Capítulo Sete – Dica 05 – Chame-o para sair!

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No capítulo anterior:

Sim, Sasuke continuava sendo um babaca na sua perspectiva, mas a conversa com ele durante a madruga, havia a ajudado a enxergar várias coisas, uma delas era o lado que o moreno não mostrava quase a ninguém, duvidava até mesmo que Karin sabia sobre esse lado do Uchiha.

Não, ainda não achava que o Uchiha era o cara mais maravilhoso do mundo, ou o mais legal, mas ele havia subido no seu conceito, mesmo que fosse só um pouco.

Era difícil admitir, mas ela havia gostado de conhecer esse lado de Sasuke.

Talvez ele não fosse um completo idiota.

E isso a deixava preocupada, já que a atitude que ele teve durante o treino, não era comum. Sim, ela sabia que não deveria se preocupar com o moreno, pois ele sabia se cuidar muito bem sozinho, mas algo dizia em seu íntimo, que talvez, ela pudesse fazer algo a respeito

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Leu e releu aquela mensagem pela quinta vez em menos de dez minutos tentando compreender o que acontecia. Sasuke havia mandando aquela mensagem naquela manhã, dois dias depois dele ter quase acabado com todo o time no treino e estava sem olhar em sua direção.

A mensagem era curiosa, tinha que admitir, apesar de ser bem direta.

“Vejo que está fazendo um ótimo progresso chicletinho, mas está na hora de colher os frutos de seus esforços e chamá-lo para sair, com isso, se você estiver segura, se declare e seja feliz. Minha parte está feita, então, boa sorte.”

As palavras daquela mensagem ainda estavam presas em sua cabeça, mordeu o lábio inferior e olhou em direção a Sasuke, que conversava com Naruto com um sorriso de canto, como se ela não existisse.

Não soube o porquê, mas ver que ela não significava nada para Sasuke fez algo apertar em sua garganta e a vontade de chorar lhe atingir, seu coração palpitar mais forte e seus olhos encherem–se de lágrimas, quando deu por si já levantava da cadeira e saia de sala ouvindo apenas seu professor chamar por seu nome.

Aquela sala estava a sufocando, aquela situação toda estava sufocando e ela nem sabia o por quê.

Sasuke ficou encarando a porta por onde Sakura tinha saído correndo a poucos segundos, estava se segurando para não ir atrás da Haruno, porém, sabia que não podia, aliás, não devia. Soltou um longo suspiro quando Gaara se levantou e foi atrás da garota, antes mesmo do que a irmã. Talvez o Sabaku não fosse o imbecil que ele achava que era.

Falando em imbecil, ele estava agindo como um, desde que descobriu o que realmente estava sentindo, resolveu se afastar de Sakura, tinha até desistido de ajudá-la a conquistar Gaara, até porque, que tipo de idiota ele seria se ajudasse a garota que ele era apaixonado conquistar o cara que ela gostava? Com certeza não era ele, ou era isso o que ele pensava antes de mandar a última dica por mensagem aquela manhã.

As chances de Sakura descobrir que Gaara era um imbecil eram grandes, mesmo que as chances deles ficarem juntos, já que por mais difícil que fosse admitir que eles combinavam, eram maiores ainda, contudo, ele não poderia agir como um imbecil egoísta. Resolveu tirar o seu time de campo por completo e a entregou de bandeja para o Sabaku, como um verdadeiro covarde.

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Lavou o rosto e se olhou no espelho após se censurar por chorar por uma coisa que não tinha cabimento. Não conseguia acreditar que havia chorado porque Sasuke estava a ignorando há dois dias, isso era patético, ela nem gostava do Uchiha. Eles não eram amigos e jamais seriam, havia chegado à etapa final de seu “experimento” com o moreno, agora as coisas tinham que voltar para os eixos.

Ela voltaria a odiá-lo, e vice-versa, ela conseguiria convidar Gaara para sair, eles iam ao encontro dos sonhos, se beijariam e namoraria até se casar. Foi impossível não rir da fantasia idiota que tinham em mente.

Passou as mãos nos cabelos e deixou o sorriso pequeno escapar, por sorte, seus olhos não haviam ficado inchados por causa do choro rápido, poderia dizer muito bem que sentiu um leve enjoou por algo que comeu aquela manhã.

Saiu do banheiro e quase caiu para trás quando viu o garoto encostado na parede que dava de frente para a porta do banheiro feminino.

— Meu Deus, quer me matar do coração? – Perguntou colocando a mão sobre o peito que batia forte e fechava os olhos.

— Desculpa, não queria te assustar… – O rapaz falou coçando a nuca, constrangido.

— Não, tudo bem… – Mordeu o lábio inferior e suspirou, apesar do susto e, que ele não tinha culpa de seus hormônios estarem bagunçados, talvez sua menstruação estivesse prestes a dar as caras, por isso estava tão sensível. – O que está fazendo aqui, Gaara?

— Eu queria saber se estava tudo bem, fiquei preocupado com o jeito que você saiu da sala. – Se Sakura não estivesse realmente estressada com toda aquela situação, tinha apreciado a preocupação do seu crush, mas algo dentro dela não conseguia isso.

Estava ali uma coisa que a vinha incomodando há um tempo: seus sentimentos a respeito de Gaara. Não soube quando seus sentimentos haviam mudado, ainda achava o ruivo uma delicia de rapaz, simpático, que atraia sua atenção, mas não da maneira que era antes, por mais que tentasse, se ver namorando com o Sabaku se tornava um sonho cada vez mais distante.

Não que estivesse desistindo de conquistá-lo, mas algo a alertava que ela não queria isso como queria antes.

Sim, ainda via o ruivo em sua vida, mas não da maneira que desejou por um bom tempo. Ele ainda era seu crush, porém, era com menos força do que quando começou tudo aquilo com Sasuke. Isso era tão errado e frustrante. Ela queria pensar em Gaara como pensava antes.

— Eu estou bem, foi só algo que eu comi que não caiu bem. – Soltou a mentira que havia planejado e sorriu, ele era o primeiro que ela jogaria isso e esperava de coração que ele acreditasse, porque não estava preparada para responder as perguntas sobre o que havia acontecido, que ela sabia que viria.

— Tem certeza? – O questionamento dele foi fofo, mostrava que o garoto se preocupava com ela.

— Tenho sim… – Riu fazendo o ruivo rir também. – Vamos voltar para a sala?

Por mais que quisesse ficar ali conversando com Gaara, naquele momento queria apenas deitar sua cabeça sobre a carteira e ficar alguns segundos de olhos fechados pensando em tudo o que estava acontecendo.

— A aula está quase acabando, se você quiser esperar… – Gaara falou coçando a nuca enquanto dava pequenos passos em direção a Haruno, que ainda estava parada em frente à porta do banheiro.

Mordeu o lábio inferior e encarou o ruivo, não sabia se queria ficar com ele, não quando tinha tanto para pensar, suspirou e o encarou desconfiada, pois ela podia sentir que Gaara parecia que estava querendo falar algo, mas estava nervoso, já que apesar de ser simpático, ele não era tão comunicativo como estava naquele momento.

Vê-lo daquela maneira a fez lembrar-se de Sasuke, que era tão calado e centrado como o ruivo a sua frente, entretanto, quando o moreno estava com os amigos ele se soltava mais.

Ultimamente ele havia se aberto mais com ela, na maior parte do tempo passavam se implicando, mas nas últimas semanas, não sabia explicar, mas as implicâncias deram lugar a conversas tranquilas, onde eles se conheciam um pouco mais, chegando a ponto dela saber a marca de tênis que ele mais gostava.

Não acreditava que estava pensando no Uchiha novamente e o pior de tudo, começando a comparar Gaara com Sasuke. Balançou a cabeça para tirar aqueles pensamentos e sorriu para Gaara, que lhe encarava com o cenho franzido, sem entender o que acontecia.

Quando estava prestes a falar algo seus olhos pousaram na figura atrás de Gaara, que agora estava de costas para o corredor que dava acesso à sua sala. Sakura não deveria, mas sentiu seu corpo se arrepiar e seu coração bater mais forte quando seus olhos encontraram as íris negras de Sasuke, que segundos depois passou para Gaara e voltou a lhe fitar, intensamente.

Gaara falava algo, mas ela não prestava atenção, pois ela estava totalmente em Sasuke, que escondeu as mãos no bolso da calça jeans e sorriu de canto enquanto voltava por onde tinha acabado de sair. Um vazio invadiu seu peito e ela sentiu falta do olhar do Uchiha sobre si. Mas o que estava acontecendo? Que sentimento era aquele?

— Sakura, você está me ouvindo? – A voz grave de Gaara a fez voltar para onde estava naquele momento.

— Oh, desculpe, o que dizia? – Falou sentindo seu rosto corar, mas ainda se questionava se Sasuke esteve mesmo ali ou foi alguma peça pregada por sua cabeça.

— Estava querendo saber se você gostaria de sei lá, sair no final de semana? – Gaara perguntou tão baixo que ela quase não compreendeu.

— O quê? – Gaara a estava chamando para sair?

— Um cinema, se você preferir… – Gaara falou rápido e um pouco mais alto dessa vez.

— Você está me chamando para sair? – A pergunta saiu tão involuntária que sentiu vontade de se socar, era obvio que ele estava lhe chamando para sair.

— Se você não tiver nada melhor para fazer, é claro.

— Adoraria. – Respondeu.

Sakura sentiu vontade de apertar as bochechas de Gaara quando o viu desviar o olhar e as bochechas exibir uma tonalidade rosada. Mordeu o lábio inferior e sorriu, não estava acreditando que seu crush a estava convidando para um encontro. Contudo, por mais que estivesse animada, ela sentia que deveria estar ainda mais, até porque, isso era algo que ela queria desde que conheceu o Sabaku, não era?

Então porque ela não se sentia mais feliz do que esperava estar?

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Tentava a todo custo não olhar para a garota que estava parado a sua frente de braços cruzados, ainda nem tinha entendido o motivo de ele ter ido se encontrar com Sakura na sala do treinador quando ela lhe mandou uma mensagem pedindo que ele fosse.

Os olhos de Sasuke estavam presos no visor do celular que estava passando os stories de seus amigos no Instagram, por mais que encarasse aquelas fotos e vídeos, não estava prestando a mínima atenção no que estava passando, tudo porque sentia que seu coração fosse explodir ao ser analisado por Sakura.

Como sentia vontade de socar aquele rostinho lindo que teimava em lhe ignorar mexendo do celular, Sakura respirou fundo e contou até dez, tentando segurar a vontade de descer a porrada em Sasuke, contudo, ao marcar aquele encontro, que ela chegou a achar que ele não apareceria – e foi uma grande surpresa quando a porta da sala se abriu e o Uchiha passou por ela. Seu plano inicial era conversar com o moreno sobre seu encontro com Gaara.

O que estava acontecendo era que Sakura estava insegura, pois apesar de ser uma garota, nunca tinha ido a um encontro sério, ainda mais quando era com uma pessoa que ela gostava. Sakura não sabia como se comportar e por mais frustrante que fosse, não poderia pedir ajuda a Karin, pois sabia que a melhor amiga não era uma das melhores conselheiras do mundo no quesito “encontro”, sobrando apenas Sasuke, apesar de o Uchiha parecer não querer muito lhe encarar.

Respirou fundo e o encarou de forma cética, não acreditava que ele iria ignorá-la fingindo que assistia aquelas coisas ridículas que seus amigos – e ela também, como toda adolescente – postava nas redes sociais.

— Vai continuar me ignorando? – A pergunta saiu mais grosseira do que esperava.

Sim, ele pretendia continuar ignorando-a até que ela desistisse de esperar e falasse tudo o que queria para que Sasuke pudesse, finalmente, sair correndo daquele cubículo que parecia ser menor do que ele se lembrava antes que pudesse cometer uma louca, e isso envolvia pegar Sakura no colo e a colocar sobre a mesa e beijá-la, como a muito vinha querendo fazer a muito tempo.

Entretanto, Sakura não estava disposta a falar rápido para que ele pudesse dar o fora, mas pelo cruzar dos braços, olhos brilhando de raiva e como seu pé batia no chão, ele tinha certeza que a última coisa que ela faria era falar logo.

Soltou um longo e demorado suspiro enquanto travava o celular e passava a mão no rosto, tentando manter sua consciência e não fazer nenhuma loucura enquanto fitava Sakura.

— Sou todo ouvido, madame. – A ironia deslizava pela língua de Sasuke e ela sabia perfeitamente disso.

— Babaca… – Murmurou revirando os olhos, se realmente não precisasse de ajuda, mandaria Sasuke se lascar, mas, precisava da ajuda do moreno, era isso, ou desistir do encontro com Gaara. – Gaara me chamou para sair.

Um silêncio sepulcral se instalou no local. Sasuke fitava Sakura sem saber o que falar, aliás, ele não tinha nada para falar, pois tinha certeza que as coisas que sairiam de sua boca não seria nada legal e corria o risco dele sair da sala do treinador com um belo corte na boca ou um olho roxo.

Já Sakura esperava ansiosamente por qualquer palavra que saísse da boca de Sasuke, poderia ser uma gratulação – pelo seu ótimo desempenho em conquistar o crush— ou um xingamento, pois era mais fácil receber isso a um parabéns.

Segurou a vontade de soltar um longo e enorme “puta que pariu” ao ouvir aquelas palavras. Sasuke já estava ciente que uma hora ou outra Sakura convidaria Gaara para sair, o que ele não esperava era que o ruivo imbecil convidasse a Haruno para sair primeiro.

Desde quando Gaara havia se tornado ruivo imbecil? Para ser sincero, a partir daquele momento, ou teria sido a alguns dias antes?

Não, ele não estava preparado para saber que finalmente Sakura ia sair com seu crush. Para falar a verdade, ele esperava que a Haruno percebesse que o Sabaku era um imbecil antes de ter coragem de chamá-lo para sair, porém, o ruivo imbecil tinha outros planos ao convidá-la, frustrando todos os seus pensamentos de que Sakura dispensasse o ruivo. Isso só deixava uma coisa obvia, Gaara também estava interessado em Sakura, para seu desespero.

— Parabéns, conseguiu o que queria… – Falou de forma indiferente, porém, por dentro uma raiva crescia sem freios.

E ele sabia que não tinha direito algum de se sentir dessa maneira.

— Sim, graças a sua ajuda. – Sakura falou baixo, a expressão de Sasuke estava indecifrável, ela não fazia ideia do que passava na cabeça do Uchiha e isso a deixava intimidada para o que tinha que pedir.

— Agora que conseguiu o que queria, não precisa mais de mim. – Sasuke até tentou brincar, mas seu humor não estava sendo um dos melhores após aquela notícia.

— Para falar a verdade, preciso sim. – Ok, ela estava sentido suas bochechas pegarem fogo e o olhar intenso e incrédulo de Sasuke não estava ajudando em seu estado de timidez, ainda mais quando tinha que admitir em voz alta que precisava de dicas de como se comportar num encontro com o sexo oposto.

Sim, ela já tinha saído com o sexo oposto algumas vezes, incluindo com Sasuke, mas nenhum deles era seu crush, o que dificultava muito, sua experiência limitada no quesito encontro – quase nula para falar a verdade – não ajudava em nada.

— Precisa de mim? – Sasuke questionou segurando a vontade de rir, era engraçado ver Sakura tímida a sua frente.

— Sim, mais precisamente da sua vasta experiência em encontros. – Sakura falou após respirar fundo, lembrando-se que estava falando com o idiota do Uchiha, não era uma pessoa qualquer, ele era apenas um babaca e o vendo segurar a vontade de rir só a fazia se lembrar disso.

Arqueou a sobrancelha quando Sakura deu ênfase na palavra “vasta” em sua experiência em encontros, não que ele fosse um santo, mas também não era um imbecil. Sim, ele saia com várias garotas, já que nunca foi difícil arrumar uma boa diversão quando se era bonito, fazia parte do time da escola e era um bom aluno, de vez em quando.

Claro que ele selecionava com quem sairia, não eram todas que tinham esse privilegio, porém, as pessoas não sabiam disso, já que muitas das garotas que falavam que saiam com o Uchiha, era mentira.

— Do que você precisa? – Ignorou totalmente sua consciência que gritava para ele cair fora, correr daquela emboscada.

— O que eu faço num encontro? – A voz desesperada de Sakura quase o fez rir se ele não tivesse visto que a Haruno estava mesmo falando sério.

Sempre achou que Sakura tivesse muitos pretendentes, e tinha, entretanto, a Haruno só tinha olhos para seu crush que mal prestava atenção nas coisas que aconteciam a sua volta, uma delas, de como atraia a atenção dos rapazes da escola e fora dela, e isso ele havia percebido nas poucas vezes que andou ao lado da garota de cabelos tingidos de rosa.

Reconhecia que toda vez que andava ao lado da garota, uma aura assassina saia de seu íntimo e dava um jeito de espantar os abutres, sem que ela percebesse, era claro.

— Só seja você mesma. – Falou dando os ombros, e era verdade, Sakura só precisava ser ela mesma que tudo daria certo.

— Qual é Sasuke, você me conhece, sabe que ser eu mesma não vai acabar bem. – Sakura riu lembrando-se dos momentos hilários e inesquecíveis ao lado de Sasuke, onde ela foi o alvo das quedas, das comidas derrubadas na roupa e várias outras coisas.

— Ele seria um idiota se não gostasse de você do jeito que você é. – Sasuke murmurou com um pequeno sorriso.

Sakura o encarou surpresa e sentiu suas bochechas corarem enquanto Sasuke pigarreava, o clima ficou tenso e nenhum dos dois ousou se olhar.

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Mordeu o canto do lábio e olhou o garoto de canto de olho. Quando ela saiu de casa no meio de uma tarde de sábado, Sakura imaginou que o encontro com Gaara seria perfeito. Ah, se ela soubesse. O filme estava pela metade e era extremamente chato, ela nem se esforçava para prestar atenção e entender o que acontecia na tela, para ser sincera.

Se sentia frustrada com tudo o que havia acontecido até ali, sentada no meio da sala escura na companhia do ruivo, ao seu lado direito, que sempre crushou, e de várias outras pessoas que ela não fazia ideia de quem era assistindo a um filme que ela não entendia nada, desde o primeiro minuto, então o que restava para Sakura naquele momento era se entupir de pipoca e refrigerante, quem sabe ir ao banheiro não seria mais animado do que aquele filme?

Sakura havia acordado mais cedo que o normal naquele dia. Na noite anterior, que quase não conseguiu pregar os olhos, tamanho era a sua ansiedade para aquele encontro, fez uma pequena listinha do que queria fazer e arrumar antes que Gaara a buscasse para o encontro, que seria às 16 horas de sábado.

Quando o celular apitou 8 horas, levantou da cama num pulo, logo arrumando a mesma antes de correr para o banheiro, onde o banho se tornou mais longo que o normal, já que a primeira coisa de sua lista era hidratar os cabelos cor-de-rosa, para isso, precisava lavá-los com muito cuidado. As sobrancelhas foram limpas e o buço depilado enquanto a máscara de creme sobre as madeixas faziam efeito. Não se preocupou com roupa, pois ela já estava separada desde o dia que Gaara a convidou para sair.

As unhas foram pintadas com ajuda de Karin, que havia passado em sua casa para almoçar, o que sua mãe adorou, já que a Sabaku era sempre bem-vinda na residência dos Haruno. Quando faltava uma hora para o horário marcado, ela passou a se arrumar, tomou outro longo banho, secou os cabelos, fez uma maquiagem leve e vestiu sua roupa.

Como o dia estava mais frio que o normal, colocou um jeans desbotado, uma bota de camurça de cano baixo, uma blusinha sem mangas com um decote em V, mas não tanto, e um grosso sobretudo por cima, até porque, não estava em seus planos pegar um resfriado.

O encontro perfeito já havia começado errado quando, com quase cinquenta minutos de atraso, Gaara lhe mandou uma mensagem avisando que não poderia ir buscá-la e pediu para que se encontrassem no cinema. Não, ela não ficou chateada por ele não ter ido buscá-la, ela ficou chateada por ele avisar isso só cinquenta minutos depois, quando já estava pensando em desistir daquele encontro.

Quase se socou quando se deu conta que estava saindo do táxi no local marcado. Assim que encontrou o ruivo, que digitava algo em seu celular e ela teve que chamá-lo mais de uma vez para ter sua atenção.

Sakura pensou na possibilidade deles conversarem antes do filme, mas, mais uma vez, o ruivo frustrou seus planos puxando-a para a sala, onde o filme já se iniciava, dando tempo apenas de comprar a pipoca.

— O que achou do filme? – Gaara perguntou quando entregaram os óculos 3D para o rapaz que recolhia na porta da sala de cinema.

Sua vontade era gritar um enorme e sonoro “Não gostei”, mas, como uma moça educada que era, apenas deixou um enorme sorriso esconder sua insatisfação enquanto fazia seu mantra mental “lembre-se, ele é seu crush, o dia só deve ter sido difícil para ele.”.

— Foi legal, eu gostei. – O sorriso ainda estava lá quando as palavras saíram de sua boca, para ser sincera, Sakura não tinha prestado a mínima atenção no filme, que por sinal, era chato.

Porém, tudo o que havia acontecido ali pareceu ter perdido o sentindo quando Gaara lhe deu um sorriso, pequeno e contido, mas fofo, claro que não era nenhum pouco parecido ou bonito quanto o de Sasuke ou que fizesse seu corpo vibrar como o do Uchiha, mas era um belo sorriso. Pera lá, porque ela estava pensando em Sasuke e comparando os sorrisos?

Mordeu o lábio inferior e tentou se concentrar em Gaara novamente, que ainda lhe fitava com o sorriso.

— Quer comer alguma coisa? – Gaara perguntou.

Sakura apenas balançou a cabeça, pois sabia que não teria palavras para responder, pois tinha uma leve impressão que dela sairiam às coisas erradas.

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Estava inquieto o dia todo e tentava se convencer que isso não tinha nada a ver com o encontro de Sakura e Gaara que ele sabia que estava ocorrendo. Sasuke não deveria está se sentindo inquieto ou com vontade de aparecer no encontro e estragar tudo, ele não tinha o direito de sentir aquilo, porém, não conseguia comandar seu coração, que estava apertado.

Suspirou pesadamente e encarou o visor do celular esperando que aparecesse a qualquer momento uma mensagem de Sakura, pedindo para encontrá-la ou até mesmo, buscá-la, que ele iria de bom agrado, mas não tinha nada.

Cansado de se martirizar, levantou-se da cama e foi para o banheiro. Sasuke nunca foi de banhos longos, mas naquele dia, ele necessitava de um banho mais longo que o normal. A água quente batia em sua cabeça e descia por seu corpo enquanto seus olhos estavam fixos nos azulejos da parede, tentando a todo custo não pensar em Sakura e em seu encontro com o ruivo idiota.

Ah! Ele não deveria ter se envolvido naquela bagunça, ele não deveria ter se “oferecido” para ajudá-la a conquistar o ruivo idiota, se Sasuke soubesse que ao fazer isso, estaria se enfiando numa grande merda, que era está apaixonado, com certeza, ele nem tinha olhado para Sakura aquele dia e muito menos ter ouvido-a falar que seu crush era o irmão de sua melhor amiga.

Mas já estava atolado até o pescoço naquela situação, não tinha como sair, mas também não tinha jeito de ficar, ele tinha que tomar uma decisão e essa decisão não incluía ficar na mesma mesa todos os dias vendo a garota que ele gostava distribuindo sorriso para um babaca qualquer.

Seria difícil, mas ele se afastaria, não pelo bem de Gaara ou de Sakura, mas pelo seu, pois ele se conhecia o suficiente para saber que ele daria um jeito de se enfiar no relacionamento de Sakura e isso poderia não acabar bem, para ele, era claro.

Estava decidido, na manhã seguinte ele bloquearia a Haruno em todas as redes sociais e a evitaria a todo custo, mesmo que dividissem a mesma melhor amiga.

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O assunto na mesa estava morto. Morto não, aquilo estava bem pior que morto. Gaara passava mais tempo no celular do que a olhando ou até mesmo, conversando, e só a fez ter uma certeza, se fosse Sasuke ali no lugar de Gaara, poderia acreditar que ela não estaria com um pingo de vontade de ir embora, como naquele momento.

Estavam no restaurante há trinta minutos, os pedidos já haviam chegado e ela brincava com a comida em seu prato, já que seu apetite foi embora quando o ruivo não falou nada durante os vinte e sete minutos após pedirem os pratos. Soltando o ar pela boca, tomou um gole de seu suco e resolveu fazer a pergunta que vinha lhe atormentando desde que fizeram os pedidos.

— Posso perguntar algo… – Falou atraindo finalmente a atenção de Gaara, que resolveu largar o celular. É, até que o idiota sabia ser sensato de vez em quando. – Você realmente queria sair comigo? – Foi direta, estava cansada demais para fazer rodeios.

Ver Gaara se remexer desconfortavelmente em sua cadeira disparou um alarme em sua cabeça, claro que ela já tinha percebido o total descaso do ruivo durante todo o encontro, parecendo até que ele estava a evitando o tempo inteiro e isso já estava tirando-a do sério.

— Eu… – Ele começou e seus olhos desviaram da garota a sua frente.

Sakura conseguiu ler todos os sinais que ele transmitia. Ele ia mentir para ela, Sakura sabia disso.

— Por favor, não minta para mim. – Pediu enquanto olhava para a própria comida tentando raciocinar e segurar a vontade de chorar que começava a querer aparecer. Odiava que as pessoas mentissem para ela.

— Eu… Me desculpe, eu fui um babaca, mas eu usei nosso encontro e nossa aproximação para chamar a atenção de uma pessoa. – A voz de Gaara saiu tão baixo que ela realmente se perguntou se tinha ouvido direito.

— Você o quê? – Sim, ela tinha compreendido perfeitamente o que Gaara tinha falado, por mais que fosse difícil de acreditar, a vontade de chorar de antes disse adeus e deu um olá para a raiva que crescia em seu peito. – Você está me dizendo que me usou para fazer ciúmes em outra pessoa?

— Eu gosto de uma pessoa, estávamos juntos, mas aconteceu algo que nos afastou e quando você começou a falar comigo, vi uma oportunidade de chamar a atenção dela. – Gaara falava baixo e por mais que Sakura não o encarasse, ele podia sentir que ela prestava atenção em tudo que ele falava. – Você pode até não acreditar, mas eu realmente gostei de conversar e sair com você.

A raiva subiu e travou em sua garganta, tanto que Sakura precisou tomar um longo gole de suco para conseguir falar alguma coisa. Se existia uma coisa que Sakura mais odiava além de injustiça, era de ser usada pelas pessoas, ainda mais quando sentimentos estavam envolvidos. Apesar de ter perdido o encanto em Gaara com o passar do tempo que ia conhecendo-o, isso não mudava o fato de que ele havia brincando com seus sentimentos, mesmo sem saber.

— Realmente, não consigo acreditar em você. – Sakura ergueu a cabeça e fitou intensamente os olhos de Gaara, para que ele pudesse ver a raiva estampada ali. – Sabe por quê? Porque você um babaca que não tem consideração por ninguém, você brinca com as pessoas e essa é a coisa que eu mais desprezo em uma pessoa.

Sentiu uma enorme vontade de registrar o rosto incrédulo de Gaara enquanto as palavras lhe atingia em cheio, não estava ligando se o magoaria ou o chatearia, ela estava com raiva, o ruivo havia brincado com ela e com seus sentimentos dando-lhe esperanças.

— Eu sinto muito. – Gaara pediu, mas nem isso ia adiantar, a única coisa que ela queria era ir embora e nunca mais olhar para o irmão da melhor amiga.

— Ah, tenho certeza que sente, mas eu não me importo. – Falou dando um sorriso debochado enquanto se levantava e pegava sua bolsa e casaco da cadeira. – Só uma curiosidade, quem é ela?

Não sabia por que queria saber quem era a garota que o fez usá-la, mas algo em seu íntimo gritava para ela matar sua curiosidade.

— Ino.

Sakura teria gargalhado se não estivesse tão surpresa com a descoberta do nome da garota, isso só a fez se recordar de poucas semanas atrás, onde Ino a acusava de “se fingir de sonsa para roubar o namorado das outras”, agora ela compreendia que aquilo não tinha nada a ver com Sasuke e sim com Gaara.

— Vocês se merecerem. – Falou dando um sorriso de canto enquanto saia dali, deixando para trás o Sabaku, que insistiu em lhe chamar.

Gaara No Sabaku não passava de mais um babaca no mundo.

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Quando a brisa fria bateu em seu rosto quando saiu do restaurante, Sakura sentiu seu corpo leve, sabia que não deveria se sentir assim depois do que acabou de passar no jantar com Gaara, aliás, em todo o encontro, contudo, ela se sentia realmente leve, como se um enorme peso tivesse sido tirado de suas costas, só agora ela havia percebido que ela não gostava tanto do irmão da melhor amiga quanto imaginava.

Olhou a hora no celular e viu que ainda estava cedo, dava para ir caminhando para casa. Não prestou atenção por aonde ia, apenas deixou seus passos a guiarem enquanto não passava nada em sua cabeça, por mais que tentasse pensar no que havia acontecido aquele dia, nada vinha, quando deu por si estava parada na praça onde Sasuke deu um sorvete de pistache para ela como pedido de desculpas por ter sido um idiota a algumas noites.

O sorriso foi involuntário ao ver um garoto de calça jeans, tênis vans surrados, uma jaqueta de couro e uma touca caída sobre a cabeça vir em sua direção com um sorriso pequeno enquanto suas mãos estavam escondidas nos bolsos da jaqueta.

— Ora, ora, o que temos aqui. Está perdida chicletinho? – O revirar de olhos de Sakura por causa daquele apelido só o fez abrir um pouco mais o sorriso.

— Pensei que fosse um local público, mas acho que me enganei. – Sakura provocou escondendo o sorriso e virando-se parar ir embora.

— Ah, qual é chicletinho, você sabe que estou te sacaneando. – Sasuke falou dando um passo em direção a Sakura e a segurando pelo pulso, fazendo-a parar.

Mordendo o lábio inferior se virou para o Uchiha que tinha um rosto indecifrável, mas em seus olhos tinha um brilho diferente, de ansiedade, de expectativa, então apenas deu os ombros e sentiu falta dos dedos quentes de Sasuke sobre a pele de seu pulso descoberto quando ele lhe soltou.

— Achei que estivesse em um encontro. – Sasuke jogou enquanto chutava uma pedra para longe.

Sasuke e sua grande boca. Ele se chutava internamente quando as palavras escaparam de sua boca sem autorização, apesar de não admitir, estava curioso e o fato de Sakura está ali e não em seu “encontro dos sonhos” só atiçou ainda mais aquela curiosidade que sempre esteve tão bem escondida, mas quando se tratava de Sakura, ela aflorava sem autorização.

— Digamos que não foi um bom encontro. – Sakura deu os ombros enquanto ia em direção aos balanços, sendo seguida por Sasuke que se sentou no balanço ao seu lado.

— Quer conversar? – Ele realmente queria ouvir sobre o encontro de Sakura com Gaara? Nem ele sabia a resposta.

Ela queria falar sobre o que havia acontecido? Obviamente não, apesar de ter algo em Sasuke que a fazia revelar tudo, até seus segredos mais obscuros, mas naquele momento, a última coisa que ela queria era voltar ao que havia acontecido minutos atrás. A única coisa que Sakura queria era aproveitar a brisa gostosa na campainha de Sasuke.

— Você só precisa saber que Gaara é um babaca. – Declarou fechando os olhos e respirando fundo fazendo o perfume de Sasuke invadir suas narinas.

— Preciso bater nele? – A pergunta foi tão espontânea que Sakura o encarou imediatamente antes de gargalhar.

O clima entre Sasuke e Sakura estava leve depois de um bom tempo de estranhamento, mas Sasuke sentia-se imensamente feliz pela Haruno finalmente ter se dado conta de que Gaara não passava de um imbecil, contudo, ainda não sabia o que a garota sentia, o que o deixava pisando em ovos em relação a ela.

Apesar de tudo, com Sasuke o assunto não morria, nem mesmo quando estavam estranhos um com o outro há alguns dias, Sakura estava começando a apreciar a companhia do Uchiha e tinha pensando diversas vezes nele durante o encontro com Gaara e como seria se fosse Sasuke no lugar do ruivo.

— Vem, esta ficando tarde, vou te levar em casa. – Sasuke falou levantando-se e estendendo a mão para a Haruno.

Sakura mordeu o lábio inferior e encarou a mão estendida de Sasuke, antes que pudesse pensar muito, agarrou-a e levantou-se, se deixando levar pelo Uchiha, e ela sentiu, mais uma vez, uma sensação boa em segurar a mão do moreno.

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O caminho para sua casa foi cheio de conversas e risadas, Sasuke apesar de parecer rabugento até se arriscava em fazer algumas piadas e por incrível que pareça, ele era realmente bom naquilo, claro que não em nível de Naruto ou Suigetsu, mas em um nível aceitável.

As mãos tinha dado lugar a braços enlaçados, fazendo Sakura esconder o rosto no braço do Uchiha quando ele falava alguma coisa engraçada, para abafar o riso alto.

— Uau, eu realmente não conhecia esse seu lado, Sasuke. – Falou rindo quando chegaram em frente a sua casa, por mais que não quisesse, abandonou o braço do Uchiha.

Quando Sakura soltou o seu braço ele sentiu um vazio, ela se encaixava perfeitamente ali e depois daquele momento, ele jamais encontraria alguém que se encaixasse melhor do que ela, sem falar que Sasuke havia mostrado um lado seu a Haruno que poucos conheciam, já que quase ninguém era digno de ouvir suas piadas.

— Existem muitos lados que você não conhece. – Rebateu coçando a nuca sem graça, realmente existiam muitos lados dele que poucos conheciam.

— Eu adoraria conhecer cada um deles. – Foi sincera, de fato, Sakura queria conhecer todas as facetas que Sasuke estivesse disposto a mostrar.

As palavras de Sakura o atingiram em cheio, quando deu por si, sua boca já cobria a pequena da Haruno enquanto segurava o rosto delicado entre as mãos. A garota não esperava aquele tipo de reação, em um momento Sasuke a encarava com um brilho no olhar diferente do normal e em outro, suas mãos seguravam seu rosto e seus lábios cobriam o seu, num beijo, não pensou muito, pois sabia que se pensasse ia se afastar, em vez disso, levou as mãos para a cintura do Uchiha e agarrou a jaqueta de couro enquanto o puxava para si, retribuindo intensamente o beijo que recebia.

Sasuke não conseguia acreditar que estava finalmente beijando Sakura. Não sabia explicar, seus lábios encaixavam perfeitamente, o gosto da boca da Haruno era única e por mais que já a estivesse beijado há um tempo, a ponto de seu pulmão reclamar por oxigênio, o Uchiha sentia cada vez mais necessidade de continuar beijando-a.

Não sabia se queria parar o beijo, suas mãos apertavam a jaqueta de Sasuke exigindo e pedindo por mais, mesmo que seu pulmão começasse a gritar por oxigênio, não estava pronta para abandonar a boca do moreno, não agora que ela tinha provado do céu que muitas garotas falavam.

Contrariados, afastaram os lábios, mas ainda ficaram perto, se fitando intensamente, os olhos verdes de Sakura estava num verdes esmeraldas brilhantes e ele tinha medo do que ela pudesse ver em seus olhos, pois a Haruno tinha o poder de fazê-lo perder toda a armadura que ele passou anos treinando para ninguém saber o que ele sentia.

Sakura jamais pensou que os olhos de Sasuke poderiam ficar mais negros e intimidantes do que antes, contudo, o que via ali contestava tudo o que ela achou um dia, não conseguia parar de encará-lo nos olhos, não queria, suas mãos ainda apertavam a jaqueta do Uchiha, pois não tinha certeza se conseguiria se manter em pé quando o soltasse após aquele beijo.

Frustrando todos os seus planos de beijá-la novamente, a luz da varanda se acendeu e ouviu um “Sakura, é você?” abafado do outro lado da porta.

— Eu… preciso ir. – Sakura suspirou quando sentiu Sasuke passar a ponta do nariz no seu, fazendo-a fechar os olhos.

Não estava preparado para deixá-la ir depois de beijá-la, mas sabia que era necessário, dando-lhe um beijo rápido se afastou, por completo, porque ele sabia que se não se afastasse, não a deixaria ir.

— Boa noite.

E ele ficou ali, vendo-a fechar a porta antes de criar coragem e ir embora.

Seu coração batia forte contra o peito tentando raciocinar sobre o que havia acontecido ali, suas mãos suavam e suas pernas estavam bambas.

Deus, ela havia beijado Sasuke, aliás, Sasuke havia lhe beijado e ela tinha retribuído. Ela havia beijado seu crush. Espera ai… O quê?

Foi quando a ficha caiu. Há muito tempo Gaara não era mais seu crush, e na verdade, quem era seu crush mesmo era… Sasuke.

—

—

Quando chegou em casa quase não conseguia acreditar no que havia feito, ele havia beijado Sakura, a garota que ele sentia vontade de beijar e era apaixonado a um bom tempo e ela havia retribuído, com a mesma intensidade e vontade.

Jogou seu corpo contra a cama e sorriu, contudo, o sorriso foi murchando aos poucos. Ele tinha beijado Sakura.

Oh, merda! E agora, o que ele ia fazer?