Simplicidade escrita por AnneWitter


Capítulo 4
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

-Cap Não betado
— Espero que gostem do final, E muito muito obrigada por todos que deixaram reviews !!!!!!!!!!
Bjokas!



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Neve derretida fazia parte do cenário daquela manhã fria. Apesar do sol finalmente ganhar força para fazer com que a grama verde ficasse amostra, ele ainda não fizera o vento gélido desaparecer. Por essa razão que os alunos encontravam-se vestidos em grossos casacos, e limitavam-se a ficarem, durante o intervalo, nas salas de aulas.

Exceto uma garota que resolvera visitar seu lugar predileto. Este ficava na área das arvores de cerejeiras, que no inverno encontravam-se desfolhadas, contudo para a ruiva, elas continuavam lindas.

Orihime sentou-se ao pé de uma das árvores, sentando-se numa das raízes que salientava terra afora. Seus olhos miravam a entrada para o pátio interno do colégio. Próximo ao portão estava um casal. Inoue aprendera a olhar para eles sem se sentir mal por isso.

Ichigo e Rukia.

Vê-los daquela forma, depois de tanto tempo, dava-lhe a certeza, os dois faziam um belo e verdadeiro casal. Fazia quase um ano que os dois estavam juntos, quando ela descobrira o namoro de ambos, estava no primórdio da primavera, estação essa que em breve voltaria a saudar a natureza. Mas muita coisa havia mudado desde que descobrira aquele namoro.

Ela havia, afinal de contas, descoberto uma grande amizade.

E tudo por causa de um embrulho vermelho que acabara no lixo, e depois no bolso de um encrenqueiro pervertido do segundo ano.  Grimmjow, nunca mais lhe dirigiu a palavra, e isso devido ao fato da pessoa que normalmente estava ao seu lado. Embora calado, ele sempre estava lá.

E naquela manhã não seria diferente. Como em todos os intervalos, ele também se dirigiu para aquele lugar. Arisawa também fazia companhia á ela, mas a morena não estava ali, já que havia faltado na escola. Ainda sim ela estava feliz, pois ele estava ali.

Quando ele havia se tornado tão importante para si? Nem ela mesma sabia, apenas entendia o que seu coração dizia. ‘Ele é importante’.

-Bolinho de arroz? – ofereceu ela pare ele.

O moreno que acabara de se sentar ao lado dela, olhou o recipiente com os bolinhos de arroz. Ele já aprendera algo naquele tempo que passava junto com ela. ‘seus bolinhos de arroz tinha os mais esquisitos recheios’. E aqueles que estavam ali, diante de seus olhos, não pareciam diferentes, e num leve balançar de cabeça, ele negou.

-Que pena, eles estão deliciosos. Os recheios deles hoje é de peixe amanteigado com chocolate ( homenagem para Andryz XD) .

Ulquiorra a olhou por um tempo, a vendo comer, e desviou o olhar em seguida. Ela realmente tinha um gosto diferente para qualquer coisa.

-Senti saudade da Arisawa na sala de aula. – choramingou ela. – O que acha de irmos á casa dela depois da aula?

-Sem avisar? – indagou olhando o nada;

-E porque não? Afinal seria uma visita rápida, somente para saber se está tudo bem com ela.

 -Não acho que seja prudente isso. É necessário avisar antes de uma visita, ou mesmo ser convidado antes de ir á uma casa. – continuou ele vedando a idéia.

Inoue engoliu de uma vez o bolinha que tinha na mão e o olhou com reprovação.

-Mas ela é minha amiga! E estou com saudades dela.

O moreno voltou-se para ela. Como imaginara, ela estava fazendo a sua expressão tristonha. Muitas vezes ele já vira aquela, embora era sempre o sorriso e a animação que marcava a presença de Inoue em toda a escola. ‘A garota feliz’ apelidaram ela no primeiro ano. Um apelido tão parecido com ela, que vê-la com aquele semblante era quase um crime.

-Eu lhe acompanho, mas não entrarei na casa.

-E porque não? Oras ela também é sua...

Inoue parou a frase pela metade. Ele também era amigo de Arisawa? Era também seu amigo?

Uma coisa que nunca ficou claro naquele relacionamento, era exatamente isso. Apesar de sempre estarem junto, de sempre conversarem nos intervalos, e ás vezes irem embora juntos. Eles nunca se reveriam como sendo amigos.

Perdida ela voltou-se para seus bolinhos de arroz. Não era tão simples assim descrever o que ele era delas. Ou melhor, dela.

-O que foi?

-É tão complexo. – disse ela mexendo desinteressada um dos bolinhos.

-Um bolinho de arroz? – perguntou levantando levemente uma das sobrancelhas – era raro vê-lo expressar-se facialmente.

-Não. Você. – disse o olhando.

Como sempre, ele ficou ali olhando-a. Ele não era tímido como ela, sempre olhava para as pessoas, sempre questionava, sempre era daquela forma. Tão indiferente;

-E o que tem de complexo em mim?

- Não sei explicar. A forma como ver as coisas. Não sei dizer o que você é meu. Quero dizer... Se somos realmente amigos... Que sentimento tem por mim.

Os olhos dele ainda a miravam intensamente, ela sentiu seu rosto esquentar, certamente tinha ficado vermelha como muitas vezes, e então se virou. Ouvindo em sua mente as palavras á pouco pronunciada, deixando-a com total vergonha. ‘Disse isso mesmo?’

-Complexo... – ela ouviu ele sussurrar ao seu lado. – Nunca ninguém me classificou dessa forma.

Ela voltou-se para ele. Como nas raras vezes que ela virá, ele tinha um sorriso nos lábios. Um tímido sorriso, como sempre descrevia.

-E você como me classificaria? – perguntou ela sorrindo.

-Simples... Como tudo que é belo na vida. Não dizem que a felicidade está nas coisas mais simples?

Ela voltou a ficar rubra, por causa das palavras, por causa da seriedade que ele falara essas, e de seu olhar esmeraldino a fitando penetrante. 

-E talvez por isso que você me ache tão complexo... Afinal que felicidade poderia encontrar em mim?

-Oh, não foi por isso que eu disse isso, Ulquiorra-kun. - Ulquiorra surpreendeu-se. Era a primeira vez que ela o chamava pelo seu primeiro nome. Sempre era Schiffer. – Eu encontro a felicidade em você. Afinal quem foi que me ajudou com aquele ano do segundo ano, e que sempre me ajuda no estudo, e que me acorda dos devaneios no meio da aula?

Ulquiorra sentiu seu rosto esquentar, e pela primeira vez, foi ele quem virou o rosto. E ainda sem jeito levantou-se, olhando o horizonte.

-Então você não entende o que eu sinto por você? – questionou ele, voltando ao ponto inicial daquilo.

-Não. – revelou ela sem olhá-lo.

-Entendo. Talvez se caso eu deixasse o entendimento simples, você poderia me compreenderia melhor, e saberia disser o que eu sou para você, não?

-Sim.

O sinal tocou. O vento era gélido, tocava a face de ambos sem piedade, esvoaçando os cabelos ruivos, e os negros. O olhar esmeraldino voltou-se para a garota, ela ainda estava sentada.

-Orihime. – chamou.

Ela surpresa olhou para cima. Ele inclinou-se. O seu apoio era a árvore. Seu destino os lábios rosados.

Então o mais simples toque, revelou o mais simples e complexo sentimento.

Um beijo demonstrou á ela, o que ele sentia.

Tão simples.

 

 

 


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