Sherlock - Season 5 escrita por TinaS


Capítulo 4
Ajuda da Família


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo ^^
Esclarecendo a nossa queria Molly está de volta com um pequeno problema de memória.
Boa leitura :)
Quero dedicar esse capítulo para incrível Jessica Lemos ^^



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Isso não pode ser possível não é mesmo? – John disse enquanto encarava o detetive.

Sherlock estava processando todas as informações sobre os fatos que ocorreram nos últimos dias. Primeiro o assassinato de Ronald Adair em circunstâncias duvidosas para alguns, depois a relação dos nomes da lista com Moriarty, a morte de George Harvey bem na frente de todos numa sala da delegacia e por fim quem puxou o gatilho foi Molly Hooper. Aquilo o estava enlouquecendo mais ainda porque ela não lembrava dele ou de John ou de qualquer um que conhecia.

Já tem os resultados do exame de sangue? – Sherlock se dirigiu a Lestrade.

Sim – ele estendeu a pasta ao homem.

Que droga usaram em você Molly – ele disse mais para si mesmo enquanto passava seus olhos pela folha – ZIP.

ZIP? – John já tinha ouvido falar, mas não a conhecia profundamente.

Uma molécula chamada ZIP age na memória causando a inibição de uma proteína do cérebro conhecida como zeta PKM – Mycroft disse e olhou para Molly do vidro impressionado, ela estava na sala de interrogatório imóvel encarando a parede.

Dois pesquisadores da Universidade de Nova York estudaram o papel deste composto na eliminação de memórias traumáticas durante a fase de consolidação da memória – Sherlock lembrara de já ter lido sobre tal fato – até uma memória se consolida na memória, considera-se que ele ainda está enfraquecida e é mais fácil de remover, por isso foi precisamente aí onde o ZIP procederia para mostrar repetidamente a mesma imagem a fim de substituir a memória dolorosa por uma positiva.

Mas isso não se aplica aqui – John olhou para o amigo – Molly uma atiradora? O que fizeram com ela?

Foi exatamente isso – o detetive encarou a Hooper pelo espelho – fizeram dela uma nova pessoa dotada de habilidades novas e perspectivas diferentes eles não tiraram só as memórias e sim a identidade dela e tudo isso para brincar comigo.

Quem seria tão cruel? – Lestrade sentiu calafrios.

Alguém tão próximo a Moriarty que compartilhara a mesma mente brilhante e insana dele – Sherlock encarou Mycroft.

Pode deixar – o Holmes mais velho entendeu o recado – já tem informações vindo com ajuda direto da cidade natal da senhorita Hooper, aguarde.

O homem saiu da sala e se despediu dos demais formalmente, sabia que o irmão estava lutando contra seus sentimentos dentro de si e queria ver aquilo, mas a situação era perigosa porque se uma pessoa igualmente perigosa como Moriarty foi, despertava a atenção de Mycroft para a segurança de Londres e da Coroa. Ninguém gostaria de repetir os incidentes que ocorreram com Jim.

Eu vou falar com ela – John disse já caminhando em direção a sala.

Irei com você – Sherlock disse e Lestrade apenas concordou com a cabeça.

Os dois entraram na sala e Molly nem se moveu para encara-los, ela olhava a parede em um ponto fixo e só desviou o olhar quando John sentou na cadeira a sua frente. Ela olhou a figura em pé ao lado do Watson e continuou com a cara fechada até desviar o olhar de Sherlock de volta para John.

Molly – John foi interrompido.

Kate – ela o corrigiu visivelmente irritada – por que insistem em me chamar assim?

Desculpe – ele pediu – Kate, porque matou George?

Porque meu cliente encomendou a morte dele – ela disse como se fosse obvio e arrancou uma pequena risada de Sherlock que levou um olhar de repreensão de John.

A verdade é que – Sherlock a olhou de cima a baixo – Kate, gostaríamos de saber o nome de seu empregador.

Claro – ela disse sarcástica – eu não direi e além do mais uma hora ou outra eu vou sair daqui.

Acho isso improvável – Sherlock estava começando a gostar daquele jogo com a Hooper – a não ser que ele entre com um exército aqui o que não seria bom para um homem discreto.

Cada um tem seus métodos – ela o olhou em desafio – porque eu sinto tanta raiva quando olho para sua cara?

Sherlock sabia que a Molly que conhecia ainda estava ali dentro e aquelas palavras eram uma comprovação, as memórias não foram apagadas, mas sim armazenadas em um local onde ela não poderia acessar a não ser que fosse estimulada para isso. Com esses pensamentos ele precisava trazê-la de volta a si e descobrir o nome do segundo ser mais odioso com quem havia decidido jogar. Mexer com ele tudo bem, agora tocar nela? Isso já estava indo longe demais não repetiria o mesmo erro que aconteceu com Mary e só o fato de pensar sobre quais torturas Molly passou já fazia o sangue do Holmes ferver. John viu o amigo cerrar o punho, quem quer que tenha tocado em Molly iria se arrepender de tal feito.

A senhorita parece com uma grande amiga nossa – Sherlock resolveu mudar de estratégia – ela foi levada pelo seu empregador, então precisamos de ajuda para trazê-la de volta.

E por que eu ajudaria? – Kate (Molly) arqueou uma sobrancelha.

Porque eu sei que apesar dos trabalhos que faz, você não mata inocentes – ele a analisou – você anda com o celular e um caderno com anotações e suponho que sejam de suas vítimas, todas as coisas ruins que fizeram e isso torna mais fácil para você puxar o gatilho. Senso de justiça.

Ela fechou os olhos e suspirou, seu empregador já tinha dito que aquele detetive irritante fazia muitas deduções sobre as pessoas e sempre acertava, mas ela não pensou que eram tão precisas assim. O seu chefe disse: “Não acredite em uma palavra que sair da boca de Sherlock Holmes”. Bem e ela não acreditaria mesmo, havia uma probabilidade dela ser pega e era muito maior do que a de fuga ela sabia, mas isso já estava previsto não era surpresa alguma esse confronto.

Você é bom mesmo Sr. Holmes – ela disse e um pequeno sorriso surgiu no canto de seus lábios.

—x-

John estava debruçado na mesa com os olhos pesados já era quase de manhã e ainda estavam em Scotland Yard. Sra. Hudson estava com Rose e ele agradeceu por cuidar tão bem dela quando ligou já que não poderia deixar Sherlock ali. Ele estava abalado, desesperado e angustiado mesmo sem admitir John conseguia ver traves dele e o preocupava vê-lo assim. Ouviu alguns passos no corredor e uma figura totalmente desconhecida entrou na sala em que estavam. Loira de olhos azuis e pele branca. Abriu um sorriso ao vê-los e deixou cair as pastas que segurava com documentos.

Oh desculpem-me – ela disse nervosa e se abaixou para pegar as pastas.

Tudo bem – John se levantou e foi ajuda-la – eu sou John Watson.

Jane Phines é um prazer Dr. Watson já ouvi muito a seu respeito e leio o seu blog – ela apertou a mão dele abrindo um imenso sorriso.

Sherlock estava alheio a situação já que olhava para Molly do vidro, mas notou um possível interesse entre os dois na verdade a tensão entre os corpos dizia isso, mas se conteve para não constrange-los.

Finalmente Jane – o detetive estendeu a mão para pegar as pastas.

Vocês já se conhecem? – John não esperava por isso.

Sim Microft a mandou com as informações que conseguiu, ela é da CIA – ele disse com naturalidade folheando as páginas – e minha prima.

Prima? – John se surpreendeu mais ainda e olhou para a moça e depois para Sherlock.

Sim – ela sorriu ao ver a animação dele.

Informações boas – Sherlock a encarou – o que temos?

Molly Hooper – ela começou – irmã mais velha com um irmão de 17 anos atualmente num colégio interno na Austrália. Mãe viva que mora também na Austrália por causa do filho, advogada aposentada. Pai Donald Hooper ex militar que era o comandante na Índia do Primeiro Batalhão dos Pioneiros de Bangalore morto em combate. Molly aprendeu com ele a atirar e combate corpo a corpo.

Atirar e a lutar? – John não via sentido naquilo – Sherlock você nunca percebeu?

O silencio se instaurou na sala e sim Sherlock nunca havia percebido nada daquilo em Molly, na verdade ela não tinha traço algum de alguém que sabia atirar e muito menos lutar. O moreno se virou e encarou John enquanto formava suas teses e a mais provável era que um incidente grave havia feito ela desistir desses hobbies sem deixar nem um vestígio. 

Ela deixou essas coisas quando acidentalmente acertou o irmão com um tiro, mas ele sobreviveu – Jane disse mostrando fotos do irmão de Molly.

Está explicado – o detetive havia acertado. Chegou perto da mesa – precisamos dos nomes dos homens desse Primeiro batalhão dos Pioneiros de Bangalore.

Estou tentando conseguir, mas como é de caráter militar é um pouco mais difícil ainda mais com a sede na Índia – ela completou.

O assassino e novo jogador deve ter servido lá, então tinha uma pequena ligação com o pai da Molly, mas duvido que a conhecia – Sherlock sentou na cadeira – ele quer mesmo é me deixar desnorteado.

E qual o nosso próximo passo? – John cruzou os braços esperando um comando.

Vamos estimular o cérebro de Molly para que ela lembre quem realmente é e consequentemente conquistando a confiança dela ela nos dirá um nome, mas mesmo assim não vamos parar de tentar encontrar o nome por nós mesmos – ele levantou rapidamente assustando a prima – levaremos Molly para Baker Street.

 

Jane Phines

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem.
O que acharam?
Agora sim vamos ver mais do casal favorito ^^
Não esqueçam de comentar.
Bjos
TinaS



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