Amor e Vingança-Reneslec escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 6
O cara que invade o meu quarto


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/oiCXxsq907c-Renesmee salva Alec.
https://youtu.be/di7r3DnyZZo-Renesmee morre para salvar Jacob



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P.O.V. Renesmee.

Os Volturi já devem estar todos mortos á essa altura. Os híbridos devem ter massacrado eles.

Estava saindo do banheiro quando, eu o vi.

—De novo, o pijama azul listado. Fica bem em você.

—O que você quer, Alec?

—Já deve saber que os Mestres estão todos mortos, o Castelo de São Marcus virou cinzas. Os seus monstros queimaram ele.

—Eles não são monstros. São híbridos. Eu fiz aquilo para tirar a dor deles, mas eu não nego que queria os Mestres mortos tanto quanto eles.

—Então, você criou aqueles híbridos, matou os Mestres e mandou o Clã Volturi para o inferno e á troco de que?

—Irina morreu por minha causa. Minhas tias e tios estavam sofrendo, por minha causa. E Aro me queria morta. Encontrei o feitiço á algumas semanas, junto com um Coven de bruxas que são como eu. Parte bruxa, parte vampira.  Eu sabia que podia fazer alguma coisa para aliviar o sofrimento que causei á minha família. E eu fiz.

—E quanto aos fantasmas?

—Alguém tinha que limpar aquela bagunça colossal que vocês fizeram. Alguém tinha que mandá-los embora. Estavam presos, estavam sofrendo, enlouquecidos...

—Pela própria raiva.

—Mas, o que você tá fazendo aqui? 

—É um milagre Edward não ter arrombado aquela porta ainda.

—Eu sou uma garota de dezessete anos, bom sete, mas mentalidade de dezessete. Gosto de privacidade. Então, não não é milagre.

—Um de seus feitiços imagino.

—É. Mas, não respondeu a minha pergunta. O que tá fazendo aqui?

Logo eu juntei um mais um.

—Ah, não tinha outro lugar pra ir. Bom, você passou cada dia da sua miserável existência fazendo inimigos em todos os lugares até mesmo em Volterra. O que esperava? Que fosse viver em paz, ser feliz e pagar tudo com cartão?

—Você mandou o meu clã pro inferno, só pra ressuscitar uma vampira?

—Ela não é só uma vampira. Ela é minha tia e era uma inocente que o Caius matou sem misericórdia. Uma vez, pouco antes de eu começar meu treinamento de bruxa minha mãe me disse que a compulsão do Aro de consumir tudo e todos ao redor dele, um dia o consumiria também. E ela estava certa.

Ela se deitou na cama. 

—Eu estive na mente dele, a mente dele era um caos como um saco de gatos cheio de ursos que contraíram raiva. Aro era completamente insano, os pensamentos dele se misturavam com os dos outros e ele tinha essa fome insaciável por mais poder. Você, Jane, Félix, Dimitre, Emily todos os membros da guarda e até mesmo eu, não significávamos absolutamente nada pra ele. Éramos um meio para um fim e nada além disso. Marcus então, nem se fala. Ele era vazio, como se estivesse sempre com o botão da humanidade desligado.

—Botão da humanidade?

—Eu esqueço que você não sabe que existe mais de uma raça de vampiros no mundo. Marcus estava mais morto que vivo, pelo menos agora ele e a esposa estão juntos do outro lado.

—Outro lado?

—O purgatório sobrenatural. E quanto ao Caius, ele nunca possuiu nenhuma habilidade especial e isso o deixava louco, de ciúmes, de raiva, ele se odiava e descontava sua raiva em tudo o que aparecia no caminho. Porém ainda assim, acredito que há um propósito para tudo o que Deus cria. Até mesmo três vampiros anciões malucos. Até mesmo você.

P.O.V. Alec.

Eu ia perguntar qual ela acreditava ser meu propósito mas, infelizmente ela já estava dormindo. Acho que nunca vi ninguém dormir antes. Era uma coisa estranha, mas realmente fascinante.

Aquele estado de inconsciência, ela rolando de um lado para o outro na cama. Apesar das coisas estranhas de bruxa, haviam pôsteres nas paredes de bandas imagino. Fotos de família.

Alguém que é capaz de fazer tudo o que ela fez só para salvar um ente querido, com certeza é melhor que eu. Quando voltei a olhar pra ela, estava deitada com uma das mãos para fora da cama. Me lembrei do que ela sempre fazia com Aro. Tocando seu rosto e decidi tentar.

Com cuidado para não acordá-la, peguei sua mão e a coloquei em minha face. Logo, eu estava naquela campina e havia outra versão de mim. O sol estava brilhando, haviam flores silvestres brotando e é claro que ela estava lá.

O que era aquilo? Então, após vários minutos me ocorreu. Era um sonho.

Porém, a versão dela que estava lá era a garotinha.

—Porque você não deixa eu te salvar?

Perguntou aquela vozinha infantil. Me salvar?

—E do que você me salvaria?

—Você tá se afogando em ódio e sangue. Ninguém merece viver assim, então porque você não deixa eu te salvar?

Tirei a mão dela do meu rosto e voltei para a realidade. Totalmente perplexo com aquilo. Ela chacinou o meu clã e sonha que quer me salvar?

Sai pela janela. Precisava pensar. E eu pensei.

Agora que eu não tenho mais os Mestres e nem o meu dom, o que será de mim? E de minha irmã?

—Alec. Ei Alec!

—O que?

—Você está bem? Estive procurando por você em todos os lugares.

—E aqui estou eu.

—Você está bem?

—Já se perguntou qual é o nosso propósito?

—Como assim qual é o nosso propósito?

—Exatamente isso.

—Está ficando maluco irmão?

—Não.

Logo os primeiros raios de sol começaram a despontar no horizonte.

—Temos que encontrar a pedra Jane. Aquela pedra é a chave para termos nossos poderes de volta.

E nós conseguimos a informação que tanto queríamos. A híbrida jogou a pedra dentro de um poço antigo, trancado com um cadeado. Foi fácil arrebentar.

—Eu vou descer, pegar a pedra e subir.

—Tudo bem.

Eu pulei, mas ouvi a voz dela gritar:

—Alec não!

Quando eu caí, a água estava cheia de algas ou sei lá. Senti a minha pele queimando, feridas horríveis se formaram nos meus braços, minhas pernas que estavam submersas.

—Temos que tirar ele de lá. Agora!

—O que?

—Eu enchi o poço com uma planta que é venenosa pra vampiros. Queima vocês de um jeito horrível.

—Jane! Jane!

—Alec! Alec, o que está havendo?

—Está doendo! Está queimando!

P.O.V. Jane.

Meu irmão estava lá embaixo. Ele estava sofrendo.

—Não! Você não pode pular lá. Está cheio com o veneno.

Ela tentava puxar uma corrente, mas estava enferrujada.

—Me ajuda. Rápido!

A híbrida se amarrou na corrente.

—Segure a outra ponta. E me desce.

—Está pronta?

—Vai logo!

Eu a desci de rapel. Quase a derrubei.

—Desculpe.

—Tudo bem! Continua!

P.O.V. Renesmee.

Finalmente cheguei ao fundo do poço. E Alec estava terrivelmente ferido, estava inconsciente. Amarrei a corrente ao redor dele.

—Pode puxar!

Comecei a procurar a pedra. Enquanto a Jane puxava o irmão pra fora.

P.O.V. Jane.

Santo Deus! Ele estava praticamente morto, os ferimentos eram algo horrível de se ver. Seu corpo, seu rosto, todo queimados.

—Alec! Alec! Irmão.

Se tinha alguém que podia e iria concertar aquilo era ela.

—Eu vou puxar você agora Cullen!

—Não! Espera! Eu tenho que pegar a pedra! Acho que encontrei.

Ouvi ela berrar de pavor.

—Cullen o que é que foi?!

—Uma cobra! Peguei a pedra! Me puxa!

Icei-a e pronto.

—Ai Meu Deus! Alec!

Ela se mordeu e o alimentou com o próprio sangue.

—Eu peguei a pedra Alec. Está tudo bem. Tudo vai ficar bem, na próxima lua cheia terão seus poderes de volta.

Infelizmente alguém não queria que tivéssemos nossos dons de volta.

P.O.V. Edward.

Ter um bando de Volturis na minha casa não me agrada, mas depois do que a minha filha fez para trazer Irina de volta, o mínimo que podemos fazer é lhes oferecer abrigo.

—Edward!

—O que?

Eu vi dentro da mente de Alice. A caminhonete de Jacob, Renesmee estava no banco do passageiro, um acidente. A caminhonete caindo dentro do rio.

—O que foi querido?

—A ponte.

Cheguei, mas não rápido o suficiente. A caminhonete já havia afundado.

Eu pulei dentro do rio. Consegui chegar até ela, mas minha filha não me deixou salvá-la. Ela apontava para um Jacob inconsciente. Li seus lábios e diziam:

—Jacob. Salve o Jacob.

E foi o que eu fiz. Conheço a minha filha, ela não me deixaria chegar nela até eu salvar o Black.

Vi a minha filha dizer que me amava.

Enquanto puxava o cachorro pra fora vi outra figura na água.

P.O.V. Alec.

Vi o Cullen pular dentro do rio e quando ele tirou um dos lobos de lá, pulei pra saber o que estava havendo. E encontrei uma caminhonete azul submersa e lá dentro estava Renesmee Cullen, ainda presa pelo cinto de segurança. Ela me viu, mas começou a se afogar, vi seus olhos castanhos ficarem parados e então se fecharem.

Arranquei o cinto fora e tirei-a da caminhonete naufragada.

—Ness! Ness querida! Alec, leva o Jacob pro hospital. 

Levei o cachorro para o hospital e voltei para a ponte, para um Cullen desesperado.

—Vamos querida, por favor.

Ele abraçou o corpo da filha.

—Ela morreu não é?

Edward fez que sim.

—Não vai demorar muito, ela vai acordar logo. Devo levá-la pra casa.

—Acordar?

—Acha que é a primeira vez que eu tenho que ver a minha filha teimosa, altruísta e cabeça dura morrer pra salvar outra pessoa?

Ele carregou o corpo inerte da filha de volta para a residência.

—O que houve?!

—Ela se afogou. Eu tentei chegar nela, mas ela não deixou. Queria que salvasse o Jacob primeiro.

Apesar de tudo, ela é realmente e verdadeiramente nobre. Dar a própria vida para salvar a de outro.

 


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