Escritos pelas estrelas escrita por Sofia Bellatrix Black


Capítulo 2
Parte II


Notas iniciais do capítulo

Vamos assumir que o Voldemort foi derrotado pelo Dumbledor, e estamos em 1978, porque eu preciso da mini Nymphadora.

Era suposto ser postado antes do ano passar, mas não foi possível porque achei que era boa ideia ir para o Mestrado e fazer estágio ao mesmo tempo, e esqueci-me que precisava de tempo para escrever, mas aqui está (com 11 horas de atraso)

Boa leitura ♡



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Parte II

            Bellatrix Black podia ter apenas vinte e dois anos, mas infelizmente ou felizmente, como consideraria mais tarde, já passara por muito na vida. A viver num pequeno apartamento no centro de Diagon-All, no entanto o conceito de apartamento era distorcido. Para quem tinha vivido a vida toda na luxuosa casa de família dos Black, aquele apartamento era pouco maior que a cozinha de Grimmauld Place, na verdade consistia apenas em um quarto, um casa-de-banho e uma minicozinha, que ela praticamente nunca usava. Bellatrix Black, tinha descido mil degraus nos seus luxos e mesmo assim, aquela casa transpirava a sua personalidade. Cedo percebeu, que apesar de gostar tudo negro, uma casa de parede brancas tinha o seu encanto, os móveis em madeira escura, cortesia do antigo proprietário, dava a casa personalidade, ela olhou-se uma última vez ao espelho e sorriu.

            Gostava do reflexo que vi. Vinte e duas primaveras, o corpo de adolescente tinha dado lugar a curvas suaves e graciosas, os traços do rosto ganharam outra subtileza, demarcando ainda mais a beleza dos Black, os cabelos negros, esses continuavam com o mesmo encantamento de sempre, negros, encaracolados e longos, emoldurando o rosto de pele marfim e de uma elegância que apenas pertencia a sua família.

            Era naquele dia a abertura do testamento da família dela, finalmente, e que finalmente tão demorado, ela poderia finalmente ter acesso ao cofre dos Black, e que porra de finalmente demorado. Uma reunião com as irmãs, que já não via a pelo menos um ano, e os primos. Essa talvez fosse a parte menos agradável… os seus primos, mais especificamente, o seu primo mais velho… Sirius Black. Imprestável, irritante, traidor, Bellatrix sorriu, gostoso. Sim porque se havia coisa que Sirius Black tinha herdado dos Black, era a beleza. Pelas cuecas de Merlim, ele era gosotoso para… Bellatrix repreendeu-se a meios dos pensamentos pecaminosos sobre o primo, mas por Merlim, se havia algum pecado merecedor de ser cometido por ela, era conhecer cada pedaço dele, desde de que a boca tivesse amordaçada, para evitar que tentasse sequer falar…

Respirou fundo, tentando forcar-se… Sim, ministério… aparatar… sim!

Ouvisse um estalico metálico e Bellatrix desaparatou da sala.

(…)

Sirius foi o último a chegar, como já era suspeito. Pelo menos chegara minutos antes da hora de reunião marcada com o responsável pela herança deles.

Bellatrix estava sentada entre as irmãs, ao seu lado direito, Andromeda esboçava as mesmas feições que os Black, cabelos negros e olhos castanhos, mas dona de uma subtileza e ternura tão própria, sorria as irmãs, Narcisa do seu lado esquerdo, destoava de todos eles pela peculiaridade da sua beleza. Mas Bellatrix, tão bela quanto perigosa, ela era hipnotizante, as curvas acentuadas pelo vestido negro, o peito emoldurado pelo generoso decote, que mostrava tudo sem mostrar nada, deixando à imaginação de Sirius o resto.

“Sr. Black, agora que estamos todos presentes, podemos começar a reunião?” Um oficial do próprio ministério entrou surgiu no hall de espera. “Sigam-me por favor”.

A sala escolhida para a reunião era… peculiar. Um pequeno gabinete, atolado de livros completamente desorganizados, alguns deles empilhados até ao teto, poeirentos e velhos. Junto a uma janela uma secretaria em madeira velha e imponente, resquícios do luxo que anteriormente possuía aquele gabinete. “Por favor, por favor por aqui” Ele disse apresando a família “O Sr. Cromwell está a vossa espera”

Ele não disse mais nada, e assim que Narcisa entrou, ele desapareceu rapidamente, sem sequer se despedir dos Black, que falta de educação, Andromeda comentará com Narcisa que se apressou rapidamente a concordar. Mas o que Sirius tentava perceber era onde estaria afinal o Sr. Crom qualquer coisa.

“Mas afinal onde é que ele está” Bellatrix disse impaciente e antes que alguém lhe respondesse a velha e poeirenta poltrona virou-se, revelando o senhor de longa idade, de aspeto frágil e quase senil, Sir Benedit Cromwell era o velho e fiel oficial do ministério, responsável por todos os processos legais que tinham sempre envolvidos a família Black além, de claro, ser o homem da eterna confiança de Órion e Cygus Black, e nos últimos anos de vida, foi o braço direito (e segundo Sirius) o único braço de Walburga Black, a mãe de Sirius, que havia falecido a pouco menos de um mês.

“Bom dia” Ele disse sorrindo amavelmente a todos “Andromeda, Bellatrix, Narcisa e Sirius” Ele sorriu contente e satisfeito. “Perdoam-me a intromissão, mas andei com todos vós ao colo” Sorriu e retirou do seu lado esquerdo um pesado e bem tratado documento com uma capa em pele onde se podia distinguir perfeitamente o emblema de família. “Por favor, ocupam os lugares.” Ele apontou para duas poltronas a sua frente “Ai que cabeça a minha, claro.” Conjurou em seguida mais duas.

Sirius e Bellatrix ocuparam a que estavam mesmo em frente a mesa, enquanto Andromeda e Narcisa as de trás “Ah sim, a herança dos Black” Ele disse sorrindo “A gerações que a vossa família têm me confiado isto” Ele disse dirigindo o olhar ao pesado documento “Os vossos pais, avós, bisavós, e tantas outras.”

‘Mas o homem tem o que, mil anos’ Bellatrix pensou entreolhando as irmãs, que provavelmente pensariam o mesmo. “E enfim, a minha missão acaba aqui” Ele sorriu-lhe “Posso descansar, e seguir o curso da minha vida” Ele disse pensativo e feliz “Mas deixamo-nos disso e vamos ao que interessa.” Ele disse sorrindo. “Preciso, protocolarmente, de conferir as vossas identidades, por favor, as vossas varinhas.”

Os quatro depositaram as varinhas em cima da secretária e ele fez sinal para que alguém entrasse, e não se surpreenderam quando o velho vendedor de varinhas da Diagon-All entrou “Bom dia Sr. Ollivanders, e mais uma vez, fico muito grato que me possa auxiliar nesta minha última missão” Ele sorriu e estendeu-lhe a primeira varinha.

“Ah sim, espinheiro-branco, presa de basilisco, 31.5 cm. Pertence a Andromeda Black, rara e semi-flexivel, ainda uma obra do meu pai, as presas de basilisco são extremamente difíceis de manejar e controlar, ainda assim, delicada e poderosa.” Ele conjurou com a varinha de Andromeda um feixo de luzes brilhantes que se iluminaram nos céus como a galáxia que lhe dava o nome.

“Narcisa Black, 29.7 cm, cerejeira, unicórnio, flexível, uma varinha delicada, perfeita para encantamentos.” Sorriu e conjurou um feixe de luzes que se configuraram num delicado desenho do deus que lhe deu nome.”

A terceira varinha, ele sorriu. “31.75 cm, inflexível, nogueira e cordas de coração de dragão, Bellatrix Black, das varinhas com mais personalidade que eu já vi”. Com um gesto suave da varinha dela, a estrela de Bellatrix apareceu mais uma vez projetada no céu. “E por fim, 32.5 cm, nogueira também, núcleo de coração de dragão… interessante, varinhas tão semelhantes e tão distintas…” E antes que o encantamento da varinha de Bellatrix desaparece-se, ele agitou habilmente a varinha de Sirius, e no teto daquele escritório, as duas estrelas mais brilhantes, tomaram todo o seu esplendor, brilhando intensamente. Seguiram-se alguns minutos de silencio enquanto todos comtemplava o falso céu, e a estrelas deles, brilhando.

“Sr. Cromwell são eles, posso retirar-me” Ele disse devolvendo aos Black as respetivas varinhas. Devolveu, simultaneamente, a de Bellatrix e de Sirius, ficando a olhar os dois pensativo antes de as entregar “Desculpem a intromissão, mas vendi muitas varinhas durante toda a minha vida, vi o meu pai, o meu avô venderem, e não é comum isto acontecer…” Ele disse sorrindo “Varinha tão semelhantes, não são varinha irmãs, não… são, iguais e tão distintas, destinas a uma união…” Os dois ouviam estupefatos, mas antes que um deles esboçasse alguma reação, Sr. Ollivanders retirou-se desejando um bom-dia a todos, e sorrindo consigo mesmo murmurando algo como ‘almas gémeas’.

“Bem, bem! Que bonitos momentos não concordam, mas vamos realmente a coisas mais importantes.” Ele disse sorrindo e abrindo o selo do testamento selado “Ah sim, aqui está.”

Eu, Órion Black, representando da casa do Black, com morada em Grimmauld Place, nº12, Londres, venho aqui deixar, na minha perfeita consciência e vontade, o meu testamento.

Se a minha morte, anteceder a da minha esposa, Walburga Black, ela ficará a administrar, apenas e só, a administrar e usufruir dos bens que a mim e ao meu primo, Cygus Black pertencem.

Após a sua morte, todos os bens devem ser repartidos pelos meus filhos, Sirius e Régulus Black, e pelas minha sobrinhas, Andromeda, Bellatrix e Narcisa Black.

“Então a fortuna é para ser dividida por nós” Bellatrix interrompeu “Podemos então avançar, acho que já ouvimos tudo.” Bellatrix disse satisfeita, e sorridente. Finalmente voltaria a ter o dinheiro que quisesse a sua disposição e não a mesada que os seus pais impuseram que recebessem até aos 25 anos, em caso de morte deles.

“Oh não, senhorita Black, há mais” Ele disse com um sorriso saudoso que por alguma razão deixou Bellatrix tão inquieta como os restantes.

Grimmauld Place, ficará para todos os herdeiros, e ficam impossibilitados de a vender, por se tratar de uma casa de família, portadora de tantas e tantas memórias ternas de família que de certos, todos devem querer recordar e passar a geração seguinte.

“Ah sim, porque ternura, amor, família são adjetivos que caracterizam a nossa infância!” Sirius disse antes de ser repreendido por Narcisa e Andromeda. “Calma, ok, prosseguiam lá”

No entanto, e como todos eles sabem, a família, para nós, é um dos grandes pilares da nossa vida, e assim, para que a fortuna seja dividida e o acesso ao cofre nº1 de Gringots seja liberado, o meu filho mais velho, Sirius Black, e a minha sobrinha Bellatrix Black, deverão conviver, na mesma casa, sob o mesmo teto, partilhando o seu dia-a-dia, durante 30 dias, como todo o que é inerente a um casal, para que a fortuna possa ser dividida.

“MAS É QUE NEM PENSAR” Bellatrix disse revoltada e ultrajada com a condição proposta “NUNCA NA MINHA VIDA, ANTES SER POBRE, IMUNDA DO QUE CONVIVER COM ESTA CRIATURA UM MÊS!!!”

“COMO SE EU QUISSESSE CONVIVER CONTIGO BLACK” Sirius devolveu levantando-se, também, de supetão da cadeira.

“Por favor, sentem-se, vamos conversar sobre isto” O velho senhor, provavelmente já esperava esta reação. “Por favor, dou-vos alguns minutos para discutirem isto em família…”

Retirando-se do escritório, os Black continuaram em discussão, Andromeda pedia incessantemente a Sirius que reconsiderasse, com a morte de Ted durante a guerra ela precisava urgentemente de providenciar a filha algum conforto. “Mas Drô, por favor, não me peças isso, eu faço qualquer coisa, mas isso…”

“Por favor, a Bella vai concordar, e qual, é só um mês, vocês conviveram muito mais tempo do que isso em Grimmauld Place, e nem sequer precisam de ser ver muitas vezes, por favor! São só 30 dias! 1 mês. Por mim e pela Nymphadora, por favor” Ela pedia e ele inspirou fundo.

Do outro lado da sala. “Bella, pela Drô, por favor. Pela nossa sobrinha, e tu és melhor que ele, é só um mês” Narcisa pedia-lhe “É a nossa herança, o nosso nome, o nome e a família que eu quero que os meus filhos conheçam. A nossa família! É só um mês, por favor.”

“Eu nem acredito que vou fazer isto” Sirius disse a Drô “Um mês Drô, e depois vou usar o dinheiro para pagar a terapia” Ele disse-lhe e ela abraçou-o fortemente “Obrigada, obrigada, obrigada, nem tenho palavras para te agradecer” Ela disse sorridente. Narcisa aproximou-se deles “Convenceste-o?” Andromeda sorriu e Narcisa sorriu de volta ao primo “Obrigada Sirius, muito, muito obrigada, a Bella também concorda.” Ela disse sorridente. “Mas na casa dela, ela diz que tem uma sala suficientemente grande para tu dormires e como divides casa com os teus amigos, é mais correto assim, afinal já imaginaste a Bella com o James, não ia correr bem!” Narcisa explicou e  Sirius arrependeu-se imediatamente de ter concordado com aquilo, mas era bem verdade que era melhor assim, já era mau o suficiente aturar a Bellatrix sozinha, não ia sujeitar os amigos aquilo.

Bellatrix e Sirius voltaram a sentar-se nas respetivas cadeiras, sem trocarem uma palavra. A frente de uma Narcisa e uma Andromeda sorridentes.

“Vejo que se entenderam” disse o velho senhor quando regressou, referindo-se as caras sorridentes de Narcisa e Andromeda e as emburradas de Sirius e Bellatrix. “Como devem imaginar vou ter de me certificar disso” Ele disse e com um gesto de varinha “Todos os vossos sentimentos, um pelo o outro, vão aparecer nisto.” Ele disse apontando para uma pequena esfera brilhante que repousava num canto do escritório “Se ao fim dos 30 dias, esta esfera esboçar um cor até aos 30 dias, então vocês cumpriram, caso contrário, e se durante todo este tempo, ela não adquirir nenhum cor, então toda a vossa fortuna será dada ao ministério para que eles, façam o melhor uso da mesma.” Ele explicou, mas rapidamente retomou o sorriso “Tenho a certeza que tudo correrá pelo melhor, e a todos, um bom-dia. Foi um prazer ajudar-vos.”

“Prometemos visitar-vos” Andromeda disse e Narcisa apressou-se a concordar quando saíram para o hall de entrada onde podiam aparatar. Andromeda abraçou mais uma vez o primo, e depois a irmã “Obrigada Bella, eu sei…”

“Pela minha sobrinha e por ti Drô” Ela disse sorrindo “A Nymphadora vai adorar conhecer-te” Ela explicou sorrindo. “Boa sorte” Disse antes de aparatar com Narcisa.

“Black” Bellatrix disse entendendo-lhe um papel “Não chegues tarde, quanto mais rápido começarmos, mas depressa acabamos” Ela entregou-lhe um papel, e desaparatou antes mesmo de Sirius dizer algo.

“Onde é que eu me foi meter?” Sirius pensou desesperado. Inspirou fundo e também ele, desaparatou.

 


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Notas finais do capítulo

Reviews são mais que bem-vindo e deixam a escritora feliz e motivada, fantasma deixam a escritora muito triste!!



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