Clarice escrita por Hirobelana


Capítulo 31
Capítulo 31




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NA CASA DE GUILHERME

Guilherme tinha acabado de combinar de se encontrar com Clarice e precisava se apresar em arrumar a casa, antes que perdesse o horário. Quando a campainha da sua casa começou a tocar.

Ao abrir a porta da sua casa se deparou com Fernanda parada em frente a sua porta. A última pessoa que ele imaginava que iria estar o procurando, o deixando um pouco sem reação, sem saber o que dizer.

— Oi Gui – Fernanda começou a dizer sorrindo logo em seguida - Não vai me convidar para entrar? – ela o questionava ainda sorrindo. O que deixou ele perplexo, pois o comportamento dela deixava a entender como se nunca tivesse acontecido nada entre eles. Como se a última vez que ela esteve ali dentro foi repleta de discussão e arrependimentos. Dela dizendo que não o queria. O que ela estava fazendo bem ali agora? Se questionava silenciosamente.

— Greve de silêncio, é? – ela dizia com o sorriso sumindo lentamente

— Oi Nanda – finalmente conseguindo dizer alguma coisa

— Oi Gui – ela dizia novamente com o sorriso voltando em seu rosto

— Você quer entrar? – ele a questionava

— Quero sim – ela dizia sorrindo para ele. Ao ouvir a resposta dela, ele deu passagem para que ela passasse. Fechando a porta assim que ela entrou, sem saber o que dizer em seguida. Pensando rapidamente se ela não sabia ainda que ele estava namorando a Clarice. Algo improvável dela não saber. Mas como ela não contou nada para Clarice sobre os dois terem transado. Talvez não fosse algo tão improvável assim.

— Como você está, Nanda? – ele decidiu saber como andava as coisas com ela, já que fazia tempo que eles não conversavam mais por mensagens, algo que faziam com frequência.

— Eu estou bem – ela dizia sorrindo - Na verdade estou feliz, como você sabe.. meu pai.. as coisas lá em casa estão melhores – ela dizia sorrindo e olhando em seus olhos. O que deixou o seu coração aquecido não somente por ouvir mas perceber que era uma verdade.

— Eu fico feliz por você e a sua família, de verdade – ele dizia sorrindo para ela

— Desculpe, Gui! – o semblante dela mudando de repente - Eu realmente sinto muito – ela se desculpava mas Guilherme não conseguia entender do que exatamente ela estava se desculpando.

— Por que você está de desculpando? – ele a questionava ainda parado com as costas apoiadas na porta de sua casa.

— Por tudo? – ela dizia soltando um pequeno sorriso, mas mudando rapidamente - Eu não estava conseguindo lidar com os meus sentimentos naquele momento. Eu.. – ela queria ser sincera com Guilherme pelo ciúmes que sentia por saber que ele estava com Clarice. Pelo arrependimento de ter jogado ele para os braços dela, algo que ela considerava ser somente sua culpa. Mas decidindo não dizer - Eu amo você, Guilherme!

Algo que o pegou totalmente de surpresa, pois não esperava que Fernanda diria algo assim para ele.

— O que você está dizendo? – ele a questionava ainda perplexo

— Eu amo você – repetia novamente agora se aproximando dele - Eu amo você – dizendo e se aproximando mais dele. Até que ela ficou perto o suficiente dele. Aproximando o rosto dela do dele.

A cena que se seguiu foi tão espontânea e automatica que parecia que ambos sabiam que se resultaria exatamente nisso. No encontro dos lábios de ambos. Um encaixe esquisito, inundados com questionamentos e algo há mais.

Fernanda separou os seus lábios dos de Guilherme.

— Você me perdoa? – ela o questionava envolvida em seus braços.

— Por que você disse que tinha sido um erro a gente ter ficado transado? – ele pegou ela de surpresa ao questioná-la justamente sobre isso. Decidindo ser totalmente sincera com ele.

— Medo – ela dizia para ele - Medo por achar que eu não mereço esse sentimento. Você. Tudo – ao dizer seus olhos se enchiam de lágrimas, que ao rolarem no seu rosto eram secadas pelas mãos de Guilherme.

— Fernanda, olha bem para mim – ele dizia para ela olhando de forma mais intensa - Eu queria desistir de você, da mesma forma que você desistiu de mim.

— E vai? – ela o questionou.

Como resposta ele se aproximou mais ainda de seu rosto, voltando a beijá-la. Um beijo longo que os fez decidirem ir para o quarto de Guilherme para continuar aquilo que ambos almejavam desde a última vez. Explorar o corpo um do outro novamente, de modo lento sem pressa ou afobação.

Uma bolha que se recusava a pensar ou lembrar de outras pessoas. Mesmo que a pessoa fosse quem estivesse lhe ligando inúmeras vezes, e lhe esperando na sorveteria como tinham combinado horas antes.

Poucas horas que mudaram drasticamente para o bem de alguns, mas para o sofrimento que se aproximava como um pré-aviso para um certo alguém.

 


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