Counting Stars escrita por Dani


Capítulo 10
Eu sou seu pai


Notas iniciais do capítulo

VAI TER ADAPTAÇÃO DE PERCY JACKSON UHUUUUUUUUUUUUUUUUUU
ESSE É O NOSSO MOMENTO GALERAAAAAAA

OIE EU VOLTEI, COM CAPÍTULO NOVO EM COMEMORAÇÃO A ESSA NOTÍCIA MARAVILHOSA ♥ ♥

Gente eu tô tão feliz haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Eu tô até querendo fazer uma nova fic, mas no universo original ME SEGUREM QUE JÁ TENHO FANFICS EM ANDAMENTO DEMAIS

Mas enfim pessoal, vou pedir desculpas de novo pela demora em soltar esse capítulo, e me perdoem ainda mais por esse capítulo ser um pouco diferente dos outros, pois como eu disse, esse TEM TRETASSSSSS

Boa leitura meus amores e Percystentes ♥ ♥



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— Alô — Leo sacudia a mão na frente do rosto de Percy — Terra para Percy Jackson, câmbio.

— Acho que perdemos ele — Grover encarava o garoto com cara de abobalhado — O cérebro fritou.

— Eu nem sabia que tinha algo pra fritar lá dentro — Leo riu batendo os punhos com Grover.

Ao fundo das provocações, Percy mantinha uma feição desconcentrada e voadora. Seus olhos se prendiam a um ponto qualquer na sala bem decorada da casa de Hazel.

Então suspirou.

— Ela gosta de mim — Falou para ninguém em específico.

— Ela é sua prima, tem que gostar né — Leo falou.

Percy arregalou os olhos.

— Prima?

Grover abafou a risada com o braço.

— É, você fica olhando pra foto da Hazel bebê falando essas coisas estranhas — Leo falou sorrindo provocativo.

Percy desfez a cara de surpresa para dar espaço a uma careta irritada que passava uma mensagem quase subliminar de ameaças de morte dirigidas ao Valdez. Então o tilintar de algo chamou a atenção dos três garotos.

— O bolo está servido — Hazel apareceu sorridente, segurando dois pedaços de bolo. Enquanto que Frank, ao seu lado, equilibrava três pratos nos braços que mais pareciam toras de madeira.

— HORA DO BOLO — Os garotos gritaram antes de atacar os pequenos pratos de porcelana.

 

 

 

— Então deixa eu vê se entendi... — Hazel lambeu a gelatina de morango do garfo e continuou — O Percy tá namorando?

O Jackson tossiu, se engasgando com o morango. Frank bateu nas costas do amigo quase fazendo o garoto cuspir os próprios rins.

— Eu não estou namorando — Percy falou, ainda recuperando o ar depois da tapa.

— Mas queria... — Leo falou baixo e descontraído.

— Calado Calypso.

Leo olhou fingindo indignação, mordendo mais um pedaço do morango que enfeitava o que uma vez havia sido um pedaço de bolo.

— Cara — Dessa vez Grover falou — Se você gosta dela, por que não, sabe, fala com ela?

— Mas eu falo.

— Você entendeu o que eu disse Jackson — Grover apontou o garfo sujo de brigadeiro branco para o amigo.

Percy abriu a boca para falar algo, mas logo a fechou, enchendo a boca de bolo de novo. Aquela conversa já estava começando a ficar desconfortável, e a dor na barriga só estava deixando isso mais evidente. Até que Hazel falou.

— Percy, priminho — Ela falava tranquila, da forma que Hazel sempre falava — A gente não quer te pressionar, mas sabe, o pior que pode acontecer é ela dizer não.

Percy sempre se sentia mais calmo quando olhava dentro dos olhos caramelo de Hazel, e ela sorria. Amava aquela garota, já havia tentado convencer a mãe a adotar ela, mas a mãe de Hazel não deixou por algum motivo.

— É... — O moreno falou, meio relutante — Você meio que ta certa.

Hazel sorriu vitoriosa, deitando no sofá e pondo os pés em cima do colo do primo.

— Eu estou totalmente certa.

Percy riu. E então seu celular vibrou, sendo seguido pelo toque familiar da abertura de Digimon Adventure, e o nome na tela fez o sorriso de Percy sumir.

Na tela azul, o nome Poseidon brilhava.

— Aposto que é a namorada — Leo riu não notando as feições sérias de Percy.

Grover se esticou, levando um pouco do chão, para ver quem estava ligando, e no mesmo instante ele olhou para Leo, pigarreando para chamar a atenção do moreno, lhe lançando um olhar cuidadoso. Leo arqueou uma sobrancelha.

— É o pai dele — Grover sussurrava baixo.

Leo fez uma careta confusa. Grover revirou os olhos. E Percy atendeu.

— Oi pai.

Nesse momento os olhos de Leo se arregalaram, e ele olhou para Grover, sussurrando indignado.

— Por que você não me disse que era o pai dele?

Grover fez uma careta irritada para Leo, jogando uma bolinha de guardanapo.

— Não, eu não estou em casa — Percy continuou, ainda sério, ele parecia incomodado — Está bem.

E então ele desligou o telefone. Seus amigos o olhavam sem nenhum tipo de discrição. Percy comeu o último pedaço do bolo e olhou para os outros.

— Que foi?

— Você... — Frank que estava sentado em uma cadeira ao lado do sofá, se pronunciou finalmente — Está bem?

Percy deu de ombros.

— Meu pai quer falar comigo, ele está me esperando em casa — Percy suspirou.

Hazel, ainda com os pés em cima do primo, sentou-se no sofá, e sorrindo para ele, tentou transmitir algum conforto. Percy sorriu de volta, pondo uma das mãos na perna da prima. E então se levantou.

Percy se despediu dos garotos e deu um beijo no topo da cabeça de Hazel.

 

Após andar algum tempo, esfregando o próprio corpo para se manter aquecido, Percy começava a avistar a sua casa. Uma casa relativamente grande, com um jardim bonito e colorido, com as flores bem cuidadas e que espelhavam um perfume agradável. Na frente da casa, Percy pôde reconhecer o simples e antigo carro da sua mãe, um carro baixo, com a tintura já desgastada e que fazia Percy sorrir sempre que lembrava das manhãs onde ele ia ainda sonolento para a escola e só voltava a ver o carro no final da tarde, quando sua mãe largava, apenas para voltar a trabalhar na madrugada.

Mas Percy também reconheceu o outro carro, um carro alto, escuro e que ele podia estar enganado, mas podia jurar que havia visto aquele modelo em algum comercial de concessionária como um dos novos lançamentos.

Seu coração acelerou. Aquele carro, não significava nada para ele.

Após andar mais um pouco, havia chegado na porta da casa, ele podia ver que as luzes estavam ligadas e podia escutar uma conversa distante e baixa. Percy respirou fundo, sentindo todo o aroma agradável das rosas que a mãe cultivava.

E entrou.

 

 - Percy! — Uma voz grave, mais velha e animada soou — Meu garoto, olha ele aí.

Um homem, não muito mais alto que Percy, mas que carregava os mesmos olhos verdes mar do garoto, sorria animado ao lado da sua mãe, que sorria parecendo um pouco desconfortável.

— Oi querido — Sally sorriu para o filho, de forma muito mais confortável, com sua habitual feição cansada de anos de trabalho duro, mas com os mesmos brilhos nos olhos que Percy se lembrava desde criança — Quer alguma coisa?

— Não, eu comi bolo na Hazel, obrigada mamãe — E então se dirigiu a mulher, lhe dando um abraço e um beijo na bochecha.

Poseidon desfez o sorriso, após Percy o ignorar completamente.

Então o home mais velho pigarreou.

— Percy meu filho — Poseidon virou-se novamente para o garoto, com um sorriso forçado — Fico feliz em vê-lo novamente.

Percy o olhou e acenou com a cabeça, mas não falou nada. Poseidon tentou sustentar o sorriso.

— Ah filho, não faz isso, qual é parceiro —Poseidon tentava manter um tom animado, indo até o mais novo e o abraçando de lado.

Percy se desvencilhou do abraço, parecendo incomodado, enquanto Sally assistia a cena.

— Eu não sou seu parceiro.

— Percy... — Poseidon tentou continuar, mas o moreno foi mais rápido.

— Como está anfitrite?

Agora o homem que mantinha um olhar desconfortável, mudando para feições mais sérias.

— Eu não vim para brigar.

— Então não devia ter vindo aqui — Percy começava a mudar o tom — Deveria ficar com a mulher com a qual você decidiu fugir depois de engravidar minha mãe, você só vem aqui quando quer alguma coisa, então por que não vai direto ao ponto?

Poseidon apenas olhava para ele. E Percy retribuía o olhar.

— Muito bem — Poseidon pigarreou, fazendo com que toda sua animação inicial e feições carinhosas sumissem num piscar de olhos.

Percy relaxou o corpo, mas ainda se mantinha entre a mãe e aquele homem que mais parecia uma versão mais velha sua. Como se protegesse a mulher.

— Vou direto ao ponto — Poseidon pôs uma das mãos no bolso e de lá puxou um pequeno pedaço de papel dobrado, entregando para Percy que com certa relutância, pegou.

— O que é isso?

— Um convite para a festa da minha campanha para presidência da empresa Olympus.

— E está me dando isso por que...

Poseidon suspirou, abrindo o terno que usava, deixando a mostra a camisa social azul claro que usava por baixo.

— Eu preciso que você apareça lá.

— E por que eu faria isso?

— Por que você ainda é meu filho Percy — Falou enfatizando a palavra “filho”, o que causou claro incômodo no garoto.

Percy olhava irritado para o homem.

Ali estava, mais uma vez, Poseidon agindo como um babaca. Na primeira vez, ele traiu a mãe de Percy quando ela se descobriu grávida dele, fugindo com outra. Em seguida, ele havia aparecido anos mais tarde, dizendo como queria conhecer o filho e se aproximar de Percy e de Sally, mais uma vez ele mentiu, naquele mesmo ano ele apresentou sua agora esposa e seus filhos, Tyson — o qual Percy havia aprendido inesperadamente a ter um carinho genuíno — e tritão, que mesmo mais novo, ainda era um babaca. Poseidon só havia entrado na vida de Percy novamente para o exibi-lo como um troféu para os acionistas da empresa da família, que o via como um irresponsável. E durante os anos seguintes o pai não havia melhorado, falava com Percy apenas quando precisava de algo, e em troca recebia cartões de natal ano sim e ano não.

Mas, mesmo assim, por algum motivo, Percy sempre aceitava ajudar Poseidon, e nem mesmo ele entendia por que. Mas ele havia prometido a si mesmo, que ali por diante seria diferente. E então, amaçando o convite, o jogou aos pés do mais velho, que não desviava o olhar do moreno.

— Não — Percy falou decidido.

Poseidon mudou a feição, parecendo nada surpreso com a atitude, coçou a sobrancelha e se abaixou pegando o pequeno papel, o desamassando como conseguia.

— Não responda ainda...

— Eu já respondi — Percy grunhia, interrompendo o homem.

Mas Poseidon continuou.

— Não — O mais velho sorriu, com as mãos no bolso — Não responda ainda, Tyson vai estar lá, seus primos também, vai ser divertido.

Percy não se mexeu. E Poseidon sorriu mais uma vez, acenou em despedida para Sally e acenou com a cabeça para Percy, e saiu da casa, entrando em seu carro enorme e sumindo no final da rua.

Sally havia acompanhado o homem até a porta, se despedindo de forma educada, enquanto Percy assistia a partida do pai através da janela.

Já dentro de casa, a mulher de longos cabelos cacheados olhava para o filho que havia se sentado no sofá, enquanto encarava os próprios pés. Aquilo machucava seu coração.

— Percy... — Ela sentou-se ao lado do filho, acariciando suas costas, abraçando Percy que já era praticamente um homem adulto, mas que em seus braços ainda era um garotinho de 5 anos que vinha chorando para ela sempre que caia quando brincava com os primos — Querido.

Percy não falava nada, seu corpo apenas tremia, não de frio, mas de algo muito mais íntimo.

— Você sabe que ele vem tentando... — Sally começou, mas Percy não deixou que continuasse.

— Não, mãe — Falou, ainda com a cabeça baixa — Ele é o mesmo de sempre.

E então se levantou, afastando-se cuidadosamente da mais mulher, dando um rápido beijo no topo da cabeça da mãe e subindo por para o seu quarto, cansado e atordoado demais para continuar a conversa.

Se jogando na cama, Percy respirava fundo, controlando tudo que começava a aflorar em seu íntimo. Se arrastou um pouco, aproximando-se da mesa de cabeceira e abrindo a última gaveta, agarrou uma foto surrada e amassada onde um garoto com um sorriso enorme e com um dente faltando se agarrava ao pescoço de um homem que o segurava nos braços, mostrando o mesmo sorriso animado do mais novo, e ambos usavam bonés verdes com um desenho de um peixe.

— Droga... — Percy murmurou antes de esconder a foto no bolso e encarar o teto até pegar no sono.


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Notas finais do capítulo

GENTEEEEEEEEEEEEEEEE GOSTARAM?
Eu sei que esse capítulo teve um clima mais pesadinho por causa da treta com o tio popo, mas espero que vocês tenham gostado ♥ ♥

Não desistam demais, tentarei voltar logo ♥ ♥



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