões do conselho.

E com isso a Nação dos Dominadores de fogo começou a perecer. O seu herdeiro havia sido degolado nos primeiros momentos da guerra, o restante dos seus guerreiros haviam sido exterminados pela maré e agora eles não possuíam o apoio das outras Nações para se reerguer.

Nos anos que se sucederam aquela nação sucumbiu a sua própria natureza volátil e antes que o Conselho pudesse perceber o erro que cometeu ao banir a Nação de fogo, os seus dominadores foram consumidos pela sua própria violência.

E o populoso e poderoso Reino dos Dominadores de Fogo tornou-se uma inóspita terra de ninguém, apelidada pelos outros como subterrâneo.

O Conselho ao perceber que provocou a natureza assassina de seus inimigos decidiu considerar qualquer um da nação de fogo como criminosos em fuga e compensou a sua morte com pesos de energia de dominação.

E, dessa forma, começou a temporada de caça aos dominadores de fogo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi apenas para ambientar a história. O próximo capítulo será postado até amanhã e os próximos apenas no domingo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Guerra dos Mundos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.