The Sinners escrita por Bird


Capítulo 16
Para sempre


Notas iniciais do capítulo

Esse é o penúltimo capítulo da história, e espero que gostem da leitura.
Fiquei indecisa com o que fazer, mas acho que finalmente fiquei satisfeita com o resultado final, espero que gostem ♥
Boa leitura!



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Hoje era o tão esperado dia dos oitos meses que se passaram, quando Annie finalmente retornaria. Adiantei muitas coisas desde minha última visita, voltei a morar no meu apartamento, o que deixou Tofu bem triste, pelo o que Thalia me contou. Ela própria havia se acostumado com minha presença, com alguém sempre lá para conversar, e essa mudança é notável, mas era necessária.

Como eu havia pedido, minha secretária garantiu que a mudança feita da casa, fosse devidamente organizada, meu quarto estava nos eixos e o escritório também. Meu apartamento tratava-se de um duplex, bem moderno com um mármore escuro, escada flutuante e cozinha conceituada.

Também havia voltado para a Olympius. Liz, a mulher robusta e loira que ocupou meu lugar não gostou nada da ideia, tomou horas do tempo de Jason argumentando o porquê que ela deveria ser a nova titular do meu cargo, e apesar de gostar do trabalho dela, meu primo dispensou comentários extras. Meu nome não era Percy Jackson Olympius à toa, aquele cargo e parte daquela empresa eram meus também, e Jason soube como baixar a bola de Liz.

Na festa de boas-vindas, não soube diferenciar se toda aquela animação era por minha volta ou pela saída de Liz, todos muitos felizes, principalmente Luke e os irmãos Stolls, que como secretários, tinham que aguentá-la por mais tempo que os outros, e não esperavam a hora da minha recuperação terminar.

Era bom voltar assim, mas uma coisa ainda me perturbava. Ia todos os dias para o trabalho de metrô e o carro que voltou do seguro acidente eu fiz questão de vende-lo. Não suportaria nunca voltar para atrás de um volante, e isso foi algo que conversei com Nico DiAngelo, meu terapeuta. Ele disse que demônios assim persistem na mente, e eu preciso conviver com eles se não tenho forças para lutar.

E ter forças não era uma obrigação. Eu literalmente participei de um acidente que poderia ter tirado a minha vida ou da pessoa que eu amo, mas nós dois escapamos, e vamos dizer que eu estava em débito com o universo, não apostaria mais fichas em automóveis. Pegar um táxi ou ir de metrô era mais que o suficiente.

Após os deveres da empresa naquele dia, saí do estacionamento no banco traseiro do carro de Luke, com Thalia no passageiro, e fomos em direção ao hospital. Finalmente vou buscar minha loira. Falamos com Solace, ele nos avisou de todos os cuidados com Annabeth, sobre seu colete ortópedico, e depois disso foi com nós até o quarto de Annie, mas antes disso me puxou.

— Percy, Nico me contou que está se tratando psicologicamente, fiquei muito feliz com a notícia. Não desista, rapaz. — Ele sorriu e antes de irmos perguntei de onde se conheciam. — Somos casados, nos conhecemos quase na mesma idade que você e Annabeth.

Sorri para ele, Solace e DiAngelo realmente formavam um casal diferente, igual Luke e Thalia, um sempre animado e outro mais bravo, sombrio. Era interessante ver as diferenças superadas pela vontade de ficar juntos, pelo amor. Bem divergente ao meu antigo relacionamento, onde apenas queríamos provar que conseguíamos lidar com todas as diferenças. Não tinha amor. Eu só conheci o amor depois de Annabeth.

Voltamos a caminhar até o quarto dela, que ao ser aberto, mostrou minha loira devidamente vestida, sem aquela roupa de hospital, com os cabelos trançados e casaco, cachecol e luvas devido ao inverno. Ela estava mais sorridente do que nunca, com as bochechas coradas e as mãos segurando uma pequena mala de roupas.

— Thalia, as roupas que você me trouxe caíram perfeitamente. — Ela disse se aproximando de nós. — Oi Luke, não vi você na última visita.

— Finalmente a dragoa Liz nos deixou, estou explodindo de felicidade. — Nós rimos e ela me abraçou.

Senti seu calor, mesmo com meu sobretudo por cima do terno empresarial, Annie estava sempre quente, sorridente e animada. Eu amava isso nela, e amava tudo naquele corpo, na mente e nos sentimentos dela.

— Vamos pra casa, amor. — Ela pediu e nós saímos após nos despedimos de Solace. Fomos o caminho todo de mãos dadas e quando chegamos no meu apartamento, Thalia disse:

— Jackson cuidado com a coluna da minha amiga, senão eu vou quebrar a sua. — Ela ameaçou sorrindo. — E vê se passa lá em casa, Tofu ainda não te superou.

Me despedi deles e ajudei Annie.

— Calma, amor. — Ela sorriu. — Não sou feita de porcelana, estou bem.

Eu sorri, realmente Annabeth se mostrou mais forte que qualquer outra pessoa que conheci nesses meses hospitalizada. Com bom ânimo, nunca fraquejando como eu e sempre me ajudando e me dando força, enquanto ela que passava pela pior situação. Nós subimos o elevador e chegamos ao andar, ela observou tudo maravilhada.

— Parece um sonho, finalmente estar aqui com você, nós perdemos tanto tempo... — Ela sorriu de novo, mas dessa vez mais melancólica.

— Ei. — Levantei seu rosto em minha direção. — Não pense no que perdemos, nós ganhamos muito. Eu poderia ter te perdido, mas você está aqui, e eu vou te preparar o jantar mais gostoso que já experimentou.

Ela riu e me acompanhou até a cozinha, sentando-se ao balcão, e eu a observei, radiante e vívida como sempre.

Eu prometo fazer tudo para que essa sua luz brilhe para sempre, Annabeth 

 


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Notas finais do capítulo

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