Aprendendo a Recomeçar escrita por Lelly Everllark


Capítulo 25
Aprendendo a recomeçar.


Notas iniciais do capítulo

Geeente, oi!
Esse capítulo era pra ter saído há uns três dias, porém consegui chegar, é um milagre kkkk
BOA LEITURA! :3



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“Eu te quero de qualquer jeito

Com raiva ou medo, de fogo ou desejo

Suas virtudes e os seus defeitos

Põe tudo na mala

Não esquece de nada

 

Vem pra minha vida, vem

Que eu não quero mais nada

Mais nada e nem ninguém

O que há de bom nas outras

Você tem vezes 100

Meu coração tá pronto

Esperando por você

[...]

Pode entrar sem bater”

Vem pra minha vida — Henrique e Juliano.

  Eu continuava encarando a caixinha colorida em minhas mãos com a certeza de que tia Beth e Alice estavam loucas.

  Tudo começou depois da surpresa de Hugo ontem que quase terminou em morte. O feliz casal ficou comemorando e eu e meu marido fomos tomar sorvete, por que eu tinha desenvolvido uma necessidade quase física de provar o doce gelado, mas eu devo ter comido demais, , eu comi de mais, três casquinhas e um milk-shake? Acho que foi um exagero, e, como resultado, a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa foi vomitar, no jardim mesmo, por que mal tive tempo de sair da caminhonete de Theo.

  Tia Beth surtou achando que eu estava doente, virose, câncer de estômago ou sei lá mais o que, de qualquer forma, tive que sentar, tomar um chá horrível e esperar seu veredicto sobre minha possível doença terminal, quando na verdade eu só tinha comido demais e por isso vomitei. Quando estava explicando isso à tia Beth e Theo estava dizendo que eu estava mais louca que o normal, Hugo e Alice chegaram e minha amiga fez questão de concordar com o primo e quis matar os dois. Mas foi então que tia Beth sorriu e chamou Alice para conversar num canto, dois minutos depois ela disse que as duas iriam até a vila, me mandou terminar o chá e simplesmente saiu deixando eu, Theo e Hugo na sala sem entender nada.

  Eu terminei o chá, os meninos foram ver televisão e bater papo e eu fui tirar uma soneca enquanto as duas não voltavam. Acordei perto da hora do jantar e desci só para ver tia Beth cozinhando em minha cozinha, ela estava toda feliz e Alice, com ela, parecia igual. Ambas me convidaram para um jantar na minha própria casa e eu não sabia o motivo. Nós comemos, rimos e por fim minha tia e Alice me arrastaram escada acima e me deram uma sacola que eu peguei sem entender, mas quando vi seu conteúdo quase cai pra trás.

  Ri de nervoso, devolvi a sacola a elas, mas tia Beth insistiu, listou tudo o que eu estava tendo nessas últimas semanas e me convenceu a ficar com seu “presente” surpreendente, mas que eu não tive coragem de abrir desde a noite passada.

  Encarei a caixinha com teste de gravidez que eu tinha escondido no armário do banheiro e que não tinha me deixado pregar o olho a noite inteira. Eu não podia estar grávida, Alice e tia Beth com certeza estavam ficando malucas por que isso era irreal e assustador.

  - Cordélia, você está aí? – Theo perguntou entrando na suíte no fim do corredor que agora era nossa desde a noite núpcias que não tivemos, e eu escondi a caixinha atrás das costas, discreta como um elefante pulando corda no meio do quarto. Meu marido me olhou curioso. – tudo bem?

  - sim. Eu ótima, quer dizer, eu...

  - Lilly?

  - O que você acha disso? – mostrei a caixinha com o teste. Eu não estava com estrutura emocional pra ficar fazendo suspense. – Sua mãe me deu ontem à noite e eu não tive coragem de fazer. Quer dizer, eu grávida? Isso é muita loucura. Theo? – chamei o encarando por que ele tinha congelado me olhando com um sorriso no rosto.

  - Eu acho que isso explicaria muita coisa e me faria o homem mais feliz do mundo. Mas e você, o que acha?

  - Acho que sei lá, é muita loucura, eu queria uma família grande, mas não estou preparada.

  - Ninguém está, Lilly. Mas você pretende fazer esse teste ou não?

  - Pretendo, só não me apresse, já indo – digo respirando fundo e ficando de pé antes de seguir para o banheiro.

  Entro, sigo as instruções na caixa e menos de dez minutos depois já estou de volta ao quarto com Theo, esperando os intermináveis cinco minutos passarem. Eu não sei o que pensar durante esse tempo. Eu, mãe? Até queria uma família grande, meus três filhos, mas depois de tudo o que aconteceu, não tinha realmente nada em meus planos, e do nada tia Beth me dá algo como isso? É um pouco de mais pra mim.

  - Cordélia? – Theo me chamou e pisquei o encarando.

  - O quê?

  - O teste, o que deu?

  - Uma listrinha é negativo – avisei certa de que veria só uma listrinha no bastonete em minhas mãos. Olhei com cuidado e meus olhos se arregalaram ao ver o resultado.

  - Duas listras – Theo anuncia em voz alta, com um sorriso enorme no rosto, o que eu mesma não consegui fazer. – Vamos ter um bebê!

   - Sim – digo rindo meio histérica. – Nós vamos...

   - Um pedacinho de nós, não está feliz, Lilly? – meu marido soa sério e me encara depois que guardo o teste, eu nego com a cabeça.

  - Não é isso, eu definitivamente feliz, acho que só meio em choque, amo você e esse bebê. Ai meu Deus, nós vamos mesmo ter um bebê!

  - Sim – Theo ri me abraçando e girando pelo quarto. – Nós definitivamente vamos ter um bebê – ele me beija assim que paramos. É um beijo doce, cheio de significados e promessas.

  Nenhum de nós desce mais, terminamos o dia deitados na cama abraçados encarando o teto, Theo toca minha barriga que ainda não mostra sinais de estar abrigando outra vida, com carinhos distraídos que me fazem sorrir.

  - Vamos contar hoje no jantar, o que acha? – Theo sugere e faço que sim.

  - Vamos, vamos sim, até por que acho que sua mãe e Alice já estão para ter treco de curiosidade sobre o resultado. Foram elas que me trouxeram o teste ontem depois do jantar.

  - Então foi isso que foram buscar? – ele ri e sorrio apoiando o queixo em seu peito para encará-lo.

  - Sim e como não vieram me pressionar hora nenhuma hoje sobre isso, elas devem estar se roendo de curiosidade.

  - Então é melhor descermos, que tal a gente cozinhar e depois chamar todo mundo pra comer e contar?

  - Por mim tudo bem, vou só tomar banho – digo ficando de pé e meu marido me lança um sorriso sugestivo.

  - Quer ajuda?

  - Sempre – grito rindo antes de fugir para o banheiro.

  Nosso banho como esperado dura mais que deveria por que sempre nos empolgamos, mas não me importo, estou feliz de mais pra isso. Essa história toda de bebê foi sim um choque, só que já posso imaginar um garotinho com os olhos azuis de Theo correndo pelo jardim e isso só me faz amar mais meu marido e esse serzinho dentro mim. Nossa família está crescendo e isso por si só já é incrível e maravilhoso.

  Theo e eu conseguimos terminar o banho, nos trocar e descer, mas quando acho que vou ter que preparar todo um jantar e só depois ir chamar todos, deparo-me com minha casa sendo invadida pela segunda noite seguida. Quando tia Beth se vira com a travessa fumegante de lasanha nas mãos vindo da cozinha e me vê, seu sorriso aumenta numa proporção que achei ser impossível.

  - Desculpa por isso, Lilly, de novo – tio Jorge pede apontando para a mesa e a cozinha, nego com a cabeça sorrindo.

 - Tudo bem, eu meio que pretendia chamar todo mundo pra jantar, Hugo aqui também?

  - Aqui – o moreno acena surgindo da cozinha com uma garrafa de refrigerante em uma das mãos.

  - Ótimo, eu quero dizer uma coisa, Theo? – é uma pergunta muda que ele responde com um sorriso.

  - Vá em frente.

  - Ai meu Deus! Não me diga que...

  - Tia! Deixe-a falar! – Alice a repreende, mas seu olhar é tão, ou mais ansioso que o de tia Beth.

  - Lilly, algum problema? – tio Jorge pergunta preocupado e por algum motivo estou chorando mesmo que tenha um sorriso no rosto.

  - Você está chorando, tem certeza que... – Hugo começa, mas o interrompo, melhor falar logo de uma vez.

  - Eu e Theo vamos ter um bebê. Eu grávida.

  Tia Beth e Alice são as primeiras a reagir e dar gritinhos de animação para logo em seguida me esmagar num abraço coletivo. Tio Jorge e Hugo vão cumprimentar Theo e há felicitações por todos os lados, abraços, beijos, esse bebê mal chegou e já é tão amado que só me faz ter certeza que seja o que for que aconteça a partir de agora, Theo e eu damos conta, por nós e por ele, nós damos sim.

  O jantar é regado a perguntas sobre o bebê, vamos da descoberta há algumas horas atrás até o parto, falamos de nomes, do sexo dele, é divertido e sempre me pego imaginando-o com os olhos azuis de Theo que tanto amo. Meu marido quer que tenha meu sorriso e isso me faz sorrir, ele consegue ser muito fofo quando quer e eu como o poço de hormônios que tenho consciência de ser agora estou chorando por qualquer coisinha, chegam a serem assustadoras minhas mudanças de humor.

  Quando terminamos de comer, conversar e limpar tudo me despeço de todos e vou até o escritório, não quero dar essa noticia por telefone, mas não vou aguentar esperar pra contar, e é só por isso que sento na cadeira de couro giratória atrás da grande mesa de madeira e ligo para o meu pai. Sei que ele vai amar saber antes mesmo dele atender ao telefone, essa certeza me faz sorrir.

  - Lilly? — ele pergunta ao atender.

  - Sou eu.

  - Aconteceu alguma coisa? — papai quer saber preocupado e isso me faz sorrir ainda mais.

  - Não, tudo bem por aqui. Eu só liguei pra dizer que tenho novidades.

  - Novidades? Boas ou ruins?

  - Boas, muito boas.

  - Que são? — ele pergunta curioso e acho graça, papai adorava uma fofoca, mais que minha mãe ou eu, era ele quem sempre queria saber da viva de todo mundo na época em que morávamos aqui.

  - Papai... – fiz suspense e quase conseguia vê-lo revirando os olhos em exasperação do outro lado da linha. – Eu estou grávida! – anunciei e a linha ficou muda. – Pai?

  - Você tem certeza disso, Lilly? — ele finalmente falou e eu respirei aliviada. E se ele tivesse tido um treco de felicidade? Papai era forte, mas mesmo assim tinha idade.

  - Quase cem por cento. Amanhã vou até acidade fazer um exame de sangue, mas ao que tudo indica, não tem erro, o senhor vai ser avô.

  - Isso é incrível, maravilhoso! Meus parabéns, Lilly, você e Theo com certeza merecem toda essa felicidade e eu finalmente vou poder jogar na cara do César que vou ter meus próprios netos — ele ri e sorrio também. – Você quer falar com a sua mãe?

  - Claro – dou de ombros mesmo que ele não possa ver. – Passe pra ela.

  Minha conversa com mamãe e mais rápida e sem tantas risadas, já não consigo tratá-la como fazia antes, ainda é estranho e desconfortável falar com ela e isso, eu tinha certeza que demoraria a mudar. No fim despeço-me deles e me arrasto escada acima, Theo está deitado me esperando e só me enfio em um pijama antes de me juntar a ele e me aconchegar em seu abraço que é pra mim, o melhor lugar do mundo.

  Quando se está feliz o tempo passa rápido, é impressionante como os dias se tornam semanas, as semanas meses e a vida vai fluindo a todo vapor num ritmo alucinante. A única coisa a marcar a passagem do tempo é minha barriga dando sinais de que está abrigando outro serzinho que também parece querer ganhar o mundo.

  - Um menino! – Alice exclama do nada quase me matando do coração e reviro os olhos com a mão sobre o peito. Estamos as duas no escritório tentando organizar algumas contas da fazenda. – Tenho certeza de que é um menino.

  - Você tinha certeza de que era uma menina há meia hora – digo achando graça e ela finge não me ouvir. Completei quatro meses de gestação ontem e só vou ter a consulta para tentar saber o sexo do bebê semana que vem e todos estão eufóricos e praticamente fazendo apostas sobre se vai ser um menino ou uma menina. É engraçado vê-los ter “certeza” de que sabem o sexo a cada hora do dia.

  - Mas agora é intuição de madrinha, é um menino. Certeza – ela diz convicta e rio.

   - Se você dizendo “madrinha” – fiz aspas no ar e ela sorriu orgulhosa. Desde que eu e Theo havíamos convidado Alice e Hugo para padrinhos do bebê muitos meses atrás, eles vinham se intitulando padrinhos em toda frase referente ao bebê que podiam, era engraçado na maioria do tempo.

  - Como estão meus amores? – Theo sorri surgindo na porta e largo os papeis para sorrir de volta pra ele.

  - Com fome – digo sinceramente.

  - O que você quer? – ele pergunta prestativo e penso por um segundo.

  - O bolo de cenoura com cobertura de chocolate da sua mãe.

  - Bolo com cobertura? Só isso? – ele ri vindo até mim para me dar um beijo. – Seu pedido é uma ordem e minha mãe vai adorar poder mimar esse neto dela. Pode esperar algum tempo?

  - Pelo bolo da sua mãe? Até dias, mas não demora, por favor – peço fazendo bico e Theo sorri antes de me dar um último beijo, cumprimentar a prima e sair outra vez.

  - Vocês são tão fofinhos juntos – Alice diz suspirando e sorrio de sua cara de boba. – Minha meta de relacionamento é chegar ao nível de vocês, que num minuto estão brigando e no outro estão beijando como se nada tivesse acontecido.

  - Ah nem vem que você e Hugo nem brigam, são o casal mais good vibes que conheço – digo rindo e ela faz careta.

  - Brigamos sim, só não fazemos isso aos berros como você e Theo. Todo mundo sabe quando tão brigando, até por que não tem como não saber.

  - Não tenho culpa se vocês todos são uns curiosos.

  Alice ri sem acreditar e eu me faço de desentendida.

  Não demora até eu precisar ir ao banheiro e a gente encerrar o trabalho. Estou com tanta vontade de comer o bolo que só me resta ir até a casa e tia Beth rondá-la no fogão enquanto prepara a calada de chocolate que me faz salivar de vontade de prová-la, e como é para o seu neto, que por acaso eu estou carregando, consigo uma amostra o que deixa Theo, Alice e Hugo indignados, só me resta rir e tripudiar deles, é claro.

  Quando consigo meu bolo é sem duvidas uma satisfação enorme, poder comer até eu cansar é a melhor parte, eu estou no meu terceiro pedaço de bolo e ninguém fala nada por que mesmo se falasse minha desculpa pra tudo ultimamente é “Estou comento por dois”, “Dormindo por dois” e por ai vai, o bebê me dá o direito de ser mais chata que o normal e ninguém pode reclamar, por que é bem capaz de eu começar a chorar no meio da conversa se isso acontecer.

  Quando decido que não aguento mais bolo a gente segue até a varada da minha casa e nos sentamos, Theo num degrau mais alto e eu em um mais baixo entre suas pernas para apoiar as costas em seu peito. Alice e Hugo sentam ao lado dele juntos, como o casal fofo que são. Eu acaricio minha barriga já um pouco visível e sorrio, daqui a alguns meses vou estar enorme.

  - Alice, Hugo, quando é que pretendem se casar? – pergunto e eles me olham surpresos. – O que foi? Vocês têm que se apressar, eu quero estar cabendo em um vestido bonito quando se decidirem, então, por favor, que seja logo.

  - Sinto te informar que a gente decidiu que só vai se casar quando conseguirmos comprar uma casa pra gente, Lilly – Alice suspira. – E isso com certeza vai demorar, já que nem todos ganham casas de presente. Mas pensa pelo lado bom, talvez você nem esteja mais grávida quando acontecer.

  - Ah me recuso a esperar tanto – reclamo e olho mais adiante, um pouco depois da casa de tia Beth. – Que tal ali? Depois do pé de manga?

  - Ali o quê? – minha amiga me olha sem entender e reviro os olhos.

  - O espaço pra vocês construírem a casa de vocês. Ou ao lado da casa da tia Beth, ou perto da cachoeira, sei lá, vocês escolhem, afinal a casa vai ser de vocês. Só comecem logo, para eu não estar parecendo uma vaca prenha no casamento – tagarelo e todos os três ali me olham parecendo surpresos.

  - Você falando sério, Cordélia? Tipo, a gente pode mesmo sonhar em morar aqui? – Alice pergunta com um enorme sorriso e faço que sim me emocionando com a surpresa e felicidade dela.

  - Claro que pode, aqui também é a sua casa, você achou mesmo que eu deixaria você ir embora? Quem vai me ajudar a cuidar dele? – toco minha barriga e ela deixa seu lugar ao lado do noivo para vir me abraçar, Alice me aperta tanto que caímos as das em cima de Theo.

  - Hei, vão com calma – meu marido reclama e estamos as duas rindo quando Hugo nos levanta de cima do amigo.

  - E então, o que me dizem, aceitam o presente? – pergunto quando todos ficamos de pé.

  - Sim, sim, com certeza sim, não é, amor? – Alice encara o noivo em expectativa e Hugo que tem um sorriso apaixonado ao olhar para ela.

  - Vai ser uma honra, obrigada, Cordélia.

  - De nada agora é só continuar a cuidar bem da Alice e começar a construir, quero essa casa pra ontem!  E droga, acho que preciso vomitar também, se me dêem licença – murmuro correndo em direção ao banheiro do térreo e deixando o casal em meio a uma crise de risos atrás de mim.

  Estou lá colocando todo o bolo que comi pra fora quando sinto suas mãos em meus cabelos os puxando para cima, Theo tem participado de tudo relacionado à gravidez, desde as consultas e desejos, até meus vômitos no banheiro, é fofo e irritante na mesma proporção esse seu cuidado e proteção exagerados. Mas no geral, ele é sem duvidas um pai muito empenhado.

  Eu fico de pé, lavo o rosto e a boca e saio do banheiro, quando finalmente olho Theo, ele sorri ao me encarar, como se eu fosse a coisa mais linda do mundo mesmo depois da cena que protagonizei segundos atrás. Meu marido coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

  - Eu amo você.

  - Mesmo que eu tenha acabado de vomitar todos os quatro pedaços de bolo que comi a menos e meia hora atrás e mesmo assim queria comer mais? – pergunto e ele ri beijando minha testa.

  - Mesmo assim, provavelmente por causa disso. Amo você Lilly, de um jeito que nunca amei ninguém mesmo depois que você foi embora. Você é única e meu coração é só seu, sempre.

  - Eu também te amo, amo de mais, você é, e sempre foi o único pra mim. E eu grávida, não me faz chorar assim! – reclamo e ele me abraça.

  - Desculpa.

  - desculpado – murmuro com o rosto escondido em sua camisa. – Mas eu ainda quero bolo.

  - Tudo o que você quiser, baixinha. Tudo o que você quiser.

  A vida é feita de momentos, decisões, algumas boas outras ruins, umas só equivocadas. Mas eu gosto de pensar que todas as minhas me trouxeram aqui, a esse momento, de volta para o meu amor, para o meu lar, para a minha felicidade. E se quando cheguei eu não sabia quem eu era, hoje eu tenho certeza, eu sou a mulher que gosta e está realizada com a vida tranquila e simples que tem. Eu sou muito feliz.

  Afinal, finalmente pude recomeçar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado de acompanhar esse pessoal até aqui, e só queria dizer que vou sentir saudades deles e de vocês, mas ainda não vou me despedir, por que vou voltar com o epílogo!
Beijocas e até uma última vez, Lelly ♥



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