Sherlock - Season 5 escrita por TinaS


Capítulo 1
Despedidas dolorosas


Notas iniciais do capítulo

Gente esse é o primeiro capítulo então eu espero que vocês gostem ta? Irei postar mais dependendo dos comentários se devo continuar ou não.
Estou ansiosa, aproveitem!
Boa leitura ^^



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Eu te amo.

 

Palavras que ecoavam na cabeça de Molly Hooper. Já havia se passado um mês desde aquela maldita ligação que Sherlock havia lhe feito e como de costume ela não recebeu sequer uma explicação vinda dele, já que o único que fez questão de explicar o que acontecera foi John. Ele disse tudo sobre Eurus e sua crueldade, mas a legista não queria ter ouvido dele. Nos outros encontros que tinha com o Watson era para ver Rose e nem sequer tocava no nome do Holmes ou deixava o amigo dizer algo sobre o detetive.

Molly – uma colega de trabalho a chamou – tudo certo para hoje à noite?

Sim – a legista disse sorrindo – combinado, todos irão?

Todo o pessoal do hospital me confirmou – completou – passo na sua casa na hora marcada.

Obrigada – a ruiva disse e voltou ao trabalho.

Estava examinando um pulmão que visivelmente tinha sinais de que era de um fumante assíduo. Todos do St. Bartholomew’s iriam para um Pub naquela noite comemorar e foi uma surpresa a todos quando Molly os convidou. Iria ser Happy Hour e como era sexta feira ninguém cancelou. Ela queria uma distração e muito mais coisas estavam acontecendo naquele momento da vida dela.

{...}

Depois de seu horário de trabalho ela saiu por volta das 16:00 do St. Bartholomew’s e pegou um taxi. Na sua cabeça passavam várias formas de fazer o que estava prestes a fazer, as palavras passavam como um turbilhão e como sempre seus nervos a estavam enlouquecendo. Começou a morder a ponta do polegar como fazia constantemente quando estava nervosa, mas não tinha escolha tinha que fazê-lo se não nem conseguiria mais conviver consigo mesma. Quando avistou a fachada tão conhecida pagou o taxista e o agradeceu saindo do carro.

 

Baker Street 221B

Suspirou e automaticamente seus pés foram até a porta e seu dedo á campainha. O rosto familiar que viu a fez sorrir e sentir o mínimo conforto possível.

Molly querida! – Sra. Hudson abriu o sorriso mais iluminado que a garota já tinha visto e a puxou para dentro abraçando-a.

Olá Sra. Hudson – Molly estava um pouco constrangida.

Faz tempo que não a vejo – a mulher a encarou.

Estava muito atarefada no trabalho – mentiu, já que o real motivo dela não aparecer lá estava no andar de cima.

Que tal um chá? – a senhora ofereceu.

Na verdade – Molly sorriu sem jeito – o Sherlock está?

Ah claro, mas que cabeça minha – a mulher riu – está sim e com certeza vai adorar vê-la – disse maliciosamente.

Posso subir? – Molly ignorou o comentário, já que aquela não era uma visita cordial.

Claro, deve subir – a mulher disse animada.

Molly subiu as escadas um tanto apreensiva, mas mesmo assim estava decidida no que estava para fazer. Sra. Hudson estava animada e com esperança de que os dois finalmente se entendessem e que o Holmes deixasse de ser tão cabeça dura e aceitasse a Hooper. A ruiva deu leve batidas na porta e entrou procurando a figura do homem alto.

Holmes? – disse um pouco baixo, mas ele captou a voz doce que vinha da porta e se virou.

Hooper – ele estava parado na janela observando.

Na verdade ele já tinha visto ela chegando de taxi e cronometrou quanto tempo a Sra. Hudson iria prende-la lá em baixo com seus comentários constrangedores. Ele sabia que uma hora ou outra teria que encarar a legista porém queria um pouco mais de tempo para preparar o que iria dizer a ela.

Podemos conversar? – ela não tirou o casaco e nem se sentou apenas o fitou com um olhar que ele não conseguiu decifrar.

Sim, pode sentar – ele apontou para a poltrona pertencente a John.

Não – ela disse.

Vejo que está nervosa Molly – ele se aproximou um pouco mais dela – andou mordendo o polegar e como veio direto do trabalho para cá ou o assunto é urgente ou você está aqui apenas para não perder a coragem, está visivelmente com muita adrenalina e supondo que o assunto não parece ser confortável para você só pode ser sobre a tal ligação.

Sério? – ela riu sarcástica – depois de tudo aquilo a primeira coisa que faz é me deduzir?

Molly não queria mais ser alvo do homem a sua frente, ela só queria se libertar dele e faria isso hoje, naquele exato momento.

O que quer que eu diga? – frio como sempre ele retrucou.

Sabe eu não esperava que aquilo fosse verdade – começou segurando suas lágrimas – eu só queria que você tivesse a consideração de me procurar e se explicar e que eu não tivesse que saber de tudo pelo John!

Eu iria procura-la – ele se defendeu.

Já faz um mês Sherlock – a voz saiu alterada e visivelmente decepcionada – quando iria me procurar? – algumas lágrimas desciam pelo seu rosto – nunca esperei que você correspondesse meus sentimentos, mas pensei que tivesse consideração pela amizade que tínhamos.

Molly...- o moreno sabia que estava errado e tentou uma aproximação, mas a ruiva recuou fugindo de seu toque.

Para mim já chega – ela limpou as lágrimas mesmo que ainda caíssem – eu não quero que me procure mais, se for até o St. Bartholomew’s finja que não me conhece, se me ver na rua não fale comigo e esqueça onde eu moro.

Molly eu peço que me perdoe – ele não queria deixar de ter ela por perto – não precisamos ir a extremos por conta desse episódio...infeliz.

Inacreditável – ela parecia não acreditar nas palavras do homem a sua frente – Sherlock no dia que me ligou nada pode ter mudado para você, mas quer saber? Quando eu disse aquelas três palavras a Molly que conheceu antes da ligação morreu no momento que disse aquele “eu te amo” – ela fechou os olhos como se ainda doesse.

O silêncio se instaurou ali e pela primeira vez Sherlock Holmes não fazia a menor ideia do que dizer. Eurus sabia exatamente o que aconteceria quando colocou aquele caixão lá e Molly acabara de confirmar isso para o detetive. Algo estava acontecendo dentro dele, seu coração estava apertado e uma sensação de culpa e medo se misturaram.

Adeus Sherlock – ela se despediu – e por favor não venha atrás de mim.

Ele ouviu as palavras, mas diferente do que a maioria das mulheres dizem que quer dizer o contrário para os homens irem atrás, aquele dito pela legista era real em cada palavra. Molly não queria que ele fosse atrás dela. Ele a viu sair do apartamento e um sentimento de perda e desespero se instalaram nele, ela não podia ir embora ele não queria isso. Não! Queria gritar para ela ficar, mesmo depois de tudo aprendeu com Eurus a usar seus sentimentos, a senti-los e não mais a vê-los como empecilhos, ainda era difícil para o detetive lidar com aquilo. Olhou pela janela e viu Molly entrar no taxi sem olhar para trás enquanto sua intuição dizia que aquilo tinha sido realmente um adeus.

—x-

Casa dos Watson

John estava arrumando Rose para o jantar mesmo ainda sendo difícil lidar com tudo sozinho ele estava indo bem. Sra. Hudson, Molly e Sherlock o ajudavam muito. A legista só aparecia por lá aos fins de semana e ficava com Rose para ele ou quando tinha uma emergência com o Holmes. Mary fazia tanta falta a ele que de vez enquanto se pegava pensando em tudo que ainda poderiam ter vivido. Ele trabalhava em um hospital apenas e nas horas que estava lá Sra. Hudson cuidava de Rose até mesmo Sherlock. E o Watson pensava seriamente em voltar a morar no 221B, mas nada estava decidido. Já estava de noite e finalmente sentou na mesa com a filha.

Vamos comer Rose? – ele disse a sentando na cadeirinha.

A campainha tocou.

Quem pode ser? – ele olhou para a filha que apenas apontou para a porta.

John correu para atende-la ao ouvir a tocarem novamente e então viu Molly parada lá com um belo vestido preto justo e os cabelos soltos com algumas ondas nas pontas. Ela estava linda.

Nossa – John sorriu e a abraçou – onde vai assim?

Uma festa de todos do hospital – ela entrou na casa – onde está minha pequena?

Quando Rose a viu estendeu os braços para a Madrinha animada a pequena amava tanto Molly que ás vezes deixava John com ciúmes.

Quer comer? – o Watson ofereceu.

Não obrigada – Molly sentou á mesa e colocou Rose na cadeira – hora de comer mocinha – serviu a afilhada que já sabia comer sozinha.

Alguma novidade? – John estava curioso se Sherlock já havia a procurado.

Fui até o 221B hoje falar com Sherlock – o sorriso da legista foi se desmanchando.

Pelo visto não foi bom – John segurou a mão dela tentando reconforta-la.

Eu não esperava nada diferente dele John – ela foi sincera – deixei ele para trás, disse que nunca mais me procurasse e que saísse da minha vida.

Sério? Mas Molly... – John achava isso muito exagerado.

Por favor John – ela fechou os olhos – eu cheguei no meu limite.

Tudo bem eu respeito isso – o médico concordou.

Vim me despedir – ela sorriu – como eu não tiro férias resolvi tirar agora e me deram 6 meses.

6 meses? – ele arregalou os olhos.

Sim por isso vim até aqui me despedir de você e da Rose – ela beijou a testa da menina que estava toda suja da comida.

Nossa Molly vamos sentir saudades já que são 6 meses – John lamentou, mas sabia que Rose ia sentir mais.

Eu vou sentir muita falta de vocês – ela o abraçou e depois pegou Rose no colo – principalmente de você. Prometo vir aqui assim que voltar.

Nós estaremos aqui esperando – John pegou Rose no colo – contou para ele?

Não – a ruiva sorriu fraco – irei hoje á noite depois que sair da festa.

Tão rápido e nem avisou nada – o Watson queria ter feito algo por ela.

Preciso dar um tempo de tudo isso – ela disse e ele acenou de que entendia – até John e obrigada por tudo.

De nada Molly, me avise assim que voltar – ele a abraçou.

Até mais meu amor vou sentir saudades – ela beijou todos os cantos do rosto de Rose – pra você se lembrar de mim – Molly tirou da bolsa uma boneca de pano com os cabelos ruivos assim como os seus – Adeus.

“Adeus”

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Então pessoal o que acharam? Por favor comentem para eu poder continuar sim?
Nesse primeiro momento estou focando nessa parte dos dois, mas muita coisa vai acontecer no próximo Capítulo.
E então eu devo continuar?
Comentem,
Beijos
TnaS



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